quarta-feira, setembro 22, 2010

ANO IV - NUMERO 189


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SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS
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De modelo a toda terra, claro! Não é qualquer clube que ultrapassa a marca de 100.000 sócios (dá para contar nos dedos, aliás). Não é qualquer clube que manda na aldeia - 39* - e fora dela. Não é qualquer clube que ganha tudo que disputa (e muito menos em fila). Não é qualquer clube que pode se gabar de estar sempre na Elite, disputando a Primeira Divisão. E, mais, não é qualquer clube que conquista um Campeonato Nacional Invicto (aqui no Brasil só nós mesmo!). Não é qualquer clube que supera seu arqui-rival em 3 décadas dentro das canchas e constrói um patrimônio imensamente maior e mais valioso em 6 décadas. O Colorado é repleto de façanhas que servem de modelo a toda terra... E, mais, seguiu à risca nosso hino. Sempre teve virtude. Não basta ser forte, aguerrido e bravo, é preciso ter virtude. O Colorado nunca se aliou com empresas picaretas e fraudulentas; nunca se curvou ou submeteu a viradas de mesa ou outras maracutáias. E por isso é livre. Afinal, quem não tem virtude acaba por ser escravo...
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MORUMBAÇO
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É notável. O Colorado joga muito a vontade no gramado do Morumbi. Coincidência ou não, repetimos na última quinta-feira uma atuação de gala. O adversário não encontrou a bola. Quando empatou a partida e pensou que daria conta do recado, o INTERNACIONAL tratou de sepultar as pretensões do rival em dois lances. Voltamos a marcar pressionado dentro da cancha adversária. E a partir disso (somado a atuações individuais espetaculares) construímos superioridade inquestionável. O torcedor saopaolino tem todas as razões para não querer ver vermelho em sua frente.
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1x0 VASCO I
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O mais importante do domingo foram os três pontos que nos colocaram dentro do espelho retrovisor dos corinthianos. A turma da fazendinha que se cuide, porque estamos chegando. O Fluminense, falei, se perderia em meio a suas crises. Os adversários serão os paulistas - turbinados pelos favorecimentos do apito em ano de centenário - e o Cruzeiro de Minas Gerais, com um ótimo time recheado de boas individualidades. Esses são os inimigos. E, depois do queimaço que tomei na língua no último domingo, em casa, ao empatar com o Goiás, a vitória contra o Vasco da Gama era algo fundamental.
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1x0 VASCO II
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Mesmo jogando apenas parte do primeiro tempo, Renan foi eleito o nome do jogo. Confesso que não pude assistir ao jogo. E ao conferir o compacto do jogo não achei que Renan tenha sido tão essencial. Foram defesas comuns as que fez. E, perdoem-me os "experts", mas o Vasco não esteve tão mais perto do gol do que nós. Foi um jogo, no mínimo, igual. E o INTERNACIONAL foi muito feliz no lance do gol, em ótima cruzada de D'Alessandro que Edu soube aproveitar de cabeça, em lance de antecipação. Repito, os três pontos na tabela foram fundamentais - esses ninguém nos tira mais.
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ATACANTES
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Ouço preocupação de Colorados com o setor de ataque. Ouço críticas na imprensa às atuações de R. Sobis em seu regresso. Discordo. Sóbis, já disse neste espaço, foi só o nome decisivo tanto em Guadalaja quando entrou e mudou a partida como aqui no Beira-Rio quando anotou o gol que iniciou a virada da conquista do Bicampeonato. Voltará e será nome fundamental em Abu Dabi. E terá boas companhias (já tranquilizo os Colorados que me lêem e partilham da preocupação). L. Damião evolui a cada jogo. Alecsandro está retornando aos treinos. Ilan tem tudo para se encaixar muito bem no time. E ainda há o Edu, não é ? Esse aí tomara que queime minha língua e comece a jogar bola.
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NEY I
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O desfalque da próxima partida é Ney. Para regozijo de muito, entre os quais me incluo. Olha aqui ô, não dá mais para aguentar o Ney na lateral direita. Não apoia, não consegue tirar um cruzamento, está sempre fora de posição, a sua lateral defensiva é uma avenida para os adversários, o que sobrecarrega os companheiros responsáveis pela sua cobertura (Bolivar e o cabeça de área). Chega de Ney!
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NEY II
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Escrevi em 18.maio.2010 (coluna n. 171): "O que iniciou como improviso, definitivamente, precisa se tornar uma confirmação. Glaydson teve mais uma ótima atuação na lateral direita, domingo, em Goiania. E contra o Estudiantes, diante da lesão de Ney, Glaydson também entrou com muita vitalidade e participação. Não é possível que dentro do INTERNACIONAL ainda haja alguém com pensamento de que Ney rende mais do que o improvisado Glaydson."
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A VOLTA DA MAQUETE
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Ela andava sumida, guardada em algum dos armários da azenha, tão carentes de taça. Mas voltou com pompa, justo no 20 de setembro, em mais um golpe de marketing da vizinhança. E, tchê, o desespero e tão grande que a turma de azul realizou uma carreata pela cidade. Fiquei intrigado. Perguntei-me, para quê ? Hoje nos "Esportivos" do meio dia satisfiz a curiosidade. Lá estava ela: a estrela da festa. A maquete da Arena, colorida, bonita, conservada. Tchê, como eles gostam dessa tal de maquete!!!
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LÁ NA ARENA

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Quarta-feira o compromisso é em Curitiba. Na Arena da Baixada. Lá mesmo, aonde vencemos na inauguração do estádio, por 2x1, de virada, com gols do Celso e do Clayton (zarolho). O estádio é sinônimo de caldeirão e dificuldades para todos os clubes, menos para o Colorado que lá venceu 5 em 10 jogos. De toda forma, será um jogo complicado, porque o time do Paraná faz boa campanha. Depois, no domingo, a batalha será contra o Corinthians e a Máfia Paulista, aqui no Beira-Rio. Vai faltar espaço no Gigante!

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RÁPIDAS
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Mesmo jogando todas as rodadas sem 2 ou 3 titulares, o INTERNACIONAL segue na briga pelo título.

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Não sou grande fã de D'Alessandro e até defendo que o mesmo deva ser negociado assim que surgir uma grande proposta. Mas devo reconhecer, o gringo está jogando demais e, atualmente, é o diferencial (e referencial) de nosso time.

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Sandro estreou contra o Arsenal, em jogo válido pela Copa da Liga Inglesa. Empate em 1x1 e derrota na prorrogação por 4x1.

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Sandro que foi comparado pelo técnico do Tottenham, H. Redknap, a ninguém menos do que o Dr. Sócrates, tamanha a qualidade e técnica de seu futebol. Já disse aqui e repito, sou viúvo do Sandro.

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Dorival Jr. demitido do Santos depois da polêmica envolvendo Neymar. São os negócios do
futebol engolindo o bom trabalho realizado até agora por Dorival. O Santos pagará caro.

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A propósito, ninguém falou, mas o episódio só comprovou o acerto do Dunga, velho de guerra, ao deixar este guri bobalhão assistindo ao Mundial pela televisão.

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Falei acima de nossas opções de ataque. Alguém da direção Colorada poderia nos explicar o que é que acontece com o Marquinhos. Não é possível que um jogador com o talento e os atributos demonstrados por este guri seja preterido pelo Everton.

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O MACACO (Sérgio), torcedor símbolo do Colorado, está hospitalizado.

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Esse aí é coisa muito nossa. O Pátio Sagrado do Gigante não é o mesmo sem a tua presença MACACO velho de guerra.

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FORÇA COMPANHEIRO! Estamos te esperando com aquela gelada lá no Pátio. Volta logo...

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Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*39), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

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Luiz Portinho



O MUNDO DE PERNAS PARA O AR


Peço perdão aos leitores pelo atraso, escrevo no domingo (!!), mas o feriado quebrou uma semana puxada; por isso, me passei. Se eu tivesse escrito a prévia do jogo do Flamengo, eu não poderia ter errado mais -apesar de um começo de jogo promissor. Meu palpite teria valido por dez minutos. Depois do gol, merecido, o Grêmio apenas assistiu o Flamengo jogar. É por isso que sequer pode-se aplicar a teoria que está mais fácil jogar fora. Com 1-0 logo no começo, o jogo ficou à feição para contra-ataques, mas não houve nenhum digno de nota. O empate no intervalo ficou barato.

Saiu Fábio Santos, entrou Lúcio, mas o problema continuava numa meia-cancha incapaz de trocar passes e manter a bola. O jogo, ao menos, equilibrou. Numa bola parada, o Grêmio achou um gol, mas não cometeu os erros da primeira etapa. Cometeu outros. Desperdiçou chances que normalmente custam caro. E custaram. Com a entrada de Petkovic, o Flamengo voltou a crescer. Duas falhas de marcação no mesmo lance, e a necessária vitória em casa escapou.

Souza não consegue recuperar a forma e Rochembach fez muita falta (quem diria?!). Porém, isso é muito pouco para entender porque o time não conseguiu jogar bem, mais uma vez, em casa. Caminhamos para ficar no meio-da-tabela, novamente, esta temporada. Mas pelas razões inversas. Agora, qualquer um chega na nossa casa e nos rouba pontos. É fora de casa que o Grêmio tem se mostrado letal.

Tempos novos, mundo virado de ponta à cabeça...

Falando em Fora de Casa...
O jogo de domingo é contra um desesperado Atlético Mineiro, de treinador novo. Luxemburgo foi demitido, assume o bom Dorival Júnior. É sempre preocupante enfrentar time de treinador novo, por força do motivacional, mas não há nada que Dorival possa fazer para agora. O time continuará o mesmo do Luxemburgo, com dificuldade de pontuar no Brasileiro. Não virará o perigoso Galo do primeiro semestre de uma hora para outra.

Garantia de sucesso? Nenhuma. Ainda mais que, sem o antigo treinador, a torcida estará mais relaxada. Mas se jogarmos com paciência, o peso da posição na tabela certamente se fará sentir. Nossos últimos resultados fora de casa animam, e uma vitória será importante diante da arrancada do Atlético Goianiense. Não estamos em condições de relaxar. A vitória domingo é possível, mas teremos que merecê-la.

Apostas contratadas
Chegam Diego e Viçosa. Não os conheço. Não chegam, em princípio, para disputar posição com ninguém. São dois testes para o ano que vem. Apenas nos resta aguardar. Se foram baratos, isso já é um avanço em relação a política de "medalhões" que fracassou na gestão Duda.

Vizinho e a Semana Farroupilha
Repararam que falo pouco no vizinho? Sinal dos tempos difíceis! Todavia, hoje, não posso deixá-lo de fora. A Semana Farroupilha é uma celebração NOSSA. No fim, somos todos gaúchos. Uma pena lembrarmos disso paenas uma vez por ano, numa festa cada vez mais formal e sem substância. A revolução não foi derrotada em Poncho Verde, mas todos os dias que nos esquecemos o porque nos unimos e lutamos. Uma pena...

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com

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