terça-feira, junho 26, 2007

Ano I, Número 23-B






SÓ POSSO DAR RAZÃO AO VIZINHO



O Grêmio, efetivamente, é tudo que ele falou. É um time "de segunda" e "meia-boca"que não vence fora de casa e só perde de goleada. O Lúcio não joga nada, o Schiavi é uma piada e o Patrício é uma nulidade. O Boca nos deu um baile e nos ensinou a dançar tango. Mas e o que sobra para o time dele?!


"Os 'meia-boca' deram um banho nos 'boca-aberta'"


Com todos esses defeitos, fomos lá no nosso puxadinho - onde fizemos nosso salão de festa - e tiramos o time dele para dançar. Os dois a zero ficaram de bom tamanho, pois mais gols e fatalmente o Gallo cairía. FICA, GALLO!


"Padaria Olímpico informa: O 'sonho' acabou, mas ainda há 'chocolate' de sobra em 2007!"

Lúcio foi suficente para vencer o clássico. Schiavi foi um gigante. Ninguém passou pelo Patrício. Gavillán finalmente encontrou um clube de verdade para jogar. Sandro Goiano é o capitão. Diego Souza passou por cima da meia-cancha vermelha.

"Quem ri por último, ri... domingo!"

E é verdade que a torcida colorada canta 90 minutos. Ouviu-se por muito tempo os "Burro! Burro!", os "Adeus, Gallo!" e os "Uuuuuuuuuh!". Assim, por mais festa que a pequena massa de tricolores presentes no estádio tenha feito, ficou abafada por toda essa cantoria colorada.

"Foi um gol para cada mil gremistas. Ainda bem que o Píffero reduziu os ingressos."


Pouco mais de 33 mil torcedores e um enorme vazio onde poderia estar a torcida do Grêmio, caso fossem disponibilizados os ingressos como normalmente. Está na hora de se criar um plano de segurança para que gremistas e colorados possam freqüentar o estádio sem maiores tumultos. Por que não dividir o acesso dos torcedores em áreas exclusivas para gremistas e colorados?! Por que não impedir o acesso dos baderneiros nos próximos jogos do seu time?! O Gre-Nal tem que voltar a ser o que era. O Gre-Nal tem que ser uma atração turística da cidade.

"O triste é que Grêmio continua sem vencer FORA DE CASA"

Necessitávamos mostrar a força da Imortalidade após a derrota na final da Libertadores (em que fase foste eliminado, mesmo, vizinho?). E a resposta veio da melhor maneira possível. Mais uma grande atuação do time. Tudo bem pensado e planejado pelo Mano Menezes. O Grêmio jogou a européia, com duas linhas de 4 - Patrício, Schiavi, William e B. Telles; D. Souza, Sandro, Gavilán e Lúcio - na frente, Ramon e Éverton. De Patrício e B. Telles se exigiu somente o que eles sabem ser: zagueiros. Quase não subiram. Com Gavilan e Sandro à frente dos centrais, criou-se uma barreira impenetrável. Quando os colorados passaram a alçar a bola na área, Schiavi cresceu. O argentino repetiu a atuação que teve diante do Cerro Portenho. Espera-se que não leve outros 4 meses para fazer de novo.

"Torpedos vem, mas voltam!"

Semana que vem, vamos à Santos. Jogaremos na Vila, onde só vencemos UMA VEZ. Continuamos sem vencer fora de casa desde o jogo contra o Caxias pela Primeira Fase do Estadual. Além disso, o time estará desfalcado de Tuta, Tcheco e C. Eduardo. Sem contar que Lucas foi vendido e Teco está fora pelo resto da temporada. Dos reservas, não contaremos com Amoroso, Schiavi e B. Telles. Será uma semana em que Mano Menezes terá que formar um novo time. Meu palpite? Saja; Patrício, William, Pereira e Lúcio; Gavilán, Sandro, Diego Souza, Itaqui e Ramon; Douglas (Éverton). Qualquer pontinho é lucro...


Saudações IMORTAIS de quem manda na aldeia,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com



SEGUIMOS NA DIANTEIRA...

SPORT CLUB INTERNACIONAL 137 X 117 Gfpa


Se considerarmos a média de 2 clássicos que vem sendo mantida nas últimas temporadas, chegaremos à conclusão que o vizinho terá de vencer gNAIS durante 10 anos, sem empate ou derrota alguma, para alcançar o PAPAI COLORADO DA ALDEIA PAMPEANA.

O CLÁSSICO

Mas, de toda forma, não posso deixar de reconhecer a superioridade do rival no clássico n. 368. Hermano Menezes, mais uma vez, desenhou muito bem sua equipe e foi superior nas concepções de futebol, o que justifica, plenamente, a vitória da equipe mais fraca.

GALLO

Além disso, Gallo contribuiu, e muito, para o fracasso. O desmanche da equipe na segunda etapa foi lastimável; alterando praticamente todas as posições e o sistema de jogo e possibilitando ao adversário que assumisse o controle total da partida.

CRISTIAN

Já bastavam as atuações pífias de Cristian e suas atitudes irresponsáveis, como a expulsão no início da partida contra o Vélez, para que eu quisesse vê-lo longe do Beira-Rio. No gNAL foi totalmente anulado pelo ex-jogador Schiavi. Hoje leio e ouço suas reclamações quanto ao não aproveitamento na equipe. CHEGA! FORA CRISTIAN!

CLEMER

Também não posso mais conceber a manutenção de Clemer do arco. Fosse Renan o protagonista da bizarra reposição de bola nos pés de Lúcio (que, diga-se, alterou todo o panorama do clássico) e estariam chovendo contestações ao jovem goleiro. TÁ NA HORA DE MANDAR O CLEMER PARA O ESTALEIRO!

RÁPIDAS

Nenhum acontecimento de violência/vandalismo envolvendo as torcidas, a apontar para acerto da decisão de limitar gradativamente os ingressos à torcida adversária.

Iarley tem sido, além de útil à equipe, um grande líder.

Suas declarações, ao final do clássico, reconhecendo péssima atuação, é rara no futebol, aonde o narcisismo predomina (vide declarações de Cristian esta semana).

Marcão já demonstrou o que vínhamos apontando nesse espaço desde o princípio da temporada. Trata-se de um ótimo zagueiro, seguro, firme e com liderança e visão de jogo.

Ceará segue atuando exatamente da mesma forma que atuou na temporada passada. É o jogador mais regular de nosso plantel. Todavia, seu futebol útil está sendo engolido pelas más atuações do coletivo.

Lesão de Rubens Cardoso, minutos após o ingresso, e precedida de descontentamento pela preterição na equipe, ficou bastante suspeita. Pareceu-me “corpo mole”, o que seria um fato grave e lamentável.

Para terminar a coluna, já que não fomos bem neste último clássico, vale a lembrança e a imagem do GOL 1000 DE FERNANDÃO (que fez falta domingo hein!).

Saudações rubras, DO LÍDER NA ALDEIA PAMPEANA, ATUAL CAMPEÃO DO MUNDO e DETENTOR DA TRÍPLICE COROA MUNDIAL.

Luiz Portinho –
lcportinho@yahoo.com.br

terça-feira, junho 19, 2007

Ano I, Número 23


Dizem que o nosso colunista do Internacional está tão radiante com a vitória argentina que passará a assinar como Luiz PORTENHO. Isso quando - e se - ele parar de mandar torpedos para todos os gremistas da agenda do seu celular e escrever o artigo desta semana.

Tudo bem que ele aguardasse a final de quarta-feira, mas há o clássico no domingo. Ele não tem nada a dizer?! A gigante nação colorada o espera ansiosamente!

Quem souber de notícias, por favor, informe a editoria deste blogue.


Porto Alegre arde!


TENHO A VIDA COLORADA

“Tenho a vida Colorada / tenho a alma colorida / tenho um pedaço de vida que é tudo e que é quase nada / Tenho a alma abarbarada / tenho esta terra turuna / mas hoje / eu tenho a fortuna de gaúcho missioneiro / de gaúcho brasileiro / abraço, argentino Boca.

Abrazo argentino Boca / dijo y el pueblo aplaudió / ahora voy aplaudirlo yo / porque tengo esta fortuna / yo vengo de la Boca / por eso soy hincha silencioso / quieto espero / hasta que me pongo a cantar / yo lo queria encontrar i ya lo encontre / compañero Colorado”

(adaptação livre da payada “De São Luiz à Madariag”, do mestre Jayme Caetano Braun).

g-NAL I

Pois não tem saída vizinho, domingo terás de te defrontar com o Colorado. E o panorama do clássico 368 demonstra que só o time do vizinho tem razões para temer o clássico, porque uma nova derrota (já se vão 6 consecutivas, com 17 gols sofridos) o coloca, novamente, no grupinho da SEGUNDONA.

g-NAL II

É claro que para o Colorado uma derrota também seria péssima (sempre o é num clássico); mas, pelo curso dos últimos jogos, desde a vitória contra o Náutico, o Internacional reencontrou a fôrmula das boas atuações. O esquema 4-4-2, formado por uma meia cancha sólida e criativa, quando se tem um plantel razoável, é infalível.

ESCALAÇÃO I

Clemer; Ceará, Índio, Sidnei, Marcão; Edinho, Wellington Monteiro, Pinga e Alex; Cristian e Iarley. Acho equivocado os ingressos de Marcão e Cristian. Rubens Cardoso vinha atuando com bom rendimento e o jovem atacante Adriano estreou marcando uma bela atuação, coroada com gol, contra o Flamengo, no Maracanã.

ESCALAÇÃO II

Posso até errar, mas uma das primeiras lições que tive no futebol foi que em time que está ganhando não se mexe. Além disso, Marcão vinha atuando no Atlético-PR, e bem, como quarto zagueiro. Não gosto de improvisos. Quanto à Cristian, todos conhecem minha opinião a respeito de sua volta ao Beira-Rio que, infelizmente, se confirmou com suas péssimas atuações e atitudes. Ademais, sequer se conhece sua real condição física.

TORCIDAS

Não posso deixar de tecer comentário sobre a polêmica dos ingressos. Polêmica que, aliás, já se torna tradicional na ante-véspera dos clássicos. Tá ficando chato! O espetáculo das torcidas, com os estádios divididos em azul e vermelho, sempre foi bonito. Porém, depois do que se viu no último clássico, com aquele vandalismo sem precedentes da torcida vizinha queimando banheiros e apedrejando os bombeiros, sem dúvida, o mais recomendável seria realizar, ao menos os dois próximos clássicos, com torcida única, tanto no Gigante como lá azenha.

RÁPIDAS

A contratação de Guiñazu é dessas que se deve aplaudir. Ele e Marcão deveriam ter vindo para o começo da temporada. Antes tarde do que nunca!

O amigo Josué Krug, do Centro de Porto Alegre, escreve para lembrar que há 62 anos estamos na dianteira em vitórias de clássicos gNAIS.

Nossa vantagem: 137 x 116. Em gols nossa dianteira é de 524 x 488. Superioridade incontestável!

Desde setembro de 2004 que o vizinho não sabe o que é sair do estádio com uma vitória em gNAL.

O que acontecerá com os dirigentes do time azenhano que venderam a propaganda enganosa da imortalidade tricolor ? Serão processados e terão de indenizar os pobres pijaminhas ?

Sim, porque, nas entrevistas do final da partida, confessaram, em alto e bom tom, que só mantiveram o discurso do título, depois da lavada da Bombonera, para que a pijamada fosse ao estádio lhes dar uma boa renda.

E o vizinho acreditou!!!

O que ficará para sempre é que o time do vizinho deu o maior fiasco da história das finais de Libertadores, levou CINCO-a-ZERO nas duas partidas. E tem mais, com sete derrotas na competição, alcançou uma marca negativa inédita também.

"poucas vezes um time nacional foi tão inofensivo diante do carrasco argentino como o 'imortal gaúcho. São Caetano e Paysandu foram rivais bem mais duros para o time portenho" (Folha de São Paulo). Bah! Que vergonha para o Rio Grande!

Ah!, vizinho, quando sair o DVD do vice-campeonato, por favor, me convida para assistir o “Caxias com grife”.

Dá-lhe Pelaipe!

Quem ri por último, RIquelme.

Saudações Coloradas, do ATUAL CAMPEÃO MUNDIAL e DETENTOR DA TRÍPLICE COROA.

Luiz Portinho – lcportinho@yahoo.com.br





HORA DE CURAR AS FERIDAS E RECOMEÇAR


A imortalidade nos trouxe até aqui. O problema é que o Grêmio acordou do sonho em Buenos Aires; um pouco antes do que deveria. Faltou perceber que a responsabilidade do título era toda do Boca Juniors. Pesou por demais o fato do campeão anterior ser o Internacional; por mais paradoxal que isso seja, pois só chegamos aqui pelo desejo de tomar-lhe a taça.

Esquecemos que éramos os franco-atiradores. Nos colocamos na obrigação de conquistar o título quando deveríamos estar felizes e contentes por estarmos na final. Trabalhamos mal nessa decisão e pagamos caro por isso.

Agora, nos resta entender que voltamos quase ao patamar de 2.006. Temos obrigação de entrar na Sul-Americana. A Libertadores e o título, se vierem, serão bônus.

Nessa eterna briga Gre-Nal, será difícil convencer os torcedores de que esse é o caminho. Contudo, se a diretoria e a comissão técnica entenderem isso - pode demorar um pouco, mas -, todos iremos segui-los.

O primeiro semestre foi de sonho. Pena que o despertador tocou um pouco antes do final.

Parabéns a todos os gremistas pelo renascimento tricolor. O Imortal segue vivo.

Eis a estória que eu escrevera antes:


O IMORTAL TRICOLOR E A PRINCESA MAIS LINDA
Uma estória verdadeira, narrada em 15 capítulos

Era uma vez, num reino não tão distante assim, em que havia um herói cujas façanhas inspiravam a todos. Seus sucessos eram de conhecimento geral e ganhavam ares de lenda a cada recém-chegado que os conhecesse.

Nosso herói nasceu de uma família pobre, porém trabalhadora, de imigrantes. Desses imigrantes, herdou o gosto pelo trabalho duro e constante; o gosto pelos desafios; o gosto da vitória merecidamente conquistada, embebida em suor e sangue.

Consta que, quando nasceu, recebeu a visita de uma feiticeira. Ela teria lhe dado um manto em três cores e dito:

- Sempre que usares esta camisa, acreditares na tua força e sentires o apoio do teu povo, eu estarei contigo e tu serás imortal.

Por isso, ele recebeu a alcunha de “Imortal Tricolor” e sua farda, “Feiticeira”.

Nosso herói cresceu numa terra inóspita, região de fronteira, encravada entre dois mundos, mas incoerentemente acolhedora. Terra que se orgulha de seu passado de lutas, de entrega, de vitórias sobre cada desafio que lhe foi imposto no curso da História.

II

Após um começo promissor, em que todos acreditavam estar diante de um verdadeiro prodígio, passou por extenso e grave período de dificuldade. Teve, no início, certos problemas em assimilar os novos tempos. Viu-se obrigado a mudar de casa e recomeçar do zero.

Com a mudança, reencontrou sua grandeza. O herói havia amadurecido e se tornado o que se esperava dele desde o início. Os ensinamentos de seus pais e de sua gente começaram a render-lhe frutos. Por onde andava, causava admiração e espanto. Tanto, que certa feita, em um distante reino, governado por cruel tirano, levou tanta felicidade àquele pobre povo que se tornou padrinho de uma guria, cujo nome é em sua homenagem: Gremina.

III

Contudo, a inveja e o recalque sempre precederam e acompanharam a sorte do nosso herói. No reino em que vive, também reside uma bruxa má, cujos esvoaçantes cabelos ruivos hipnotizam, atraem e escravizam diversas almas. Ela nasceu da repulsa ao nosso herói e aos valores que ele representa.

Desde pequena, o maior objetivo da bruxa é levar sofrimento ao nosso herói e aos seus apaixonados seguidores. Por diversas vezes, a vilã, como em todas as estórias, conseguiu momentâneo êxito. Assim, sempre que nosso herói se vê rodeado de glórias, feliz e realizado, a bruxa aparece. Ela sai de seu amaldiçoado castelo à beira-lago para tirar tudo o que nosso herói possui; jogando-o no ostracismo; trazendo-lhe dores terríveis.

IV

Entretanto, como se sabe, nosso herói não se abate. Conhece a história de seus pais, que atravessaram um oceano, arriscando a vida por uma esperança.

Do nada, reuniu forças para desbravar além do reino, e saiu a percorrer país, continente e planeta. E venceu! Ele havia libertado a princesa Mais Linda do domínio hispanofono e levado suas três cores – celeste, alvo e negro – ao topo do mundo. Na sua volta, foi carregado pelo povo eufórico a sua espera.

Seu ressurgimento foi tão grandioso que muitos pensaram ser o fim da bruxa. Mas, essa estória está longe de chegar ao seu ocaso.

V

Pouco tempo depois, um diabo – tão amargo e colorado quanto a bruxa ruiva má - veio ao reino e roubou a amada princesa Mais Linda de nosso herói e devolveu ao jugo hispanofono. Desolado, nosso herói passou tempos apenas protegendo os seus dos ataques iracundos da bruxa que jamais o perdoou pelo casamento com a princesa. Ela nem mesmo se satisfez com o pesar do nosso herói pelo rapto e a separação.

A dor contudo foi mais forte do que o nosso herói poderia suportar e ele acabou por cair numa
armadilha preparada pela vilã. Ele comeu uma maçã supostamente envenenada – a bruxa jamais permitiu que se a examinasse – e foi enviado a uma terra distante, num vale assombrado, onde muitos entram e poucos saem.

VI

A sorte, felizmente, voltou a estar ao lado de nosso herói. O imperador do Vale das Trevas, conhecedor de suas façanhas, resolveu que, pela honra de tê-lo entre os presentes, permitiria a saída dos doze mais bravos homens, ao invés dos dois ordenados pelo Conselho de Bruxos da Floresta. E a longa jornada de volta começou de forma mais tranqüila que ele esperava.

Quando ele finalmente voltou ao reino, sem nada a não ser o apoio incondicional dos seus, encontrou a bruxa mais feliz que nunca. Ela imaginava-se rainha e cria na morte do nosso herói. Zombava de sua imortalidade. Nosso herói, então, recolocou suas vestes e jurou vingança. Estava escrito nas estrelas que não seria logo, mas que tampouco tardaria.

VII

Após trancafiar a bruxa em seu próprio castelo e afundar uma nau cearense que ousara tentar invadir o reino, nosso herói resolveu sair em busca de sua princesa. Soube que ela estava escrava, em terreno hispanofono, de posse de um senhor chamado Vélez Sarsfield.

Nessa jornada épica, nosso herói enfrentou montanhas, adentrou em terreno guarani, encarou um exército esmeraldino e derrotou os robôs elétricos do cruel cientista G. Capwell. Após sobreviver todas essas batalhas, soube que os nacionais da Colômbia haviam chegado primeiro em terras platinas e que almejavam levar a princesa. Mesmo desgastado por tantas andanças e lutas, nosso herói conseguiu reunir forças sobre-humanas e voltou ao reino com sua amada.

VIII

Como se o destino lhe pregasse uma peça, quando já se imaginava no final da história, nosso herói foi surpreendido por piratas holandeses no retorno para casa. Conseguiu, ao menos, salvar a princesa. Todavia, no caminho, foi traído e viu-se acossado pelo rico exército esmeraldino. Cercado e atordoado, viu escapar a princesa de seus esgotados braços, levada por um outro diabo, tão amargo e colorado quanto o anterior, mas de uma terra mais distante. Só conseguiu ouvir a macabra e sádica risada da bruxa.

Por diversos anos seguidos, vagou em vão pelo continente, na tentativa de trazer a princesa de volta ao reino, onde o seu povo a espera. A cada notícia do fracasso, seus amigos sofreram com ele. Nosso herói se esforçou tanto nessa busca que abandonou o reino. A bruxa aproveitou o momento para instalar um novo período de terror.

Nosso herói vendo o que ocorrera com o reino, e sendo a dor pela ausência da amada tão forte, voltou ao Vale das Trevas sozinho, por livre e espontânea vontade. Seria esse o fim?!

IX

Ao chegar ao Vale, não teve a mesma recepção de outrora. O imperador não aceitou o que entendeu ser uma fraqueza imperdoável. Disse que ninguém tem o direito de adentrar em seus domínios por decisão própria. Desta vez, não só não facilitaria a saída de nosso herói, como transformaria a estadia dele num inferno. Se entrou por que quis, não sairia sem sofrimento. E assim foi.

Nosso herói foi aprisionado e torturado até o limite da esperança. Depois, foi largado à própria sorte numa arena ante vinte e três gladiadores. Pelo pavor que impõe sobre os combatentes, o local é conhecido como a Arena dos Aflitos. Pelas regras do Imperador, apenas dois guerreiros sairiam vivos e teriam o direito de abandonar o Vale.

Nosso herói lutou furiosamente por sua vida. O imperador ficou insatisfeito com isso, imaginava que nosso herói pereceria logo de cara. Como a cada combate nosso herói ficava mais confiante o Imperador resolveu interferir. Ordenou que nosso herói fosse desarmado. Além disso, mandou que se o ferisse de morte e se escondesse o ferimento da platéia.

Os soldados do Imperador cumpriram com a ordem, mas cobriram-no com o manto que a Feiticeira lhe entregara quando nasceu.

X

Ao ingressar na Arena, nosso herói sentiu seu corpo fraquejar. O suor escorreu por seus olhos e a visão restou embaraçada. Sua perna tremeu. Seus adversários o viram e riram. Consideraram-no presa fácil.

No momento em que o adversário colocou a espada em seu pescoço, para o golpe de misericórdia, foi quando nosso herói passou a acreditar. Passou a sentir o apoio de seu povo. Desde o reino, todos confiavam em seu retorno. Sua gente acreditava fielmente que os dias de desmandos da bruxa ruiva má cessariam. E então foi como se a feiticeira estivesse com ele. E ele tornou-se imortal.

XI

Deixou o Vale como um dos dois sobreviventes prometendo nunca mais voltar. Pois, se voltasse, não pouparia a vida do Imperador. Regressou ao reino para regozijo do seu povo. Ao chegar, destronou a bruxa e ordenou seu banimento. O reino voltava a ser um lugar feliz novamente.

A vilã, no entanto, resolveu realizar seu ataque final. Foi aos campos de Jardim Leonor seqüestrar a Princesa Mais Linda para aprisioná-la. Ter sobre seu poder o objeto de desejo do nosso herói era tudo que a megera sonhava por vingança. Não imaginava que fosse ser tão fácil. O guardião de São Paulo, que cuidava da cela da princesa, tinha sido hipnotizado pela bruxa quando criança.

XII

Ao retornar ao reino e trancafiar a princesa num calabouço do seu castelo à beira-lago, foi como se tivesse cravado um sabre no coração de nosso herói. Seus seguidores voltaram a amedrontar a todos. Tingiram de sangue o mundo inteiro.

Mas, desta vez, não foi sobre o olhar passivo de nosso herói. A princesa estava próxima demais dele para alguém impedi-lo de resgatá-la. E saiu a lutar pelo direito de tê-la novamente.

Na sua jornada, seguiu em direção a floresta colombiana, enfrentou bandidos - traficantes de ouro e vinho - e piratas - comandados pelo temível capitão Barbarrubronegra. Desceu em direção ao Paraguai, até Cerro Portenho, onde lutou contra contrabandistas guaranis. Foi aos campos de Jardim Leonor, vingar-se dos guardiões de São Paulo. A bruxa preparou uma armadilha, contratando mercenários defensores charruas, os quais nosso herói derrotou em épica batalha.

Do combate, entretanto, nosso herói acabou à deriva, no mar. Uma possuída baleia, controlada pelo nefasto poder da bruxa, tentou matá-lo. Todavia, o desejo de se reencontrar com seu amor, a Princesa Mais Linda, foi mais poderoso que a força do bruto animal. E nosso herói conseguiu retornar ao reino.

XIII

A bruxa ruiva má não acreditou quando viu o povo todo feliz com o retorno do nosso herói. E, para impedir que o Imortal Tricolor recuperasse sua princesa, ela decidiu agir pela última vez.

Em frente ao castelo, diante de poderosas forças contrárias, nosso herói se deparou com um comerciante genovês, signore Xeneize, trajado em impoluto terno azul e ouro. Este senhor havia comprado a Princesa Mais Linda da bruxa ruiva má; trocado-a por caixas de bombons. Foi então que, tomado de raiva, sem pensar, nosso herói atacou o genovês. Era uma tocaia.

XIV

O povo presente em frente ao castelo, esperando o final feliz, assistiu um deplorável evento. Nosso herói viu-se batido, ferido, cansado. Sentiu dores como jamais havia sentido. Estava no chão, coberto de poeira, embebido em seu próprio sangue. Esquecera dos ensinamentos de seus pais, de sua gente, da velha feiticeira e pagou por isso.

Em meio ao seu sofrimento, ouviu gritos. Não eram de pesar, não eram de angústia. Eram loas entoadas pelo seu povo. Eram canções de incondicional amor e de eterna esperança. Era a sua gente dizendo para que levantasse, para que não desistisse, para que recuperasse o que era seu por direito.

E ele passou a acreditar. E ele passou a sentir a presença da feiticeira novamente.

XV

Nosso herói leventou para assombro dos locais e atacou o genovês. Todavia, il signore conseguiu desviar de seus golpes. Foi quando nosso herói cometeu um erro. Ele fraquejou e deixou de acreditar. Nisso, levou duas pancadas que o devolveram ao chão. Xeneize pegou a Mais Linda e a levou para sua casa. Em todos os cantos do reino ecoou a sinistra risada da bruxa. Ela sente o novo momento de fraqueza de nosso herói e crê estar fácil para desferir-lhe mais um golpe.

Mesmo doída, a gente de nosso herói ainda acredita. Ela sempre acredita. Ela sempre estará ao lado de nosso herói, principalmente nos momentos mais difíceis.

Esta história seguirá sendo escrita. Não foi a primeira derrota do Imortal Tricolor, nem a mais dolorida, e não será a última. Mas sempre haverá novas aventuras para que o nosso destemido herói prove e reprove o seu valor.



Saudações imortais de quem, apesar de tudo, ainda manda na aldeia,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com


quarta-feira, junho 13, 2007

Ano I, Número 22



PORTO ALEGRE EM FESTA!

Na melhor partida fora de casa da temporada, perdemos. Contudo, em Porto Alegre, a festa é como se fosse de título. Ouve-se buzinas, fogos, gritos e cantos.

É a torcida do time do vizinho...

O placar de três a zero para o Boca Júniors abre espaço para esse tipo de manifestação. A nós, de momento, cabe seguir como quem tropeia zurrilho; quietos e à distância. Sempre lembrando que ainda faltam 90 minutos, no mínimo.

Esse time do Grêmio é merecedor de todo o apoio de cada torcedor. O placar, por mais duro e injusto que seja, é reversível e o time já demonstrou ser capaz de realizar a façanha.

Saudações IMORTAIS de um finalista de Libertadores,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com



TRÍPLICE COROA

O Colorado marcou mais uma página épica de sua história na última quinta-feira. A vitória sobre o Pachuca, no Gigante da Beira-Rio, por quatro-a-zero, numa goleada incontestável, trouxe para Porto Alegre uma conquista inédita. A Tríplice Coroa Mundial (Libertadores, Mundial FIFA e Recopa Sudamericana) é um marco para o futebol gaúcho!

A EQUIPE
Nas três últimas partidas, Gallo, finalmente, acertou o time. E nem falo em nomes, mas sim no esquema de jogo. Fixando Sidnei na zaga ao lado de Índio e com dois laterais natos, Ceará e Rubens Cardoso, a defesa passou a sair de campo sem levar gols. A meia cancha com Edinho e Monteiro na proteção e dois meias avançados (Pinga e Alex) auxilia a defesa e municia o ataque com eficácia. E, na frente, Iarley e Pato Alexandre enlouquecem os defensores adversários.

Como é bom ver um time jogar num balanceado 4-4-2 e sem invenções!

TORCIDA I
Foram mais de 55 mil Colorados no Gigante da Beira-Rio. Como não poderia deixar de ser, a Nação Colorada atendeu ao chamado e compareceu em grande número, transformando o Gigante num caldeirão vermelho, insuportável aos pobres adversários mexicanos.

Cantando em português e valorizando a cultura gaúcha, o torcedor do INTERNACIONAL mostra a cada jogo que o Clube do Povo tem a MAIOR TORCIDA DO RIO GRANDE DO SUL.

TORCIDA II
A propósito de torcidas, estou curioso para ver se na próxima quarta-feira os da vizinhança seguirão cantando em espanhol, os mesmos cânticos que copiaram da torcida do Boca Jrs. Chegou a hora dos imitadores de argentino cantarem para embalar a festa de seus ídolos castelhanos.

PATO ALEXANDRE
O guri embarcou para se integrar à Seleção Brasileira sub-20 que estará representando o país no mundial do Canadá. Sem dúvida, é o grande nome deste selecionado e a grande esperança brasileira de nova conquista. Mas antes do embarque, na última semana, Pato deixou-nos de presente os gols contra Pachuca e Santos.

CELEIRO DE ASES
Além de Pato, o garoto Sidnei começa a se firmar na zaga e já coloca em dúvidas o ingresso no time de Marcão, maior reforço para o brasileirão até agora. Com atuações seguras, o guri vai mostrando que o Celeiro de Ases é uma fonte inesgotável de talentos para o Interancional.

RÁPIDAS

Compacto do jogo histórico em que conquistamos a RECOPA SUDAMERICANA
.


http://www.internacional.com.br/

No final de semana, debaixo de muita água, o Colorado deu um passo importante em sua recuperação na tabela do Campeonato Brasileiro. Vitória importante sobre o Santos por 1x0.

Ouvi dizer que o vizinho voltou todo esgualepado de Buenos Aires, depois de levar uma sumanta de pau na Bombonera.

Achei que nada assombraria tanto os sonhos do vizinho como aquela atuação do Uh! Fabiano no gNAL dos cinco-a-dois de 1997. Até assistir o massacre da Bombonera.

O que o Riquelme fez com o vizinho não se faz. Pobre rapaz! Acho que nem aparece para redigir coluna até o final dessa temporada pelo menos.

Saudações Coloradas, do ATUAL CAMPEÃO DO MUNDO, ÚNICO DETENTOR DA TRÍPLICE COROA NOS PAGOS SULINOS,


Luiz Portinho – lcportinho@yahoo.com.br


terça-feira, junho 05, 2007

ANO I - NUMERO 21


O Internacional venceu a primeira sob comando do Gallo e decide a Recopa em casa na quinta-feira. O Grêmio vem de uma derrota por três a zero diante do Botafogo, mas o que importa é o jogo "da volta" contra o Santos, na Vila, pela Libertadores.

Mais uma importante e emocionante semana para a Dupla!





VITÓRIA FINALMENTE!




Sim, o importante hoje, contra o Náutico, era a vitória. E ela veio, tranqüila, por dois a zero. Mas quem esteve no estádio saiu com a nítida impressão de que, mais uma vez, faltou ousadia ao Colorado, faltou ímpeto para enfiar a goleada que o Náutico estava pedindo. A competição é longa, e, em regra, posições importantes no topo da tabela terminam por se decidir no saldo de gols. A atuação do Internacional, hoje, acomodada e satisfeita apenas com a vitória, não me satisfez.

RECOPA
O que há de mais positivo dessa vitória de hoje é o anímico do grupo que, certamente, entrará em campo na quinta-feira com muito melhores condições psicológicas do que naquela partida lá no México. Creio que a decisão será mais uma daquelas grandes partidas, em que cada minuto é fundamental. O Internacional, com time completo, tem tudo para conquistar a inédita TRÍPLICE COROA.

PULSO
Gallo chegou e retirou Clemer da equipe para definir Renan como arqueiro titular. Substituiu Fernandão no começo da segunda etapa contra o Atlético-PR. Deixou Iarley na reserva para escalar Alexandre Pato. Em menos de 2 semanas e depois de 3 derrotas consecutivas, teve de reunir o grupo para declarar em alto e bom tom que “aqui sou eu que mando!”. Cão que ladra, não morde, já dizia minha avó.

PULSO II
Giovani Luigi fala demais nas entrevistas. No intuito de ser correto, explica coisas que não carecem de explicação. É o vice de futebol do Colorado e isso não faz com que tenha de descer em minúcias do cotidiano do clube. Precisa mandar mais, ter posições mais firmes e deixar de lado essa postura de agradar a imprensa.

PULSO III
Discute-se muito quem é que está mandando no Internacional. Pois, de fora, o que vejo é muito cacique e pouco índio (já escrevi a respeito na semana passada, aliás). E só o fato de se estar debatendo tanto tal assunto já revela uma crise enorme. Está faltando comando no Internacional e isso é mais do que evidente.

CLEMER
Não estou com a maioria neste retorno de Clemer à titularidade do arco Colorado. Comemorar atuação de goleiro em derrota por 2 gols só pode ser brincadeira. Renan entrou na equipe e teve três ótimas atuações (no Paraná fez milagres e quase garantiu o empate contra o Atlé-PR). Está mais do que evidente que Renan não saiu do time por critério técnico. Mais, Clemer voltou à equipe por pressão extra-campo. E contra o Náutico voltou a cometer erros de posicionamento de dar calafrios no torcedor.

MARCÃO
Grande reforço, mas que chega com pelo menos 5 meses de atraso. Teria sido o nome para fechar o grupo na Libertadores. Fico imaginando a equipe com Marcão no lugar de Rafael Santos. Detalhe: só poderá estreiar em meados de julho, porque já atuou por 2 equipes nesta temporada. É brabo!!!

RÁPIDAS

Além da vitória, outro ponto positivo da partida contra o Náutico foi a lesão de Christian (posso estar errado, mas não marcou nenhum gol neste seu retorno ao Inter).

Alex colocou mais um golaço em sua coleção no Internacional. Taí um jogador muito útil, fundamental na campanha da Libertadores 2006 e que está sempre tendo sua utilidade colocada em dúvida pela imprensa.

A comprovar o que menciono acima, no sentido de que Giovani Luigi está falando demais, confiram a entrevista (a pedido) concedida a Luis Henrique Benfica na rádio Gaúcha.

Chiquinho está lesionado (tornozelo). Está no time B e, segundo Luigi, apto a brigar por vaga no time principal, se tiver bem nos quesitos força, velocidade e técnica. Já ouvi isso há tempos. Parem o mundo que eu quero descer!

Mais da entrevista de Luigi, João Guilherme (zagueiro campeão do mundo sub-20) está atuando de volante no Inter B. Segundo o diretor, não está sendo aproveitado porque há outros volantes em melhores condições na equipe principal.

Mas vem cá, por que não é utilizado na zaga? E se há João Guilherme atuando de volante, por que contratar Magal e Jonas? Qual é o critério afinal de contas?

Saudações Coloradas, do ATUAL CAMPEÃO DO MUNDO,
Luiz Portinho – lcportinho@yahoo.com.br




MAIS UMA DECISÃO
OU QUANDO O FUTEBOL É SÓ UM JOGO

Hoje à noite, o Grêmio encara a sexta partida decisiva do ano. Partida daquelas que possuem o caráter de matar-ou-morrer, ficar-ou-seguir, chorar-ou-sorrir. Contudo, há algumas diferenças em relação às anteriores. A melhor delas é que chegamos com vantagem de poder perder por até dois gols de diferença sem sermos eliminados. Antes, só contra o Juventude não precisávamos vencer o jogo. A pior é que a primeira fora do Olímpico.

O Lado Negativo
E para quem acha que isso é, de certa forma, irrelevante, eis os resultados do Grêmio fora de casa:

Primeiras Sete Partidas: 6v, 1e, 17gp, 5gc.
Gauchão (6) e Libertadores (1)
(v) 1x0 E.C. São José; (v) 3x0 Esportivo; (v) 4x0 Guarani; (v) 1x0 Cerro Porteño; (e) 1x1 G.E. São José; (v) 2x0 15 de Novembro; e (v) 5x4 São Luiz.


Últimas Dez Partidas: 1v, 1e, 8d, 7gp, 21gc
Gauchão (4), Libertadores (4) e Brasileiro (2)
(d) 0x1 Tolima; (v) 3x1 Caxias; (d) 0x1 Brasil; (d) 1x3 Cúcuta; (d) 0x3 Caxias; (e) 3x3 Juventude; (d) 0x1 São Paulo; (d) 0x3 Paraná; (d) 0x2 Defensor; e (d) 0x3 Botafogo.

Em realidade, o marco é a vitória contra o Cerro Porteño. Desde lá, a equipe nunca mais teve uma partida convincente longe do Olímpico. Assim, mesmo com a vantagem, se quisermos voltar classificados temos que jogar mais do que vimos jogando.

Há mais. A campanha do Santos em casa, este ano, é irreprensível. Eles só perderam UM jogo, contra o São Bento pelo campeonato paulista. O estádio é acanhado, a pressão é forte. Os jogadores do Santos acreditam que na Vila Belmiro TUDO É POSSÍVEL.

Além disso, qualquer perna-de-pau cresce quando veste a sagrada camisa 10 do Santos. O problema é que o dono dela nesta quarta-feira é "SÓ" o melhor jogador em atividade no Brasil atualmente: Zé Roberto! Ao lado dele, outro meia razoável, C. Santana. O sistema defensivo deles é composto por: um lateral-esquerdo de seleção brasileira, Kléber; dois volantes que são bons marcadores, Maldonado e R. Souto; e um lateral-direito razoável e nosso basatante conhecido, Alessandro. Os centrais e o goleiro serão tratados nos pontos positivos...

Possuem um dos melhores treinadores do Brasil, V.L. São perigosos em jogadas de bola parada. Possuem diversas jogadas ensaiadas. Possuem um banco de reservas capaz de mudar uma partida.

Assim quem pensa que a fatura está fechada que faça o favor de para em frente à T.V. ou ao rádio e trate de mandar vibrações positivas para Santos! Tratemos de transformar cada rincão do mundo onde haja um gremista no estádio Olímpico Monumental que já será um grande passo para a classificação.

Sempre lembrando que há diversos pontos positivos nesse confronto, é claro!

O Lado Positivo
Como já dito, largamos com uma vantagem de dois gols. Além disso, não sofremos gols em casa. Sabemos COMO jogar contra o Santos. O gramado da Vila é similar ao do Olímpico, tanto em tamanho quanto em qualidade, e, portanto e em tese, basta repetir a atuação de quarta passada.


Nossas melhores atuações fora de casa, com os titulares, ocorreram em gramados de boa qualidade: Montanha dos Vinhedos, Sady Schmidt, Alfredo Jaconi, Morumbi. O relvado da Vila é uma mesa de bilhar e, conseqüentemente, fica facilitado o jogo de C. Eduardo, D. Souza e Tcheco. Ainda, nossas piores atuações foram jogando a primeira partida fora. Agora, é o segundo jogo. Não há a volta em Porto Alegre. Tudo decide hoje; e nesses momentos a equipe cresce.

Temos um sistema defensivo forte e sólido, com S. Goiano, Gavilán, Patrício, William e Teco. Além disso, são jogadores capazes de sair jogando caso os nossos meias tenham dificuldades. O jogador que fecha a defesa, Lúcio, é rápido, faz uma combinação letal com C. Eduardo e é arma fortíssima para os contra-ataques que certamente acontecerão na Vila.

Temos no banco um dos melhores treinadores do Brasil, Mano Menezes. Ele já provou nesses mais de dois anos no cargo que é capaz de encarar qualquer desafio contra qualquer treinador adversário. Ele sabe o que fazer para voltar de São Paulo classificado.

O miolo defensivo santista é frágil. F. Costa, o goleiro, é capaz de defesas magistrais, impossíveis, e, ao mesmo tempo, pode sofrer frangos homéricos. Os dois zagueiros centrais são ruins, espanadores, temem a bola. Caso pressionados, cedem. Ainda, um gol fora elimina a decisão por pênaltis - apesar de termos escelentes batedores - e obriga o Santos a fazer quatro se quiser classificar. E nós só tomamos 4 gols num único jogo em 2.007; que ganhamos de 5-4!

Como nada é impossível. Como essa nossa equipe já demonstrou ser capaz de chegar muito além do que a teoria admitia. Como esse time tem espírito de luta, de garra, de entrega, de determinação. Como todos no Grêmio querem essa Taça mais do que tudo. Como nós adoramos "Clima de Guerra", "Pressão" - lembram de Assunção?! -, superar adversidades. Assim, é possível que saiamos de Santos classificados. Acreditemos na nossa Imortalidade!

Que a "Feiticeira" esteja conosco!

Quando o Futebol é só um Jogo
Gostaria de deixar resgistrado meu repúdio quanto à manifestação de um advogado e radialista paulista sobre o jogo desta quarta-feira. Insultou os gremistas, a Brigada e os gaúchos em geral. Pediu aos santistas que agredissem os torcedores adversários que fossem a Vila Belmiro. Clamou para que se fizesse verdadeira Guerra, solicitando inclusive a exclusão do RS da Federação.

Gostaria de dizer a esse BABACA que futebol é só um jogo, é entretenimento, é diversão. Microfone é algo sério. Idéias têm conseqüências. Portanto, que ele arque com as suas. Que se algo aconteça, pelo menos uma centelha de bom senso surja dentro da consciência desse cidadão. Mas, oxalá, a partida ocorra sem sobressaltos. Que vença o melhor em campo (que seja o Grêmio) e FIM DE PAPO. Já não se precisa de incentivo para que haja violência, imaginem se um imbecil propága-la em veículo de comunicação...

Vizinho
O time do vizinho, que tal qual um de seus mascotes, adora ficar copiando os outros, venceu o Náutico na segunda e crê ter renascido das cinzas. Depois de quatro partidas, finalmente, sentiram o gosto da vitória. Parece que acabaram as férias e agora vai, né, Vizinho?! Como cópia pouca é bobagem, ainda buscam o título da Recopa, o qual o Grêmio já tem desde 1.996. Tudo bem. Não sou cruel. Os rubros até podem ser campeões na quinta, se o Grêmio classificar-se na quarta! E reinará a paz neste blogue...

Saludos de un bi-Libertador de América e bicampeão gaúcho,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com