A BAILAR CON LA MÁS LINDA
Permito-me aqui repetir o título da coluna da estreia da Libertadores de 2007, quando este espaço ainda era ocupado pelo Paulo Sanchotene. Afinal, o GRÊMIO estreava em casa novamente. E mais uma vez, não passou do 0x0. Mas as diferenças entre as estreias de 2007 e 2009 param por aí.
Em 2009, vimos um GRÊMIO muito mais vibrante, com raça, contra um adversário que quis só se defender, mas não o fez com a maestria do Cúcuta em 2007, que deu uma aula neste quesito e só não saiu com a vitória do Olímpico por que não quis. O GRÊMIO exagerou no direito de perder gols! Pelas contas dos comentaristas de rádio da capital, foram 15 oportunidades de gol desperdiçadas pelo GRÊMIO, com direito a bola na trave e algumas defesas magistrais do goleiro da seleção chilena Miguel Pinto. Já Victor foi um espectador de luxo da partida, pois não praticou sequer uma defesa. Apenas intervenções.
A coisa foi tão gritante que até mesmo os dirigentes e o técnico de "La U" reconheceram que o resultado foi injusto e que era para o GRÊMIO ter aplicado uma sonora goleada. No entanto, quando a bola insiste em não querer entrar, não há santo que faça.
A atuação do GRÊMIO não foi ruim. Com a exceção de Tcheco e Souza, em especial este último, que fez sua pior partida na temporada até agora, o time foi bem como um todo. Adilson foi o melhor em campo, mostrando que a escolha dele para substituir William Magrão foi acertada. Jogando como primeiro volante, algumas vezes até mesmo como zagueiro, ele desarmava as jogadas e usava de sua qualidade de 2º homem de meio-campo para conduzir muito bem a bola.
O resultado, certamente, merece ser lamentado. Afinal, um empate em casa nunca é bom, principalmente se pensarmos que o Boyacá Chicó, nosso próximo adversário, derrotou o Aurora por 3x0 jogando em Cochabamba. E além do "ajedrezado", este jogo tem dois componentes a mais: a altitude de Tunja (2.770m) e o fato de o GRÊMIO nunca ter vencido um adversário colombiano jogando fora de casa.
A nosso favor tem o fato de que nos dois anos que vencemos a Libertadores, em nenhum deles estreamos com vitória. Em 83, empate em 1x1 com o Flamengo em casa. Em 95, derrota para o Palmeiras por 3x2 no Parque Antarctica. E também que em 1983 e 1995 obtivemos vitória jogando na altitude. Vencemos o Bolívar em La Paz no ano da primeira conquista. E no ano do bi-campeonato derrotamos o El Nacional em Quito, onde eles não perdiam para um time estrangeiro desde 1976.
A direção já declarou que projeta 4 pontos nos próximos 6 disputados. E para isto, a equipe deve promover uma preparação especial.
O jogo contra o Boyacá Chicó deve mesmo ser em Tunja. Informações dão conta de que o estádio La Independencia teve sua capacidade ampliada para 18 mil espectadores. Mesmo estando abaixo dos 20 mil exigidos pela CONMEBOL, a equipe colombiana foi autorizada a atuar em seu estádio. Tunja fica a aproximadamente 300 km de Bogotá.
Enquanto o dia 11 de março não chega, o GRÊMIO vai disputando o Gauchão.
BOLA CHEIA
Bola cheia para Adilson. O garoto demonstrou que quer mostrar serviço e aproveitar a chance recebida com a lesão de William Magrão. Mesmo ele sendo um 2º homem de origem, ele foi muito bem desempenhando a primeira função. Já havia jogado bem contra o Juventude, repetiu a boa atuação contra o Universidad de Chile.
BOLA MURCHA
Bola murcha para Tcheco. Que foi o Tcheco que conhecemos nos momentos em que se precisa dele. Mas infelizmente pra nós é mais fácil que caveira faça bochecho que o Tcheco venha a ser sacado do time titular do GRÊMIO.
O GAUCHÃO
Adiei minha viagem à praia por conta do jogo GRÊMIO X Juventude no sábado de carnaval. Um público fraco assistiu à vitória conturbada do GRÊMIO sobre o esmeraldino da serra. Afinal logo a 1 minuto de jogo, o GRÊMIO teve o goleiro Victor expulso em falta cometida sobre o meia Ivo, após atrasada desastrosa do lateral Fábio Santos. Celso Roth fez algo nada recomendável: sacrificou Jonas, o artilheiro do time, para promover a entrada do goleiro resrva Marcelo Grohe. Claro que a vaia da torcida pegou.
Mas Celso Roth provou que tem mais sorte do que juízo. Afinal o recomendável era ou tirar um dos 3 zagueiros, ou sacar Alex Mineiro, que só havia marcado um único gol até agora. No entanto, o camisa 9 foi mantido. E foi dele os dois gols que classificaram o GRÊMIO para as semifinais.
Sorte do nosso técnico também que logo em seguida do lance da expulsão de Victor - justa, diga-se de passagem - o árbitro Márcio Chagas da Silva resolveu dar uma compensada e expulsou um jogador do Juventude em falta que era no máximo para cartão amarelo.
Confesso que bateu aquele medo de ver de novo o filme de 2008: ver o Juventude aprontando para nós dentro do Olímpico de novo. Mas foi só o susto.
Agora, nesta sexta-feira o GRÊMIO jogará contra o Veranópolis. Desta vez em casa, mas novamente com uma equipe reserva. Não tão reserva quanto a que perdeu lá no Antônio Davi Farina, mas um time que deve contar com o zagueiro Leo como único titular.
A provável escalação (no 4-4-2) seria: Marcelo Grohe; Makelelê, Leo, Héverton e Fábio Santos; Diogo, Maylson, Orteman e Douglas Costa; Reinaldo e Roberson. Herrera continua se recuperando de uma lesão e deve estar à disposição para a próxima semana.
RAPIDINHAS
O GRÊMIO não desistiu de Renato, que está atuando no futebol árabe. Seria um excelente reforço. Se o Roth não o colocar de reserva do Tcheco.
GRÊMIO X Ypiranga, no Olímpico, foi transferido do dia 04 para o dia 05 de março, às 19h30min. A razão da transferência foi que no dia 4 teremos jogo em Porto Alegre pela Copa do Brasil.
Aliás, vizinho, providencial o "atalho", hein?
A união faz a força. E o União faz o crime!
Pior do que empatar contra o Universidad de Chile deve ser perder para o União de Rondonópolis, com direito a bola na trave no final do jogo. Que côsa!
O lateral-direito Wellington foi emprestado ao Pão de Açúcar até o final do ano. Já Rafael Martins e Tiago Dutra retornam ao time de juniores.
Se tudo correr dentro da normalidade, teremos GRE-nal no domingo. Mais detalhes terça que vem.
Saudações imortais desde a Libertadores da América,
Leonel Knijnik (DJ Aldebaran)
Gaúcho por Tradição e Gremista de Coração
"BATE MAIS FORTE O MEU CORAÇÃO
Oh, Terra Mãe
PAPAI É O MAIOR, PAPAI QUE É O TAL
Feitos relevantes, senda de glórias, o vencedor
Nos campos e na passarela, COLORADO e IMPERADOR ATÉ MORRER!!!
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RÁPIDAS
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Já estou na final da Taça F. Carvalho. O vizinho tem "batalha de Veranópolis" hoje a noite.
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Por falar em batalha, aposto o que quiserem que ainda ouviremos a imprensa azul rotular de "batalha de Santiago" a partida de volta contra o fraquíssimo U de Chile pela Copa Libertadores.
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A propósito, essa U de Chile aí é aquela mesma que o vizinho rotulou de timeco quando nós a despachamos com o time reserva na Copa Sudamericana do ano passado.
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Bota contradição nisso!
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Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*38) e CAMPEÃO DE TUDO.
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Luiz Portinho – lcportinho@yahoo.com.br