terça-feira, fevereiro 22, 2011

Ano V, Número 210
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ROTH, O CULPADO

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Por utilizarmos 3 volantes e antes de mais nada por utilizarmos os 3 malditos volantes. Por encerrarmos a partida contra o Emelec com 3 zagueiros e só pior do que os 3 volantes por voltarmos a ter de conviver com esses nefastos 3 zagueiros. Pela falta de companhia ao L. Damião e por esse tal de “1” que é um isolamento só nesse esquema absurdo utilizado pelo INTERNACIONAL. Por esse absurdo 4-5-1 que era um 4-2-3-1 e agora é um 4-3-2-1; mas que o Roth disse que é um 5-3-2 (sim, ele disse que o W. Matias jogou como zagueiro em Guayaquil ?!). O Roth é o culpado. Pelo latifúndio da criação no qual D’Alessandro tem feito milagres para, sozinho, vejam só, criar. Pela desmotivação do Marquinhos. Pela utilização, no banco de reservas, do lateral direito Daniel, que não tem as características mínimas para jogar na posição e muito menos técnica para vestir a camisa do Colorado (e pela preterição do jovem Kleber que é melhor do que ele). Por atuarmos com 10 jogadores há mais de 6 meses (aqui me reporto ao que escrevi na postagem O CULPADO) e, em conseqüência, por deixar índio e Sorondo no “mano a mano” com os dianteiros rivais. Pela não contratação de um jogador para tirar o Ney do time. Por transformar o lateral esquerdo Kleber (melhor cruzamento do país) num lateral defensivo. Por colocar o Guiñazu a jogar com liberdade para criar e concluir a gol (coisas que ele, sabidamente, não sabe fazer) - e, pior, privar o time de sua força defensiva. Pela inexistência de triangulações ofensivas e de jogadas ensaiadas. Pelo mau posicionamento defensivo em lances de bola parada. Pela escalação do Lauro no lugar do Renan. Pela tarde de horror que tive no sábado. Pela extinção do INTER-B. Pela demissão do E. Moreira.
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O INJUSTIÇADO
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A faxina de Siegmann é justa e, inclusive, será proveitosa para esta gurizada que, cedida a clubes médios, poderá mostrar serviço e, quem sabe, regressar ao INTERNACIONAL num futuro próximo. Agora, o grande injustiçado do episódio, sem dúvida alguma, é o treinador E. Moreira. Com trabalho consistente em categorias de base, o mineiro Moreira havia montado um time competitivo no segundo semestre de 2010. Terminou o ano com duas taças, comandando um time de promessas motivadas que atuou sempre no 4-2-2-2 (do meio para frente seu time tinha Natan, Elton, Oscar, Marquinhos, Sasha e Guto). Em 2011 veio a determinação para que utilizasse o esdrúxulo esquema com 3 volantes e “1” solitário dianteiro. E junto veio o desencontro tático, a desmotivação das jovens promessas e as derrotas.
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LUZ NO FIM DO TÚNEL
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Alex, o Raphael, atualmente na Rússia (Spartak Moskow), declarou ao jornal desportivo Lance que pretende regressar ao Brasil e que já foi, inclusive, sondado pelo INTERNACIONAL. R. Siegmann, em entrevista à rádio Guaíba (programa Terceiro Tempo, ao meio dia), informou que o “carteiraço” não vigora no INTERNACIONAL. R. Sóbis estará em condições de jogo em breve e forçará Roth (se é que Roth sobrevive até lá) a abandonar o esdrúxulo esquema de 3 volantes.
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LIMPEZA
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Além da demissão do treinador E. Moreira, vários jogadores já foram negociados. T. Cunha, zagueiro Mineiro, lateral direito Kleber, meia W. Libano (emprestados ao Criciuma); lateral esquerdo Lima, volante Maycon e atacante Léo (empréstimo ao Paraná Clube); atacantes Ytalo e Fabinho (emprestados ao Mogi Mirim); Marquinhos (emprestado ao Avai); Edu, D. Moraes e Illan (contratos rescindidos); Bustos, zagueiros W.Silva e R. Conceição e atacante Guto estão disponíveis para negócios. Em tempo: rescisão de Illan rendeu declarações fortes de seu pai-empresário, no sentido de que direção Colorada teria forçado sua saída, inclusive lhe proibindo de acessar dependências do clube. Siegmann contestou afirmando que o jogador se negou a cumprir determinações do clube, especialmente relacionadas ao tratamento de lesões. Celeuma que ganhará as prateleiras do Poder Judiciário.
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APROVADOS
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Do primeiro turno do Gauchão e da faxina Siegmann pode-se concluir que o meia atacante R. Goulart, o zagueiro R. Moledo, o lateral esquerdo Massari e os volantes Juliano, Natan Augusto e Elton ultrapassaram a fase eliminatória do “vestibular” (alguma dúvida do quanto se gosta de um volante dentro do Beira-Rio ?). Agora precisam demonstrar que realmente têm condições de atuar no time principal. A questão é que dificilmente receberão oportunidades. Em tempo: em meio à catástrofe do sábado, gostei da atuação, da disposição e do perfil do médio Milton Jr. Trata-se de meia de força e com razoável técnica, com boa presença no corredor lateral direito.
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ENQUANTO ISSO PELAS AMÉRICAS
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Cruzeiro enfiou 4x0 no Guarani do Paraguai (na primeira rodada fez 5x0 no Estudiantes de La Plata). É grande candidato ao título. O problema dos mineiros é o jockey - Cuca - que não costuma ganhar títulos. Aliás, a história mostra que time que inicia competição com resultados muito expressivos geralmente não chega. São os denominados coelhos. Já os nossos adversários de chave fizeram uma partida sofrível em Guayaquil: Emelec 1x0 J. Wilsterman. O time da Bolívia consegue ser pior do que “Los Electricos”.
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COPA UNIÃO 87
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Com o altamente interesseiro reconhecimento por parte da Casa Bandida do Futebol (CBF) de que o Flamengo é Campeão Brasileiro de 1987 (e aqui não quero ingressar no mérito, pois sempre achei que os cariocas são os campeões nacionais do ano, de fato), dividindo a conquista com o Sport Recife, lembro (e vivo novamente) aquele nosso time que chegou ao heróico vice campeonato nacional. Afinal de contas, a história de um grande clube não é feita apenas de conquista, mas também de façanhas e grandes feitos. E os comandados de E. Andrade, sem dúvida, ali realizaram uma das grandes façanhas da história rubra. CLIQUE AQUI e CONFIRA a postagem RECORDAR É VIVER que redigi em meu sítio pessoal.
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RÁPIDAS
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Falei acima do vice campeonato da Copa União, em 1987, e de nosso confronto com o Cruzeiro. Quem foi ao Beira-Rio naquela tarde de domingo deve recordar que re-inaugurávamos o placar eletrônico, que ficava passando umas imagens de uma bunda rebolando (com gráficos da época, claro, em que a bunda era tipo aquela do X-MEN do Atari). Quem é da época vai se lembrar dessa.
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Outra recordação da época. A histórica capa da Revista Placar com a página dividida entre L. C. Winck (a esquerda) e Zico (a direita), capitães das equipes finalistas (clique aqui para conferir).
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A respeito do interesseiro reconhecimento pela CBF do título nacional do Flamengo em 1987, ele veio justamente na semana em que cariocas e paulistas anunciam seu desligamento do Clube dos 13, por força de divergências na renovação do contrato de televisionamento do Campeonato Brasileiro.
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Flamengo e Corinthians lideram a desavença, favoráveis à toda poderosa Rede Globo e com o aval da CBF.
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Por mais que dirigentes da dupla insistam em desdenhar o certame regional, o fato é que o Gauchão continua encerrando ciclos, gerando crises e decretando fim de linha para treinadores. E. Moreira foi a última vítima.
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O problema é que C. Roth, o culpado, segue no cargo, como se não tivesse responsabilidade alguma pelo ocorrido.
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A corda sempre estoura do lado mais fraco, máxima que sempre se renova e reforça.
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Além do não ao “carteiraço”, Siegmann declarou na entrevista concedida à rádio Guaíba que apenas a bola e o Presidente têm cadeira cativa no futebol Colorado.
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Para bom entendedor meia palavra basta, já dizia minha avó: má atuação diante do Jaguares coloca cabeça de Roth na guilhotina.
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Pior do que agüentara gororoba tática do C. Roth, só as entrevistas ao final da partida com aquela postura sarcástica e a tentativa de afirmação de seus equívocos mais grosseiros.
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Até quando os 3 volantes ? Até quando os 3 zagueiros ? CHEGA!
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Saudações rubras,
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Luiz Portinho – mais de 700 jogos no Beira-Rio




QUESTÃO DE PLANEJAMENTO



Estava terminando a coluna quando o Firefox fechou. Por um problema do Blogger, não estava sendo salvo. Perdi tudo! Desanima...

Segue versão resumida. Como eu estava dizendo, o Grêmio fez 8 gols e não sofreu nenhum nas últimas duas partidas; as primeiras do que se tratou aqui como a temporada. Somos líderes do grupo na Libertadores e estamos classificados às semifinais da taça Piratini. A direção planejou bem o começo do ano, e entrou na temporada colhendo os primeiros frutos. Mesmo que venha a perder adiante (ninguém está livre), é de se elogiar o bom trabalho. Está sendo feito o que deve ser feito. Todas as competições valem! O time foi em vôo fretado para poder retornar a tempo de descansar e se preparar para o jogo contra o Cruzeiro. Irrepreensível a medida.

Grêmio 5-0 Ypiranga
O placar diz tudo. Foi uma atuação praticamente perfeita de um time que é melhor que o adversário, e fez questão de demonstrar isso durante toda a partida. Borges e André Lima aparentaram melhor entrosamento e com o time voltando a jogar como no final do ano passado (a escalação era semelhante), a vitória e a goleada foi construída naturalmente. Era mais ou menos esse time contra o Liverpool, e não foi bem. No domingo, a atuação foi impecável. Ótimo sinal.

Júnior x Grêmio, Barranquilla, quinta-feira, 23h45min
O Júnior poupou OITO titulares na partida de final-de-semana. Pelo que se lê na imprensa local, os titulares, quando jogaram, venceram dois jogos jogando bem (Tolima, c; e León, f) e perderam na estréia jogando mal (Cartagena, f). A previsão é de temperatura alta (27ºC) e muita humidade (80%). Além de um estádio cheio de torcedores vibrantes. Não será fácil, mas se o Renato acredita que pode vencer, quem sou eu para duvidar. O time deve ser o mesmo que jogou contra o Oriente Petrolero, vejamos se comportam-se melhor desta vez.

Grêmio x Cruzeiro, domingo, 16h
O clube quer conquistar a Piratini para garantir vaga às finais do Gauchão. É meio campeonato! Caso consiga, poderá usar a fase classificatória da Farroupilha para testes de jogadores e esquemas. Algo que poderá fazer a diferença tanto no começo do Brasileiro, caso o clube esteja envolvido nas finais da Libertadores, quanto nos períodos de maratona do campeonato nacional. Tudo isso, sem comprometer a briga pelo título local. É isso que estará em disputa no domingo, e não é pouco. Agradecemos o Cruzeiro pelo serviço de eliminar o co-irmão, mas que não esperem nem um favor em troca. Não se espera nada além de uma vitória gremista no Gre-Cruz.

Pré-Temporada II, O Retorno
Depois de enfrentar o Jaguares no Banhadão, vizinho retornará à Pré-Temporada. Ficarão 14 dias treinando, sem nenhum jogo oficial. Deve fazer parte do decantado planejamento do clube dele, que perderam as duas partidas contra o Cruzeiro (uma, é verdade, apenas nos pênaltis; o que é um avanço). Afinal, eles tiveram o Mundial, e tal, e não puderam se preparar a contento. Tremei, Rio Grande!



Pelo menos, estão garantidos, no mínimo, 14 dias de invencibilidade!

E badaladíssimo futebol do Congo? Como anda?
Pois é. Lembram do TODO PODEROSO futebol do Congo? A seleção formada por jogadores locais, a maioria integrante do time VICE-CAMPEÃO MUNDIAL, perdeu para a Túnisia (também formada por jogadores locais) e foi eliminada da Campeonato Africano de Nações. Os tunisianos (alvi-rubros, para aumentar a ironia da coisa) mandaram lembranças ao goleiraço intransponível Kidiaba:



Dança, Kidiaba!

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Ano V, Número 209


AMÉRICA TRI VERMELHA
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No exato momento em que escrevo, estamos a menos de 20 horas da estréia em mais uma edição da Taça Libertadores da América. O Bicampeonato começa a virar passado hoje a noite. Iniciaremos a campanha do Tricampeonato. E, novamente, a caminhada começa pelo Equador. Em 2010 passamos por Guayaquil, Quito, Rivera, Buenos Aires, Quilmes, São Paulo e Guadalajara, numa campanha cheia de percalços e momentos inesquecíveis. Quem não lembra de Pato Abondanzieri e Fossati exigindo que o árbitro desfizesse a marcação equivocada de uma penalidade no Olimpico Atahualpa, em Quito ? Da invasão Colorada em Rivera ? Da angústia de perder por 3x1 para o Banfield com uma atuação desastrada da arbitragem na Argentina ? Daquele golo épico do Giuiliano, em Quilmes, contra o Estudiantes ? Da superioridade incontestável contra os paulistas ? E da vitória maiúscula em Guadalajara ? Foi uma campanha épica, mas já ficou no passado. É hora de entrar em campo para defender o título. Que venham as peleias!
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TUDO DE NOVO
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"Todas as atenções voltadas ao EMELEC e a estréia na Copa Libertadores. A semana começa com tristeza e pesar pela eliminação no turno do Gauchão, mas o Colorado precisa se agrupar, reanimar e motivar. A competição deste ano é mais difícil do que as passadas. Além dos campeões de chave apenas 6 dos 8 vice líderes se classificam. Um tropeço em casa, nessas circunstâncias, pode ser fatal. Não há espaço para deslizes e tempo para recuperação. É preciso 100% de foco, dedicação integral e muita concentração. Assim como em 2006 não somos considerados favoritos. Vamos correr o páreo por fora novamente. Os inimigos são terríveis. Além dos tubarões do Eixo RJ-SP, o Cruzeiro está azeitado e repleto de contratações. O Estudiantes de La Plata é o detentor do caneco e um adversário temível, sempre. Mas primeiro é preciso bater os inimigos da chave, os equatorianos e o Cerro de Montevideo. Vem muita peleia braba pela frente, viagens longas, angustiantes momentos em frente ao televisor, geladeiras de cerveja para agüenta-los, muito vento minuano nas bancadas do Beira-Rio. Não será fácil, mas estaremos lá no meio dos Gigantes da América atrás do caneco." (coluna 159 – falando sobre o início da campanha do Bicampeonato, em 23.fevereiro.2010).
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DAMIÃO e ALECSANDRO
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Há muito tempo defendo a escalação de L. Damião ao lado de Sóbis no ataque Colorado. Já o defendia muito antes de Abu Dabi, aliás. O início de temporada de Damião é fulminante. 5 golos em 3 partidas. Agora ficou difícil tirar o guri do time. Até Cavenaghi, que chegou a Porto Alegre contratado como grande estrela e a peso de ouro, terá dificuldades. Alecsandro sim terá de mudar muito seu perfil se quiser atuar esta temporada com a camisa vermelha. Precisará mostrar muito mais disposição e empenho do que em 2010, quando não havia sombra alguma no Beira-Rio para sua titularidade.
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BOLATTI I
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“A Libertadores terminou e Sandro se foi com a conquista no currículo. Deixa um vazio tremendo no time. É uma peça cuja reposição é impossível. C. Roth terá de mudar a forma de atuar do time, com certeza. A ausência de Sandro sobrecarregará a zaga e dificultará o trabalho de criação dos meias. Achar uma solução adequada para este desfalque, sem dúvida, é a grande tarefa de C. Roth até dezembro.” (escrevi na coluna 185, em 25.agosto.2010). Roth não achou a solução e nunca mais o INTERNACIONAL formou um time confiável. Abordei o tema na última semana.
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BOLATTI II
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Índio voltou a ser criticado. Sorondo não serve para ninguém. Bolivar, se estivesse jogando, seria criticado. O fato é que sem um grande cabeça de área não há zagueiro que tenha sossego. Don Elias Figueroa, aliás, dizia que com Caçapava vestindo a camisa 5 poderia jogar até de bengalas. É o caso. Fala-se maravilhas de M. Bolatti, nosso novo cabeça de área. Preciso vê-lo jogar, mas estou torcendo efusivamente para que as primeiras notícias se confirmem.
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ESTRANGEIROS
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A imprensa local debateu nesta semana a questão da liberação de jogadores estrangeiros (sul americanos) para atuar no futebol brasileiro. Não interessa a ninguém. Aos países vizinhos porque perderiam seus jogadores para o mercado brasileiro, mais forte e atraente. E aos jogadores brasileiros que ganhariam concorrência de atletas com características mais aguerridas e peleadoras. O fato é que a ninguém interessa a liberação de mais do que 3 jogadores estrangeiros. E, portanto, o INTERNACIONAL terá de se virar, nas competições domésticas, com seus 4 argentinos. Em tempo: o número excessivo de jogos deve acomodar as melancias na caçamba. De toda forma, com todos em condições de jogo, penso que é Cavenaghi aquele que possui melhores sombras no grupo (Damião e Sobis).
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RÁPIDAS
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Nada é fácil na Libertadores da América.
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Vide o decantado Santos que estreou empatando em oxo com o Deportivo Tachira da Venezuela.
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A propósito de Libertadores, enquanto escrevo assisto America do México e Nacional de Montevideo, no estádio Azteca.
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Detalhe: Rosinei (lembram dessa uva ?) figura no meio de campo do time mexicano. Bah!
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Ocupo o espaço quase que inteiramente com Taça Libertadores essa semana, mas é preciso lembrar que no sábado há INTERNACIONAL x Cruzeiro pelas quartas-de-final da Taça Piratini
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Partida é muito importante. Vamos com o INTER-B rumo às finais do Gauchão.
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“Palmeiras sondou centroavante Leandro Damião do Inter”. (Alexandre Praetzel – 11.fevereiro - @AlePraetzel)
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No dia seguinte Damião marcaria 3 golos contra o Pelotas.
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Campanha de Menezes no comando da seleção canarinho: 3v contra times inexpressivos, 1 convocação sem partida e 2 derrotas nos confrontos contra seleções de tradição (Argentina e França).
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“O Mano está sentindo que o pepino começou a crescer “(Guerrinha – programa Sala de Redação – 11.fevereiro)
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Saudades, muita saudades do Dunga.
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Esse sim era galo e não se mixava diante de argentino.
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A propósito, no último final de semana revi Brasil x Argentina pela Copa América de 1989.
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Num Maracanã lotado, Dunga colocou Maradona e seus parceiros debaixo do braço e comandou a meia cancha numa grande vitória contra os hermanos.
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Tchê, como jogava o Dunga!
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Que venha Guayaquil...
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Cuidado e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
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Por isso, todo cuidado será pouco na estréia.
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VAMOS ARRIBA INTERNACIONAL!
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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio

ps. QUE NÓIA HEIN VIZINHO ?





QUE COMECE A TEMPORADA


A derrota em Nóia deu o sinal de alerta que a realidade é um pouco mais dura do que aparentava na Azenha. Não vi o jogo, não gostei do resultado, mas pode ser que essa derrota seja bem aproveitada pelo clube para uma ligeira correção de rumos, e para se dar conta que não se pode ratear. Neste primeiro semestre, não há muita margem para erros.

A Pré-Temporada, ao menos, foi positiva. Ainda há o que corrigir, mas o trabalho -mesmo cheio de percalços- foi satisfatório. Não se pode reclamar dos resultados alcançados. Infelizmente, Escudero e Carlos Alberto chegaram apenas no final, pelo que os testes continuarão nestes primeiros jogos. O problema é que não se pode perder: nem no Estadual, nem na Libertadores!

Os Novos Uniformes
Gostei da tricolor. Não amei, mas gostei; principalmente das costas (e dos números). A Topper mandou bem também na camisa celeste (a que mais simpetizei). A branca vai precisar de tempo para me conquistar. Pode-se ver os uniformes aqui.

Os 25 da América
Nenhuma grande surpresa. Os problemas, como os seis atacantes, da lista da Pré-Libertadores foram corrigidos. Entraram Rodolfo, C. Alberto e D. Escudero. Sairam Lins, Warley e Mateus Magro. Pode-se discutir algum detalhe, mas não seria nada além disso mesmo: detalhe. Então, boa sorte aos 25 nessa Fase de Grupos. Nas finais, podem ser trocados mais 3.

A lista de boa-fé está aqui.

Novo Hamburgo 2-0 Grêmio
Primeira partida fora-de-casa dos titulares, e derrota. Como disse, não vi, mas que sirva para abrir o olho!

Grêmio x Oriente Petrolero
É jogo de estréia. Portanto, será nervoso, duro e encardido. Temos que ter paciência. Se tivermos calma, os importantíssimos três pontos devem ser assegurados. Peço que o torcedor vá cedo. Aqueles que chegarem em cima da hora, que procure portões menos tumultuados, como os próximos ao Ginásio. Tudo para evitar problemas como os ocorridos contra o Cruzeiro em 2009.

Grêmio x Ypiranga
Deve ser disputado com time misto. Provavelmente, com o time titular ligeiramente enfraquecido. NÃO SE PODE PERDER. NÃO SE PODE PERDER! NÃO SE PODE PERDER!!! Uma derrota, e o ambiente para a Libertadores pode ficar comprometido. Aliás, não se pode nem empatar, se não quisermos que um provável Gre-Nal na semifinal seja no Beira-Rio.

Gre-Nal
Confesso que me incomoda a vantagem colorada, caso ocorra um Gre-Nal em 27 de fevereiro. Mesmo que seja no Olímpico, é o Grêmio quem viaja na semana. E os vizinhos ainda terão um dia a mais de descanso. Acontece, mas é chato! Teremos que passar por cima disso para sermos campeões. Na semana que vem, se necessário, voltaremos ao assunto.

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Ano V, Número 208





TERMINAR A PRÉ-TEMPORADA EM PRIMEIRO



Faltam dois jogos para o fim da pré-temporada (e sigo insistindo nesse ponto), e, até o momento, o Grêmio consegue todos os resultados almejados. Além disso, a equipe vem se soltando cada vez mais, e apresentando um melhor futebol a cada rodada que passa. Foram cinco jogos dos titulares até aqui (4 no Olímpico), e o desempenho progride a cada nova rodada. Tudo está dentro do esperado, inclusive os empates diante de Lajeadense e Liverpool. Quando a temporada começar de fato (de direito já está desde o mês passado), dia 17, às 19h45min, no Olímpico, o time já estará suficientemente pronto para ser competitivo.

Se tudo seguir dentro do script, o Grêmio chegará nas finais da Taça Piratini em primeiro no geral, e com a vantagem de decidir o torneio sempre em casa. Não que seja garantia de títulos (a derrota do ano passado contra o Pelotas está aí como exemplo recente), mas é uma baita ajuda.

Como Planejar a Semana
Para o jogo de Ijuí, eu iria com um time misto mais quente. A idéia é agrantir a vitória e a melhor campanha no geral com antecedência. Isso permitiria focar a estréia da Libertadores com total dedicação. Apenas quem não será utilizado contra o Oriente Petrolero treinaria visando o jogo contra o Novo Hamburgo no domingo. Meu time para amanhã seria: Grohe; Doril, Vílson, Rodolfo e Gílson; Magro, Magrão, Pacheco e Pessalli (Roberson, Mithyuê); Clementino e Borges. O mesmo miolo-de- zaga do jogo contra o Caxias, que é para ganhar ritmo e entrosamento.

E se não vencermos o São Luiz? Bom, nesse caso, deve-se mudar um pouco o planejamento para domingo; ver quem merece ser poupado do calor do Vale, quem é imprescindível no time titular para estréia de quinta-feira, e a partir de aí, ir com o time mais forte possível enfrentar o Anilado. Mas, na boa, o time acima tem totais condições de voltar da Colméia do Trabalho com três pontos.

Grêmio 2-1 Caxias
Assisti somente o primeiro tempo, em que dominamos as ações e fizemos 2-0. Lê-se que no segundo tempo a produção caiu, e houve uma reação do Caxias; que acabou resultando em gol. Como eu disse ao Luciano Perico na partida contra o Liverpool: é treino; treino que vale, mas treino. Vale pela vitória, vale pela movimentação, pela entrada de Rodolfo, pela volta de Borges, para perceber que o time não está nem perto de 100%, mas que melhora a cada partida, e pela consolidação do primeiro lugar da chave e do geral no campeonato.

Reforços
Chegaram Carlos Alberto e Escudero. Agora é esperar. O melhor dessas contratações é que não precisamos deles. Se derem errado, permanecemos onde estamos; e, creio, temos um time e grupo competitivos para fazer frente a ambas competições do semestre. Agora, se derem certo, o Grêmio pula de pretende a títulos da temporada para favorito (ao lado de outros, é claro). Mas só saberemos se darão certo ou não daqui a um mês ou dois. Não creio que nenhum deles ganhe espaço rapidamente no time.

Terra da Longevidade
Vizinho, mais uma vez, dando exemplo de respeito ao Estatuto do Idoso! Os Vecchi agradecem mais uma vez a educação dos capitalinos em entregar a rapadura nos acréscimos do jogo. Se isto aqui fosse Twitter, seria digno de um #2007Feelings...

Pensamento da Semana
Quando é que os adversários pararão de cabecear livremente na nossa área? Temos 10 dias para corrigir esse problema!

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com




FORA ROTH!

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Vergonhoso é o mínimo que se pode dizer da derrota em Veranópolis. C. Roth levou um banho tático de L. Machado (o que, aliás, não é novidade alguma – quando Machado terá uma oportunidade no INTERNACIONAL ?). A derrota foi um castigo para o esquema de jogo absurdo implantado por Roth. E, não bastasse utilizar um estapafúrdio 4-3-2-1 (com 3 volantes de marcação), Roth foi até o final da partida com seu esquema. A única opção ofensiva era o talento e a individualidade do argentino D’Alessandro. Fora isso, o INTERNACIONAL não tinha qualquer outro vetor ofensivo. E para piorar mais ainda a situação, mesmo com 5 jogadores empilhados no meio de campo, nosso time perdeu, o tempo inteiro, as ações no setor. Mais ainda, o primeiro golo do VEC saiu exatamente numa falha de posicionamento do cabeça de área (coisa que W. Matias não é nem aqui e nem na China). Foi dali da meia lua da grande área que Baiano acertou um “pombo sem asas”. Exatamente no local aonde deveria estar o cabeça de área (que no “replay” do lance aparecia posicionado na lateral direita?!). Não há justificativas. Não há explicações. E não há desculpas capazes de minorar o fiasco capitaneado pelo Sr. C. J. Roth.
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ESFARRAPADAS DESCULPAS
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Nei saiu de campo criticando o gramado, os vestiários e dizendo que a partida era um treino forte e que a competição que interessa é a Libertadores. Por favor, proíbam Nei de dar entrevistas ou mudem o discurso de vestiário. Sim, porque está na cara e ficou escancarado na entrevista do jogador que esse é o discurso que impera em nosso vestiário: o de que o Gauchão é um treino forte para a Libertadores. Não pode ser! Não deve ser! E não se pode admitir que o INTERNACIONAL repita o erro de 2007, quando foi eliminado na primeira fase da Libertadores com este mesmo discurso. Time grande deve enfrentar toda competição para vencer. Time grande não entra em campo em jogo oficial com a mentalidade de que está num “treino forte”. Ou se modifica o discurso ou as conseqüências serão terríveis.
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FUTEBOL É ASSIM ?
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Foi a expressão mais falada e ouvida depois da derrota para o Veranópolis. O discurso foi no sentido de que o INTERANCIONAL deixou de matar o jogo e tomou um golo ao final. Não, não foi isso que aconteceu. O VEC gostou do jogo na segunda etapa e C. Roth manteve o esquema de jogo retranqueiro com 3 volantes. Essa é verdade. O Veranópolis foi merecedor e construiu um placar justo para o futebol apresentado. O INTERNACIONAL anotou um golo aos 3 minutos num lance individual de D’Alessandro e não produziu mais nada durante os 87 minutos restantes. Damião passou o jogo inteiro isolado no ataque. As substituições de Tinga (por Glaydson) e Andrezinho (por Alex) em nada alteraram essa realidade. Aliás, não é admissível que um time do porte do INTERNACIONAL termine uma partida que está empatando contra um time do interior com três volantes que possuem exclusivamente a marcação como característica de jogo. Enfim, o futebol não é assim... O futebol sempre castigou e continuará a castigar quem não quer vencer.
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CABEÇA DE ÁREA I
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“O Sandro dava uma solidez que nós não conseguimos mais alcançar.”. Sandro foi embora no final da Libertadores (em agosto). Desde lá W. Matias assumiu a posição e não saiu mais do time (pode-se dizer, com tranqüilidade, que é o titular mais absoluto do time). Então fica a pergunta: se não foi mais alcançada a solidez da Era Sandro, por que W. Matias não foi sacado do time ainda ? Até uma criança de 6 anos já percebeu que W. Matias não executa a função de cabeça de área. Não é da posição; afinal de contas, ele nunca está na cabeça da área (vide o 1º golo do Veranópolis domingo, entre outros tantos exemplos que poderiam ser citados). C. Roth teve seis meses para achar outra solução e nunca o fez (Guiñazu e Tinga com dois meias avançados, por exemplo). Quando o fará ?
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CABEÇA DE ÁREA II
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A contratação de Bolatti é outra demonstração que W. Matias não agradou e não deu conta do recado. Mas, então, pergunto novamente, por que Matias não foi sacado do time ainda ? Por que Matias foi escalado e permaneceu em campo até o final do jogo contra o VEC ? Confesso que não posso dar uma opinião sobre Bolatti. A única coisa que conheço desse jogador é o golo contra o Uruguai no Centenário, em 2010, que garantiu a vaga argentina no Mundial Sudafrica (em partida que assisti ‘in loco’). Além disso, pelo valor da contratação (aprox. € 3 milhões), é de se esperar que resolva esse problema crônico de nosso time.
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CONTRATAÇÕES
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A propósito do negócio envolvendo Bolatti, merece elogios a direção Colorada. A contratação de um jogador por € 3 milhões é uma exclusividade. Nenhum clube brasileiro possui o poder de investimento do INTERNACIONAL; nem mesmo o todo poderoso de outrora São Paulo. A política de contratações, há algum tempo, rende bons frutos ao clube. A ponto de a negociação de Giuliano, melhor jogador do clube em 2010, ter pouco impacto na formação da equipe para 2011. Enquanto uns e outros se digladiam para contratar ex-jogadores e refugos, o INTERNACIONAL, há algum tempo, contrata jogadores da primeira linha do futebol mundial.
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SEMANA ÁRDUA
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“Jogaremos contra o Pelotas no próximo domingo com a equipe principal e as 23h partiremos p SP onde na segunda embarcaremos rumo ao Equador.”, anunciou R. Siegmann, via twitter. Teremos uma semana de trabalhos árduos e, em seguida, duas partidas que podem decidir o futuro de Roth no INTERNACIONAL. Resultados negativos em Pelotas e Guayaquil, fatalmente, derrubarão o treinador.
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RÁPIDAS
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Gostaria que alguém me explicasse por que o garoto Alex foi contratado, desembarcou no Beira-Rio e já virou primeira opção de ataque.
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E enquanto isso, Marquinhos nem no banco de reservas fica.
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Até quando conviveremos com essa dificuldade em se utilizar a gurizada da base ?
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Escrevi com maiores detalhes sobre W. Matias e a teimosia de C. Roth, em meu sítio pessoal na postagem O CULPADO.
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Ainda do twitter de Siegmann (@robertosiegmann): “Algumas derrotas ocorrerão, mas concordo que perder para o VEC quando o jogo estava na nossa mão não é aceitável.”
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Havendo coerência na declaração, é de se esperar que Siegmann também não esteja satisfeito com a esdrúxula escalação imposta por C. Roth ao torcedor Colorado.
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Falei acima da negociação de Giuliano. Quem está acompanhando a seleção sub20 já pode constatar que Oscar tem futebol e talento suficientes para ser o substituto adequado para a posição.
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O título de minha coluna é FORA ROTH. Creio que não seja a primeira dessa longa história de 208 colunas pedindo cabeça de treinador (de Roth deve ser a 2ª ou 3ª).
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E, como de costume, gosto de trazer solução para a crítica. Novamente indico P. R. Falcão e Don Elias Figueroa como bons nomes para assumir o posto de treinador. E, é claro, do credenciado Dunga, de ótimo comando e idéias e posturas coerentes durante a campanha da seleção brasileira no Mundial Sudafrica 2010.
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L. Damião. Das poucas coisas positivas na desastrada atuação em Veranópolis
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E isso que o centroavante ficou a partida inteira isolado na frente. Imaginem com companhia adequada ?
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Vasco da Gama contratou o festeiro Leandro e está interessado no Alecsandro.
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Tchê, o R. Dinamite, como dirigente de futebol, se revela com um baita d’um centroavante.
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Vamos “chulear” para que o São Dinamite nos livre do Alecsandro!
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Porque é aquela história; se ficar no Beira-Rio acaba jogando
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Vide o W. Matias e o Nei que estão aí no time titular; incontestáveis.
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E a dúvida da semana. Será que o vizinho estava entre os 40 gatos pingados foram receber o temperamental C. Alberto no aeroporto.
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Isso aí nem para refugo serve...
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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio

terça-feira, fevereiro 01, 2011

EDITORIAL


FRACASSO ANUNCIADO


O Gre-Nal de domingo passado foi ridículo. Este blog, criado em razão da rivalidade, não pode ficar alheio ao que aconteceu em Santana do Livramento nem às possíveis conseqüências do vexame.

Não foi apenas nas blogosferas -gremistas, coloradas e esportivas em geral- em que o alerta de que a data do jogo e o preço dos ingressos eram problemáticos apareceu. Isso saiu também nos meios-de-comunicação tradicionais e nos portais de Esportes mais populares do Estado. E não foi só na semana que antecedeu o jogo. Desde o ano passado, que quem se interessava pelo assunto sabia que o Gre-Nal na Fronteira da Paz encaminhava-se para um fracasso.

Mesmo assim, nada foi feito. O "planejamento" da Federação permaneceu irredutível até a VÉSPERA. Foi quando a Federação anunciou que quem comprasse um ingresso ganharia outro grátis. O público pagante em Santana do Livramento foi de 4.000 pessoas. O total chegou a 7.000 pela redução em 50% do valor da entrada. Perto da metade dos ingressos foi adquirida depois da mudança.

Diante do fracasso, qual a solução apontada para as edições seguintes? Ao invés de mudar a data, ou melhor, a fórmula de disputa do campeonato para que se garantam os titulares no clássico, a idéia é mandar a partida na PUC caso sejam escalados os reservas. E, imagina-se, os clubes podem esquecer a verba extra pelo jogo. Em vez de consertar o erro, a Federação quer RETALIAR! Se é assim, por que não cancelar o Estadual de uma vez, Novelleto? Maior retaliação que essa é impossível.

Está tudo no ClicEsportes de hoje: "Francisco Novelletto, sugere que, na próxima temporada, os principais clubes gaúchos só se enfrentem no Interior se não estiverem na Copa Libertadores". Ou seja, gremistas e colorados do Interior só verão a Dupla se essa estiver mal. Isso que é valorizar o produto!

Eis algumas declarações do presidente na matéria que necessitam esclarecimento:

"O Inter jogou no Beira-Rio contra o Santa Cruz, e foram 600 pessoas."

O público foi de mais de 2.300 pagantes, sendo mais de 1.500 sócios.

"O Grêmio jogou contra o Canoas na Ulbra, com Renato e Victor, e foram apenas 800 pessoas."

O público foi mais de 1.600 pagantes.

"Como o regulamento prevê apenas um clássico na primeira fase de ambos os turnos, ele precisa ser em campo neutro."

O Ca-Ju, por um acaso, foi em campo neutro? Onde eram disputados o Ave-Cruz, Veranópolis-Esportivo, e outros clássicos do interior quando havia nas edições anteriores? Só o Gre-Nal vem sendo em campo neutro. Nenhum outro! Então, por favor, ninguém venha a inventar que precisa. Quer-se fazer em campo neutro, ótimo, mas não se precisa; o que já derruba o argumento para se levar o jogo para a PUC ou para o Passo D'Areia, também. Tal declaração oculta o fato de que se busca pura e simplesmente a retaliação aos clubes pelo fracasso. Uma transferência de responsabilidades, nada mais.

"A proposta era levar os ídolos aos torcedores porque eles moram longe e pagam mensalidade pela paixão. É a chance de verem seus ídolos. Mal consegui andar nas ruas da cidade de tanta reclamação."

Foram reclamações justas, merecidas e bem endereçadas. Se a proposta era essa, ela é louvável e é melhor do que a invenção da necessidade. Contudo, foi a Federação quem não cumpriu com o prometido. A dupla só pode ser responsabilizada por não aceitar remarcar o jogo para 9/2. Não se sabe se foi de comum acordo, mas para o Colorado, essa mudança seria ainda pior. O fato é que a data nunca fora compatível com a proposta em primeiro lugar, e a fórmula escolhida pela Federação só permitia uma possibilidade de alteração; a qual piorava uma situação que já era ruim.

Há outros argumentos ventilados que não estão na matéria. Por exemplo, essa de que invertendo os turnos, o Gre-Nal comprometeria a Libertadores é balela. O clássico poderia ser, tranqüilamente, em 20 de março, sem atrapalhar a Libertadores de ninguém, até porque no meio-de-semana se terá mais Gauchão. O Grêmio -se classificado- estaria voltando do Peru (4ª rodada, 15/3), e o Internacional terá retornado da Bolívia (3ª rodada, 16/3); e poderiam ir ambos direto à Santana.

No entanto, nesse final-de-semana, o Internacional recebe o Novo Hamburgo, e o Grêmio encara o Porto Alegre. Podem anotar: duvida-se que poupem jogadores.

É difícil defender um campeonato que quem organiza não dá valor. Entende-se aqueles que pedem os fins dos Estaduais. Não que se concorde com eles e achamos que a solução proposta por esses esconde o real problema em vez de enfrentá-lo (o Brasileiro e a Libertadores sofrem do mesmíssimo mal). Porém, é fato de que o Estadual do Rio Grande do Sul, em particular, e o futebol gaúcho em geral (a exceção da Dupla) vão mal demais.

Equipe do Mundo Esportivo, Seção Clássicos: Gre-Nal




Ano V, Número 207

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DERROTA AMARGA
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Tudo bem, era um clássico de reservas. Na verdade, nós estávamos com os reservas. Nem isso, porque o time B, na prática, é um terceiro time. E a vizinhança utilizou vários titulares e suplentes imediatos, como é o caso de Adilson, W. Magrão, Mailson e o zagueirinho M. Fernandes. Mas perder clássico sempre deixa um gosto amargo. A cerveja não desce depois de derrota em clássico. Ainda mais depois de estarmos na frente do marcador e de termos um lance na cara do golo não convertido (por R. Goulart). O gNAL é um jogo implacável. Natan, por exemplo, depois da falha grosseira que originou o golo azul, dificilmente se recuperará a ponto de conquistar uma vaga no time principal (aliás, já não mostrava grande probalidade de o fazê-lo). Mesmo com reservas dos reservas e suplentes de suplentes, o clássico é capaz de destruir e eternizar. Ou alguém duvida que B. Colaço se recordará do golo de falta que anotou até o final de sua vida ?
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QUEM MERECE CONTINUAR
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Com um plantel inchado e repleto de nomes consagrados e com quilometragem, é bastante complicada a tarefa dessa gurizada do INTER-B. Mesmo com destaque, dificilmente serão aproveitados no grupo principal. R. Goulart, por exemplo, o mais destacado desse início de temporada, precisa concorrer com 4 centroavantes (sua real posição a meu ver) e outros tantos meias avançados. Guto, mesmo marcando gols, não demonstra aptidão para vestir a camisa 9 Colorada. O zagueiro Moledo tem bom porte físico e posicionamento, mas precisa disputar vaga com Indio, Bolivar e Sorondo, entre outros. O lateral Massari pode ser um reserva imediato de Kleber, mas precisa melhorar física e tecnicamente. Os volantes não me agradaram (nem mesmo o técnico Giuliano de quem se falava muito bem - não possui poder marcação, o que é fundamental para a posição). Enfim, dificilmente teremos algum desses guris aproveitados no INTERNACIONAL, ao menos em 2011.
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A MALDITA CULTURA
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Refiro-me a cultura dos 3 volantes, que já denunciei tantas vezes neste espaço. Como sempre digo, trata-se da segunda maior mazela tática de nosso futebol (a primeira, é claro, são os malfadados 3 zagueiros do 3-5-2 chama derrota). Pela escalação de 3 volantes passou nossa derrota no último clássico gNAL. Giuliano, Natan e Augusto se acumularam nas 2 funções defensivas da meia cancha, como sói acontecer quando temos 3 volantes em campo (a propósito, só notei a presença do Natan em campo em 2 oportunidades - na grotesta rosca que culminou com o gol fatal dos vizinhos e quando foi substituído). Aliás, a falha grotesca de Natan foi um justo castigo ao treinador E. Moreira - mais um a disseminar essa maldita cultura!
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ARBITRAGENS
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Como escrevo a coluna com atraso, tenho oportunidade de comentar as vitórias do vizinho sobre o Liverpool e do INTERNACIONAL (titulares) contra o Juventude. Foram duas partidas decididas, fundamentalmente, no apito e na vantagem propiciada pela expulsão de jogadores dos uruguaios e caxienses. Duas partidas bem parecidas. A dupla gNAL suava sangue para obter resultados quando a arbitragem entrou em campo. Na azenha a coisa foi um pouco mais gritante, porque o time uruguaio, com todo respeito, não é um time de atletas. Mais parece um time de bancários que se reúne para bater uma bolinha no final de semana. Mas, enfim, a dupla gNAL obteve resultados aos trancos e barrancos.
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REPÚBLICA PLATINA
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M. Bolatti, tudo indica, deve ser o quarto argentino do plantel Colorado em 2011. Não gosto muito dessa "argentinização" do Colorado. Já tive o desprazer de ver camisa da seleção argentina no aeroporto, quando da chegada de Cavenaghi. Mas, não se pode negar, a diretoria do INTERNACIONAL está trazendo jogadores de primeira linha do futebol mundial para o Beira-Rio. E sob esse prisma, não há como tecer críticas. Em tempo: Sorondo completa a república platina do Beira-Rio.
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RÁPIDAS
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E por falar em argentino, D'Alessandro foi o diferencial na vitória contra o Juventude.
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Marcou um golaço e participou ativamente dos lances ofensivos.
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O argentino parece estar muito afim de jogar bola.
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Com certeza, as contratações de Cavenaghi (seu velho companheiro das categorias de base do River Plate) e, agora, de Bolatti, trazem novo ânimo a D'Alessandro.
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Seleção sub20 dá show no Sudamericano da categoria, no Peru.
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Juan e Oscar são figuras de destaque no time de talentosos formado pelo experiente treinador N. Franco.
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A propósito, acertou CBF em colocar um treinador de renome à frente da gurizada.
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Curintia eliminado na pré-Libertadores para o Tolima da Colômbia.
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Isso é a MALDIÇÃO 2005!
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Dica da semana. Quem utiliza o twitter, vale a pena seguir R. Siegmann (@robertosiegmann).
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Vice de futebol utiliza a ferramenta para manter o torcedor atualizado das coisas do INTERNACIONAL, no que merece nosso aplauso.
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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio



PRÉ-TEMPORADA QUE VALE



O título pode ser o mesmo, mas não é repetição da coluna de poucas semanas atrás. Não me refiro ao campeonato estadual, nem a nossa vitória no clássico, mas exatamente à partida de hoje pela Libertadores. No classificação à Fase de Grupos depende do sucesso em duas partidas de pré-temporada. Essa é a realidade do calendário, a qual o Grêmio tem que se adaptar.

Como é partida de pré-temporada, sinceramente, agradeceria aos corneteiros que deixassem as VUVUZELAS (que já nos custaram Jonas, nada menos) em casa. Estes jogos não são feitos para se jogar bem. Haverá lampejos de bom futebol, que se espera sejam suficientes para garntir a classificação, mas o que importa hoje é o resultado; e nada mais. E "0-0" é nosso...

Sinais de que a Temporada começa em 17 de fevereiro, no mínimo
Caso o Grêmio se classifique hoje, a Fase de Grupo da Libertadores começa em 17/2.
Caso o Grêmio confirme a classificação na Taça Piratini, as finais iniciam em 19/2.
Para finalizar, a Topper já anunciou que o lançamento dos uniformes da temporada será em 15/2.
Antes disso, é PRÉ-TEMPORADA!

Pensamento Mágico
Vem aí -se passar nos exames- jogador encostado de um Boca que não joga nada há tempos: Escudero. Credenciais? Ter jogado bem há uns dois, três anos atrás, e falar espanhol. Até provem o contrário, tem as mesmas credenciais, por exemplo, de Orteman, Amato e Astrada. Nenhum caso de sucesso. Não está proibido de dar certo, mas convenhamos que a contratação não tem nada a ver com futebol. Só empolga os adeptos do pensamento mágico: e são muitos!

Gre-Nal
Jogamos mal, mas ganhamos. Difícil julgar a gurizada que também está em pré-temporada e treinou pouco junta. Valeram os três pontos; ultrapassamos o vizinho na classificação geral. Se mantivermos a vantagem, o próximo clássico será no Olímpico (a não ser que a FGF transfira para PUC).

De resto, o que se tem para dizer está no editorial.

Juve-Nal
Ô, vizinho, pelo menos me garante um empatezinho! Quero terminar a pré-temporada como primeiro no grupo.

Clementino
Clementino está abaixo do que pode render, mas é humilde e batalhador; seguirá tentando. Nalguma hora, a bola começará a entrar de novo. É o jogador mais parecido com o Jonas no elenco, e merece nossa paciência.

Mas, o meu ataque ainda é Borges-André Lima.

Aprendendo desde cedo



Tudo Azul: Henrique comemorando o Gre-Nal

VESTI AZUL
Wilson Simonal

Estava na tristeza que dava dó
Vivia vagamente e andava só
Mas eis que de repente
Me apareceu um brotinho lindo
Que me convenceu...

Dizendo que eu devia
Vestir azul
Que azul é cor do céu
E seu olhar também
Então o seu pedido
Me incentivou

Vesti Azul!
Minha sorte então mudou

Passei a ser olhado com atenção
E fui agradecer pela opinião
Então senti que o broto
Estava toda mudada
Parecia até
Que estava apaixonada

Então eu fiz charminho
E acrescentei
Só vim aqui saber
Como eu fiquei
E aquele olhar do broto
Me confirmou

Vesti Azul!
Minha sorte então mudou



TODOS AO MONUMENTAL!

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com