terça-feira, abril 28, 2009

Ano III, Número 119

CAMPEÃO E COM A FAIXA NO PEITO

.

Enquanto o vizinho faz das tripas coração para transformar a Copa Libertadores mais falcatrua dos últimos tempos na solução de todos os seus problemas, assisto ao futebol nacional com a faixa no peito e a taça no armário. Pois é, calmaria total pelas bandas do Beira-Rio, um final de semana de descanso, protagonizado pela espetacular campanha no certame regional, apenas de olho nos futuros rivais do campeonato nacional (este sim o certame de ouro do ano). Flamengo e Botafogo não são páreo. Corinthians e Santos possuem elencos razoáveis e equipes bem acertadas, além de nomes que podem desequilibrar uma partida como R. Nazário e Neymar. O Cruzeiro é adversário forte, apesar de possuir um treinador que não consegue retirar tudo que o elenco lhe oferece. Enfim, depois de enfiar 8x1 no Caxias e 5x0 no pobre Guarani, apenas observo os futuros concorrentes.

.

MAL ACOSTUMADOS

.

Chego de viagem do Chile e sou recebido pelo Gilvan, porteiro do prédio. Depois de saudações coloradas, vou logo lembrando do chocolate de 5x0 aplicado no Bugre e esperando uma efusiva resposta; mas qual minha surpresa quando o Gilvan contestou: “foi pouco!”, agora só me contento com oito para cima. O torcedor Colorado está mal acostumado!

.

WALTER

.

A oportunista imprensa azul procura transformar o episódio da reclamação de Walter por um lugar na equipe principal em novela melodramática. A intenção, nitidamente, é arruinar a carreira da promessa de nosso Celeiro. Mas Walter está mais do que certo. Jogador conformado e acomodado é jogador que não progride. Reclamar por uma vaga na equipe é algo mais do que natural para um atleta com todo o potencial que tem nosso dianteiro. A diretoria também agiu de forma correta ao lhe aplicar um “para-te quieto”. No decorrer dos dias as melancias se acomodam na carruagem e a vida segue seu curso. A tempestade em copo d´água não vingará!

.

VÁRZEA

.

Porto Alegre viveu uma situação inusitada ontem . O boitata chicó chegou à Capital depois de quase 20 horas de viagem e foi direto treinar e reconhecer o gramado azenhano. Detalhe, como vieram com apenas 15 jogadores, o treinador e o Sr. Presidente do clube figuraram na equipe reserva. Mas bah!, é muita várzea. É como venho dizendo: trata-se da Libertadores mais falcatrua dos últimos tempos.

.

RAPIDAS

.

Aliás, não é a toa que a vizinhança realiza a melhor campanha da fase de grupos.

.

Afirmo e reafirmo, Boitatá, U di Chile e Aurora lutariam com Brasil de Pelotas e Sapucaiense para não serem rebaixados à Segundona aqui dos pagos.

.

Náutico em crise; mas adversários pernambucanos, lá em Recife, sempre foram parada dura na vida do Internacional.

.

Não se pode levar a partida por “jogo jogado”. Toda atenção será pouca nos Aflitos.

.

O que pensa o vizinho da rejeição que seu ídolo-mor, R. Portaluppi, sofre no cenário do futebol nacional e, especialmente, dentro do próprio vestiário azenhano ?!

.

Arrogantes não gostam de pessoas arrogantes ?

.

E por falar em mundo azenhano, que fim levou o projeto Arena Humaitá hein ?! Pararam de fabricar maquetes ?

.

E, como era de se esperar, o jogador conhecido como "la barbie" já é idolatrado pela turma da azenha...

.

Alguns dias no Chile e várias manifestações de apoio e solidariedade quando vesti o manto sagrado do INTERNACIONAL.

.

A vida Colorada tem suas recompensas!

.

Saudações rubras, do CENTENÁRIO, DONO DA ALDEIA (*39), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

.

Luiz Portinho – lcportinho@yahoo.com.br


CONFIRMADO

Esta terça-feira foi dia de vestir minha camiseta “rugbyer” e ver mais uma vitória gremista na Copa Libertadores. E um triunfo muito especial. Afinal, com a derrota do Boca frente ao Deportivo Cuenca na quinta-feira passada, terminamos a fase de grupos como o time de melhor campanha entre todos os disputantes ao título da competição. Vencemos o Boyacá Chico por 3x0 e, além da melhor campanha, temos no momento o melhor ataque da competição.

Matamos o jogo no 1º tempo e administramos no segundo. Com destaque para Maxi Lopez e para Souza, que parece ter achado o futebol que havia perdido, nos presenteando com 2 gols, sendo que em um deles um belíssimo toque por cobertura.

Também, para completar, fizemos nossa melhor campanha na fase classificatória desde 1983, ano em que nos sagramos campeões.

Com isto, garantimos uma condição importantíssima: decidiremos a segunda partida em casa contra qualquer um dos demais adversários. E se estivermos na final, esta necessariamente será em Porto Alegre.

A vantagem não é fundamental. Mas é muito importante. O próprio histórico gremista mostra isto. Afinal, diferente de outros sedizentes “campeões de tudo”, coisa aliás que nós sabemos o que é desde 1983, nós já vencemos Campeonato Brasileiro jogando a segunda no Morumbi, Copa do Brasil no Maracanã e no Morumbi de novo e Libertadores em Medellín.

Mas que a festa é muito mais bonita quando é feita ao lado do torcedor, em casa, vendo o time erguer o caneco ao vivo, dentro do estádio, isto sem dúvida.

Agora lutaremos também para quebrar um tabu: desde 2005, quando foi adotado o critério de classificação utilizado hoje, em nenhuma vez o time de melhor campanha levou “a mais linda”.


LA MÁS LINDA

A “mais linda”, no final de 2007, foi levada de Porto Alegre para Buenos Aires por um marujo genovês (explico e dou crédito ao Sancho pela explicação: “Los Xeneizes” significa “Os Genoveses” em genovês). Ano passado, ela acabou sendo levada para Quito, depois de ter sido pretendida por um outro tricolor, mas que vestia grená, verde e branco. Mas era comandado por alguém que já teve a honra de dançar com a princesa no ano de 1983.

O ano de 2009 inicia-se com o valente mosqueteiro tentando salvá-la de outro aprisionamento. Na altitude, onde ela encontrava dificuldades até mesmo para respirar.

Quis a história que nosso herói, agora trajando meias pretas, passasse pelo mesmo martírio da princesa para fazer jus à sua mão de novo. E teria que passar por no mínimo duas vezes.

O início da caminhada foi nervoso. Mesmo em seus domínios, não conseguimos bater o adversário chileno que trajava túnicas vermelhas. Igual às duas vezes que a princesa esteve hospedada nos domínios do nosso herói, o destino fez com que seu primeiro trunfo não acontecesse na primeira batalha.


LA MÁS LINDA II

Tivemos uma vitória nas alturas, da mesma forma que em oportunidades anteriores. Fomos de novo às alturas e obtivemos novo resultado positivo. Voltando aos nossos domínios, mais uma vitória. E visitando o adversário que nos causou dificuldades no primeiro embate, desta vez usando uma túnica clara, e que se assemelha muito à usada por outro país em outro esporte, mais uma vitória. Encerramos a primeira série de batalhas em casa, com 3 golpes fatais no adversário das alturas.

Agora, nosso herói observa para saber quem será o próximo a ser enfrentado. E observa seus rivais. Três em especial. O marinheiro genovês de 2 anos atrás, o celeste das 5 estrelas em seu peito e aqueles que conquistaram o Brasil no ano passado. Devemos observar também um pequeno cangaceiro que veste vermelho e preto, toca zabumba e repousa numa ilha. Pois, apesar de não ter muita tradição fora de seus domínios, é muito difícil de ser batido em seu território.

Nosso próximo embate não será contra nenhum deles. No entanto, sabemos que eles aguardam, ansiosos, um confronto contra o nosso herói.


TOP OF MIND

E o GRÊMIO é, pela 14ª vez consecutiva, campeão do “Top of Mind” da revista Amanhã como o time de futebol mais lembrado pelos gaúchos.

No percentual geral da pesquisa, ficamos com 49,9% da preferência, contra 42,9% daqueles que se autodenominam a maior torcida.

E o interessante que o GRÊMIO continua dominando a preferência entre todas as classes sociais. O que prova que cada vez mais a paixão tricolor é superior a qualquer modinha vermelha.


RAPIDINHAS

E o tal Oito e Trinta, adversário dos vermelhos na tal Copa Suruba, hoje ocupa a LANTERNA do Campeonato Japonês.


Depois o vizinho vem querer falar da Libertadores 2009.


Ainda há uma incerteza sobre o novo técnico, mas todos os indícios levam mesmo a Paulo Autuori. Duda Kroeff falou que o técnico virá do exterior.


Escrevo a coluna assistindo aos momentos finais de San Lorenzo X Universitario-PER. O “Ciclón’ está ganhando por 2x0 e credenciando justamente a equipe peruana para ser nossa adversária. Até quinta isto pode mudar, mas dificilmente deixaremos de ter de viajar até o Peru, pois a outra equipe que pode vir a enfrentar o GRÊMIO é o Universidad San Martín. ATUALIZADO: O San Luis marcou o 2º gol e eliminou o Universitario-PER, que perdeu mesmo por 2x0 pro San Lorenzo. Agora, só na quinta-feira mesmo para sabermos nosso adversário.


Saudações imortais de um Bi-Libertador da América,

Leonel Knijnik (DJ Aldebaran)
Gaúcho por Tradição e Gremista de Coração

quinta-feira, abril 23, 2009

Ano III, Número 118



MELHOR CAMPANHA DA LIBERTADORES



A vitória do GRÊMIO no Chile, conjugada com alguns resultados da rodada, deixa o GRÊMIO momentaneamente com a melhor campanha entre todos os times que disputam a Libertadores, o que garantiria decidir no Olímpico em todas as rodadas.

Nesta quinta, o Boca Juniors enfrenta o Deportivo Cuenca fora de casa. Sendo o único time que mantém 100% de aproveitamento, se ganhar supera o GRÊMIO neste quesito.


CLASSIFICADO

O GRÊMIO fez a partida mais complicada do grupo nesta quarta e conseguiu trazer 3 pontos de Santiago. Curiosamente, mesmo tendo disputado 11 Libertadores na nossa história, tendo 2 títulos e 2 vice-campeonatos, nós jamais havíamos jogado no Chile por esta competição.

Nossa atuação não foi das melhores, em especial no 1º tempo, quando La U nos impôs alguma dificuldade, obrigando o goleiro Victor a fazer defesas importantes, e ainda levamos um susto após uma bola na trave que teve como origem uma vacilada do zagueiro Leo. E, diferente dos confrontos anteriores pela Libertadores, criamos poucas chances de gol.

Foi numa destas poucas chances criadas que chegamos ao 1º gol ainda no primeiro tempo. Após uma cobrança de falta na intermediária, Jonas mandou uma bola na trave e Leo pegou o rebote de cabeça e abriu o placar.

No segundo tempo, após bela jogada de Souza, que não teve boa atuação no 1º tempo mas melhorou no 2º, um passe açucarado pro argentino Maxi Lopez chutar cruzado, no cantinho do goleiro, dando números finais ao placar do jogo.

Num jogo de poucos destaques, apenas Victor, Adilson e Maxi Lopez foram bem. Os alas foram mal, a zaga estava intranquila e o meio estava inoperante.

Mas no final das contas, mais vale chutar 3 bolas e fazer 2 gols do que chutar quase 15 e o jogo terminar 0x0, a exemplo do que aconteceu no jogo de ida.


ROSPIDE

E se Marcelo Rospide tem chances de ser efetivado, vale a crítica de que as substituições que ele fez não foram efetivas. Tirar Leo pra promover a entrada de Thiego não foi a melhor opção. Deveria ter colocado alguém pra reter mais a bola no meio, já que a Universidad de Chile dominava o setor.

Rospide pegou a base do time de Celso Roth, manteve o esquema tático e não fez muitas alterações. Um bom trabalho de interino. Mas não acho ele pronto para assumir o GRÊMIO. Se confirmar, talvez venha a ser uma surpresa.


NOVO TÉCNICO

Amanhecemos nesta segunda com a notícia de que a direção teria recebido um ultimato para definir logo o novo comandante gremista.

A última informação vinda de Paulo Autuori seria que ele ficaria no Catar até 20 de maio, quando termina seu contrato, pois seu time disputa a 'Copa do Príncipe', que dá uma vaga pra Copa dos Campeões da Ásia. Algo como a nossa Copa do Brasil, com a diferença que ela é 'tiro curto', ou seja, dura só um mês.

Enquanto isto, novos nomes surgem na já extensa lista de especulações. Os últimos seriam Alfio "Coco" Basile, que era o treinador da Argentina quando eles levaram aquela sonora goleada do Brasil na final da Copa América.

Outro nome que surgiu seria o de Wanderley Luxemburgo. Que seria uma piada de mau gosto para com o torcedor gremista. Além de caro, é um técnico em extrema decadência. E que não tem um bom retrospecto em Libertadores. Luxemburgo seria um excelente motivo para que muitos torcedores deixassem de ir ao estádio. E eu me incluo.

Mas parece que há uma tendência mesmo em esperar pelo Paulo Autuori. Mesmo a SPORTV tendo noticiado que o GRÊMIO realmente fará isto, os dirigentes negam que isto tenha realmente ficado definido.


RAPIDINHAS

O GRÊMIO apresentou o centroavante Ricardo, de 20 anos, que veio do Londrina.


A decisão do Gauchão provou três coisas que foram ditas aqui neste espaço. Primeiro, que o time do Caxias é fraco. Segundo, que se o GRÊMIO tivesse colocado realmente um mistão, teria saído com um resultado melhor. E terceiro, que a final foi entre matriz e filial.


Emerson rescindiu contrato com o Milan. Seria uma excelente contratação. Acorda, direção!


O GRÊMIO espera definir nesta semana as contratações de Renato e Rafael carioca.


Saudações imortais de um bi-campeão da Libertadores da América,




Leonel Knijnik (DJ Aldebaran)
Gaúcho por Tradição e Gremista de Coração




BICAMPEAO!!!
.
Estar no Beira Rio domingo foi mais um desses momentos marcantes que o INTERNACIONAL proporcionou em minha vida. A vitória de 8x1 foi dessas coisas para jamais se esquecer; mais do que uma partida de futebol, o torcedor Colorado assistiu a um show de bola. Os primeiros 45 minutos foram algo que adjetivo algum explica; com um toque de bola esplêndido, o INTERNACIONAL literalmente colocou o pobre adversário na roda. Ao pobre Argel só sobrou tomar um copo d´água atrás do outro na beira da cancha (foi um espectador mais do que privilegido!). A goleada, fora de dùvidas, coroou e forma justa uma campanha irretocável e invicta. O caneco ficou aonde merecia!
.
QUEM SEGURA O INTERNACIONAL ?
.
A indagacao näo é minha, caros leitores. Estou em viagem ao Chile, abro o "yahoo" para saber das novas da terrinha e me deparo com essa estasiante manchete. Acabamos de bater o Bugre por 5x0 e, pelo que leio, foi mais um triunfo fácil para o esquadräo Colorado. Espero que essa indagacäo ñao tenha resposta...
.
PRODÍGIO
.
Taison anotou mais um contra o Guarani em tiro de fora da área. Contra o Caxias além de anotar um golo para consolidar sua artilharia no certame, deu um verdadeiro "merengue" para seu amigo D´Alessandro marcar. Estamos diante de mais do que uma revelacao do Celeiro. Taison é um prodígio. E o melhor de tudo, com cláusula rescisória de 40 milhöes de Euros.
.
TANGO EM PORTO ALEGRE
.
Assisto ao compacto da vitòria sobre o Guarani. D´Alessandro protagonizou lances memoráveis. No último gol dancou um "tanguito" à frente do adversário para logo em seguida colocar a bola na cabeca do "General" Bolivar (como se fizesse o passe com as mäos). Näo é a toa que já esta na
mira de Don Diego Maradona para figurar na próxima convocacäo do selecionado argentino.
.
A MAGIA DE DON ELIAS FIGUEROA
.
Ontem fui a Viña del Mar e conheci el señor Luis Enrique, motorista e guia turístico. Uma figura ímpar dessas que rouba a cena do passeio. Conversávamos longamente, sobre futebol é claro. Ele me contou detalhes da estada do selecionado canarinho por aquelas terras no Mundial-62 e Copa América-91. Dissecou nome por nome as escalacöes dos escretes de 62 e 70, tecendo elogios aos craques brasileiros. Mas o grande momento da "charla" foi quando mencionei o nome de Don Elias Figueroa. Foi a deixa; el señor abriu seu coracäo e, emocionado, se declarou "hincha" do Internacional, relatando com detalhes precisos o "Gol Iluminado". O Colorado, de fato, é INTERNACIONAL.
.
RÁPIDAS

O vizinho agonizou mais um final de semana sem futebol, enquanto todos os torcedores pelos quato cantos do país estavam envolvidos em decisöes.

E, pobre rapaz, deve ter acreditado que o Caxias (que lhe enfiara um chocolate serrano) poderia fazer frente ao INTERNACIONAL.

Tchê, vizinho, quando quiser ganhar dos times de Caxias do Sul näo te acanhas vivente, vai lá no Beira Rio que te ensinamos.

Num rápido passeio por "las calles" de Santiago, indago a um vendedor de livros sobre biografias de Don Elias Figueroa, me identifico como "hincha" de sua equipe no Brasil. O indivìduo abre um sorriso e declara: "ah! Internacional".

Vida Colorada, sempre!

Saudacoes rubras, direto de Chile,

Luiz Portinho.

terça-feira, abril 14, 2009

Ano III, Número 117

INTERNACIONAL x CAXIAS


O Colorado chegou à final passeando. Aliás, passeou durante todo o certame. Já o Caxias teve grandes dificuldades, até encontrar o time do vizinho e enfiar um sonoro 4x0 que mudou completamente sua história no certame. De praticamente eliminado ganhou vida, eliminou Veranópolis e Juventude fora de seus domínios e chega à decisão como franco atirador. Mas todo o cuidado será pouco. Assisti à segunda etapa do CaJu e fiquei com boa impressão do time armado por Argel. Possui dois atacantes rápidos e perigoso, especialmente o M. Dener. E, acima de tudo, é um time que assimilou muito bem a alma guerreira de seu treinador. Uma coisa é certa, não teremos as mesmas facilidades encontradas contra a ULBRA, nas semifinais, e o Portoalegrense, nos três confrontos que tivemos.


INTER 4x0 ULBRA


O time nitidamente se poupou na segunda etapa. Com 2x0 em 15 minutos e uma superioridade escancarada, o Internacional tratou de administrar a vantagem. O jogo ficou chato e tive vontade de ir embora do Bar do Bocão. A ULBRA bem que podia ter convertido a penalidade e conferido um pouco de emoção ao final de domingo; mas não, errou e logo em seguida o Colorado anotou o 3º gol. Ficou sem graça.


CONTESTADOS I


Torcida e imprensa, ao que parece, sempre necessitam encontrar jogadores para colocar em dúvida. Lauro, Bolívar e Álvaro são os nomes da vez no Internacional. Só tenho a dizer que os três jogadores não precisam provar mais nada; tiveram atuações fantásticas na campanha da Sudamericana e ajudaram a consolidar nosso sistema defensivo. Não vou ecoar as críticas com base em uma ou duas má atuações ou por causa de um ou dois golos acidentais.


CONTESTADOS II


O engraçado é que os “contestadores” de Lauro, por exemplo, são os mesmos que assistiram a Clemer empilhar “frangos” e lances constrangedores envergando durante temporadas a camisa número “1”. Eu nunca vi os “experts” de nossa imprensa que criticam Álvaro utilizarem suas penas afiadas para criticar zagueiros limitadíssimos como Tiego´s e Léo´s da vida. E aos que criticam o Bolívar, eu só peço que me tragam um, um único gol, que tenha saído pelo lado direito de defesa do Internacional, numa falha do General. Desde que Bolívar foi efetivado no setor, nunca mais tivemos problemas defensivos por ali. Portanto, os “contestadores” de plantão que dirijam suas penas e línguas para outras bandas.


BONANÇA I


Quando a maré está boa, tudo conspira a favor. Taison e Guiñazu estavam suspensos e não puderam atuar domingo. Alecsandro ingressou na equipe e além do gol teve ótima participação ofensiva. No lugar de Guina entrou D´Alessandro e foi mantido Andrezinho, possibilitando à equipe atuar no esquema ideal com um quadrado na meia cancha, ao invés do losango que, tenho dito, é demasiado cuidadoso para enfrentar equipes de menos qualidade técnica, como era o caso da Ulbra. É claro que, aqui, não se pode negar elogios à diretoria que teve habilidade para montar um ótimo grupo, com reposições qualificadas e à altura dos titulares.


BONANÇA II


Para se ter uma idéia, temos promessas do quilate de Walter e Giuliano no banco de reservas. E a torcida sempre espera ansiosa para vê-los entrar na equipe. Tales, outra grande promessa, e D. Moraes, que seria titular em qualquer clube do país, nem no banco de reservas figuram por enquanto. Sorondo, que em outros tempos teria seu retorno apressado, está submetido a um retorno planejado, que certamente será fundamental à superação do processo de lesões crônicas que vinha sofrendo. E, por fim, o 4-4-2, ao que parece, virou filosofia tática definitiva. Enfim, que bons tempos estamos vivenciando no Beira-Rio.


RAPIDAS

.

A vitória por 2x1 contra o Guarani, em Campinas, deve ser valorizada. Nunca foi fácil ganhar do "bugre" lá dentro do Brinco de Ouro.

.

Confirmando a classificação no dia 22, dentro do Beira-Rio, enfrentaremos o vencedor de Náutico e Criciúma.

.

Nosso lado da chave ainda tem Flamengo e Botafogo. No outro lado estão Fluminense, o Corinthians e o Galo Mineiro como adversários mais perigosos.

.

Falei acima sobre Bolívar. O mais engraçado é que li jornais e colunas na segunda-feira e não vi sequer um elogio à grande atuação que o General teve domingo.

.

Final de semana de jogos importantes pelos quatro cantos do Brasil. Movimentação ampla nos regionais.

.

E o vizinho hein ? O que terá feito no final de semana ?!

.

O único clube que disputa o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão que não jogou no final de semana foi esse aqui da vizinhança.

.

Tchê, que azar teve o vizinho de nascer em Porto Alegre e não ser um dos 60% de sortudos de nossa população que torce para o INTERNACIONAL.

.

Assisti Palmeiras x Santos. Dois belos times hein!

.

Corinthians e São Paulo também são equipes bem competitivas.

.

Agora, o futebol carioca é decadência pura!

.

Sobre Minas Gerais não tenho o que falar, não pude assistir sequer um jogo dos mineiros. Agora, com D. Tardelli de grande destaque a coisa não pode estar muito bem por lá.

.

Vem aí a finalíssima da Taça F. Koff.

.

Repito, todo cuidado será pouco contra o Caxias de Argel.

.

A propósito, será que F. Koff vai ao Beira-Rio domingo entregar a taça ao campeão ?!

.

Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*38), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

.

Luiz Portinho – lcportinho@yahoo.com.br


NAU À DERIVA

O GRÊMIO hoje é uma nau a deriva. Sem timoneiro, sem capitão e com uma tripulação desesperada. Nossa direção, como bem mencionou o Sancho na semana passada, está mais focada em fazer revanchismo e exaltar vaidades do que propriamente comandar o clube de forma profissional como houvera prometido na eleição. Aliás, a profissionalização da gestão foi uma promessa DAS DUAS chapas que disputaram a presidência. No entanto, o resultado desta gestão está aí, para quem quiser ver.


PAULO AUTUORI

Hoje estamos sem técnico, pois fomos obrigados a corrigir o erro de ter renovado com Celso Roth no final do ano. O nome preferido para ocupar a vaga deixada por nosso ex-treinador é Paulo Autuori. Sem dúvida, um técnico experiente, vencedor e que possui duas Libertadores e um Mundial no currículo. No entanto, não teve uma boa passagem quando treinou os vermelhos. Levou 4x0 do Juventude em casa nas semifinais da Copa do Brasil e acabou perdendo um Gauchão para um GRÊMIO treinado por... Celso Roth. Mesmo assim, seria um bom nome para assumir o GRÊMIO neste momento.

No entanto, Paulo Autuori está no futebol árabe, e mesmo declarando que quer voltar para o Brasil e treinar o GRÊMIO, está encontrando dificuldades para deixar o Al-Rayyan antes do final de seu contrato, que termina em maio. As últimas notícias dão conta de que Renê Weber, auxiliar técnico de Autuori, pode assumir o comando técnico do GRÊMIO até que nosso comandante possa vir em definitivo.


RENATO PORTALUPPI

Enfim... parece que há uma convicção em torno do nome de Paulo Autuori.

Até porque a segunda opção da direção seria Renato Portaluppi. Ele tem o sonho de treinar o GRÊMIO e a aprovação de grande parte da torcida. No entanto, apostar no Renato neste momento seria mais uma vez fazer valer o 'pensamento mágico' que um ídolo do clube seria a salvação para nossos problemas. E assim já queimamos muitos jogadores que tinham idolatria por parte da torcida gremista. Adilson, Cuca e Hugo de León foram exemplos disto.

Renato ainda tem que evoluir como técnico para assumir um desafio com a grandeza e a responsabilidade (maior pra ele por ser um ídolo da torcida) de treinar o GRÊMIO. Principalmente, precisa aprender a ser menos arrogante. Precisa também adquirir experiência treinando algum time de fora do Rio de Janeiro. E principalmente, precisa voltar às suas origens de gringo de Guaporé, deixando de lado aquele sotaque adquirido de falar "você", chiar o S e dobrar o R.


A SAÍDA DE ROTH

Sobre a saída de Celso Roth, li no blogue irmão Furacão Alvinegro, do amigo Ney Pacheco, sobre o fato de a má fama de Celso Roth ser injustificada.

Também, algumas palavras pra fazer um contraponto às opiniões de meu grande amigo e confrade Paulo Sanchotene, que mais uma vez ocupou este espaço com brilhantismo. Temos divergências de opinião em alguns pontos, mas é muito bom ele poder escrever aqui até pra o espaço não ficar ‘viciado’ com a mesma opinião toda a semana.

Pois a direção precisou, sim, do fato pra ‘jogar pra torcida’ a demissão do Roth, quando o certo seria não ter renovado com ele no final do ano. Pra daí sim apostar no planejamento. Técnico novo, carências do time identificadas e supridas, GRÊMIO entrando na Libertadores da forma de que lhe é exigida pela sua grandeza: para postular ao título. Aliás, o certo seria nem tê-lo contratado, mas...


A SAÍDA DE ROTH II

Perdemos a Taça Fernando Carvalho por culpa do malfadado esquema 3-6-1 implantado pelo Celso Roth. E como já foi dito aqui, ganhando este 1º turno, estaríamos com o 'burro na sombra' e poderíamos ter a tranquilidade de descansar o time titular durante TODA a Taça Fábio Koff, afinal já tínhamos pontos suficientes para um não-rebaixamento mesmo se perdêssemos TODAS as partidas do returno.

Ao contrário do que os vermelhos dizem, o Gauchão é sim importante para o torcedor. Eu sempre digo que Gauchão é o ‘dever de casa’, que todo o bom aluno tem que fazer. Não ganhar o título faz parte de tentar ganhá-lo. Menosprezar o campeonato e municiar os vermelhos é um erro monstro. Além do mais com o técnico tendo o discurso de que 'Gauchão é só importante quando se perde'.


A SAÍDA DE ROTH III

Entramos pressionados no returno. Afinal, o torcedor queria uma vitória em GRE-nal. Sendo que até então havíamos perdido os 3 últimos. Colocando dois ‘mistões’ contra São Luiz e Caxias (ou até mesmo um time misto contra o Caxias, não todos os titulares) a gente não teria saído do Estádio Centenário com um 4x0 nas costas e um GRE-nal prematuramente marcado. Parece até que eu previa aqui neste espaço que aconteceria isto. Nestas circunstâncias, iríamos de time reserva pra jogar contra ULBRA, Santa Maria ou quem quer que fosse. E deixaria os titulares descansando pra encarar o Aurora. Sendo que Roth já havia chamado pra si as atenções da crise quando passou em público aquela carraspana sem propósito e desproporcional no garoto Douglas Costa, com quem era flagrante a implicância.

O monstruoso erro de planejamento praticamente obrigou o GRÊMIO a colocar os titulares pro clássico citadino. Afinal, que confiança se teria pra escalar um time que leva 4x0 de uma equipe fraca como o Caxias? Estaríamos na iminência de um vexame sem proporções. E também a direção queria a vitória no clássico. Afinal, estava marcada por duas derrotas em dois enfrentamentos contra nosso tradicional adversário. Roth queria os reservas com a justificativa no ‘planejamento’, que se mostrou falho e precisava ser refeito. Isto parece ter quebrado de vez o copo, que já estava trincado desde o clássico de Erechim e a rachadura só aumentou, estando por um fio de quebrar de vez após o episódio que antecedeu o jogo contra o Caxias.


A SAÍDA DE ROTH IV

Novo clássico, nova derrota. E dos três GRE-nais, foi o que o técnico melhor escalou o time. Afinal, na impossibilidade de contar com Ruy, lesionado, deslocar Souza para a ala parecia ser a melhor solução, pois ele já desempenhara esta função no São Paulo. Para isto, foi promovida a entrada de Thiego no time, para compor o sistema defensivo, com Réver desempenhando a função de 1º volante. Mas Souza estava muito nervoso e, mais uma vez, não jogou bem.

No entanto, pareceu funcionar a ideia de Roth de marcar forte o adversário com o intuito de neutralizar suas ações. Tanto que eles praticamente não criaram durante todo o 1º tempo. O pênalti contra nós foi corretamente marcado.

E a vitória deles veio muito pela qualidade do grupo do adversário, pelo melhor momento deles do que propriamente por demérito nosso.


A SAÍDA DE ROTH V

No fim, os gritos de ‘Odone, Odone, Odone’ do torcedor presente ao estádio, que se temia que viessem a se repetir contra o Aurora, era o sinal claro que a direção precisava dar à torcida a cabeça que eles pediam com razão.

Para encerrar, a má fama de Celso Roth está plenamente justificada. Basta ver em seu próprio site oficial os títulos que ele conquistou em quase 20 anos de carreira como técnico.

Celso Roth deixa o GRÊMIO. Tomara que para nunca mais voltar.


VAGA PRATICAMENTE ASSEGURADA

Há quem diga que eu não escrevi a coluna semana passada pois estava comemorando até agora a saída do Roth. Mas não. Terça tinha GRÊMIO X Aurora, pelo início do returno da fase de grupos da Libertadores.

Se o GRÊMIO adotou como discurso a prioridade à Libertadores, nesta competição vai muito bem, obrigado. Conquistamos 10 pontos dos 12 disputados, somos o time brasileiro de melhor campanha e um simples empate contra o Universidad de Chile nos assegura matematicamente na próxima fase. E uma vitória, combinado com um improvável triunfo do Aurora sobre o Boyacá Chico, podemos assegurar até mesmo o 1º lugar, jogando a última rodada apenas para garantir uma melhor posição entre os primeiros colocados, assim assegurando melhores possibilidades de garantir os jogos de volta em casa.


VAGA PRATICAMENTE ASSEGURADA II

O Aurora não impôs nenhum tipo de dificuldade ao GRÊMIO. Foi um adversário fácil de ser batido. A superioridade do GRÊMIO em relação ao time boliviano ficou tão evidente que saímos de campo com a sensação de que os 3x0 aplicados ao natural pelo GRÊMIO ficou barato.

Como destaque positivo ficou Maxi Lopez. Em sua primeira boa atuação com a camiseta do GRÊMIO, um belo gol de cabeça anotado. Agora, lamentável a posição do P. E. Denardin ficar incentivando a torcida a gritar “Barbie, Barbie, Barbie”.

E como destaque negativo fica outra atuação muito abaixo da crítica do meia Souza. Parece irritado, e que não está a fim de jogo. Para administrar a situação dele precisamos de uma direção atuante, coisa que infelizmente ficou em algum lugar do passado.


RAPIDINHAS

Vagner Mancini falou nesta segunda no programa “Bem, Amigos” que saiu do GRÊMIO por causa do Pelaipe. Que nosso ex-diretor de futebol destratava as pessoas nos hotéis e entrava no vestiário berrando e chutando porta. E tem gente que quer de volta este “Cacalo sem grife”.


Da mesma forma que temos a campanha “Roth nunca mais”, seguimos firmes e fortes na campanha “Pelaipe nunca mais”.


Final do Gauchão entre matriz e filial.


Rafael Carioca pode voltar ao GRÊMIO por empréstimo até o final do ano. Tá aí uma excelente notícia.


Victor; Leo, Rafael Marques e Réver; Makelelê, Adilson, Tcheco, Souza e Fábio Santos; Jonas e Maxi Lopez. Este é o provável time pra encarar o U. de Chile nesta quarta-feira às 21h45min.


GRÊMIO pode pagar até US$ 1 milhão pelo meia Renato, que está praticamente acertado.


Louvável a intenção do GRÊMIO de montar uma comissão de Marketing dentro do Conselho Deliberativo. Agora basta saber se o ‘poder instituído’ dentro do GRÊMIO não vai ficar tolhendo as ações desta comissão. Afinal, existe uma máxima do serviço público que diz que ‘a melhor forma de não resolver um assunto é formar uma comissão’.


Saindo um pouco do assunto: para quem curte Fórmula 1, vale a pena dar uma passada no Blog do Capelli para conferir as reformas em Suzuka. Mudaram as arquibancadas, os boxes, a torre de controle... só não mudou justamente o que NÃO era pra mudar: a pista. Ainda está em minha memória o título de Ayrton Senna em 1988, naquela madrugada inesquecível para os fãs de automobilismo.


Saudações imortais de um bi-campeão da Libertadores da América,


Leonel Knijnik (DJ Aldebaran)
Gaúcho por Tradição e Gremista de Coração

terça-feira, abril 07, 2009

Ano III, Número 116

EDIÇÃO ESPECIAL - GRE-NAL 376
(crédito da foto: Site do Sport Club Internacional)



A OPÇÃO PELA CRISE


A grande vantagem de se escrever na terça-feira é a diminuição dos efeitos da emoção na análise dos acontecimentos de domingo. Fosse escrita no dia, e esta coluna corria o sério risco de faltar com o devido respeito às pessoas que comandam o Grêmio. Hoje, mais calmo, é possível criticar duramente a maneira como vem sendo conduzida a administração do clube sem cruzar a linha que separa a crítica objetiva das ofensas pessoais. Como se vê, o meu estado anímico não era dos melhores durante o final-de-semana.

O Espírito de Revanchismo
Dito isso, passemos diretamente ao que interessa. Após três meses do início da Administração Duda Kroeff, alguns sinais de como o clube está sendo gerido são bastante claros. O primeiro deles é o de ruptura com a administração anterior. Não que Odone não se caracterize pela construção de inimizades, o que o mantém responsável pelo que acontece, mas nitidamente colocou-se o desejo de vingança sobre os interesses do clube.

As saídas de Odone e Antonini da Grêmio Empreendimentos foi o primeiro sinal de que há problemas sérios de relacionamento dentro do clube. A ascensão de Preis à presidência da empresa responsável pela concretização do novo estádio, bem como a demissão de Rodrigo Caetano do Departamento de Futebol, foram reflexos de que a primeira preocupação da nova gestão era quebrar qualquer vínculo com a anterior e mostrar que Odone não tinha qualquer ingerência sobre os assuntos do clube. Ora, isso é, sim, colocar vaidades pessoais sobre os interesses maiores do clube. E qualquer atitude nessa direção é prejudicial ao Grêmio, além de ser duvidoso o benefício que traz às pessoas que estão no comando atualmente.

No Grêmio, onde as coisas costumavam resolver-se na base do acordo, desde há muito tempo vê-se que a vaidade está no comando. Imaginava-se –eu, pelo menos– que Duda pudesse trazer alguma mudança nesse cenário, pelo seu estilo calmo e agregador, e pela equipe que o apóia no Conselho de Administração. Contudo, acabou por ser escanteado pelo denominado G6 (união dos seis movimentos políticos da chapa do Duda), seja por opção ou por ter perdido a queda-de-braço. Não tenho informações suficientes para saber. Ainda não está claro como as coisas se seguirão adiante, mas o início não foi nada promissor.

O Futebol e a “Gestão de Arquibancada”: a saída de Roth
Na eleição, o sócio do Grêmio elegeu Duda Kroeff. No entanto, quem manda no futebol do clube, hoje, são corneteiros e jornalistas. Eram esses que pediam a cabeça do treinador numa bandeja de prata, e encontraram na direção o apoio necessário para fomentar uma crise artificial. Faltava apenas um bom motivo para demiti-lo e só o haveria, caso o clube entrasse numa crise que demandasse mudanças radicais. E assim foi feito.

É possível que tal já fosse a intenção de certos membros da diretoria (mais revanchismo contra Odone?), mas desde a derrota para o Internacional em Erechim, é que começou-se a cogitar seriamente a mudança de treinador pela diretoria. Foi exatamente a partir desse jogo, que a direção passou a omitir-se contra qualquer crítica que pudesse direta ou indiretamente atingir o treinador. Protestos nas arquibancadas e nos meios-de-comunicação tornaram-se constantes. No entanto, a direção nada fazia para defender seu funcionário e seu planejamento para a temporada. O silêncio na Azenha ajudava a pressão sobre o treinador e o time aumentar ainda mais.

Foi após derrota no segundo Gre-Nal, na final da TFC, que a direção decidiu não ser Roth o treinador ideal. Roth não sabia, mas viajou demitido à Tunja; como havia viajado demitido à São Paulo no ano passado, sob a direção do mesmo Krieger. Contudo, a vitória e o bom jogo tornaram sua saída impossível. Pelo menos, por ora. Como a Libertadores estava encaminhada, restava apenas o Gauchão como “esperança” para a demissão. Note-se que a idéia, aqui, era não repetir o que houve com Mancini, demitido sem razão aparente. A intenção era forçar uma situação em que a saída do Roth servisse como “boi de piranha”. Assim, um campeonato que deveria ser deixado de lado, tornou-se o mais importante de repente.

A direção via nisso uma situação em que, no seu entender, era impossível perder. Vencendo a TFK, a crise pararia pelos resultados de campo. Iriam para as finais do Gauchão extremamente motivados, convictos de que venceriam o Internacional (só esqueceram de avisar ao adversário, claro). Perdendo a TFK, a crise pararia pela despedida do Roth, entregue aos corneteiros e jornalistas como uma oferenda, um sacrifício de paz. E chegaria um treinador novo, que teria como missão levar o time ao título da Libertadores (só esqueceram de avisar os outros times, evidentemente).

É por isso que a direção não titubeou em exigir que os titulares jogassem no domingo. Nisso há, também, um total descaso com o time do Aurora. Acham que podem vencer os bolivianos onde, quando e como quiserem. Criaram a crise, na certeza de que basta uma vitória sobre o Aurora e o anúncio do Renato Portaluppi para que haja tranqüilidade. Arriscaram a temporada inteira para ficar de bem com corneteiros e jornalistas. Todavia, o sucesso do plano depende de uma vitória hoje, depende de um time cansado e destroçado animicamente.

O torcedor acha que verá um time solto, livre das amarras de um “perdedor nato”, de um “mal-humorado”, de um “incompetente”. Imagina um “passeio” sobre um “timeco de várzea”. E nem poderia ser diferente, porque é exatamente esse o pacote oferecido pela direção do clube e pelos jornalistas. O futebol, no entanto, é um esporte traiçoeiro. E tudo pode ir por “água a baixo” em 90 minutos.

Por fim, nem uma vitória hoje garante nossa classificação. A crise artificialmente criada pela direção não está sanada. Uma eliminação precoce na Libertadores e os questionamentos recomeçarão com toda a força. É o preço a pagar por administrar clube tentando agradar corneteiros e jornalistas. Há uma velha lição de Fábio Koff, aprendida por Fernando Carvalho, mas que parece ter sido esquecida no Olímpico: dirigente não pode ser torcedor. É bom que Duda compreenda isso rápido, sob pena de sua gestão ser mais um exemplo de fracasso. Até agora, caminha exatamente para isso.

“Se Gre-Nal arruma a casa, o Beira-Rio é um ‘show room’” (Ibsen Pinheiro)
O aniversário de cem anos do co-irmão foi no sábado e a ala gremista do Mundo Esportivo não havia ainda registrado a homenagem. O equívoco tenta-se corrigir agora. A frase acima é um bom começo. Trata-se de declaração do Ibsen após uma vitória em clássico entre as temporadas de 2003 e de 2004 (coincidência?) e retrata bem como estão as relações de força no futebol da cidade atualmente.


Para completar a linda –e foi mesmo– festa só faltava, mesmo, a presença do Grêmio. E nós mesmos tratamos de aparecer, mesmo sem sermos convidados. E como bom “peru”, demos um vexame que só abrilhantou ainda mais os festejos. Assim, toda a alegria colorada é merecida, e deve ser encarada por todo gremista com muito respeito e um pouco de inveja. Desde que o Internacional passou a tratar o futebol com seriedade, com planejamento baseado na realidade, a distância entre os dois clubes aumenta a cada temporada.

Como a gestão Duda parece ter-se mostrado, por enquanto, devota ao “pensamento mágico”, à “imortalidade tricolor”, como lição, e em homenagem ao centenário do co-irmão, deixo o seguinte pensamento, a melhor e mais merecida flauta da semana:

“O Grêmio ser imortal faz dele um freguês eterno!”

Falando sério, se o Grêmio é imortal, paciência tem limites. É melhor pararmos de sonhar e botar os pés no chão. Caso contrário, essa Era Colorada, iniciada em 2003, demorará para acabar.

Por fim, meus cumprimentos ao Sport Club Internacional, rival de tantos anos, o melhor adversário que um gremista poderia desejar, campeão de (quase) tudo. Um clube tão centenário, tão gigante, tão imortal quanto o Grêmio.

Brindemos por cem anos mais!

Saudações centenárias,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene – sancho.brasil@gmail.com



BRILHO COLORADO

Nunca tive tanta dificuldade ao iniciar uma coluna. A maré está tão boa para o INTERNACIONAL, foram tantas alegrias, tanta coisa boa acontecendo na última semana, que tenho dificuldades imensas para escrever. É, a vida é assim; dizem, inclusive, que os grandes poetas e romancistas tiram sua inspiração da dor. Pois bem, o fato é que tenho severas dificuldades em redigir esta coluna. Sexta-feira tivemos uma caminhada com a presença de mais de 30 mil Colorados pelas ruas de Porto Alegre; missa na Catedral da Praça da Matriz com queima de fogos inesquecível; a meia noite (ou zero horas, se preferirem), no limiar de nosso centenário, a Capital (e todo Rio Grande) exaltou os 100 anos de Glórias. Colorados pelos quatro cantos do mundo, tenho certeza, entoaram, de uma forma ou outra, nosso hino. Que venham mais cem anos e que em todas as plagas distantes, repleto de feitos relevantes, sigamos a brilhar.

SENDA DE VITÓRIAS I

Tenho mais de 20 anos de presença constante do Beira-Rio e de rotina Colorada diária. Acompanhei várias fases do INTERNACIONAL, muitos clássicos gNAIS, muitas vitórias e muitas derrotas. Mas nunca vivenciei uma fase de tamanha superioridade em clássicos como esta que o torcedor do INTERNACIONAL está vivenciando agora. Nossas quatro vitórias consecutivas não servem apenas para ampliar a estatística que nos é amplamente favorável. Com aquele 4x1 implacável do ano passado, inauguramos uma Era de superioridade inquestionável contra a turma da azenha.

SENDA DE VITÓRIAS II

O clássico do último domingo foi marcante. Embora a vizinhança tenha tido três ótimas oportunidades de marcar, todas elas nasceram de bolas paradas. No mais, só deu INTERNACIONAL; o domínio das ações foi total. Nosso meio campo foi soberano e controlou todas as ações (gostei demais da atuação de Magrão na primeira etapa). Guiñazu foi o monstro de sempre (esse gringo, já disse aqui, é um extraterrestre). Sandro já não é mais uma promessa do Celeiro, está dando conta do recado e mostrando como deve jogar um cabeça de área. No setor criativo, Andrezinho foi razoável e D´Alessandro entrou em seu lugar para mostrar o quão importanto é o toque de qualidade numa equipe. O lance que originou o gol de Índio foi mágico, magistral, espetacular; não há adjetivos para defini-lo com perfeição: valeu o ingresso!

SENDA DE VITÓRIAS III

Mas acima de tudo quero exaltar um ponto específico. A senda de vitórias que estamos assistindo guarda muita relação com um grupo vencedor e talhado a jogar partidas decisivas e importantes. Índio, Magrão, D´Alessandro e Nilmar são típicos homens gNAIS que já incluíram seus nomes na história do clássico com lances e, especialmente, gols que decidiram os combates. Nessa edição, Magrão fez uma primeira etapa perfeita, com muita participação, combate e criatividade; Nilmar passou em branco, mas foi perigo constante, Índio fez o gol da vitória e D´Alessandro, bom, D´Alessandro foi o nome que mudou a história do clássico, um lance que, repito, não cabe dentro de adjetivos.

O CACIQUE ÍNDIO

Índio completou 200 jogos com a camisa do INTERNACIONAL, marcou seu 5º gol em clássicos e, de quebra, igualou Don Elias Figueroa em número de gols anotados pelo clube. De zagueiro mediado se transformou num dos melhores e mais valorizados defensores do Brasil. Dentro do Beira-Rio, sem dúvida, é um dos atletas mais respeitados. A meu ver, já superou ícones da posição como Aloísio, Célio Silva e o próprio Lúcio. Vida longa a nosso cacique!

RAPIDAS

.

BEIRA-RIO foi a casa do Brasil na semana passada.

.

O nosso GIGANTE completou 40 anos e está cada dia mais bonito (clique aqui para acessar fotos).

.

festejos do centenário ficaram ainda mais lindos com as presenças de Renata Fan e Luise Altenhoffen.

.

“Mas é meio improvável que ocorra clássico já nas quartas. Só se levarmos 4x0 do Caxias e o jogo entre Ypiranga X ULBRA não terminar empatado.” (última coluna da vizinhança já denunciava o medo de nos enfrentar).

.

Enquanto o portoalegrense apanhou de QUATRO para o Caxias, a Argentina levou um chocolate de 6x1 da Bolívia... A turma de "alma castilhana" ficou arrasada.

.

Portoalegrense E-LI-MI-NA-DO da Taça F. Koff nas quartas-de-final.

.

Humilhação vizinho ?

.

100 ANOS NA PRIMEIRA DIVISÃO... VITÓRIA EM CLÁSSICO gNAL ELIMINANDO-OS DO GAUCHÃO. Tchê, o que mais posso querer ?!

.

Como diz um grande Colorado que conheço: "tá ficando chato torcer para o INTERNACIONAL!".

.

Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*38), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

.

Luiz Portinho – lcportinho@yahoo.com.br