Ano III, Número 144Edição Especial Gre-Nal 378
CLÁSSICO PREOCUPANTE
Não. Não me refiro apenas ao Imortal, mas ao co-irmão também. Ambos os times chegam completamente esgualepados, procurando alguma saída para salvar o final da temporada. O vizinho, por óbvio, está em situação menos desconfortável, mas ainda assim vê-se cada vez com mais problemas para manter-se entre os primeiros.
Já o Grêmio segue naquela "amável" disputa para saber se será o pior entre entre os melhores ou o melhor entre os piores. Se vencer, é possível que consiga igualar sua pior posição desde que o campeonato passou a ter 20 clubes, em turno-e-returno: sexto lugar. Mas duvido que vá mais longe que isso. No entanto, essa é a enésima chance de entrarmos na briga por uma vaga no G-4. Falharemos mais uma vez?!
Sobre a partida, jogaremos sem Máxi e Tcheco; o que não é um bom sinal. Iremos a um estádio onde perdemos já duas vezes neste ano; entretanto, o adversário está mais fraco do que naquelas oportunidades. Enfrentaremos uma equipe em crise técnica e anímica; o que nos favorece.
Sinceramente, fazia tempo que um Gre-Nal não "desempolgava" tanto. A nós, pelo menos, cabe ainda trazer os vermelhos para a Sul-Americana. Afinal, eles gostam tanto dela, que seria até um favor...
Autuori
Apesar de entender que o cargo do Autuori está errado -ele deveria ser o responsável pela montagem do elenco profissional, pelo trabalho de base e pela integração de ambos-, acho correta a atitude da direção em apostar nele para 2010. Evidentemente, não é pelo que ele produziu até o momento, mas para permitir-lhe iniciar e terminar um trabalho completamente.
Apesar de ter vencido duas Libertadores chegando em maio a um trabalho, ele o fez no Cruzeiro e no São Paulo, dois clubes completamente diferentes do Grêmio. Aqui, toda sua postura de trabalho deve ser assimilada praticamente do zero, e isso não só leva tempo, como é quase impossível realizar durante toda a temporada.
Não é "a cara do Grêmio"? Isso é bobagem. Primeiro, porque o Grêmio tem todas as caras; e, segundo, se o time tem sido caseiro, nada reflete mais a História do próprio clube.
Enfim, deixem-no trabalhar como quer. Ano que vem, certamente, a equipe estará diferente e, possivelmente, mais forte.
Grêmio 2-0 Coritiba
Absolutamente dentro da rotina. Não jogamos bem, mas o suficiente para garantir mais uma vitória. Aconteceu tudo como sempre. Victor salvou lá atrás quando precisamos (e foram bastantes vezes), e Perea marcou daqueles golaços que levará outros oito meses para fazer de novo. Lopez mostrou porque os treinadores gostaram tanto dele na Azenha (se vale o que lhe pagam, é outro departamento), e Tcheco aproveitou uma injustiça para ter um chilique e ficar fora do clássico. Rochemback deixa claro a cada jogo porque foi liberado em Portugal, e Renato estreiou de maneira a deixar todos se perguntando o porquê de tanta briga por ele. Doril melhora a cada partida, e Rever segue sendo Rever. Leo voltou bem, mas Lúcio, nem tanto. Souza foi discreto como sempre, e teve lampejos como sempre, e Túlio foi discreto; como sempre...
Rápidas
* A não-contratação de Émerson provou-se acertada. Ponto para direção.
* Mentalizemos: o Beira-Rio é a NOSSA casa. Quem sabe, assim, a gente consiga um bom resultado.
* O baixo público nos jogos do Grêmio (em finais-de-semana de sol e temperatura aprazível) provam que a temporada de futebol foi mal planejada pela direção. Que isso não se repita no ano que vem.
* Como é clássico, o torcedor porde dar aquela levantdinha de olho, mas independentemente do resultado, creio que o melhor a fazer após a partida (e eventual flauta) é voltar a hibernar até 2010.
Saudações Imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com
CAMPANHA DE G4
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Não quero mais ouvir o discurso enganador de que o INTERNACIONAL ainda disputa o título de campeão nacional. Nossa campanha é de figurante do G4, não há mais como negar. Já queimamos todas as gorduras e oportunidades de chegar à ponta da tabela. A última delas nesta série de três partidas contra Nautico e Atlético-PR, em casa, e Fluminense, fora, em que eram obrigatórios os 9 pontos. Poderíamos estar a 1 ponto de distância do líder; marcamos 5 dos 9 pontos. Campanha de G4.
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ESQUEMA I
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Das bancadas do lendário Centenário de Montevideo ouvi uma frase marcante: "Saca la línea de 3 Tabarez". Era o torcedor charrua indignado com seu treinador que mantinha a linha de 3 zagueiros mesmo após sofrer o gol argentino. O Uruguai perdeu por 1x0 e O. Tabarez não abriu mão do 3-5-2 chama derrota. M. Sergio chegou e disse que não abre mão do esquema. Presumo que F. Carvalho esteja de acordo. Então por que jogamos toda a temporada no 4-4-2 ?
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ESQUEMA II
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O futebol é simples; e quando é jogado com simplicidade não há como um time não atacar e defender com equilibrio. Mas a simplicidade é a pior inimiga dos treinadores. Dizem que no Brasil há 150 milhões de treinadores. Não concordo, mas uns 50 milhões com certeza há. Qualquer um desses 50 milhões que gostam e acompanham futebol, mesmo que de forma eventual, sabe que o feijão com arroz (a simplicidade), em regra, desagua em vitórias. Infelizmente o "treinadorismo" nos força a conviver com coisas como 3-5-2, 3-6-1, losangos e outras gororobas afins.
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ESQUEMA III
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O que é simples no futebol aprendi ainda no colégio e nas peladinhas de rua com a parceria. Não somos italianos (aonde as crianças, desde o primário escolar, atuam com 3 zagueiros e líbero). No futebolzinho da infância também tínhamos bastante definidas as funções dos zagueiros e atacantes. Hoje o "treinadorismo" tenta nos convencer que atacante deve defender e defensor necessita espaços para atacar. Zagueiro só pode marcar gol em cabeceio ou rebote de bola parada. A função defensiva de atacante não pode ir além do primeiro combate à saída de bola adversária. Essa história de centroavante baixar para cabecear na área em escanteio do rivl é irritante! Mais irritante ainda (e improdutivo) é ver 3. zagueiro se jogando ao ataque. Chega! Lanço aqui o manifesto contra o "treinadorismo" que campeia em nosso futebol.
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NENHUMA NOVIDADE
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O que está acontecendo com Sandro no INTERNACIONAL é um absurdo, mas não é nenhuma novidade. Em 2005/06, Alex jogou na lateral esquerda e de volante pela esquerda, mesmo tendo demonstrado que era como meia esquerda ofensivo que rendia mais para a equipe e individualmente. Ali atuando se tornou destaque e chegou à seleção. Portanto, não há novidade alguma no deslocamento de Sandro, melhor cabeça de área em atividade do país e que ali jogando chegou à seleção, para a 3a função da meia cancha.
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CLÁSSICO I
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O vizinho perdeu M. Lopes e Tcheco; nós perdemos F. Eller. Figuras importantes de ambos os lados, embora a vizinhança nutra ódio explícito por seu capitão. No mais, M. Sérgio tem todo o restante do grupo a disposição, inclusive o meia Giuliano que retorna da Sub20. Aposto todas as fichas que entraremos em campo com Indio, Sorondo, Bolivar; Sandro, Guiñazu, D'Alessandro, Giuliano e Kléber; Alecsandro e Taison. Marquinhos e Andrezinho podem ingressar também, no lugar do contestado Taison. Mas eu deixaria o guri de Canguçu.
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CLASSICO II
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A responsabilidade está toda do lado deles. Para o INTERNACIONAL nem mesmo derrota será algo catastrófico, a não ser é claro pela decepção inconteste de perder para o maior rival. Mas em termos de tabela, para quem, como eu, está ciente de que apenas lutamos pelo G4, não será um prejuízo irreversível. Já para a vizinhança, derrota e empate representam férias em outubro. Aliás, nem mesmo vitória no clássico poderá tirar o vizinho da zona intermediária da tabela. Mas, é claro, para quem só resta o consolo de ficar a frente do rival na tabela (em mais um ano de seca de taças e na fila de títulos!), será um grande feito.
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CASA BANDIDA DO FUTEBOL I
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Há algum tempo queria tocar num assunto, mas fui deixando o tempo passar. E isso só me trouxe melhores argumentos. Para atender à grade de programas da televisão, a CBF desloca uma partida da rodada do final de semana para a 4a feira. Nesta semana, o Palmeiras enfrenta o Santo André. Depois disso, folga no final de semana e só retorna a campo na próxima rodada. Ou seja, ganha um longo período de treinamentos, enquanto os inimigos pelo título se entredevoram. Isso já aconteceu com o próprio Palmeiras, com o São Paulo e com o Corinthians. Só com eles! Curioso não ?!
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CASA BANDIDA DO FUTEBOL II
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Por que INTERNACIONAL, Cruzeiro, Galo Mineiro, Goiás e o time do vizinho não são agraciados com tamanha benesse ?! Sim, porque é evidente que o descanso e a possibilidade de um longo período de treinamentos (praticamente uma inter-temporada - o Corinthians, para quem não lembra, ficou quase 2 semanas sem jogar por força desse tipo de favorecimento). O Colorado, por exemplo, ganhou fôlego quando da viagem para o Japão (mas aí estávamos licenciados por uma competição oficial e chancelada pela FIFA!). Nada contra atender a grade de programação, mas que haja um mínimo de igualdade no gozo do benefício.
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RÁPIDAS
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O deslocamento de Sandro para 3a função já é um absurdo tremendo. Mas a sua substituição com permanência de Glaydson na cabeça de área é digna de demissão sumária do treinador!
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Por favor, não há qualquer justificativa! Mesmo com uma perna quebrada Sandro é mais produtivo do que Glaydson.
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O futebol do INTERNACIONAL parece um barco a deriva.
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Aonde está o Capitão do barco (F. Carvalho) ?
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Flamengo chegou a 48 e está a 1 ponto de INTER e São Paulo. Tenho dito e repito, uma das vagas do G4 é do urubu.
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O Palmeiras pode até perder o título (afinal, teve time que já entregou 11 pontos de vantagem - bah!); mas dificilmente perderá a vaga no G4.
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Sobram 2 vagas para INTERNACIONAL, Atlético-MG e São Paulo. O Goiás já demonstrou que não tem bala na agulha e o Cruzeiro não terá fôlego para o sprint final de que necessita.
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Acho que o Galo Mineiro, embora tenha se reforçado, ficará fora, ficando as outras 2 vagas para o Colorado e o São Paulo.
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"Levar dois gols do Gum é dose p'ra mamute!" (Ernane Campelo - Radio Guaiba - logo após sofrermos o 2o golo).
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Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*39), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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L. Portinho