sábado, abril 28, 2012

ANO VI - NUMERO 270



Edição Especial Pré Gre-Nal 392




MUITA TRANSPIRAÇÃO, POUCA INSPIRAÇÃO


O jogo de quarta-feira no Beira Rio, entre INTERNACIONAL e Fluminense, teve placar justo à proposta dos dois treinadores. A. Braga, querendo decidir no Rio de Janeiro, veio fechado e cauteloso. E até tinha razões para fazê-lo. No Engenhão, podem esperar o time de Abelão no tradicional "vamos para dentro deles!", marca do corajoso treinador. Agora, Dorival Jr. não tinha motivo algum para ser cauteloso e prudente. Pelo contrário, precisava vencer o adversário em seus domínios para levar vantagem à Capital carioca. Mais uma vez, os discursos ao final do jogo não condizem com a realidade. O empate em 0x0 não trouxe vantagem alguma ao Colorado. Era no Beira Rio que tínhamos de fazer vantagem. E vantagem só se adquire com vitória. Por isso, os 45 minutos desperdiçados na etapa inicial não se justificam. A falta de ambição de Dorival pode custar caro.    


OBVIEDADES - Libertadores


Dagoberto e Kleber foram para o jogo sem condições ideais. E não é momento para escalar quem não estiver com 100% de condições de jogo. Com 3 volantes não há criatividade na meia cancha. Assim como cabras não voam, Tinga não é, nunca foi e nunca será meia atacante. Com Damião isolado no ataque, Datolo atuando como meia armador, Tinga de ponta de lança e os dois laterais presos na marcação, tínhamos o 0 como placar óbvio para o INTERNACIONAL. Nossa sorte é que Abelão foi cauteloso e quis levar o empate para o Rio de Janeiro.


CLÁSSICO 


Novamente estamos diante de uma meia semana gNAL (nem semanas gNAIS não há mais como antigamente). O noticiário dá conta da escalação de três volantes novamente. Imprensa dá a vizinhança por favorita, diante dos desfalques Colorados. Eu colocaria João Paulo no lugar de Tinga, até para recompor o quadrado da meia cancha. Jogaria com o General Bolivar na lateral direita, com certeza. Ficaríamos com Elton, Tinga, Jajá e Jô como boas opções no banco de reservas. Mas o time divulgado terá Muriel, Elton, Moledo, Indio, Fabricio; Guinazu, Sandro S., Tinga e Datolo; Gilberto e Damião. Bueno, que seja colocada mais uma taça no armário vermelho!


OSCAR I


Tribunal Superior do Trabalho deferiu liminar em habeas corpus, liberando o atleta Oscar para trabalhar no lugar que lhe aprouver. O Relator da medida, Ministro Caputo Bastos, afirmou que "a obrigatoriedade da prestação de serviços a determinado empregador nos remete aos tempos de escravidão e servidão, épocas incompatíveis com a existência do Direito do Trabalho, nas quais não havia a subordinação jurídica daquele que trabalhava, mas sim a sua sujeição pessoal."

OSCAR II

O ministro Caputo Bastos ainda alertou que, qualquer que seja a decisão na ação entre Oscar e o São Paulo, ela "jamais poderá impor ao trabalhador o dever de empregar sua mão de obra a empregador ou em local que não deseje, sob pena de grave ofensa aos princípios da liberdade e da dignidade da pessoa humana e da autonomia da vontade, em torno dos quais é construído todo o ordenamento jurídico pátrio".


OSCAR III

Confirma-se o que foi dito aqui neste espaço, em 12.fevereiro: "Caso mantida a atual situação de vitória do clube paulista, a solução para o impasse, após o trânsito em julgado da decisão a ser tomada em Brasília, nos julgamentos cabíveis perante o TST (o que demandará não menos do que 2 ou 3 anos), trará como consequência máxima ao INTERNACIONAL o desembolso de algum montante como forma de auxiliar o jogador Oscar (pois, repita-se, o INTERNACIONAL não é parte do processo - o condenado será o jogador) a ressarcir ao São Paulo. Voltar a jogar no São Paulo, com certeza, Oscar não voltará." (coluna n. 262)

BEIRA RIO

Foi a primeira partida que assisti no Gigante depois do reinício das obras. E a sensação não foi das melhores. Faltava alguma coisa. Com torcida em apenas metade do estádio (as sociais já estão vazias) o grito não ressoa da mesma maneira. Não que o torcedor estivesse menos animado ou tenha deixado de participar. Mas o fato é que, com obras, o Gigante não é o mesmo caldeirão. A diretoria do INTERNACIONAL precisa, com urgência, traçar um plano para que tenhamos o Beira Rio de volta, inteiro, com a maior brevidade possível. Seria interessante fechar no dia seguinte ao término do Nacional e reabrir só com a obra concluída. Nem que para isso tenhamos de disputar o Gauchão 2013 no Passo D'Areia ou em outro local. 




RÁPIDAS

Lesões musculares são, sempre, consequência da preparação física;

INTERNACIONAL precisa rever sua preparação física, porque o departamento médico não tem mais lugares disponíveis;

D'Alessandro, Kleber e Dagoberto regressaram de lesão e não aguentaram 45 minutos em campo.

Algo está errado!

Intervenção da diretoria no trabalho de Dorival está cada dia mais evidente. Treinador está com os dias contados no Beira Rio e, a cada partida, dependerá mais dos resultados.

Decisão da Taça Farroupilha. 


Árbitro da partida será o M. Chagas. Para quem não lembra, é o mesmo cidadão que concedeu 8 minutos de descontos (até que a pijamada empatasse) na disputa da final da Taça Piratini 2011 entre a vizinhança e o Caxias.


Todo cuidado, portanto, será pouco!


Mentiu pro tio, contou pro vô, a casa caiu, a cobra fumou! 

TODOS OS CAMINHOS LEVARÃO AO GIGANTE DA BEIRA RIO...

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (40*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 750 jogos no Gigante da Beira Rio



sexta-feira, abril 20, 2012

ANO VI - NUMERO 269

NO SUFOCO!



Não há como tecer comentários sobre Juan Aurich 1x0 INTERNACIONAL. Apenas três breves notas. Primeiro, a Conmebol não pode permitir que uma partida de Copa Libertadores seja disputada em tapete. Dois, o jogo foi um dos mais varzeanos da História Colorada. E, finalmente, o INTERNACIONAL não pode perder para um time tão ruim. Voltamos do Peru com a pior campanha entre as equipes classificadas. No sufoco, torcendo para o Santos, jogando de azul (?), vencer boliviano (bah!). Não era o que esperávamos, claro. Mas é preciso considerar que a fase de classificação foi bastante conturbada, com sérios contratempos para Dorival. Chegamos a atuar com a meia cancha reserva, diante das ausências de Oscar, D' Alessandro e Guinazu. O importante é a classificação. Até porque, quem acompanha futebol sabe que, daqui por diante, inicia uma nova competição.

QUE VENHA O FLU!


Será um duelo muito complicado diante dos cariocas. Não pela tradição do adversário e muito menos por algum temor em relação à campanha realizada pelo adversário na classificatória. O último time de melhor campanha na primeira fase que levantou o caneco foi o River Plate, no distante ano de 1996 (aquele timaço de E. Francescolli, Alzamendi e H. Crespo). Meu maior temor tem relação ao patrão da casa mata inimiga. A. Braga é um treinador ousado e que conhece a competição. Não será fácil bater o Abelão e seu fiel escudeiro Edinho. O primeiro confronto já acontece na próxima quarta-feira. Dorival e o torcedor Colorado tem motivos de sobre para se preocupar. Mas é aquela história. Quem almeja título não pode escolher adversário. Então, que venha o Flu!


CASO OSCAR I

Mais uma decisão negativa no curso dessa semana. Oscar continua impedido de atuar. O indeferimento da liminar na medida cautelar proposta perante o Tribunal Superior do Trabalho (TST) não abordou o mérito da causa e se baseou apenas em questões processuais (não esgotamento da instância ordinária - leia-se no âmbito do Tribunal Regional de São Paulo). Mantenho minha posição. Oscar tem razão em seus pleitos e deve vencer a causa no TST. O grande problema é aguardar o moroso trâmite do feito para voltar a atuar. 

CASO OSCAR II

Sejamos realistas. O São Paulo deve protelar ao máximo o andamento do feito no âmbito do TRT paulista. Trata-se de estratégia jurídica óbvia. Mesmo que esgotada a via ordinária, ainda será preciso obter provimento liminar no TST que libere o atleta para atuar. O julgamento definitivo da questão por uma das Turmas julgadoras do Tribunal Superior não acontece antes de 6 meses. Então, parece-me evidente que o INTERNACIONAL deve contratar um jogador para preencher a vaga de Oscar, se quiser conquistar a Taça Libertadores.

CAMISAS

Palmeiras de verde limão. Vasco da Gama de azul e cruz de malta branca. Fluminense de laranja. Flamengo de azul e amarelo. Santos de azul celeste. Corinthians de roxo. O Goiás com um uniforme horroroso, mesclando as cores da seleção brasileira. Justificam por questões do marketing e de visibilidade da marca. A meu ver, é muita falta de identidade. Vida longa ao rubro da camisa Colorada!

RÁPIDAS

40 mil "carboneros" compareceram à despedida do Peñarol da Libertadores. Já eliminado da Copa, os uruguaios bateram o Godoy Cruz, de Mendoza-ARG, por 4x2. Uma bela demonstração de amor ao clube.

Obras no Gigante da Beira Rio a todo vapor (clique e confira). 


Bolivar falhou feito no golo dos peruanos. 

Bahia do Falcão jogando o fino da bola na Copa Brasil. 

Bahia que é o time de melhor ataque do futebol brasileiro em 2012.

Seria ótimo ver o time do Bola Bola atravessar o caminho da pijamada.


A Conmebol confirmou as datas e horários dos jogos das oitavas de final da Libertadores. O Inter enfrentará o Fluminense já na próxima quarta-feira, dia 25 de abril, às 21h50, no Beira-Rio. A partida de volta ocorrerá no dia 10 de maio, às 22h, no Engenhão, no Rio de Janeiro.


Blog Arquibancada Colorada rendeu justa homenagem a Valdomiro (clique e confira). 

INTERNACIONAL x Veranópolis. Rumo a Final do 2o turno.


Dagoberto volta de lesão e já está a disposição de Dorival.

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (40*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 750 jogos no Gigante da Beira Rio

domingo, abril 15, 2012

AO MESTRE, COM CARINHO!


Morreu na madrugada deste sábado o comentarista esportivo Cláudio José Quintana Cabral, que atuava na Rádio Bandeirantes, em Porto Alegre. Ele estava internado no Instituto de Cardiologia da Capital. O sepultamento do corpo está marcado para às 17h30min, no Cemitério São Miguel e Almas. O velório ocorre na Capela B do mesmo cemitério.


Filho do cronista esportivo Cid Pinheiro Cabral, o jornalista era formado em Ciências Políticas e Econômicas. Trabalhou na Agência France Press (AFP) e foi diretor do Sport Club Internacional.


Difícil assimilar a perda do Mestre. Mais difícil ainda será enfrentar as manhãs sem o "Falei e assino embaixo" nosso de cada comentário do meio dia. O Mestre era mais do que um comentarista; era alguém que nos acompanhava a todos os jogos.


Confira a homenagem de Luiz Carlos Reche ao Mestre Cabral:


"Irreverente. Polêmico. Inteligante. Sagaz. Culto. Bom colega. Excelente contador de histórias. Baita comentarista. Este era Cláudio Cabral. Colorado, mas não oficialista. Pelo contrário, crítico. Deixa saudades. E uma enorme lacuna na Rádio e TV Bandeirantes. Tentei contratar Cabral há 4 anos,almocei com ele no Tropo Bene do rua da Praia Shopping, mas faltou o acerto financeiro. Olha aqui, oh! Isto só vamos ouvir no céu. Vai com Deus amigo Cabral."

quarta-feira, abril 04, 2012

ANO VI - NUMERO 268

ESSE JOVEM DE 103 ANOS

Quando o conheci já tinha mais 70, casa própria, armários abarrotados. Mas conservava o espírito jovem e desbravador. A busca pelo desconhecido sempre esteve em suas entranhas. Estive junto com esse jovem nos seus momentos mais difíceis, de penúria e derrotas amargas. Mas sempre tivemos certeza, todos nós Colorados, que é na dificuldade que se deve abraçar o irmão e o parceiro. Os dias terríveis ficaram para trás, mas daqueles dias nós Colorados jamais esqueceremos. Foram naqueles dias que semeamos todas as glórias colhidas nos anos recentes. Quem viveu as décadas de 80 e 90 merece cantar, Ô INTERNACIONAL, QUE EU VIVO A EXALTAR!!! Dia 4 de abril é sempre "o dia" do ano; dia de recordar façanhas, empreitadas, tardes e noites de Gigante da Beira Rio. Ou de estar lá dentro do nosso Caldeirão, como faremos hoje... Comemorar o aniversário no meio de uma peleia é ainda melhor. Afinal de contas, gaúcho que é gaúcho nunca foge da peleia... VAMOS QUE VAMOS MEU INTER!

GAUCHÃO

A tarde de domingo foi dessas de amaldiçoar o campeonato gaúcho. E olha que sempre fui um defensor do certame. Gosto da disputa local. Mas é brabo! Do jeito que está não pode continuar. Abrir o Gigante para uma partida "murrinha" e que não valia nada, como foi o "modorrento" 1x0 sobre o Canoas, não se justifica. É preciso que a Federação reestruture a competição. A começar pela fôrmula. Não se pode conceber um Gauchão com mais do que 10 clubes.

LIBERTADORES I

Escrevi após o empate com gosto de vitória de La Paz que aquele episódio tinha "cheiro" de campeão. Buscar um empate, na casa do inimigo, e sob os efeitos da altitude, não é fácil e revela a força de um time. E a partida de hoje, diante do Santos, é outro capítulo para que o time prove sua determinação; mais do que isso, para que o grupo afirme sua condição de postulante ao título.

LIBERTADORES II

Com tantos desfalques importantes, o que menos importa hoje é o onze inicial e o sistema tático proposto por Dorival. Perdemos os pensadores e o pulmão do time. Sobrou a força da camisa e o torcedor. Todo noticiário da semana indica que repetiremos no Beira Rio o maldito esquema de três volantes que já nos custou a derrota na Vila Belmiro. E, diante desse noticiário, sou obrigado a me apegar na força da camisa e no grito da torcida. Mais do que nunca, Ruas de Fogo e a mística do Manto Vermelho serão fundamentais nesse episódio que pode ser marcante na caminhada do Tricampeonato

S. M. Ricci

Acho o Muricy um pouco fanfarrão. Mas no episódio da indicação do árbitro S. M. Ricci, tenho de concordar com o treinador do Santos. Por que, dentre tantos nomes capazes, indicar justamente um árbitro que teve discussão judicial com um jogador de um dos times envolvidos em tão importante partida? As vezes tenho a impressão de que os diretores de arbitragem agem para provocar polêmicas e noticiários. Não é possível! Seria tão fácil evitar toda essa polêmica.

DORIVALITE I


O longo período de trabalho já permite fazer juízo sobre o trabalho de Dorival. Aliás, já o fiz na última coluna, condenando a constrangedora mesmisse tática a que estamos submetidos. Na ausência de nomes para compor o 4-2-3-1, a única solução proposta é o malfadado sistema com 3 volantes. P. Guardiola, diante de desfalques, promoveu, contra o todo poderoso Milan, nas 4a. de final da Champions, o "debu" do desconhecido Cuenca. O jovem teve bela atuação pelo flanco esquerdo. Por que Dorival não pode escalar João Paulo ao lado de Datolo ao invés do 3o volante ? Por que não pode criar um lado esquerdo com Kleber e Fabrício ? E por que não ousar com Dagoberto, Damião e Gilberto desde o começo da partida?

DORIVALITE II

A não ser que tenhamos uma daquelas gratas surpresas e que todo noticiário da semana seja contrariado (o que hoje me parece algo totalmente descartado), Dorival repetirá dois erros que levaram à derrota na Vila Belmiro. Primeiro a repetição do sistema com 3 volantes. E, por favor, parem com essa história de que o Tinga é um jogador com mobilidade e que pode desempenhar uma das funções ofensivas da meia cancha. O segundo erro grave é respeitar em demasia o adversário. Todas as declarações que antecedem a peleia contra o Santos, como aconteceu nos dias que antecederam o confronto da Vila Belmiro, demonstram preocupações exclusivas com o "defender" e com o "evitar" o efeito Neymar. Um clube grande e que postula títulos não pode temer adversários!


RÁPIDAS

A mesmisse tática e a covardia de Dorival Jr. fazem o torcedor Colorado sentir saudades do Abelão.

Quem duvida que hoje Abelão iria "para o meio" do Muricy, escalando 3 atacantes ?

Falei acima de Milan x Barcelona... Será que a diretoria do timeco da azenha assistiu a esta partida ? O que se chama de violência no campeonato gaúcho é carinho diante dos lances ríspidos verificados na partida dos dois gigantes europeus.

João Paulo e Jajá perderam a chance de se consagrar domingo contra o Canoas. Era jogo para se lavarem em cima de um adversário fraco. Nada fizeram e terminaram substituídos.

Jajá mostrou, inclusive, falta de empenho; irritante.

Com a camisa vermelha e a cachaça na mão, o Gigante te espera, VAI COMEÇAR A FESTA...

Que venha o Santos do Muricy...

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (40*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 750 jogos no Gigante da Beira Rio