Em compensação, Renato mostra que tem talento para bombeiro. Pegou um grupo dilacerado, com sérios problemas disciplinares, e o recolocou nos eixos. Com Portaluppi, no mesmo número de jogos, o Grêmio somou o dobro de pontos no campeonato que quando comandado por Silas (e Meira!). Dois terços dos pontos do Grêmio foram conquistados depois da mudança de treinador. Em 13 partidas, o Grêmio de Renato fez mais pontos que o tocaio paulista e o Atlético Mineiro no campeonato inteiro. Periga terminar com pontuação suficiente para escapar do rebaixamento sem qualquer auxílio da campanha de Silas.
Pensar 2011 Já!
A 10 pontos do rebaixamento e a 11 da Libertadores, e com 36 ainda em disputa, o Grêmio praticamente encerra sua participação no campeonato. Com a eleição para presidente sendo mera formalidade (que não me estraguem tudo, inventando um segundo turno), o clube tem bastante tempo para cicatrizar feridas eleitorais e planejar bem a temporada seguinte.
Renato deve continuar, e merece. Contudo, apesar da maior tranqüilidade, começará seu próprio trabalho. E isso algo bem diferente. Já sabemos que ele tem qualidades para ser mais um "celso roth", mas ele é capaz de planejar e administrar toda uma temporada? Nessas horas, conta muito as ações do departamento de futebol. Na última gestão, Odone foi salvo por Mano Menezes e, depois, por Celso Roth. Seu departamento de futebol, quando necessitado, mostrou-se sempre aquém dos resultados alcançados.
A temporada seguinte será algo totalmente novo para todo mundo. E nada que foi feito anteriormente servirá para amenizar possível fracasso. É bom não subestimá-la. Gostaria muito que o nomeado manivesse Alberto Guerra, de maneira a apaziguar o clube. E torço para que a sintonia entre direção e corpo técnico seja alcançada. Aguardemos o desenlace desses acontecimentos.
Jogos da Semana: Grêmio 4-2 São Paulo; Vitória-Grêmio
Vitória boa e importante no meio-de-semana. O time estava completamente descaracterizado, mas se saiu melhor do que o esperado. Dominou o São Paulo, abriu 2-0 com naturalidade, e matou o jogo no final. Quinta vitória, em sete jogos no returno. Perdemos pontos apenas para Palmeiras (d., 0-2) e Flamengo (e., 2-2), ambos em casa. Lembrou um pouco os tempos de Mano e Roth, com um jogo fluido, veloz e objetivo; sem muita preocupação com a posse de bola. Uma vitória para fazer o Olímpico voltar a ser o Olímpico.
Entretanto, novamente, quase põe-se a perder um jogo ganho. Não fosse a injusta permanência de Douglas em campo, quando merecia ter sido expulso em agressão após o empate, e os pontos poderiam ter escapado. O time oscila demais nos jogos, e permite que o adversário reaja. Por enquanto, os danos têm sido mínimos, mas é um grave defeito que necessita de correção o mais rápido possível.
Em Salvador, no sabádo, faremos um jogo muito complicado. Não espero que continuemos com a seqüência de vitórias. Se retornarmos do Barradão com um ponto, estou satisfeito. Contudo, o que eu quero ver mesmo, é o time mantendo o pico de alta por mais tempo, e com um pico de baixa melhor que os verdadeiros blecautes que ocorrem em todos os jogos. Se isso acontecer, mesmo que percamos, será uma ótima notícia.
DNA Colorado
Renan: esse é cria deles! E agora, vizinho, já sabes porque ele foi corrido da Europa?
Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com
Mandamos a Máfia Paulista de volta para casa, com derrota. O doce sabor de uma vitória conquistada dentro das quatro linhas, contra os onze curintianos e o seu aliado principal, o homem do apito. Foi um absurdo a tentativa do senhor juiz, a cada lance mínimo, de minar nosso time. Qualquer encontro de corpos próxima de nossa área era falta para os paulistas. O auxiliar que caminhava no lado das sociais só indicava sua bandeira a favor deles. Foi um horror! O que transformou nossa vitória em algo muito mais épico. Ganhamos na bola, no futebol, na tradição, na cabeceada na ponta da chuteira inimiga, na cobrança de falta fantástica do Andrezinho (sempre ele!). Ganhamos, 3x2, e só quem esteve lá dentro do Gigante da Beira-Rio levará para sempre consigo a lembrança dessa vitória épica. O Tetracampeonato Nacional pode até não chegar, mas esse Campeonato Nacional já tem ao menos uma lembrança inesquecível. E os Colorados podem dizer (como eu fiz questão de dizer, em alto e bom tom e com o dedo em riste, enquanto o ônibus da delegação paulista saia do pátio do Gigante), com muito orgulho, "AQUI NÃO CURINGÃO!!!".
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JOGO DO ANO I
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Corinthians e INTERNACIONAL protagonizaram um jogo de futebol espetacular. Certamente, o melhor jogo de futebol em gramados brasileiros nesta temporada. Além dos 5 golos, a movimentação foi constante e ambas equipes demonstraram movimentações, posicionamentos e saídas dignas de grandes times. O INTERNACIONAL com triangulações e um toque de bola de dar inveja aos inimigos. O Corinthians com bravura e a ambição pelo resultado, fundamentais a quem pretende ser campeão.
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JOGO DO ANO II
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A força coletiva dos dois times é tamanha que ficaria difícil destacar individualidades. Mas não posso deixar de puxar a brasa para nosso assado. D'Alessandro esteve fantástico na produção criativa (e se esforçou até o último segundo na marcação!). Índio foi o velho cacique que todos conhecemos. Guiñazu teve atuação impecável, neutralizando o criativo meio de campo paulista. E na frente Damião não parecia um guri recém saído das fraldas. Foi aguerrido e peleador, lutando sempre contra 3 ou mais zagueiros, e criou alguns lances de grande perigo. E, claro, não posso deixar de elogiar o Glaydson. Teve grande atuação. E esse elogio é importante, porque não se pode macular a boa atuação pela falha grosseiro no lance do primeiro gol adversário.
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NEY
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Falei da falha de Glaydson e não posso deixar de, mais uma vez, criticar a bisonha falha de posicionamento do Ney, no mesmo lance. É incrível. O lado direito de nossa defesa é a Avenida Ney. É por ali que saem os gols inimigos. E a coisa se agrava, e muito, sem a presença salvadora do General Bolivar (cuja cobertura vem salvando Ney em vários jogos). Observei atentamente a reação de C. Roth no lance do gol. E ele tratou de dar uma bronca em Ney, que tentou, sem sucesso, é claro, se justificar. Não há justificativa para o lateral direito estar na cabeça da área num lance de contra-ataque adversário. Chega de Ney!!!
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EDU
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SUB-23 II
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Falo a respeito de Massari e recordo que deixei passar em branco a vitória do INTER-B sobre o time-B do vizinho, em clássico gNAL válido pela Copa E. Costamilan (a Copa da FGF, que movimenta os clubes do interior no segundo semestre - e que em 2009 foi vencida pelo Colorado). Explico a lembrança: Massari anotou o gol da vitória, em virada espetacular sobre a gurizada da azenha. Á vitória por 2x1 aconteceu no dia 14.setembro e praticamente sepultou as chances da vizinhança no certame (clique aqui e confira notícia). É aquela história velha e mais do que conhecida: nossa gurizada já cresce batendo forte nos azenhanos. É tradição e paternidade que vêm lá da base!!!
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PÁGINAS DE ABU DABI
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Sábado espionei um dos adversário no Mundial FIFA, o principal deles. Roma 1x0 Internazionale de Milão, gol de cabeceio ao apagar das luzes do centroavante Vucinic, que se atirou de cabeça, literalmente, no bico da chuteira do Lúcio. Sobre a Inter italiana nem preciso dizer que é um time fortíssimo, especialmente na defesa. Mas anotei que o lado esquerdo é frágil. Pela lateral atua Chivu, que na verdade é um zagueiro improvisado; e, melhor ainda para nós, o quarto zagueiro Samuel é lento. Com D'Alessandro em dia de "la boba" poderemos, por ali, abrir caminho para o Bicampeonato Mundial.
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RÁPIDAS
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Falei acima da falha grosseira do Ney. A boa notícia é que o lateral não joga a próxima partida, expulso que foi no lance que originou o penal favorável ao Corinthians.
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A propósito, que defesa do Ney! Tem mais cacoete para goleiro do que para lateral, sem dúdiva.
Tchê, como é bom derrotar, dentro de campo, essa Máfia Paulista. Vai p'ra casa Curintiano sofredor!!!
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Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*39), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Beira-Rio
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