terça-feira, abril 26, 2011

ANO V - NUMERO 219





Edição Especial Gre-Nal 385






APOCALIPSE NOW







"I love the smell of Napalm in the morning. You know, one time we had a hill bombed, for 12 hours. When it was all over, I walked up. We didn't find one of 'em, not one stinkin' dink body. The smell, you know that gasoline smell, the whole hill. Smelled like victory."

"You can either surf, or you can fight!"

"If I say its safe to surf this beach, Captain, then its safe to surf this beach! I mean, I'm not afraid to surf this place, I'll surf this whole fucking place!"





As frases acima são do mesmo personagem do filme que empresta o título a esta coluna, tenente-coronel Kilgore, interpretado por Robert Duvall. Por que coloquei as aí? Consigo pensar nalgumas razões:

a) sempre quis uma oportunidade de usar essas frases nalgum lugar;
b) o cenário iminente do Grêmio é apocalíptico;
c) o estilo malandro-carioca-de-beira-de-praia-metido-a-surfista que o Renato encravou nesse time me vem tirando a paciência (ontem, os "malandros" levaram aula de malandragem);
d) Santiago fica à beira do Pacífico;
e) chegou a hora de decidir se nós vamos surfar ou lutar pela classificação na partida de volta;
f) se é possível ir a Apoquindo e jogar como se estivesse em casa, e não sob fogo cerrado do inimigo, não interessa -nós é que decidimos se a praia é segura;
g) quando não se tem mais o que fazer, a solução é tacar Napalm em cima e não deixar nada sobrando -todo o recomeço tem cheiro (e esperança) de vitória; e, por fim,
h) porque isso é CAVALARIA!










CAAARGAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!

O Sanchotene enlouqueceu? Nãã... É que é melhor nem falar de futebol. Já tenho minhas dúvidas se o treinador na partida de volta na quarta-feira que vem será mesmo o Renato. No domingo, tem um jogo de derrubar treinador; e há um período ainda razoável para que um novo inicie o Brasileiro ambientado no clube. Se concordo ou não com isso, é outro problema, mas é sempre bom lembrar que o Odone é chegado a tomar esse tipo de decisão em momentos semelhantes.

Por todas essas razões, só nos resta, mesmo, partir para cima. Se sobrar para o vizinho, tanto melhor!

Saudações imortais,
Asp Of R/2 TELLECHEA, turma de 1999 do curso de Cavalaria do CPOR/PA - sancho.brasil@gmail.com









QUE VENHA O CLÁSSICO!





Não há como adiar o desejo. Estamos novamente em semana gNAL. E aqui neste espaço nada é mais desejado do que um bom clássico gNAL. Aqui nós gostamos, acima de tudo, de uma boa peleia e de um confronto direto com a vizinhança. Não há nada melhor do que um domingo de clássico. Sim, antes há a semana de confrontos pelas oitavas de final da Libertadores. A turma da azenha, aliás, acabou de levar 2x1 da U Católica do Chile. Quinta-feira enfrentaremos o Peñarol em Montevideo. Uma parada duríssima. Mas, em semana de clássico gNAL, não há como negar, até mesmo a Libertadores fica em segundo plano. Ainda mais quando o clássico decide o título do Campeonato Gaúcho. Aí os contornos, os ânimos e as rivalidades se exacerbam. E aqui no lado vermelho a conquista do certame local sempre, eu disse sempre!, foi tratada como Copa do Mundo. Portanto, Coloradagem, domingo é dia de cumprir dever. É dia de pegar a bandeira, os panos, a camisa vermelha, a almofada de 79, o velho casaco de guerra para lidar com os ventos do Beira-Rio. É dia de levar o coloradismo pela Porto Alegre, porque tem decisão no Gigante!





ESCALA MONTEVIDEO I





Olha aqui ô, o duelo contra o Peñarol vai ser peleia das mais duras que enfretaremos não só nessa edição da Copa Libertadores. Lembram dos confrontos contra o Nacional em 2006 ? Pois é, foi suado, com aquele gol antológico do Renteria. Pois é; o confronto contra o Peñarol será mais complicado, com certeza. Os "carboneros" estão de volta à Libertadores depois de quase uma década de ausência. E superaram um grupo bem complicado na primeira fase, superando os argentinos Independiente de Avellaneda e o Godoy Cruz (num grupo vencido pela LDU de Quito). O time uruguaio alia muita força e imposição física, além de alguns nomes de boa técnica como é o caso do arqueiro Carini, do meia J. Urretviscaya e do atacante Estoyanoff, além dos experientes D. Rodriguez e Pacheco. Em tempo: são esperados 50 mil carboneros no Centenário. Uma coisa é certa; será um jogo histórico!





ESCALA MONTEVIDEO II





Andrezinho foi definido para iniciar a partida. E, com a volta de D'Alessandro, Oscar terá de aguardar oportunidade. Ele que foi o melhor jogador em campo em Caxias do Sul. Imagino as dificuldades e ponderações feitas por Falcão para tomar tal decisão; e concordo com o Bola Bola. Andrezinho teve ótimo desempenho nas 3 partidas e criou uma opção eficaz pelo corredor direito. Penso que com o tempo Oscar ganhará a posição, mas, agora, Andrezinho se faz merecedor da titularidade, como apontou Falcão na entrevista coletiva, ao afirmar que "no momento ele é titular; o mérito é todo dele" (grifei). Em tempo: Falcão testou Oscar ao lado de Damião no ataque, no lugar de Sóbis. Cheguei a pensar nessa possibilidade, mas na hora de "mata-mata" não se pode abrir mão de um jogador com a estrela de Sóbis.





AGUARDO RETRATAÇÕES





A vitória de domingo em Caxias do Sul produziu num único lance duas situações que exigem pronta e urgente retratação por parte de uma gama de "'doutos" do futebol pampeano. A "lambreta" que o Damião aplicou no zagueiro caxiense, deixando-o com uma lordose para o resto da vida, escancarou a técnica apurada e rara de nosso centroavante, a exigir retratação (pronta e urgente, repito) daqueles que o taxavam de tosco. E depois o lance de dinamismo, garra, força, colocação perfeita de P. C. Tinga, coroou uma exibição que pode ser denominada de "cala a boca corneteiros". Desde que Tinga ingressou em campo, a impressão foi de que o INTERNACIONAL estava com um jogador a mais e não com um a menos. Tinga calou a boca dos "doutos" do futebol pampeano que o taxaram de ex-jogador. De minha parte, sigo no aguardo de que tais "doutos" se retratem, com urgência e prontidão, em seus espaços na grande mídia pampeana.





ESTILO FALCÃO I





Falcão definiu o time cedo e sem mistérios. Que coisa boa! Não é só do ponto de vista tático e no estilo de armar o time que Falcão se diferencia dos demais treinadores. Não é necessário mau humor, mistérios, burocracias e invenções para se fazer respeitado. Quem conhece não precisa se esconder atrás de subterfúgios. Basta conhecer e compartilhar tal conhecimento. É assim que Falcão se faz respeitar, para a sorte e regozijo dos Colorados.





ESTILO FALCÃO II





A coletiva de Falcão foi de enlouquecer os retranqueiros e burocratas do futebol. Primeiro afirmou que time grande e com ambição deve jogar da mesma forma em casa e fora de seus domínios. Depois disse que o sistema defensivo não é formado só pelos 4 atletas que atuam lá atrás. Deixou claro que escala o time sem qualquer tipo de preconceito e que ganha lugar no time quem apresenta rendimento tático e técnico. E terminou afirmando que idade não importa e que quando vê qualidades no jogador coloca para jogar. Foi uma entrevista de enlouquecer os retranqueiros e conservadores com os quais estamos tão acostumados aqui no futebol pampeano.







MANGUITA FENÔMENO




26 de abril é o Dia Mundial do Goleiro. Justa homenagem a Ailton Correa Arruda, mais conhecito por Manga e, para nosotros Colorados, MANGUITA FENÔMENO. Manguita foi um arqueiro fantástico e, fora de campo, protagonizou histórias não menos espetaculares. Confira alguma delas na homenagem feita pelo jornalista C. Unzelte (clique aqui).




REFORMA DO BEIRA-RIO





Comissão de obras já realizou 6 reuniões e divulgou comunicados referentes a cada uma delas. Os detalhes mais interessantes são a manifestação de 12 empresas interessadas e a definição do próximo dia 4 de maio como data limitem para recebimento de propostas. No mais, tudo que consta dos comunicados é bastante genérico e abstrato. Continua com intuição (nada agradável) de que tudo é jogo de cartas marcadas e que teremos a A. Gutierrez beneficiada por todo esse procedimento. Espero estar equivocado.





RÁPIDAS





Juan Guiñazu, pai do Guina, contou à imprensa a origem do apelido do jogador. Havia uma tia que o chamava de Cholo quando criança, ainda engatinhando. Ele comia tijolo e ficava todo laranja, explicou o seu Juan.





Guiñazu, além de grande jogador, é uma figuraça!





O sempre atento e bem informado amigo e leitor J. Krug sugere leitura interessante. A. Perin comenta a negociação dos direitos de TV do futebol italiano. Nossa conclusão fecha com a do Perin e a do Josué.





Semana de boataria desenfreada na internet. Alguns "doutos" da imprensa pampeana embarcaram na boataria e noticiaram como certo o retorno de Oscar ao São Paulo. "Deram com os burros n'água". Confira as verdades sobre o Caso Oscar (clique aqui).





R. Moledo e R. Goulart foram inscritos para finais da Libertadores. Substituem Sorondo, lesionado, e Alecsandro, vendido.





Direção resolveu não utilizar a terceira vaga de substituição e guardá-la para necessidades futuras.





“Não muda nada. Na época que nós jogávamos a Libertadores, as coisas eram um pouquinho mais complicadas. Hoje não. Hoje tem mais segurança para todo mundo. O ambiente não entra dentro de campo. Este é um time de tradição, então neste aspecto é que temos que nos preocupar. Mas não com o ambiente.” (P. R. Falcão, a respeito do clima par ao jogo do Centenário)





Um banco de reservas com Lauro, Indio, Oscar, Tinga, Cavenaghi, entre outros. Que técnico não gostaria de pilotar um time desses ?





Defesa sofreu um golo (e de bola parada) nos 3 primeiros jogos de Falcão.





E tem gente que gosta de volantes empilhados na meia cancha e que sustenta a necessidade de brucutus para se ter uma defesa eficaz





Tem gente que gosta de 3 zagueiros...





Olha aqui ô, tem gosto para tudo nesse mundo.





Mas, como já dizia meu avô, a melhor defesa sempre foi o ataque.





"Somos un equipo de fuerza. Ellos hablaron de que nos pasarían por encima, pero respondimos como corresponde". É o DNA arrogante, mais uma vez, servindo de combustível aos adversários da vizinhança. Essa novela nós conhecemos muito bem.





Noite de prato na azenha. Bah!





Começou a cair a casinha. A massa do padeiro desandou...





Renan; Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho e D’Alessandro; Rafael Sobis e Leandro Damião





Que venha o Peñarol... E que venha o time do vizinho.





Porque aqui nós gostamos e de peleia complicada!!!





E VAMOS ARRIBA!

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.





Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio










terça-feira, abril 19, 2011

ANO V - NUMERO 218
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APENAS O ELEMENTAR

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Não foi preciso mais do que uma semana, dois ou três treinamentos; e um minuto dentro do Beira-Rio para notar que as coisas mudaram. O time foi outro, mais criativo, com mais opções e muito mais leve e rápido nos lances ofensivos. Nos livramos da ortodoxia rothiana. Falcão provou que não é necessário muito treinamento para ajeitar um time de futebol. E, mais, que o futebol é muito mais simples do que se imagina (e do que os treinadores burocráticos). Falcão fez o elementar. Armou um time com duas linhas de 4 defensivas e próximas, dois meias atuando pelas extremas quando de posse da bola, dois laterais que sobem de forma alternada e dois atacantes. É o “beabá” do futebol no seu nível mais elementar. Nessas horas uma indagação não me abandona, por que entre os técnicos de renome é tão difícil colocar o elementar em prática ?

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O ELEMENTAR I

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E quando me refiro ao elementar, desço ao que há de mais básico, ao que se faz nos pátios de colégio. Um jogador não pode, sozinho, realizar uma jogada. E para isso há apoios e triangulações. Um lateral não pode jogar abandonado pela faixa extrema do campo. Então que se coloque um meia como seu escudeiro fiel, tanto no ataque como nas tarefas de marcação. Foi com essa solução elementar que Nei, vejam só, ele mesmo, o tão criticado Nei, teve uma atuação razoável (nota 6) no sábado. Nei pegou carona em Andrezinho.

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O ELEMENTAR II

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Aliás, a ótima atuação de Andrezinho, eleito melhor em campo, de forma unânime, pelas 3 rádios da Capital, é a demonstração cabal do quão importante é fazer o elementar em futebol. Com tarefas bem definidas (e restritas) e com área menor de atuação, o meia foi a válvula de escape nos momentos difíceis (lembram de minha insistência para que o time tivesse um lance de “desafogo” nos piores jogos com Roth ?) e o elo de ligação rápida nos lances de contra ataque, pois mesmo nos momentos defensivos seu posicionamento pela intermediária facilitava o recebimento da jogada.

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EMELEC

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O argentino O. Assad, treinador de nosso rival hoje a noite, abriu o jogo e disse que fará marcação especial em D’Alessandro. Algo preocupante há 10 dias, mas não agora que, além de destaques individuais, contamos com um esquema de jogo repleto de opções ofensivas. O jogo da noite é daqueles mais complicados pela obrigação e responsabilidade de vencer do que pelas qualidades do adversário. É hora de ver a quantas anda o nosso psicológico. E com um time recheado de jogadores experientes e rodados, é de se esperar que a pressão seja superada. De toda forma, todo cuidado é pouco para enfrentar um compromisso dessa envergadura.

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RÁPIDAS

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“Chegou um treinador novo que está passando toda tranquilidade para mim. Isso não acontecia antes. Eu dormia titular e na outra partida não sabia se ia jogar. Muito difícil para eu trabalhar dessa forma, porque não tinha sequência. Estava me atrapalhando muito.” (declaração do zagueiro Rodrigo que revela o ambiente corrompido do vestiário do INTERNACIONAL com C. Roth).

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Nei acertou 2 cruzamentos numa única partida. Algo inédito nas 2 temporadas em que o lateral está no Beira-Rio.

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Mas algo me diz que, com o andar da carruagem, Falcão pode substituir Nei por Bolivar na lateral direita, promovendo o ingresso do jovem Juan, na quarta zaga, ao lado de Rodrigo.

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Oscar segue fora na partida contra o EMELEC. Esse guri vai se encaixar muito bem no sistema de jogo preconizado por Falcão, de muita movimentação e mobilidade. Em tempo: deve voltar ao time no final de semana, contra o Juventude, até porque D’Alessandro está indisponível para esse jogo (suspenso).

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Falcão manterá a mesma equipe que venceu o Santa Cruz.

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P. C. Tinga está recuperado e a disposição. É outra opção para o jogo de Caxias do Sul.

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Não concordo com quem afirma que Tinga é ex-jogador. Tem muito futebol e num esquema acertado com o de Falcão renderá muito mais do que rendia no estapafúrdio sistema de Roth.

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Aos diabos com o “equilíbrio” e o “volantismo” de C. Roth... Vida longa ao futebol elementar de P. R. Falcão.

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Anotem: com as duas linhas de 4 bem sincronizadas, entrosadas e com ritmo de jogo, será muito difícil marcar golo no INTERNACIONAL. Aposto minhas fichas que nossa defesa será das menos vazadas no certame nacional.

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Foi pouco comentado, mas Renan voltou ao golo Colorado. Mesmo que o retorno se dê por motivo de lesão de Lauro, saúdo a volta deste que é o melhor goleiro já formado no Beira-Rio depois de C. A. Taffarel.

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E por falar em goleiro, o carregador de luvas de luxo da Casa Bandida tomou mais um frango no final de semana. O interessante é que quem toma frango na azenha, aqui na aldeia, acaba por virar herói.

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E olha aqui ô, é digno de pena a tentativa da vizinhança de desviar o foco para a ruindade técnica de seu time. Essa polêmica envolvendo a grama sintética do Passo D’Areia, passando pela arrogância e prepotência do padeiro de bento. Olha aqui ô, vou te contar: é muito budum...

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INTERNACIONAL x EMELEC... Todos os caminhos levarão ao GIGANTE DA BEIRA-RIO.

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Renan; Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho e D'Alessandro; Rafael Sobis e Leandro Damião.

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E VAMOS ARRIBA!

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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio






MAQUIAVÉLICO


Quem acompanha o blog sabe que não é de hoje a preocupação quanto a( falta d')o futebol do time. Os mesmos problemas se repetem seja quarta e domingo ou após uma semana inteira de treino. A humilhação anapolínica sofrida em Santa Cruz de la Sierra entre dois empates ridículos pelo Estadual que nos colocaram em terceiro lugar no grupo e fizeram perder a vantagem de jogar uma eventual final da Taça Farroupilha em casa expuseram ainda mais os problemas do clube. E quando tudo parecia que iria estourar sobre o nosso TREINEIRO (me desculpem, mas ele não é treinador), ele lança uma polêmica absurda sobre o gramado sintético do Passo D'Areia. Como se o Cruzeiro tampouco estivesse acostumado a jogar lá; afinal, a casa é do São José! O campo do Zequinha é MUITO MELHOR que o do Estrelão, por exemplo. É melhor que muito charco e potreiro que abundam pelo Rio Grande. Porém, a imprensa comprou o pacote e, tcharã, os problemas relevantes do time ficaram em segundo plano.

Nada me convence que não se trata de manobra deliberada do Renato para não ter que falar de assuntos desagradavéis, como a entrada do Fernando na Bolívia ou a saída de Leandro aos 20'ST em Erechim; como os gols de cabeça que acontecem, acontecem de novo e acontecem outra vez, jogo após jogo após jogo, sem que se veja qualquer diferença no time e nos jogadores; como a falta total de poder de fogo do time, que tem que parir gols sem qualquer analgesia; como a meia-cancha que não articula e nem protege como deveria; como os laterais que não marcam e nem apóiam; como o futevôlei no Rio sem que se veja qualidade no time suficiente que dispense o responsáveis pelos treinos de seus afazeres regulares.

Renato provou suas qualidades de bombeiro no ano passado, mas quando se necessita de um treinador, ele não tem comparecido. Em 2011, sua performance é de um BROCHA futebolístico, que vive de resquícios de um passado glorioso em que foi campeão da América, comeu 5.000 mulheres, foi Rei do Rio, e salvou o Grêmio do rebaixamento para colocá-lo na Libertadores. Todos feitos louváveis, mas que não apontam enm credenciam como alguém capaz de sair da sinuca de bico na qual o time vem se metendo.

O que salva a temporada azul-e-negra é que o rival não anda lá essas coisas. O título gaúcho pode cair no nosso colo por falta de pretendentes qualificados. E será a salvação da temporada. Todavia, será mais por problemas dos adversários (um, aliás, acaba de contratar sua própria versão de treineiro - AGUANTE, PENSAMENTO MÁGICO!) que por méritos nossos.

Está na hora do maquiavelismo ser utilizado em favor do clube, mais do que do próprio ego. E isso vale também para a direção. Até agora, não nenhum sinal de que haverá qualquer mudança de rumo; nem que haja bombeiros com rede de proteção para proteger nossa queda.

Como é futebol, tudo pode mudar no próximo jogo. Meu papel aqui é só de alertar que PRECISA mudar. Do jeito que está, é insustentável.

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com



P.S.: Conforme prometido, as colunas pendentes das edições 214 e 215 já estão recuperadas. Basta clicar nos linques abaixo para lê-las:

Edição 214 - Até Aqui, Tudo Bem! (segunda coluna)
Edição 215 - O Espírito Josué Krug

quarta-feira, abril 13, 2011

ANO V - NUMERO 217




--- espaço destinado à coluna do Grêmio F.B.P.A. ---






A VOLTA DO BOLA-BOLA


A diretoria acertou em cheio ao contratar P. R. Falcão para treinar o INTERNACIONAL. Não quero nem comentar a saída de Roth. Quem me segue conhece minhas opiniões e não vou perder tempo, hoje, falando de quem sai. A contratação de Falcão vai ao encontro de uma velha tese que tenho; a de que o INTERNACIONAL sempre deve ser comandado por um nome que conheça os quatro cantos do Beira-Rio. Nessa minha lista figuram Carpegiani, Dunga, Figueroa, C. Duarte e, é claro, Falcão. Mas não é só isso. A chegada de Falcão pode solucionar justamente o maior problema atual do time. Há algumas semanas venho clamando para que o time tenha movimentações ofensivas, saídas de jogo, triangulações laterais. E os primeiros movimentos com Falcão evidenciam que mais do que alterações de nomes no onze inicial teremos mudanças efetivas no modo de jogar.


SISTEMA I


Os treinos da semana indicam que atuaremos contra o Santa Cruz num clássico 4-4-2, com duas linhas de 4, com dois meias centralizados (Bolatti e Guinazu) e dois meias abertos (Andrezinho e D'Alessandro). Gosto muito da proposta. É um sistema que favorece, e muito, o modelo de triangulações laterais, com os meias (extremos) se juntando ao lateral e um atacante. Do ponto de vista onto de vista defensivo, as duas linhas de 4 formam coberturas naturais quando os jogadores de meio se colocam entre 2 dos defensores, formando triangulos com vértice na meia cancha. É um sistema que não sobrecarrega os volantes e possibilita auxilio constante aos laterais.


SISTEMA II


Quem lembra do time de 1993 não esqueceu do sistema de pressão constante ao adversário com diminuição de espaços entre a defesa e o meio de campo (aproximação dos defensores da linha de médios). E é exatamente isso que espero ver já no sábado no Beira-Rio. Um time não pode jogar encolhido, com jogadores acomodados na defesa a esperar o adversário se aproximar. O futebol moderno não permite acomodações e, muito menos, espaços de criação ao adversário.


SISTEMA III



A efetivação de Sobis como companheiro de Damião é o definitivo abandono do esdrúxulo esquema que contemplava a nefasto e isolada figura do "1" no ataque. Mais do que isso, deixa evidente que Zé Roberto não é mais do que um reserva no atual plantel. Outra mudança de postura evidente é a substituição do veterano Índio por Rodrigo, a demonstrar que a preocupação na montagem da equipe é o rendimento e não dívidas de gratidão.


SUB 23

Foi anunciada a criação do INTER SUB23, que será composto de jogadores não aproveitados no grupo principal e juniores. Não serão contratados jogadores para este projeto. Essa, em síntese, é a única diferença do recém criado projeto para o extinto INTER-B. Agiu corretamente a diretoria ao corrigir o erro de extinguir o projeto INTER-B, que bons frutos rendeu ao clube (vide L. Damião e Walter, por exemplo).

RÁPIDAS




Oscar não deve jogar contra o Santa Cruz, mas estará a disposição para a peleia contra o EMELEC




Roth tentou aplicar um "bid dog" sem precedentes em sua saída do INTERNACIONAL. Em entrevista concedida a L. C. Reche (sempre ele!), na Rádio Guaíba, afirmou que teve aproveitamento de 78% nesta passagem pelo clube. Mentira: seu aproveitamento não chegou a 55%.



“O time está bastante compacto. Não estão mudando só os nomes dos jogadores, a gente vem treinando muito a parte tática. Sem a bola, não pode ter espaço entre ataque, meio e defesa. Quando tivermos a bola, é preciso ter muita posse” (Andrezinho, que deve ganhar chance na estréia de Falcão, atuando pela meia direita);


"O Falcão passou que futebol precisa ter alegria. Temos jogadores de qualidade para isso. E, com a posse de bola, precisamos ter agressividade" (Bolivar comentando o estilo Falcão)



"Tenho 80% de chances de voltar ao Brasil" (Walter, insatisfeito com a reserva no Porto).



Fechar o treino no primeiro dia de trabalho de Falcão no Beira-Rio. Está aí algo incompreensível e lamentável. O torcedor que paga sua mensalidade, com certeza, não merece dedicar uma tarde ao INTERNACIONAL e dar de cara nos portões do Gigante.




Lateral esquerdo Fabrício será apresentado na sexta-feira. Não conheço esse jogador, mas chega com boas recomendações.



No último domingo, na goleada sobre o Canoas, Glaydson ingressou no lugar de W. Matias, no intervalo, e mais uma vez mostrou que tem muito mais bola e qualidade do que o "Espetacular".


Há algum tempo falei que gostaria de ver Glaydson substituindo Nei na lateral direita. Como não houve a contratação de um jogador da posição, mantenho esse desejo.


Aqui na Aldeia Pampeana, tudo vira gNAL. É assim, sempre foi e continuará sendo. Mas olha aqui ô, comparar Falcão, Rei de Roma, com o fracassado padeiro de bento; por favor, vamos se respeitar um pouco.


É como diz o leitor J. Krug: "padeiro sofre de complexo óbvio de inferioridade já que foi treinado pelo bola bola e jogou muito menos que ele".



É isso aí Josué, com Falcão no Beira-Rio, está de volta a cultura da bola no chão, do toque de bola curto, da iniciativa e criatividade ao invés do balão e do "volantismo".


E por essas e outras, aliás, que os leitores Francinei e Milton já abriram voto pela "secação" ao Falcão. Vão sofrer os dois hein...


Aliás, o leitor Milton só podia estar de brincadeira ao comentar na coluna da última semana que torceu para um duelo com o INTERNACIONAL nas quartas-de-final da Farroupilha.



Lugar de Colorado no sábado é dentro do Gigante da Beira-Rio



Terei o prazer de rever a cena do Beira-Rio de pé a aplaudir a volta de Falcão.


Aquele dia de 1993 em que Falcão estreou na casa mata pode estar distante no tempo, mas não em minhas memórias...

Saudações rubras,

Luiz Portinho – mais de 700 jogos no Beira-Rio .

quarta-feira, abril 06, 2011

Ano V, Número 216



102 ANOS DE GLÓRIAS


Glórias totais. Não há episódios a esconder. Não há entrelinhas. Não há. O Colorado não tem o que esconder. Pelo contrário, tem o dever de buscar na história maiores motivações para seu Coloradismo. Há derrotas sim, há vice campeonatos, há noites terríveis de silêncio, tristeza e comoção no Gigante da Beira Rio, há tardes negativas nos Eucaliptos. Porém, nada que possa nos envergonhar. Perdemos e ganhamos sempre dentro das quatro linhas. Fomos pioneiros em relação ao tema da universalidade; no INTERNACIONAL, desde a fundação, todos sempre foram bem vindos e aceitos. Aliás, exportamos nossos valores pelos arrabaldes. Mas é claro que há muito a ser construído. Os 100 mil sócios são história. O Tricampeonato Nacional é história. O Bicampeonato da América é história. O Mundial FIFA é história. O Campeão de Tudo é história. As dezenas de campeonatos estaduais são histórias lindas e imprescindíveis. Ainda há muito a desenhar e realizar. Muita saúde e conquistas a esse jovem, cada vez mais jovem, de 102 anos. Obrigado por tudo INTERNACIONAL.
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O TIME DE ROTH ? I
Custo a acreditar. Há palpites e exigências forçando Roth a abandonar os 3 volantes. E isso concluo pela própria trajetória do treinador, que nunca foi de mudar o esquema do time em decorrência de má atuações de campo. Curiosamente, desde que implantou o 4-4-2 (travestido de 4-2-3-1), o time passou a render menos. Muito mais pela falta de movimentações, rotinas e saídas de jogo do que pelo esquema propriamente dito. A impressão que fica, ao ver o time do INTERNACIONAL em ação, é que se trata de uma equipe em começo de temporada, sem treino e sem entrosamento. A dependência das individualidades é escancarada. A vitória contra o fraquíssimo J. Wilsterman, por exemplo, passou pela atuação esplêndida do guri Oscar. Assim como outras vitórias passaram por D’Alessandro ou pelos golos de L. Damião.
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O TIME DE ROTH ? II
Mas o fato é que um time não pode viver de individualidades. Tanto pela possibilidade de dias não-inspirados, como pela presumível marcação dos talentos individuais pelos adversários. Um bom time precisa de mecânica de jogo, de organização, de sistemas de triangulação (sempre digo isso, meu leitor deve estar farto!), precisa iniciar uma progressão ao ataque sabendo aonde se desenvolverá a jogada e aonde culminará o lance. Não podemos mais depender das individualidades; e muito menos dos chutões para frente ou de “ chuveirinhos” do meio de campo para a área adversa.
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REFORMA DO BEIRA-RIO
Comissão de obras realizou reunião para apresentação de consultorias técnico-financeiras e análise das propostas apresentadas. Até agora não foram divulgadas as deliberações/conclusões de tal reunião. Mantenho minha posição. As tais consultorias técnico-financeiras acarretarão gastos exacerbados aos cofres do clube. Mais, análise de propostas apresentadas é jogo de cena. Asso meu dedo como está tudo encaminhado e negociado com a empreiteira A. Gutierrez – bola da vez do Comitê da Copa.
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RÁPIDAS
Guinazu completara 200 jogos contra o Jaguares do Mexico.
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O leitor F. Bentes me criticou por relatar, na última semana, o legado de Dunga no comando da seleção brasileira. Também aparentou descontentamento por comentar a respeito do “carregador de luvas de luxo” da seleção brasileira.
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E não é que o “carregador de luvas de luxo” voltou a cena essa semana ? Com a palavra o vizinho (ou quem sabe o leitor Francinei).
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Sobre o Dunga, e seu legado, basta analisar a última convocação do Sr. M. Menezes, como fez, de forma inteligente, o jornalista britânico J. Cotteril. Mais, basta examinar os resultados da seleção de Dunga, com vitórias expressivas e reiteradas contra os argentinos, por exemplo, e o título da Copa América; além da classificação, “com um pé nas costas”, como diria minha avó, para o Mundial.
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Quem critica Dunga é por revanchismo, pirraça ou por eco à maldosa, bairrista e interesseira imprensa do Eixo - comprometida com os interesses da Casa Bandida do Futebol e da Máfia Paulista e devedora de favores à cariocagem.
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E por falar na cariocagem, Alecsandro anotou seu primeiro gol com a camisa cruz-maltina contra o Bangu. Parece piada, mas não é. Em tempo: média de gols do avante na Cidade Maravilhosa é de 0,5 por partida. Bah!
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Ainda no tema “cariocagem”, só para não cair no esquecimento, o time do vizinho foi o primeiro a boicotar a união de clubes (leia-se Clube dos 13), assinando com a Rede Globo
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E para finalizar o tema “cariocagem”, o padeiro de bento foi vice campeão no FUTEVÔLEI das areias de Copacabana. Esse é um eterno derrotado! Não sobreviveu a 3 meses no futebol italiano, aonde P. R. Falcão se transformou em mito – o REI DE ROMA.
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F. Miranda, em seu blog INTER 2000, comentou os técnicos de sua gestão. Zé Mário, C. Duarte e C. A. Parreira. Vale a pena conferir.
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Sábado o GIGANTE DA BEIRA RIO completa 42 anos.
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Vida longa ao nosso TEATRO DOS SONHOS.
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"Nunca me esquecerei, dos dias que passei..."
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Saudações rubras,
Luiz Portinho – mais de 700 jogos no Beira-Rio






O PRIMEIRO JOGO DO HENRIQUE NO OLÍMPICO

- Onde é que nós vamos, filho?
- Guêmio!

Esse foi o curto diálogo que tive com meu filho de 1 ano e 8 meses na manhã de domingo. E não escrevi mal; ele fala "Guêmio", mesmo. Dia de sol, temperatura amena, jogo de fase classificatória de Estadual, no qual o Grêmio já é finalista, contra um fraco Veranópolis numa época em que o futebol do time não convence ninguém. Era simplesmente o ambiente perfeito para que o Henrique conhecesse o Olímpico numa tarde de futebol pela primeira vez.

De manhã, vesti uma camisa do Grêmio, já me preparando para a partida. Quando cheguei na sala, o Henrique apontou para mim, riu, disse "Guêmio!" e logo passou a procurar o Grêmio em si. Não achou na camisa, nem na calça, nem nas meias. Correu para mãe, puxando a camisa: "Guêmio!". Como assim, o papai de Grêmio, e ele, não? Ainda mais naquele dia que prometeram para ele levá-lo no Olímpico. E lá se foi a família escolher a roupa do Henrique para o grande dia. Uma vez devidamente trajado, sorriu, gritou "Guêmio!" e voltou para brincar na sala.

Fomos almoçar fora. No restaurante, um outro pai pergunta se ele vai no jogo. Eu respond que sim, e pela primera vez. "Minha filha também! Vai pela primeira vez". Eu deveria ter sentido ali como seria no estádio. Afinal, a minha bela idéia não tinha sido só minha. Depois do almoço, nos dirigimos ao estádio, e o encontramos virado numa creche. Até o Lucianinho Périco, cancheiro de estádio, se espantou a ponto de comentar na rádio. Era um festival de novatos, mais interessados em correr por tudo, comer picolé e pipoca, do que com o jogo.

O Henrique até correu por tudo, o que impediu o papai aqui e a mamãe de verem o primeiro tempo, mas não deu bola para pipoca, picolé ou pão-de-queijo. Gostou mesmo foi da Geral. E isso que ela estava abaixo do meia-boca. Dançou, bateu palma, regeu, cantou (mais ou menos) junto. O que é aquilo lá, filho? "Geal! (balançado de um lado para o outro) Ô, ôoooô!". Gostou também da creche. Fez um monte de amigos de arquibancada (se começa desde cedo!). Ainda não esqueceu da tia da mochila do Ben 10, a mãe do Bernardo, que estava na fileira atrás de nós. E não deve esquecer tão cedo, se depender da memória de elefante que tem.

Apesar de ter se assustado com os gols, ele dá sinais que gostou da experiência. Não vejo a hora de ter uma nova oportunidade dessas.

Sobre o jogo, melhor nem comentar. O pouco que vi, não me anima nada. Valeu a vitória; e, talvez, só isso.

Grêmio x Junior (quinta-feira); Santa Cruz x Grêmio (domingo)
Não tenho muito o que falar sobre esses jogos: o de quinta, vale classificação e briga pelo primeiro lugar no grupo; o segundo, vale o mando de um possível Gre-Nal e a briga pelo primeiro lugar no grupo. Qualquer coisa, nessas duas partidas, que não a vitória é fracasso. Simples assim.

Vizinho
Parabéns ao vizinho pelo aniversário! Sinceramente, não gostaria de ter qualquer outro rival.



Vida longa ao Sport Club Internacional! Vida longa ao clássico Gre-Nal!



Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com

P.S.: As colunas ausentes serão recuperadas. Desde já, peço desculpas pela falta.