quarta-feira, março 10, 2010

Ano IV, Número 161

LABORATÓRIO DO PROFESSOR FOSSATTI
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Ingressamos no mês de março, o certame gaúcho já ultrapassou a metade do caminho e a Taça Libertadores está a todo vapor. Mas o time do Internacional ainda é uma grande incógnita para torcedores, imprensa e até mesmo para seu mentor, o próprio professor J. Fossatti. A única convicção (ou birra?), por ora, é o famigerado esquema 3-5-2. E domingo tivemos uma novidade trágica. Além dos 3 zagueiros atuarem alinhados (sem a figura do líbero ou de um jogador na sobra), tivemos a utilização desmesurada de uma apavorante linha burra. O pior de tudo é que o laboratório do professor Fossatti é de pouquíssima criatividade. Afinal de contas, utiliza a mesma fôrmula de jogo para enfrentar o Santa Cruz no Beira Rio, o São Luís em Ijuí, o Deportivo Quito no Equador e a utilizaria também para enfrentar o Barcelona, o Manchester ou o Chelsea em qualquer parte do mundo. A certeza que tenho é que essa equipe que hoje ingressa em campo não será a mesma que terminará a temporada e sequer a primeira fase da Libertadores. Estamos perdendo tempo!
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A MESMA TECLA I
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Sei que canso o leitor, mas não posso deixar de voltar sempre ao mesmo tema. O 3-5-2 chama derrota utilizado há algum tempo no Internacional é um “frankstein” danado. Os 3 zagueiros se colocam em linha, as 2 figuras que deveriam fazer as alas não se juntam aos homens de meio e muito menos ao ataque, transformando o “3” num “5” (domingo o nome do uruguaio B. Silva poucas vezes foi mencionado na narração). No meio de campo, ao invés de um cabeça de área e dois meias ofensivos temos 2 volantes brucutus e 1 meia isolado. E, por fim, os 2 pobres avantes solitários que ficam esperando a bola chegar. O 3-5-2 a brasileira é uma gororoba.
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A MESMA TECLA II
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Na pré-temporada cheguei a apostar minhas fichas na idéia de que Fossatti estivesse treinando um sistema com 3 zagueiros como opção de jogo, mas que optaria pelo 4-4-2 na hora em que a temporada iniciasse. Doce ilusão. Embora tenha deixado em aberta a possibilidade de alterar o sistema de jogo, em entrevista concedida após a vitória sobre o Santa Cruz, tudo indica de que isso não ocorrerá tão cedo. Nem o retorno de D’Alessandro e a possibilidade de escalar um quadrado ofensivo com o argentino, Giuliano e mais dois avantes deverá abalar a convicção (ou birra?!) de Fossatti. Aliás, tudo indica que as coisas podem piorar. É muito provável a adoção em Quito do esdrúxulo 3-6-1, com D’Alessandro e Giuliano na parte ofensiva do hexágono da meia cancha (bah!) e Alecsandro solitário no meio dos defensores rivais.
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3 ZAGUEIROS – INDAGAÇÕES
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Se utilizássemos 2 zagueiros estes não se coordenariam melhor no setor defensivo ? Se retirássemos pura e simplesmente Sorondo (ou o zagueiro do meio) do time, mesmo sem colocar um substituto na equipe, faria alguma diferença ? Por que ficamos com 3 zagueiros quando o adversário utiliza apenas 1 atacante ? Se a justificativa para utilizar 3 zagueiros é a liberação de um deles para se juntar ao ataque, por que não colocamos direto um jogador no meio ou ataque para executar tal função com maior propriedade ? Há muitas outras, mas paro por aqui.
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GOLEIROS I
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Semana de total destaque para os goleiros. Marcos do Palmeiras levou mais um “frangaço” para sua vasta galeria e declarou com biquinho que larga o futebol até o final da temporada. Bruno do Flamengo, em solidariedade ao Imperador Adriano, indagou “quem nunca saiu no tapa com sua mulher ? “. Mas, até mesmo para manter o tema desta coluna, gostaria mesmo é de abordar as atuações de Pato Abondanzieri. Domingo o argentino foi exigido pela primeira vez desde que chegou ao Rio Grande. E não conseguiu segurar firme sequer um chute adversário. Foi preocupante.
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GOLEIROS II
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Embora Pato tenho demonstrado ótima participação nos lances de um-para-um, com duas defesas espetaculares, fiquei preocupado com os chutes de meia distância e com as defesas em dois tempos. Numa delas o argentino soltou a bola no pé do adversário que concluiu, para nossa sorte, em impedimento. A defesa em dois tempos é uma característica da escola de goleiros platense. No Brasil os goleiros costumam “encaixar” os chutes. Mesmo assim lembro que Taffarel era useiro e vezeiro na arte da defesa em dois tempos. Era uma de suas marcas. Acomodava o petardo com as duas mãos, fazia a pelota quicar em sua frente e só aí, com tranqüilidade, a agarrava firme. Só que o insuperável Taffarel jamais deixou rebote nos pés de adversário, como Abonzanzieri já fez na primeira vez em que foi exigido. Repito, foi preocupante.
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TAISON
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Depois de duas ótimas apresentações contra EMELEC e Santa Cruz, atuando de meia ponta de lança, Taison voltou a ser escalado na segunda função do ataque. E nessa posição voltou a cair de produção. A amostra é suficiente. Taison não rende atuando no ataque de costas para o gol. No intervalo da partida contra o São Luis, aliás, o guri reclamou que faltava aproximação e que quando recebia a pelota estava isolado. Trata-se de jogador que precisa de espaço para receber a bola e conduzi-la ou para realizar a tabela rápida com os avantes. No atual grupo disputa posição com D’Alessandro e T. Humberto.
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ELTINHO
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É muito difícil realizar análises individuais quando se utiliza um esquema de jogo perverso como este nefasto 3-5-2 que estamos utilizando. Ainda mais quando o analisado é uma das figuras que deveriam executar o papel de ala. Até mesmo Kleber, Ney e B. Silva, bons jogadores, encontram dificuldades. Mas este Eltinho não dá para agüentar. Não tem condições sequer de fardar no Internacional. Não tem qualidade alguma. Sequer porte físico. Até o medíocre lateral esquerdo do São Luis, Charo, possui melhores atributos. E só para ver como os “Deuses do Futebol” são fantásticos mesmo. O péssimo Eltinho terminou por marcar o golo da vitória do Internacional contra o São Luis, em Ijuí. É por essas coisas que o futebol é apaixonante!
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WALTER
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O atacante concedeu entrevistas às rádios antes do início da partida contra o São Luis. Foi muito difícil compreender o que Walter tentava expressar. Mas ficou claro que toda essa polêmica é motivada por desavenças financeiras. O jogador mencionou duas propostas do exterior. Uma do Almeria no começo do ano e outra mais recente do Portimonense, da segunda divisão de Portugal (que Walter confundiu com o Porto). Indagado a respeito, F. Carvalho confirmou as propostas, alertando que Walter não lhe soube explicar se os salários prometidos pelos portugueses eram de 100 mil Euros, dólares, reais ou nabos. Apenas uma coisa é certa em todo este episódio: existe alguém por trás de Walter. E alguém que não enxerga que o Internacional é a rampa de decolagem da fortuna que o jogador pode conquistar com seu talento.
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RÁPIDAS
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Se o Flamengo tem o Adriano por que é que o Internacional não pode ter o Valti ?!
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Só que enquanto o nosso “desorientado” é visto no Passo D’Areia em partida do Zequinha contra o São Luis, o “desorientado” carioca vai para Búzios tirar um descanso rodeado pelas maiores beldades.
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Diferenças entre o Imperador e a plebe. Um gaiato disse hoje que o Walter é o Adriano versão salário mínimo.
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Só para fechar o assunto: Walter regressou aos treinos na 2ª feira. Detalhe, chegou 5 minutos atrasado. É dose p’ra mamute!!!
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Andrezinho teve atuação apagada em Ijuí. Afora a iluminada “deixada” para Eltinho no lance do golo quase nada fez no domingo. Como costuma acontecer, aliás, quando sai no onze inicial. De toda forma, é um jogador muito importante no plantel Colorado.
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Tchê, e a vizinhança que não apareceu na última semana hein ?
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Bah!, mas foi tão grande a comemoração pelo título do Turno do Gauchão ?!
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Miséria pouca é bobagem, já dizia minha avó.
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Na última quinta-feira mandamos um gNALzinho lá no basquete para descontrair. Placar final INTERNACIONAL 59x42. Massacre! Papai é o Maior também nos ginásios!!!
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Quinta-feira tem o segundo capítulo da Taça Libertadores.
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Esse regado a cerveja, na frente do televisor e com o radinho colado na orelha.
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Quinta-feira tem Libertadores
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Adversário vem mordido para nos enfrentar. Além da derrota para o Cerro na primeira rodada, Deportivo foi derrotado pela LDU no clássico local no último final de semana. Os equatorianos vem para matar ou morrer.
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Quito, Equador, 23.30h, horário de Brasília.
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VAMO COLORADO!
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Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*39), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho


SILAS NO PAREDÃO


As péssimas atuações do time do GRÊMIO contra os fraquíssimos Avenida e Porto Alegre ligaram o sinal de alerta no Estádio Olímpico. Primeiro porque conseguimos tomar gol do pior time do campeonato. Segundo porque o time reserva do GRÊMIO não teve dificuldades para golear por 6x0 o mesmo Porto Alegre umas semanas antes em jogo-treino. Apesar das duas vitórias, esperava-se no mínimo um padrão de atuação melhor do time do GRÊMIO.


SILAS NO PAREDÃO II

A bronca pública da direção em especial em cima do meio-campo do GRÊMIO depois do jogo de sábado no Olímpico, que terminou sob merecidas vaias depois de um magérrimo 1x0, aliás, o segundo jogo que conseguimos terminar sem levar gols no campeonato, coloca Silas definitivamente no paredão. Embora a direção defenda o trabalho de seu técnico, esquecem que é ele que escala o time. E ele é que insiste no Ferdinando na primeira função.


SILAS NO PAREDÃO III

As constatações da direção e da imprensa são as mesmas que já são lidas aqui faz algum tempo. Está aí, para quem quiser ler. E para piorar a situação, Silas dá uma declaração ridícula e despropositada, dizendo que tem 19 clubes na série A dispostos a contratá-lo caso a direção do GRÊMIO opte pela sua saída. Meu caro, se é o meu adeus que o prende, pode arrumar a sua malinha e voltar ao Avaí, de onde jamais deverias ter saído.

Está, portanto, aberta e declarada a campanha FORA SILAS aqui neste espaço.


DIREÇÃO NO PAREDÃO

E se falta convicção a Silas, também temos que dar à direção a parcela de culpa que lhe compete. Pois finalmente se fala no Olímpico em trazer mais um meia. Tecla no qual até eu estava cansado de bater, até porque as peças se encaixaram com Douglas e Leandro ou Maylson na parte da frente do meio-campo. O problema, sem dúvida nenhuma, é na parte defensiva. E por isso que eu defendo a contratação de um volante decente. Ou que Silas ache uma solução com as peças que tem. E que se dê conta que esta solução, definitivamente, não é Ferdinando.


EDILSON

O ponto positivo foi a boa estreia de Edilson, que nas duas partidas que jogou provou que é da posição, e deu uma resposta muito boa, com direito a gol na partida de estreia. Com isto, Mário Fernandes pôde voltar a atuar na zaga, sua posição de origem.


EXCESSO DE LESÕES

Outro problema que vem ocorrendo é o excesso de lesões no time do GRÊMIO, que me parece ser fruto de uma preparação física inadequada. E isso que trouxemos Paulo Paixão, um dos profissionais mais renomados do país no ramo. Acontece que quem está cuidando da preparação é Anderson, seu filho. E o seu trabalho está prejudicando muito o time. Só nesta semana perdemos Hugo, que para por 3 semanas com lesão muscular, e Leandro, que sofreu nova lesão. Com isto, fica praticamente impossível uma sequência de trabalho com a repetição de um time.


RAPIDINHAS

GRÊMIO X Votoraty-SP será na quarta-feira, dia 17/03.


Saiu a tabela do Brasileiro. O GRÊMIO estreia fora de casa, contra o Atlético-GO.


Aliás, reclamação geral quanto ao baixo número de jogos do GRÊMIO no Olímpico aos finais de semana.


GRE-nal do 1º turno será dia 01/08 no Pardieirão.


Time provável contra o genérico de Santa Maria: Victor; Edilson, Mário Fernandes, Rodrigo e Fábio Santos (Bruno Collaço); Ferdinando, William Magrão, Douglas e Maylson; Jonas e William Batoré.


Jonas já é um dos 25 maiores artilheiros da história do GRÊMIO.


E na área da Arena, já podem ser vistos operários. As obras começaram com a fundação do mastro da bandeira. A previsão do início da construção permanece para o segundo semestre deste ano.


Saudações imortais do primeiro colocado no ranking OFICIAL da CBF,


Leonel Knijnik (DJ Aldebaran)
Gaúcho por Tradição e Gremista de Coração

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