terça-feira, maio 24, 2011

Ano V, Edição 223

NENHUMA SURPRESA

Nada que aconteceu nas últimas semanas surpreende. Três derrotas consecutivas em casa, eliminação na Libertadores, perda do título gaúcho, e primeira estréia sem pontos em casa na história do Campeonato Brasileiro. Aqui, entre linhas de esperança, sempre se expôs alguma preocupação com a realidade do time. Buenas, a esperança foi subjugada, e a realidade venceu. O semestre foi jogado no lixo, e o ano inteiro corre riscos. Culpados? Todos, claro. Porém, principalmente quem colocou todas as fichas em Ronaldinho e quem deixou Jonas ir embora gratuitamente. Não nos reforçamos e perdemos o MELHOR jogador do Grêmio em 2010. Quem são esses? Não sei. A responsabilidade da atual direção -a quem ajudei a eleger- é evidente, mas não consigo deixar de isentar a desastrosa administração anterior -a quem também ajudei a eleger.

A verdade é que não importa quem se eleja no Grêmio. A impressão é que são todos iguais. E todos têm uma ânsia de desmerecer e desfazer tudo o que foi feito antes dele. Assim, não há clube que agüente.

Novas contratações
Para não ver todo o ano indo para o ralo, a direção se mexe. A falta de profundidade do elenco é, de fato, um dos fatores que levou à derrocada de maio. Confirmaram-se dois reforços interessantes: Gilberto Silva e Miralles (espera-se, com o perdão do fraco trocadilho, que o futebol desse não seja uma "mirages"). Um para o carente setor de ataque; outro, para dar um respiro aos volantes da base (Adílson, William, Fernando) e, de preferência, ser também professor da gurizada.

Ao que se indica, o clube não deve parar por aí. Aguardemos.

Tática
Com o Gilberto Silva, além do 4-2-2-2 imaginado pelo Eduardo Cecconi, o time poderá jogar alternando para um 3-1-4-2, com o recuo do ex-jogador da Seleção para a zaga, o "1" sendo o Rochembach, liberando Lúcio e Gabriel para jogarem ofensivamente (no domingo, ficou demonstrado que uma grande vantagem de Lúcio no meio é que ele fica longe da nossa área!). Isso é só um exemplo de que Renato poderá ter opções para fazer algo que ele não é muito chegado: trabalhar taticamente o time, com variações importantes. Conseguirá? Essa é a pergunta!

Confusão, de novo
Eu sei que a turma que protesta pode exagerar ao expressar indignação com o momento do time, mas seria pedir demais que estivessem, clube e BM, preparados para esse tipo de manifestação? É sempre ali no Portão 3. Precisa quebrar pau? Esse tipo de reação é de quem perdeu o controle, mas me pergunto se houve, mesmo, algum controle. É impressionante como as m... acontecem, e quem deveria ter antevisto o problema aparenta estar surpreso com os fatos.

O pior de tudo é que não acho que seja exclusividade gremista...

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com

P.S.: Há duas colunas pendentes: a do Gre-Nal do Olímpico, na qual analisei o jogo, escrevi o porque perdemos, tratei do fator Zé Roberto, da nossa incompetência nos pênaltis, parabenizei os vermelhos, etc., mas ela sumiu; e outra, da edição 217, que ficou faltando por falta de tempo. Eu disse que não re-escreveria a do Gre-Nal, mas mudei de idéia. Antes da coluna da semana que vem, a edição 222 estará completa.


ARGENTINODEPENDENTES
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Ao contrário da maioria dos Colorados com quem conversei e da imprensa pampeana, gostei de nossa estréia no campeonato nacional. Empate fora de casa e na Vila Belmiro, mesmo com os reservas do Santos, não pode ser considerado um mau resultado, ainda mais nesse sistema de pontos corridos. Aliás, não costumo analisar exclusivamente o resultado das partidas, como fazem algumas renomadas figuras de nossa imprensa (esses que chamo de “doutos do futebol pampeano”). Quem assistiu à partida de sábado (e não fica comentando resultado) viu que o INTERNACIONAL dominou todas as ações e teve muito mais oportunidades de gol. O Santos só chegou, em verdade, uma única vez com perigo e no lance que culminou na penalidade cometida por Daniel. Faltou a nosso time uma maior presença ofensiva dos laterais. E também mais um meia ofensivo para fazer companhia a Oscar – que, solitário, não teve boa atuação. Na próxima rodada, com o retorno do argentino D’Alessandro, a tendência é de melhora e de acréscimo no setor de criação. O problema é que continuamos argentinodependentes.
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3 VOLANTES
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Bolatti, Guiñazu e Tinga. Mesmo sem Andrezinho e D’Alessandro, Falcão poderia ter pensado um time mais equilibrado e sem recorrer ao malfadado sistema de 3 volantes. É verdade que Tinga teve atuação exuberante e, por vezes, até nos faz esquecer de que se trata de um volante. A movimentação e participação de Tinga é tamanha que mesmo num sistema de 3 volantes tivemos volume de jogo superior ao adversário. De toda forma, Oscar ficou solitário e foi pouco participativo, o que justifica um pouco da baixa produção ofensiva. R. Goulart era a opção mais próxima de Andrezinho de que dispúnhamos. E, devo reconhecer, é difícil deixar Guina, Tinga ou Bolatti no banco. Mas seria interessante que Falcão mantivesse o sistema de jogo, independente dos desfalques.
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ZAGUEIROS
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Gostei muito de ver Juan atuar na zaga ao lado de Bolivar. Juan deve se firmar na quarta zaga, caso tenha novas chances de atuar. Indio e Rodrigo, na reserva, são boas opções para as ausências de Bolivar e Juan. E ainda temos os jovens R. Moledo e Romário aguardando oportunidades. Mas teve alguns “doutos” preconizando terra arrazada em nossa defesa (depois que levamos 3x1 no primeiro gNAL das finais).
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ZÉ ROBERTO
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O Zé foi fantástico e decisivo no clássico gNAL 387. Sábado marcou o golo do empate em Santos. Mas não me convence. Vejo-o não mais do que como uma boa opção para reserva do ataque. Gostaria de ver um companheiro de ataque mais disposto ao lado de Damião. É uma pena que Sóbis tenha se lesionado e não consiga recuperar sua condição física, pois essa é a dupla de ataque ideal para o Colorado.
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CONTAS I
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Conselho Fiscal, amparado em parecer de auditoria externa, elaborou parecer de 12 folhas com ressalvas à prestação de contas da gestão 2009/10 (V. Piffero). O Conselho indicou falhas e ressalvas nas contas e na comprovação dos desembolsos. As principais objeções se referem à utilização dos cartões corporativos e ao resultado negativa do ano 2010, no valor de R$ 42.945.244,85, considerados os valores amealhados com a venda do terreno da Rua Silveiro. O déficit apontado é 10 vezes superior ao apontado pela ex-diretoria (R$ 21 milhões contra 2,6 milhões).
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CONTAS II
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Assunto renderá debates acirrados na reunião do Conselho Deliberativo da próxima 2ª feira que analisará o relatório e decidirá pela aprovação (ou não) da prestação de contas. Há longa data que se suspeita da aplicação de recursos em clubes de futebol. É difícil levantar suspeitas, mas sempre pairou muitas dúvidas a respeito do tema. Esse episódio, com certeza, servirá, no mínimo, para que algumas práticas sejam alteradas. Vejo como positivo o fato, caso ele sirva para moralizar a aplicação dos recursos em futuras ocasiões. O papel de um Conselho Fiscal não é de mero avalista de despesas. Pelo contrário, numa instituição digna de respeito, é de se esperar que o Conselho atue exatamente dessa forma, apontando discrepâncias e sugerindo novas formas de proceder que tragam mais transparência nos gastos.
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RÁPIDO
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Indago aos que criticaram o empate com os reservas do Santos se não gostariam de ter jogadores como Alexsandro, Pará, T. Alves e Keirrison em seu time. O vizinho, tenho certeza, gostaria.
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Sandro e Taison, em férias européias, estiveram em Porto Alegre e foram ao Beira-Rio matar as saudades.
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Gilberto, Siloé e Jô treinaram e são novas opções ofensivas dentro do grupo Colorado.
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Uma semana inteira de treinamentos é comemorada pelos treinadores.
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Momento é de puxar pela parte física, porque a partir da 6ª rodada teremos duas partidas semanais.
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E é nesse momento de maratona que o grupo fará diferença.
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Falcão exercitou velocidade e contundência nas ações ofensivas. Quer que o time chegue ao ataque em 5 ou 6 toques e conclua com rapidez. O Bola Bola, como era de se esperar, detectou um dos problemas mais sérios de nosso time. Concluímos pouco e sem efetividade.
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"Não tenho medo da não aprovação das contas. Mas estou decepcionado com a forma que o Conselho Fiscal mudou seus critérios de avaliação. Esse tipo de atitude só denigre a imagem do clube" (V. Piffero a respeito do relatório divulgado pelo Conselho Fiscal)
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“Os cartões corporativos são a forma mais transparente de mostrar as despesas que o clube efetua. Isto não procede. A prestação de contas foi efetuada com a respectiva documentação. Não sei como isto foi vazar da forma que vazou. Mas estamos tranquilos pela forma que fazemos a contabilidade. Sempre tudo foi feito desta forma e nunca houve problema” (P. Affatato)
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"Não vejo motivo algum para as contas não serem aprovadas. Vai haver um debate, mas é normal em um clube transparente e democrático como o Inter" (M. S. Martins)
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G. Silva, F. Rockembach, Marquinhos e Douglas. A vizinhança está formando a meia de cancha mais lenta do futebol mundial ?
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http://www.copachevette2011.com/
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Baita proposta. Enquanto estaremos na Europa, disputando a COPA AUDI e enfrentando o Barcelona, a vizinhança receberia seus companheiros do CLUBE DA SEGUNDONA.
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E olha aqui ô, a dor pela perda do GAUCHÃO foi enorme mesmo. Maior do que poderíamos imaginar. Aliás, até agora a vizinhança não conseguiu se manifestar a respeito (vide coluna n. 222).
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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (40*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho – mais de 700 jogos no Beira-Rio

quarta-feira, maio 18, 2011

ANO V - NUMERO 222

Edição Especial - Gre-Nal 387

DONO ABSOLUTO DA ALDEIA


O vizinho faz um esforço tremendo, mas luta contra dificuldades hercúleas. Seu time dessa temporada foi longe demais ao chegar na disputa da super decisão do Gauchão, em dois clássicos que terminaram por ser históricos (10 golos em 2 clássicos é algo que não se via há décadas). E foi longe demais, diga-se, porque o INTERNACIONAL deu uma ajuda disputando metade da competição com o terceiro time. Mas, tudo bem, lá estava a vizinhança em nosso caminho, depois de vencer o Caxias nas penalidades e com golo anotado a 50 e tantos minutos da etapa final. Lá estava o grupo de atletas preparados pelo padeiro para ser campeão. Lá estava o time que nos batera por 3x1 dentro do Beira-Rio nos 90 minutos. Lá estava o time decantado pela imprensa pampeana como o melhor da aldeia durante a última semana. E lá estava o Colorado, dono do pedaço, velho cacique da aldeia pampeana, 40 vezes Campeão Gaúcho e há mais de 6 décadas liderando os números de confronto direto. Por isso digo que é de se louvar o tremendo esforço da vizinhança.

O SACI COLORADO

Andrezinho há alguns anos é um dos jogadores mais fundamentais desse elenco campeão do INTERNACIONAL. Cheguei e tê-lo como o jogador mais importante do grupo em 2009. Em 2010 não foi tão aproveitado, mas sempre ingressou bem na equipe. Nesses mais de 36 meses de INTERNACIONAL, Andrezinho jamais procurou microfones ou holofotes para reclamar da reserva. Pelo contrário, dava sua resposta quando chamado a ingressar no time. Com a chegada de Falcão foi efetivado como titular da meia direita, sob críticas dos "doutos" da imprensa pampeana. Todos silenciados no domingo, quando Andrezinho virou Saci Pererê e anotou o golo da virada só com uma perna.

TESES AFIRMADAS

A escalação inicial proposta por Falcão (algo me diz que o Bola Bola foi "coagido" a fazê-la por obra de iminência parda do Beira Rio) comprova e afirma uma série de teses que defendo reiteradamente neste espaço. Primeiro, que o tal de "1" nos esquemas 4-5-1, 3-6-1 ou 4-3-2-1 nada mais é do que um atacante solitário, isolado e que pouco pode fazer contra 4 defensores adverários. Abaixo o "1" portanto. Outra tese: não aos improvisos quando se tem jogadores qualificados para a posição. Escalar Juan na lateral esquerda quando se tem no grupo Kleber - um dos melhores laterais em atividade do pais - não faz qualquer sentido. Pior, é claro, foi o temor de que Falcão tivesse se rendido aos 3 zagueiros - hipótese cogitada quando saiu a escalação (confesso que tive calafrios).

HOMENS gNAIS

A superioridade escancarada do INTERNACIONAL na última década terminou por formar uma gama de homens gNAIS poucas vezes antes vista na história do clássico. Do atual grupo, destaque para Indio, D'Alessandro (que cobranças de penalty domingo!) e, agora, L. Damião. Sim, está formado mais um homem gNAL dentro do Beira-Rio. Com dois golos nos 180 minutos da decisão, o centroavante do Brasil inscreve seu nome nessa seleta galeria. E a vizinhança hein ? Quem seria o atual homem gNAL do vizinho ? Viçosa ?

ZAGUEIRO I


Indio, mais uma vez, demonstrou que é homem gNAL. Afastado do time há quase 2 meses, Indio retornou e teve grande atuação, especialmente do ponto da imposição física. Neutralizou por completo os avantes adversários, foi ao ataque como de costume tentar o cabeceio e, para coroar a tarde de domingo, terminou o clássico atirando um calçado na social tricolor e sendo absolvido no JECrim. Foi uma tarde de glória do Indio.

ZAGUEIRO II

Não concordo que a carreira de Indio tenha chegado ao fim. Mas também não o quero titular, até porque também não concordo com aqueles que começam a menosprezar as qualidades técnicas e físicas do Capitão Bolivar. E muito menos concordo com aqueles que querem a contratação de um zagueiro. Acho que precisamos, com urgência, negociar o zagueiro Rodrigo; esse já deu para notar que não tem qualidades técnicas e anímicas para ser Colorado. No mais: quero oportunidades para R. Moledo, Juan e Romário. Com Indio, o Capitão Bolivar e esses 3 guris dá para fechar a tranca da casinha.

RENAN

Dirigentes do Valencia já foram procurador para que Renan permaneça no Beira Rio, para desespero de seus críticos. Sim, eu mesmo, grande defensor de Renan, tive de reconhecer suas falhas no primeiro clássico. No domingo falhou novamente no lance que poderia ter transformado nosso título em água. Mas o que não se pode negar é que Renan nasceu para erguer taças. Foi assim na Libertadores 2010. E foi assim no domingo, quando pegou tudo que podia nas cobranças de penalidades. O lugar de Renan é na sua casa, no Beira Rio, defendendo a camisa que já foi de Manga, Benitez, Gato Fernandez, Taffarel e Clemer.

DNA TRICOLOR I

Não posso deixar de mencionar e até mesmo de registrar mais um episódio de racismo vindo da torcida tricolor. Já se tornou até mesmo uma praxe. E o local do crime é sempre o mesmo, o estádio localizado na azenha. Enquanto não houve interdição e punição, as coisas continuarão a acontecer. É preciso pulso firme por parte do TJ-FGF, órgão para o qual já foi entregue a denúncia.

DNA TRICOLOR II

E o vizinho que não venha me acusar de parcialidade. Vou trazer aqui as palavras do F. Falkowski, destacadas na contracapa do Correio do Povo de hoje: "Há determinadas situações que jamais podem ser relevadas. Em nenhuma situação, sob qualquer justificativa e em qualquer lugar, atos de racismo podem ser tolerados. Trata-se, inclusive, de uma determinação legal. A Constituição federal de 1988 considera racismo crime inafiançável que prevê, como pena, de 2 a 5 anos de reclusão. Ou seja, a atitude de alguns torcedores gremistas durante o Gre-Nal do domingo com relação ao jogador Zé Roberto, do Inter, é caso para a Polícia." (Correio do Povo, 18.maio.2011). Olha aqui ô, nada mais a declarar!

RAPIDAS

Lateral direito C. Winck, sobrinho do eterno Lilica, foi convocado para seleção brasileira que disputará o Mundial Sub17, no mês de junho, no México.

Claudio que pode ser, no segundo semestre, ótima opção para a lateral direita.

Ainda figuram na seleção Sub17 outros 4 jogadores do INTERNACIONAL: o arqueiro Jacson, os meias Marlon e Lucas e o avante Nathan.

"Houve, sim, (racismo). Quando eu estava aquecendo, peguei na bola algumas vezes e a torcida imitava macacos. Alguns companheiros me disseram que isso é algo normal. Mas eu fiquei assustado. Vivi em alguns países e nunca sofri essa situação. É ruim viver isso no seu país. É lamentável, um sentimento nojento" (Zé Roberto sobre o ato de racismo da torcida tricolor).

Falei acima do Renan. Indago: a FIFA mudou a regra da cobrança de penalidade ? Agora goleiro pode se adiantar ? Tanto Renan como Vitor (o carregador de luvas de luxo da CBF) se adiantaram não em uma, mas em todas as cobranças.

Outra: vi e revi várias vezes o lance do penalty sobre Zé Roberto. Não achei que foi falta. E na hora tive essa impressão.

Andrezinho, o Saci Colorado, ficará afastado por 1 mês por força de ruptura muscular.

Oscar deve ingressar no time com naturalidade

E já que falo em meias ofensivos, o que dizer das cobranças de penalty efetuadas por D'Alessandro ?

Sou um crítico, por vezes, das atitudes do argentino e da dependência que nosso time atual tem das atuações do mesmo. Mas não há como negar que quando está afim de jogar, o argentino é decisivo e fundamental

Ainda sobre D'Alessandro, notícias dão conta de que há possibilidades de que o mesmo se naturalize brasileiro. Um requisito importante D'Alessandro já possui, ter um filho brasileiro. Afinal de contas, o argentino é pai de Vitor, goleirinho peito de madeira da vizinhança.

E vem aí o Campeonato Nacional.

Em nossa Casa Mata estará um dos maiores campeões desse certame. Confira o baita vídeo elaborado pelo marketing Colorado, com Falcão convocando o torcedor.

O atacante Geraldo é o primeiro reforço.

Goleador do Pernambucano, com 12 golos anotados pelo Santa Cruz, chega com boas referências, especialmente de seu treinador Zé Teodoro.

Assisti alguns golos anotados por Geraldo. Trata-se de ótimo finalizador e, aparentemente, tem aquela característica elementar ao grande centroavante: a fome de gol. Pega a bola e chuta de onde estiver, como o fazem o Sóbis, o Damião e o Cavenaghi, por exemplo.

Mas o melhor de tudo dessa contratação é o chapelão que aplicamos no Curintia Paulista, que dava como certa a contratação do avante.

Sábado já tem peleia dura, as 21 horas, contra o Santos na Vila Belmiro.

Pois que venha o ROBERTÃO!!!

E o vizinho hein ? Enquanto chora as mágoas pela derrota, assiste ao padeiro de bento (e sua linda filhinha) embarcarem no primeiro avião rumo as areias da guanabara.

Chora vizinho!!!

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (40*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio






PERDEMOS. PARABÉNS AOS VENCEDORES!


Com algum atraso sai a coluna do Grêmio sobre a decisão do Estadual 2011. Disse que não a escreveria, e o Aldebaran se escalou para registrá-la. Como ele não fez, e eu mudei de idéia, aqui as impressões deste gremista sobre a decisão.

Falhamos. É evidente que com a vitória no Beira-Rio, e abrindo o placar no Olímpico, a responsabilidade era toda nossa. Não interessa que o Zé Roberto tenha entrado, criado uma jogada do nada, encontrado o Damião que tirou da cartola um golaço sem ângulo. Não importa se esse gol trouxe o alento que o adversário precisava depois de meia hora de total domínio do Grêmio no jogo. Ainda faltavam dois gols para eles, os quais não poderíamos ter tomado DE JEITO NENHUM. Mas tomamos. O segundo, quando o intervalo estava para chegar, foi numa falha de marcação no rebote. E, em 15 minutos, tudo o que havíamos construído em 2 horas fora para o ralo. Tínhamos a vantagem, mas estávamos em frangalhos.

Eles vieram para o segundo tempo para fazer o gol do título. Nosso futebol era apenas sombra do que havíamos jogado. Ainda assim, conseguíamos emparelhar a partida. O domínio deles existia, mas não era grande. Em nova desatenção, numa jogada de lateral, Victor sai estabanado e comete pênalti. Gol e a vantagem passou a ser deles. Por um milagre, o goleirinho deles nos devolve a gentileza, e comseguimos ao menos levar para os pênaltis.

Na decisão, Victor chega a defender a cobrança que nos daria o título, mas Lúcio desperdiça a oportunidade. No fim, o time com mais experiência levou a taça. Uma taça que entregamos para eles.

Pior que isso, só se tivéssemos levado uma goleada.

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com

terça-feira, maio 10, 2011

Ano V, Número 221

Edição Especial Gre-Nal 386/387



FALTAM NOVENTA MINUTOS

Que diferença de comprotamento, senhores! Aquele Grêmio cagado ficou no Chile. Com uma semana de atraso, Renato fez o que se pedia, escalou um time sem medo, sem impôs e venceu. Não que esse time fosse ser campeão na semana passada e/ou se classificasse em Santiago (o time segue sendo fraco, e o elenco, limitado), mas certamente teria mais chances. Estreiamos em 2011?!

Claro que houve defeitos: tomamos o enésimo gol de cabeça; Fernando fez o gremista quase adoecer de banzo do Adílson; entre outros. Nada do que se viu ontem apaga os problemas relatados até aqui, mas serviu para provar que sem vontade aí é que não se consegue nada, mesmo. Começa-se por acreditar que pode vencer. E esse time acredita e quer ser campeão.

É a melhor notícia que tivemos no domingo. Melhor até que o placar do jogo.

Repitam comigo: "Renato Roeu a Roupa do Rei de Roma"

Clique aqui para ver trechos da coletiva do Falcão, segundo o Felldesign.

Cuidado com a volta!
No Gre-Nal do Velório, nos aproveitamos do fato que o baque da eliminação deles foi maior. Não deixamos os vermelhos se acomodarem, nem quando estava 1-0 para eles. Soubemos nos aproveitar dos problemas e defeitos que eles têm e vencemos. O que não é pouco, mas que tampouco garante alguma coisa.

Claro que os vermelhos podem virar a série e ganhar o campeonato no domingo, mas isso não retira o fato de que Falcão não é treinador; ao menos ainda. Ao contratá-lo, o clube do vizinho deveria saber que trazia alguém para 2012, mesmo com a Libertadores 2011 em andamento. E parece que sabiam, ou alguém sabia, pois trouxeram Julinho Camargo como auxiliar. Nalguma hora, a conta chega, e chegou nos últimos dois jogos. O problema deles é que não esperavam que ela viesse cedo demais. A pergunta é se a semana de treino será suficiente para recuperar o rumo. Torcemos para que não!

É GAUCHÃO!
Detesto quem diz que "Estadual não é parâmetro". É parâmetro, sim. Jogamos muito pouco até agora, e isso se sabe jogando o campeonato gaúcho. Se isso será suficiente para ser campeão é outro problema. Oxalá seja mesmo. E, caso se confirme o título no próximo domingo, o torcedor tem todo o direito de festear, ir para a Goethe, fazer buzinaço, soltar foguete. Não é para isso que se disputam campeonatos?

E é Gauchão, sim, senhor Kfouri e kfourianos. Gauchinho é a mãe! O nome foi adotado em 1961, quando as ligas regionais foram absorvidas pelo campeonato metropolitano, fazendo com que o estadual durasse toda a temporada; não sendo apenas um torneio curto de fim de ano. E vale ser campeão do Rio Grande do Sul, o que não é, nem nunca será, pouco. Desde então, em cinqüenta edições, há um empate em 24 títulos entre o Grêmio e o vizinho. Os grandes de Caxias têm 1 cada.

Gre-Nal no Globo Esporte SP
A matéria sobre o clássico ENCERROU o Globo Esporte paulista, com direito a flauta do Tiago Leifert na despedida. Ver a partir de 20'15":



Metade do caminho ao título já foi andado. Estamos na frente!

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com


VAMOS ARRIBA!

Semana trágica. Coincidentemente, estive afastado de Porto Alegre e não pude assistir aos jogos. Nem sei se isso foi bom ou ruim. Mas o fato é que o sonho do tricampeonato da Libertadores foi adiado e começamos da pior forma a decisão do campeonato gaúcho. Para quem como eu estava fora dos pampas, a situação é inexplicável. Andei pelas ruas do Rio de Janeiro fardado de Colorado e a pergunta era sempre a mesma: "o que aconteceu gaúcho ?!". Não sabia o que dizer! Ficava em silêncio e com aquele sorriso constrangido nos lábios. Para piorar meu drama pessoal, embarquei no avião durante a partida contra o Peñarol, no exato momento em que levamos o segundo tento decolava e fui perdendo o som e o sinal da Guaíba velha de guerra em meio ao comentário do L. C. Rech. Desesperador! Na chegada à Guanabara, coube ao comandante me passar a notícia. O gNAL 386 assisti apenas por compacto no hotel. Deprimido, num final de domingo, em plena Cidade Maravilhosa. Mas os dias se sucedem. 24 horas, 3 dias, uma semana inteira. Uma longa semana de lembranças de clássicos pretéritos, golos inesquecíveis, polêmicas, conversas internas e treinamentos. O próximo domingo chegará. E é preciso estar preparado para o tudo ou nada. Vamos arriba Coloradagem!

FUTEBOL COMPACTO I

Como disse, estava longe de Porto Alegre, das bancadas, das rádios e das repercussões. O que soube do clássico foi pelo futebol compacto que tive o desprazer de assitir no final de tarde do domingo. Culpei Renan. Todos sabem que sou defensor assíduo de Renan, mas não posso isentá-lo de culpa nos três tentos tricolores. E, claro, especialmente, no primeiro e terceiro, quando estava adiantado. A "linha burra" também contribuiu, mas Renan, pelo compacto, foi o grande culpado da derrota.

FUTEBOL COMPACTO II

Não é possível que os homens do futebol Colorado não consigam enxergar o que se vê até no futebol compacto. O Nei é o furo do time! Foram por ali os dois golos do Peñarol. E por ali todos jogam contra o INTERNACIONAL; na larga avenida Nei, na perimetral Nei. Rodrigo é outro que não me agrada. Aliás, coincidência ou não, Bolivar é alvo de críticas desde sua fixação na quarta zaga. O fato é que a dupla não deu certo. Em tempo: as críticas a Bolivar são injustas. Jogando ao lado de Rodrigo e tendo de cobrir Nei, o Capitão fica muito sobrecarregado.

FUTEBOL COMPACTO III

As notícias que leio dão conta de que a atuação de D'Alessandro no clássico foi ridícula, despreocupada e até mesmo displicente. O que estaria acontecendo com o argentino ? Depressão pela eliminação da Libertadores ? Difícil, porque ele já não joga bem há algum tempo. Falcão declarou hoje que teve conversa com o jogador e este lhe disse que poderia jogar como meia esquerda na segunda linha de "4". Adaptação ao sistema, portanto, também não seria o problema. Apostaria algumas fichas que a suplência de Cavenaghi influenciam as más atuações de D'Alessandro

REFORMA DO BEIRA RIO I

Como preconizei em várias oportunidades, a formação de uma comissão e a abertura de prazo para que interessados apresentassem propostas para a reforma do Gigante era um jogo de cartas marcadas. A A. Gutierrez já estava, de a muito, premiada com esse "mu-mu" que serão as obras e a exploração de tudo por duas décadas. Além da exploração, a empreiteira fica com os R$ 26 milhões da venda dos Eucaliptos (coincidência, não ?). E, tchê, tem torcedor que é tão ingenúo que acreditou nesse "misancene" todo. É muita cara de pau!

REFORMA DO BEIRA RIO II

E olha aqui ô, tem outra. Essa história de que o Sr. Aod está decepcionado com o andar da carruagem e não consegue implantar sua filosofia de trabalho no clube e, por isso, abandonaria o cargo executivo é outra grande conversa para boi dormir. O Sr. Aod entrou no INTERNACIONAL apenas e tão somente para executar essa manobra que foi a entrega das obras da reforma do Gigante a uma empreiteira. Esperem o tempo passar e verão.

P. R. FALCÃO I

O leitor C. Doyle formula teoria com a qual não concordo, mas que é bem interessante de se analisar: "Falcão trouxe uma história que o Inter aprendeu a superar, pois o feito marcante de 1979 fez muito mal ao clube nos anos seguintes, pois irrepetível, tornou-se um paradigma inalcançável, e por se tentar repeti-lo trouxe seguidos fracassos. Sim, não temeria perder para o Peñarol. Mas, temo sim, é a ideologia que o Sr. Falcão trouxe de volta ao Inter, pois se ela vingar, se ela não for revista, este aprendizado desses seis anos ficará na história, e nós, mais 30 anos sem títulos relevantes, por tentarmos, e tentarmos, buscar o irrepetível.". Não concordo porque Falcão é profundo conhecedor do futebol do ponto de vista tático, teórico e prático. Não concordo porque Falcão valoriza não só o futebol arte, mas o futebol dinâmico e com ocupação de espaços. Não concordo porque impingir ao culto do título nacional invicto os 30 anos de seca posteriores é uma simplificação e uma forma de absolver, por exemplo, os mandos, desmandos e entreguismos de diretores aventureiros e de outros que se "adonaram" do clube. Quem não lembra do "Império Otomano" ?


P. R. FALCÃO II

Falcão será um treinador de êxito no INTERNACIONAL. Basta darem tempo para que seja feito o trabalho de que precisamos. Não é possível que essa diretoria cometa o equívoco de demití-lo em caso de derrota no domingo. Seria um absurdo, um tiro no pé. Demitir Falcão domingo seria condenar a morte o biênio que recém inicia para Luiggi. Com tempo para trabalhar e colocar em prática suas convicções, o Bola Bola, com certeza, levará o INTERNACIONAL a grandes conquistas.


RÁPIDAS


falei acima do zagueiro Rodrigo. Com lesão é dúvida para o clássico de domingo. Substitutos ? Índio e Juan. Está na hora de colocar esse guri na quarta zaga.

Não é uma grande coincidência o contrato do Sr. Aod encerrar-se justamente no dia seguinte à confirmação da A. Gutierrez como empreiteira benefiada com o "mu-mu" da reforma do Beira Rio ?

Alguém que esteve no Beira-Rio na última quarta-feira, por favor, me envie um e-mail relatando o que houve nos 5 minutos iniciais da segunda etapa.

a propósito, substituições de Falcão, no jogo contra Peñarol, foram incompreensíveis.

R. Goulart entrou numa fogueira. Nei ficou até 30 da etapa final. Cavenaghi não entrou. O Bola Bola errou feio.


E alguém que esteve no Beira Rio no último domingo, por favor, me envie outro e-mail, agora relatando como conseguimos levar 3 golos de um time tão ruim como o do vizinho

"Esse ano não tem Colorado na final da Liberrrrrrtadoresssss" (frase que ouvi , com os devidos "r"s e "s"s do guardinha do trem que leva ao morro do Corcovado, aonde fui visitar o Cristo Redentor).

O rendimento do time caiu demais com as más atuações de D'Alessandro. Desde o princípio da temporada somos dependentes da criatividade e vontade de jogar do argentino.

E ficar na mão de argentino, é claro, não é nada confiável.

"Este jogou muito. Fico muito feliz em revê-lo, pois é um grande amigo" (Falcão sobre Caçapava, que compareceu ao Beira Rio na 3a feira para prestigiar os treinos e motivar o grupo).

Há alguns "doutos do futebol pampeano" que insistem em bater na tecla de que Caçapava era volante brucutu e só batia. Cegueira futebolística total.


Buffon e Dino Zoff (goleiros); Gaetano Scirea, Baresi, Giacinto Facchetti, Maldini e Cannavaro (defensores); Michel Platini, Giancarlo Antognoni, Zidane, Giacomo Bulgarelli e Luis Suarez (meias); Maradona, Gigi Riva, Van Basten, Baggio e Del Piero (meias-atacantes/atacantes).

Ao lado desses monstros do futebol mundial está P. R. Falcão. O "Rei de Roma" foi eleito por um público de 400 mil colecionadores dos albuns de figurinhas da conceituada editora Panini como um dos 18 melhores jogadores que já atuaram no Calccio.


Que venha o domingo e que ele traga o título para nós COLORADOS.

VAMOS ARRIBA!

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio



quinta-feira, maio 05, 2011

EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA - CLÁSSICOS 386 E 387

Eis o clima para os clássicos decisivos do Gauchão!



Tanto esforço se fez, que conseguiram. Tanto arrotou-se caviar, que sobrou frango. Aqui, sempre valorizou-se o Estadual. A bola da vez está com a turma que o desdenha: os "cafezistas" de ambos os lados. Como fazer para encontrar motivação para as finais dos próximos domingos? Do jeito que os times vêm jogando, imagina-se o Grêmio DE FRALDAS, todo atrás, e o Inter OLIGOFRÊNICO, feliz simplesmente por estar com bola. Afinal, futebol que é bom, nenhum dos dois times joga...

Dois OxO "y vamos por penales"?

terça-feira, maio 03, 2011

ANO V - NUMERO 220


Edição Especial Gre-Nal 386


CAMPEÃO FARROUPILHA



É preciso muita cara de pau e falta de simancol para chamar campeonato gaúcho de "cafezinho". Quem um dia o fez deveria estar banido de nosso cenário futebolístico. Vencer um clássico é sensação que não se compara. Nem mesmo os títulos de grandeza incontestáveis como Libertadores e Mundial FIFA substituem o prazer de, dentro das quatro linhas, ser superior ao grande rival, batê-los (nas penalidades ou no cara ou coroa, tanto faz). Vê-los quitos e unidos na dor, dentro de nosso estádio, depois de mais uma vitória triunfal, com nossos heróis levantando mais uma taça dentro do gramado. A Taça Farroupilha não é tão bonita e nem cobiçada, sua conquista não leva à conquista de vaga em competição mais renomada, as futuras gerações apenas saberão que com sua conquista vencemos nada mais que um turno do campeonato estadual. Sei de tudo isso, mas não pude conter as lágrimas ao final da cobrança de penalidades máximas. Podem me taxas do que quiserem, mas como foi bom conquistar a Taça Farroupilha.


ESTRATÉGIA I

As fracas atuações de R. Sobis e o grande padrão de futebol e regularidade monstrados por Andrezinho e Oscar nas últimas apresentações levaram Falcão a optar por um esquema de jogo que priorizou a ocupação total da meia cancha. Sem Bolatti e com P. C. Tinga ao lado de Guiñazu ao lado de três meios de campo de características ofensivas, o INTERNACIONAL mandou na partida o tempo inteiro e merecia uma vitória mais tranquila e folgada. Mas clássico é clássico; quem não mata o inimigo e não aproveita as chances, em regra, termina por ser castigado. Por sorte tivemos mais sangue frio nas cobranças de penalty.


ESTRATÉGIA II

Depois do clássico, ficou mais do que evidente que o time pode sim atuar com Guiñazu e Tinga nas duas funções defensivas da meia cancha. Esse time que entrou em campo (talvez com Giuliano no lugar de Andrezinho) era o time que deveria ter enfrentado o Mazembe lá em Abu Dabi. Mas Roth nunca teve a coragem de testar a formação sequer em treinos. A ótima atuação de domingo provou que é possível atuar com essa estratégia e sistema tático.


ESTRATÉGIA III

Após a expulsão de Guiñazu e o ingresso de W. Matias, pode-se dizer que ficamos com 9 jogadores em campo. Não é querer "pegar no pé", mas não dá mais para aguentar o W. Matias no time, mesmo que em situações emergenciais. Para tais emergências há o Glaydson e há a gurizada da base (Giuliano, Natan, Augusto e Milton - este último minha opção preferencial). Alguém dentro do INTERNACIONAL precisa, com urgência, arrumar um negócio para nos livrar desse suplício chamado W. Matias.


ESTRATÉGIA IV

Falcão e Renato erraram demais no clássico. O gremista, principalmente, no covarde esquema de jogo para iniciar a partida. Posso imaginar o drama do vizinho ao ver seu time entrar em campo com 3 zagueiros e 3 volantes (bah!). Falcão erro demais nas substituições. Andrezinho e Oscar eram figuras chaves de nosso sucesso, os motores de um meio campo criativo. Sem eles e com W. Matias e o zagueiro Juan só o que fizemos foi defender. Damião ficou isolado na frente e para piorar estava fisicamente esgotado e sentindo lesão no ombro. Falcão ainda tinha uma substituição e poderia ter colocado uma ingeção de gás com R. Sobis, mas preferiu terminar a partida acoçado pela imprecisa blitz tricolor. Foi um final para cardíaco.


ESTRATÉGIA V

O rival errou, e feio, na eleição de sua estratégia. Já classificado para as finais do Gauchão, repleto de desfalques e com compromisso dificíl no Chile, pela Libertadores, o time da azenha não teria nada a perder colocando time reserva no clássico. Mas já que optou por usar força máxima, faltou ousadia ao padeiro de bento, facilitando a tarefa dos comandados de Falcão. No frigir dos ovos, beneficiado pela superioridade numérica e más substituições de Falcão, a vizinhança quase saiu do Gigante com uma vitória que para nós seria trágica. Em tempo: os minutos finais foram dramáticos e de muito sufuco para nós Colorados. Sorte que falta qualidade técnica ao adversário.


SUPER QUARTA FEIRA I

A vizinhança tentará um milagre no San Carlos de Apoquinto. Não pela qualidade do adversário, que não é lá essas coisas, mas pelo "esgualepamento" do plantel e a baixa moral causada pelos últimos resultados. Mas o retrospecto do futebol chileno, com vários episódios de derrota dentro de seus domínios, autoriza pensamentos positivos da turma de azul. Confesso que uma vitória deles não me deixaria triste. Estou na torcida por 2 gNAIS históricos nas quartas de final da Libertadores.


SUPER QUARTA FEIRA II

Mas para que tenhamos 2 clássicos, antes, será preciso matar os "carboneros". O jogo de ida no épico Estádio Centenário mostrou que time para tanto temos. Ainda mais que Falcão terá todos os jogadores a disposição para o jogo de volta. O universo conspira a favor de nossa classificação, mas sempre é preciso respeitar um adversário com a tradição de um Peñarol. Para vencê-los será necessários, antes de tudo, paciência por parte do torcedor. O 0x0 nos favorece e é do inimigo a pressa e a pressão. Nosso time terá de saber jogar com o resultado, explorar os contra ataques e ser mais preciso em tal fundamento, que tanta falta fez no domingo para antecipar a vitória contra o time do vizinho.


CAPÍTULO 386

E no próximo domingo, depois das consequências da super quarta feira, mais um clássico de colocar fogo em Porto Alegre. O palco novamente será o Gigante da Beira-Rio e o INTERNACIONAL precisa estar atento ao regulamento, que prevê saldo de gols e gol qualificado (em dobro na casa do adversário) como critérios de desempate. Uma vitória sem levar gols - e de preferência com diferença de mais de 2 golos - dentro do Beira-Rio, será fundamental para a conquista do 40. título de Campeão Gaúcho. A se repetir o quadro visto no último domingo, o INTERNACIONAL é franco favorito para o título.


RÁPIDAS

o time do vizinho com 3 zagueiros + 3 volantes = 0 chutes a gol

3 zagueiros + 3 volantes é uma mistura das convicções de Muricy com C. Roth.

o padeiro de bento mostrou que taticamente conhece muito pouco...


aliás, é interessante ver a postura dos "doutos do futebol pampeano" que há menos de 2 semanas colocavam o time da azenha entre os melhores do país.

tais "doutos" que povoam nossas redações, infelizmente, não fazem mais do que comentar resultados.

O Internacional não para de se colocar como exemplo. Essa semana, de olho na preservação ambiental, foi lançada a Revista Digital do clube.


Disponibilizada na área exclusiva para sócios, visa diminuir a utilização de celulosa necessária para impressão do periódico.

Marina Silva, ex-Ministra do Meio Ambiente e grande nome do Partido Verde, elogiou e aplaudiu iniciativa

Confira maiores detalhes da campanha, clicando aqui.


Ainda sobre o gNAL 385:

"Ontem, pela manhã, o Inter confirmou os prejuízos causados por alguns torcedores do %&$#*@. As imagensdo circuito interno serão encaminhadas à Brigada Militar para ajudar na possível identificação dos responsáveis. Dois banheiros do estádio foram inteiramente depredados" (Correio do Povo, contracapa da terça feira, 3.maio)

Não me venham com esse papo furado de que se trata de fato isolado e de torcedores facilmente individualizados. Há longa data que nos deparamos com tal notícia ao final de gNAIS no GIGANTE DA BEIRA RIO e nunca se localiza ou pune os responsáveis.

o vandalismo, assim como a arrogância, está no DNA tricolor.

"quantas vezes o gremio jogou onze contra onze este ano?" (pergunta do leitor J. Krug).

sinceramente, não a resposta, mas a derrota para o U. Catôlica, com certeza, foi uma dessas raras oportunidades.

Amanhã todos os caminhos, mais uma vez, levarão ao GIGANTE DA BEIRA RIO...

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio





SEM GANAS PARA ESCREVER

Véspera de jogo decisivo e o gremista assim: meditabundo. E não é porque perdeu o Gre-Nal, algo para lá de previsível, ou porque levou chumbo EM CASA da Católica, algo que, se não provável, ao menos era possível, mas porque esse filme vem se desenhando há tempos. Basta ler as colunas anteriores para comprovar isso. No entanto, nada foi feito para reverter o quadro; sendo que a situação só se agrava. Estou sem vontade, mas farei um esforço para não deixar os gremistas na mão. Caso nos classifiquemos hoje à noite, até pode ser que eu volte para tratar do jogo.

Universidad Católica x Grêmio
Vamos a San Carlos de Apoquindo com 17 jogadores e TRÊS desfalques de peso: Rochembach, Lúcio e André Lima. As outras quatro ausências nos afetam principalmente na PROFUNDIDADE do elenco ou, noutras palavras, na qualidade do banco: Victor, Gabriel, Collaço e Borges. Cazalbé não faz falta nenhuma. Em oito posições, Renato ou tem seus titulares ou consegue trocar as peças por outras, senão do mesmo nível, levemente abaixo.

É possível reverter? É. Mas, primeiro, o Grêmio tem que dar sinais que acredita. Se entrar para segurar o jogo e contar com um milagre no final, como fez, por exemplo, no Gre-Nal, as chances do plano fracassar são enormes. No clássico quase funcionou, é verdade, mas por exclusiva responsabilidade do time do vizinho em geral e do Guiñazu em particular. Dificilmente acontecerá de novo. Tem que entrar para matar o jogo de saída. Se a escalação com três marcadores no meio-de-campo se confirmar, o gremista que já se prepare para um flime de terror. Esse Renato encagaçado, que ninguém conhecia, não teria comido nem prostituta quanto mais um sem-número de mulheres (como ele alega, diga-se).

Gre-Nal I
Primeiro, o extra-campo. Mais uma vez a política de redução de ingresso para o visitante se mostrou absolutamente estúpida. Na ânsia de diminuir a violência, foi se reduzindo a quantidade de ingresso para o adversário até que, hoje, é um percentual ridículo. O resultado? O número de maloqueiros segue igual. O torcedor de bem ficou em casa. Afinal, o tratamento de gado dado aos gremistas é PIADA. É gado, mesmo. O pessoal se reúne no Olímpico e é TROPEIRADO pela Brigada até Beira-Rio. Passa por "n" revistas mal conduzidas, atravessa um BRETE enlameado, é MANGUEIREADO num cantinho do estádio e, por fim, fica 40 minutos CONFINADO sem poder sair. Depois, ficam as notícias de como o estádio foi danificado, os comentários de como o gremista é violento e sugestões de como uma torcida só é solução. ASNICE! Enquanto não for política levar o TORCEDOR DE BEM aos estádios, enquanto não for política PUNIR e AFASTAR a bagaceirada dos jogos, o resultado será esse.

Nem vou falar da palhaçada da direção colorada que fez sei-lá-o-quê com a água do vestiário vistante, nem com o chilique do Siegmann e de outros sobre a goleira dos pênaltis. Estou para dizer que a diferença entre a maloqueirada e os dirgentes dos dois clubes é de GRAU; não, de gênero. Se merecem, esses josuékrugs. Quem não os merece somos nós.

Gre-Nal II
Renato não leu a coluna da semana passada. Em vez de colocar los cojones na mesa, os colocou no gelo até o quase desaparecimento. Deixou o Internacional fazer o que quis, e só não saiu demitido pela inoperância ofensiva dos vermelhos e pelo auxílio providencial do Guiña AZUL. Só ensaiou colocar a cabecinha para fora quando estava com um a mais. Mas isso aí até o CELSO ROTH é capaz de fazer! Nas penalidades, um vexame que culminou no gol decisvo de RODRIGO.

Os desfalques não são desculpa. Era um clássico absolutamente perdível, mas que a vitória nos traria o título. Se não tem nada a perder e tudo a ganhar, VAI PARA CIMA! Se não der certo, aí sim, se fecha e joga para perder de pouco. Renato fez o contrário e só porque era futebol que quase deu certo.

O vizinho diz que somos arrogantes. Isso, aliás, faz parte do repertório da vitrolinha quebrada dele. Normalmente, duas linhas antes e outras duas depois, ele afirma como eles são os bons, os grandes, os fodões, os manda-chuvas do pedaço. Entendam isso como quiserem. Não somos arrogantes (pelo menos, não mais do que eles), mas estamos covardes. E é isso que dificulta o trabalho de vir aqui e me expressar sobre o Grêmio. Escrever nas derrotas é fácil. O que me deixa sem gana é essa covardia...

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com