terça-feira, janeiro 25, 2011

Ano V, Número 206




GRÊMIO ANUNCIA NOVO MASCOTE: O MICO



É perfeito. Encaixa-se com exatidão no perfil do clube, e ainda tem a vantagem de ser um macaco pequeno. Assim, fica mais fácil de mostrar o quanto ficamos menores que o vizinho (ou, pelo menos, nos sentimos neste último mês).

Em plena semama em que se estréia na Libertadores, e ainda há um Gre-Nal no domingo, o assunto predominante são os micos colecionados pelo Grêmio no ano. E isso que estamos em 25 de JANEIRO. Não tenho os dados, mas é possível que seja um recorde. É verdade que os sócios queriam mudanças e votaram em peso nessa diretoria, mas a idéia é que fosse para melhor. A troca no entanto foi sair do SporTV e parar no Animal Planet: há micos no Olímpico de todos os tamanhos e espécies. É digno de documentário do National Geographic. Qualquer dia, sai a notícia que o clube não tem autorização para tal CRIATÓRIO, e que levou uma multa estratosférica do IBAMA. Talvez seja só o que falta para completar a TEMPORADA. Aliás, falta muito ainda para chegar 2012?

"Respeitável Público, o Circo Azenha orgulhosamente apresenta: os Micos de 2011!"
Já se tratou aqui do caso Ronaldinho. Nesse caso especifico, o erro foi TEREM ABERTO A BOCA. Nenhum outro. Se o Grêmio tivesse que negociar com o Milan, não contrataria o Ronaldo. É simples assim. Como o Ronaldo não veio, ficou o MICO. Foi o primeiro.

Logo depois, Rodolfo vazou a negociação para contratá-lo junto ao Lokomotiv (RUS). Assim que aconteceu, a direção deveria ter negado o interesse, entrado em contato com o jogador, e solicitado que ele ficasse quieto até o final das negociações. Mas parece que não aprenderam com o episódio Ronaldo e ficaram só de BOCA ABERTA com o MICO na mão, de novo.

Aí, entra em cena Vinícius Pacheco. Esse, sim, foi RIDÍCULO! Não que uma direção não possa se equivocar assim (o Renato, mesmo, chegou a ser apresentado no São Paulo e nunca jogou lá), mas o cara era jogador do FLAMENGO, e o Grêmio já tinha estourado a cota de MICOS DO ANO, que dirá do mês. Mesmo que a situação tenha sido contornada, isso não retira a VERGONHA passada pelo clube ao ver o jogador que estava treinando ter que se reapresentar no Rio e pedir penico para jogar em Porto Alegre.

Para completar, vem o Jonas. Esse mico conta com a participação especial dos CORNETEIROS. Aliás, a história do Jonas no Grêmio é sensacional. Foi contratado pela ATUAL diretoria no final de 2007. Mas ele sempre sofreu com lesões, é um tanto quanto louco e faz aquelas dancinhas ridículas, pelo que nunca foi levado a sério. Ele faz o estilo COLOMBIANO: muita correria, vontade e habilidade; perde muitos gols, mas faz outros tantos. Mesmo quando trocou a diretoria em 2009, ele continuou renegado. No período em que esteve no Grêmio, viu chegarem atacantes e mais atacantes a peso de ouro que não jogavam mais do que ele. Foi usado como "moeda de troca"; foi emprestado sem custo. Em 2010, fez uma bela dupla com Borges (em que era coadjuvante). Mesmo assim, ainda tentaram colocá-lo no Goiás no meio do ano. Encontrou sua alma gêmea no André Lima, não se machucou e desatou a fazer gols. Ao final do Brasileiro, o primeiro contrato a ser renovado tinha que ter sido o dele. Não foi. Havia outras prioridades. Primeiro jogo no Olímpico em 2011, o que acontece? É vaiado. Não tinha porque ficar mesmo. E o Grêmio recebe pouco mais de R$2.000.000,00 de reais por isso. Se não for METADE! E nem se pode dizer que não foi merecido. Para arrematar com chave-de-ouro, a saída dele ocorre nas vésperas da estréia na Libertadores...

João Penca e seus Miquinhos Amestrados
Fora os "micões", ainda há uma respeitável coleção de miquinhos. Uma penca deles! Tem que ter talento para isso, não?

Anos negociando a Arena, considerando prós e contras, ouvindo comentários, sugestões, reclamações, pessoas da ATUAL diretoria chegam em acordo com a OAS. Em tudo, inlcusive no tamanho do estádio. Temporada pegando fogo, departamento de futebol mais zonzo que mosca de uma asa, e o Grêmio anuncia que pretende aumentar o tamanho do estádio. O detalhe: depois que as obras começaram! Se for séria, e não mera tentativa (falha) de desviar o foco, não há nenhum cabimento para uma proposta dessas.

Como já dito aqui antes, houve demora no realocamento das datas dos jogos do Estadual que coincidiam com partidas da Libertadores. Algo que a diretoria do Grêmio deveria ter percebido no dia em que os dois carnês ficaram prontos. A Federação Gaúcha deveria ter sido pressionada para alterar as datas imediatamente, dando tempo para que o clube se preparasse adequadamente para os jogos. Não aconteceu. Em cima da hora, houve ADIANTAMENTO de um dos jogos, embolando a semana preparatória para a estréia na Libertadores. O resultado foi ver o treinador dizer, nos microfones, que não quer ir ao interior nos jogos do Estadual. A declaração não tem propósito, e é conseqüência da necessidade de se alterar o planejamento às vésperas de uma partida importante.

No episódio Vinícius Pacheco, novamente o treinador vai a público e expõe seu descontentamento com a BAGUNÇA no Departamento de Futebol e afirma que não perdoará ninguém se a negociação falhar. Por mais que tenha razão, jogar m... no ventilador sobre uma direção que já se encontra completamente perdida não ajuda em nada. E ainda macula mais a imagem do clube, a qual já não está nada boa.

Por fim, o presidente em coletiva revela a proposta recusada por Jonas: R$600.000,00 LÍQUIDOS, mais um valor astronômico em luvas. Se for verdade, Jonas nos fez um FAVOR indo embora. Verdadeira ou não, o fato do presidente ter exposto essas cifras NABABESCAS, deixa qualquer um procurado pelo clube predisposto a pedir valores altíssimos para ser contratado. Somado-se ao desespero dos diretores em darem alguma satisfação aos torcedores, já torço para que nenhuma contratação dê certo, com medo do tipo de negócio que será feito.

Se eu esqueci algum mico, por favor, quem souber mande um e-mail ou deixe um comentário.

Desabafo
Tchê, o Grêmio precisa de uma limpa. O Grêmio precisa de um Miranda. Passar alguns anos com futebol medíocre, com folha baixa, com um time brigador e raçudo de gurizada e refugos (rezando para que apareça algum da base com talento), embrulhando os jogadores vendidos e entregando na porta cobertos em papel perfumado, e pegando o dinheiro para pagar contas. Qualquer resultado é lucro. Se beliscar um Estadual, uma Copa do Brasil, ou fazer uma campanha tipo 2007 na Libertadores, ótimo; caso contrário, paciência. Mas, pergunto, quem naquele antro de vaidades toparia um negócio desses?! Na boa, no Grêmio só explodindo tudo, e recomeçando do zero na Segundona Gaúcha...

Depois do Chilique, o Futebol
Feito o exercício de Terapia Catártica, fale-se de futebol. O Grêmio venceu os dois jogos pelo Estadual (2-1, São José; 1-0, Canoas), segue invicto, e encaminha a classificação para as finais da Taça Piratini. Não vem jogando bem, mas isso é normal; ainda mais com o rodízio forçado de jogadores. Depois de 2/2, após a Pré-Libertadores, se poderá exigir mais do time.

A lista para a Libertadores teve surpresa. Devido a saída de Jonas, entrou Wesley. Assim, com a inclusão de Lins, enfrentaremos o Liverpool com 6 atacantes na relação dos 25. Além disso, Roberson ficou de fora, e Maylson está presente; quando a impressão que tinha é que seria o contrário.

Eis os 25 felizardos:

META
1- Victor; 12- Marcelo Grohe; 20- Matheus Oliveira.
DEFESA
2- Gabriel; 3- Paulão; 4- Rafael Marques; 6- Gílson; 13- Mário Fernandes; 14- Vilson; 15- Neuton; 23- Bruno Collaço.

MEIA-CANCHA
5- Fábio Rochemback; 7- Vinícius Pacheco; 8- Adílson; 10- Douglas; 11- Lúcio; 17- Fernando; 18- Maylson; 22- Mateus Magro.
ATAQUE
9- Borges; 16- Diego Clementino; 19- Júnior Viçosa; 21- André Lima; 24- Wesley; 25- Lins.


Aguardemos. Meu lado otimista -oculto está semana, mas, enfim- confia que passado o Liverpool, o ambiente no Olímpico melhorará muito, os diretores, o treinador e o elenco poderão ficar mais tranqüilos, e a temporada finalmente começará; com os micos recentes deixados para trás.

Já meu lado pessimista, esse, bom, deixa para lá...

Rir para não chorar
O Grêmio, de hoje em diante, só contrata jogador que for filho único.

Já dizia aquele velho ditado: em boca fechada, não entra MICO.

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com


A VOLTA DOS CAMPEÕES
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O grupo de jogadores campeão da Libertadores da América voltou a treinar esta semana. O INTERNACIONAL mantém praticamente a mesma equipe da campanha 2010 e já anunciou os reforços do meia atacante Zé Roberto e do centroavante F. Cavenaghi. Em contrapartida, saiu Giuliano, que, não se pode deixar de registrar, era reserva (um absurdo!). E ainda se cogita da contratação de mais um cabeça de área (o nome da hora é o argentino Bolatti) e de mais um meia ofensivo. Não há como negar o fato de que o INTERNACIONAL é um dos favoritos à conquista da Copa Libertadores 2011. Ao contrário do ano passado, quando entramos na competição cheio de desconfianças. Volto janeiro de 2010 (coluna 152) e ali vejo minha desconfiança com a falta de um centroavante. E, embora tenha profetizado, ali nessa mesma coluna, que a temporada seria de Bento Gonçalves a Abu Dabi, fica evidente a desconfiança com o plantel que iniciava a temporada. O horizonte de 2011 parece diferente; embora tenhamos de conviver com C. Roth na Casa Mata.
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C ROTH
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A permanência de C Roth, após o fracasso nos Emirados Árabes, é dessas coisas inexplicáveis do futebol. Ou melhor, tenho uma explicação: preguiça. Não é possível que a diretoria do INTERNACIONAL acredite que o péssimo 2º semestre, especialmente pela fraca campanha no Campeonato Nacional, possa credenciar a permanência do treinador. E há ainda todo um passado negativo, sempre com trabalhos que iniciaram bem e degringolaram. O prazo de validade de Roth no Beira Rio já foi ultrapassado; está vencido há algum tempo. Por aí vejo as maiores dificuldades do INTERANCIONAL em 2011.
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PLANTEL
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Não quero, ainda, comentar o plantel. E, principalmente, pelo fato de ele ainda não estar formado e fechado. É certo que chegarão reforços nas próximas semanas e, por isso, prefiro aguardar. Mas já posso adiantar concordância com a política de contratações cirúrgicas e pontuais. Zé Roberto e Cavenaghi preenchem lacunas importantes e devem acrescentar qualidade ao grupo. E há ainda a promessa da contratação de um cabeça de área, peça que tanta falta fez ao time depois da saída de Sandro. Preocupa-me a ausência de cogitações para a lateral direita. Mais uma temporada com Nei por ali é algo que causa calafrios.
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GOLEIROS
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Há uma orla de Colorados insatisfeitas com os porteiros de nosso plantel. Quem lê esta coluna sabe que não estou entre eles. Sempre gostei, e continuo gostando, de Renan. Tanto por ser um goleiro prata da casa, como pelo fato de que suas falhas nunca nos tiraram títulos. Pelo contrário, ganhamos a Libertadores, mesmo com suas falhas no Morumbi e em Guadalajara. Também me agrada a atitude do goleiro Lauro. Jamais teve uma falha grosseira que pudesse comprometer sua carreira no INTERNACIONAL. E ainda há os jovens Muriel e Agenor, para os quais algum tempo peço oportunidades. Poucos clubes do Brasil possuem tamanha qualidade debaixo do arco em seu plantel.
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JOGO DE UM PILA
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Curiosidade interessante da partida do vizinho em terras charruas. Ingressos custam 50 pesos (aprox. R$ 5,oo). E tem mais, por 5 pila o torcedor que compra um ingresso ganha mais 3 de presente. Ou seja, um ingresso sai por algo equivalente a R$ 1,oo. Isso mesmo: 1 pilinha. Outro detalhe interessante: ingressos para os visitantes custam 1000 pesos (aprox. R$ 100,oo). Tchê, gostei dessa turma do Liverpool, hein?
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RÁPIDAS
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Gurizada do INTER B terá o primeiro desafio pelo interior em Santa Maria, contra o Inter local.
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Detalhe: essa mesma gurizada já rodou o interior em 2010, durante a COPA FGF (E. Costamilan), na qual, sempre é bom lembrar, saiu campeã.
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Por incrível que pareça, iniciamos semana gNAL.
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Mas fica difícil comentar um clássico que será disputado com times e treinadores reservas.
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Piada da semana na vizinhança, diretoria Martins-Odone é traída por mais um xodô tricolino.
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Olha aqui ô, o Totô da novelinha das oito, definitivamente, é um neófito em termos de guampa perto da turma da azenha.
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E dessa vez a novelinha da traição foi ainda mais divertida. Além do irmão-vilão teve choradeira, acusações contra diretoria recém saída, jogo de empurra-empurra. A dramaturgia tricolor já superou, em muito, a global.
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A propósito, gostaria de agradecer, penhoradamente, ao irmão do Jonas, aos Srs. A. V. Martins e P. Odone que me presentearam na 2a. feira com uma entrevista do Sr. L. Meira.
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Tchê, como eu estava com saudade do Meira!
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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio

terça-feira, janeiro 18, 2011

Ano V, Número 205


RAPA DE TACHO


Apenas 4 jogadores daquele time que conquistou o título da Copa E. Costamilan sobre o Cerâmica de Gravataí estavam em campo, em Canoas, no último domingo. Tudo bem, não é escusa para a derrota diante do fraquíssimo time do Cruzeiro da Zona Norte. Mas, sem dúvida, seria uma justificativa muito mais palatável do que as ofertadas pelo treinador E. Moreira para a primeira derrota da temporada. Desde que me conheço por gente (em termos futebolísticos) ouço essa ladainha de começo de temporada de que o tempo de preparação foi pouco e que o time está com a “musculatura presa”. E, para piorar, a derrota diante do Cruzeiro passou, fundamentalmente, pelos erros de Moreira. Escalar o time com 3 volantes de marcação (o segundo maior mal do futebol – só ficando atrás da malfadada linha de 3 zagueiros) é abdicar da criação na meia cancha. E isso ficou evidente quando, na segunda etapa, o time melhorou de produção com o ingresso de R. Goulart. Aliás, há algumas décadas já se sabe que com 3 volantes de marcação um time não cria opções ofensivas suficientes. Digo décadas, porque foi em meados de 1997 que C. Roth trouxe essa abominável prática dos 3 “volantes-brucutus” para dentro do Beira-Rio.
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POLÍTICA DE FUTEBOL
O INTER B joga no mesmo esquema do time principal. Isso é política de futebol institucionalizada. E aplaudo tal prática. Sempre fui defensor da mesma. O problema está em se permitir ao treinador que utilize 3 volantes de marcação dentro do INTERNACIONAL. Ainda mais num grupo de jogadores que conta com tantas boas opções de meia cancha. Em Abu Dabi jogamos com W. Mathias, Tinga e Guiñazu, com o jovem Giuliano, melhor jogador da Libertadores da América 2010 e grande expoente do time na temporada sentado no banco de reservas. E não venham querer me convencer que Tinga é jogador da 3ª função, porque não é; nunca foi e nunca será. Tinga produz e rende mais para o time na 2ª função.
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POLÍTICA DE FUTEBOL
Há algum tempo os 3 zagueiros, ao que parece, foram banidos do Beira Rio (oxalá para sempre). Quanto tempo teremos de aguentar, mesmo que de forma eventual, escalações com três volantões brucutus ? Chega, definitivamente, chega desse male.
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PRIMEIRA PELEIA
O primeiro encontro da temporada contra a vizinhança foi confirmado para o dia 30 de janeiro, em Santana do Livramento. Cada clube receberá R$ 300 mil e passagens aéreas livres para o traslado à fronteira. Mesmo com a redução da cota pela metade, em virtude do fato de a dupla mandar times reservas a campo, trata-se de um ótimo negócio para a dupla. Só fica uma questão: por que não transferir a data do clássico?
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DÍVIDA DE GRATIDÃO
Clemer não é mais o preparador de goleiros. Fica mais evidente ainda que a sua efetivação no cargo, em 2010, nada mais foi do que um pagamento de dívidas. É aquele história de o clube ser devedor eterno de um ídolo, como se os salários pagos durante sua passagem não tivessem satisfeito tal obrigação financeira. Não quero aqui dizer que os ídolos não devem ser preservados e reverenciados eternamente. Mas não as custas da finança e do organograma funcional do clube. Clemer, assim como índio, Fernandão, Gabiru, entre outros, merecem estatuas no Beira-Rio e não contratos ou funções no departamento de futebol.
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DESOLADOR I
Acabo de chegar do Gigante aonde assisti uma das piores partidas de minha Vida Colorada. INTERNACIONAL 1x0 Porto Alegre. O gol, como não poderia deixar de ser, saiu em lance de bola parada. Tchê, que jogo ruim. Essa gurizada do INTER-B, mesmo se tratando da rapa de tacho, como disse acima, poderia render mais. Mas é sempre um toque a mais, um preciosismo só, uma vontade de aparecer. E o pior, muitos dos jovens não possuem os fundamentos mínimos de um jogador de futebol.
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DESOLADOR II
O lateral Daniel, como anoto há algum tempo aqui neste espaço, não conhece os meandros da posição. Os volantes não possuem condições de atuar no time principal. Não marcam e não desarmam. E eu não posso admitir que um volante não marque e não desarme. R. Goulart, de quem se falava bem, é um jogador lento e alto, mas com pouca técnica (quase erra o golo num cabeceio infeliz sobre o goleiro caído - deu sorte que o mesmo se encontrava dentro da baliza). O centroavante Guto, esse aí não adianta. Pode até fazer carreira como futebolista de times médios, mas para time grande não serve. Desde 2009, quando Guto surgiu ao lado de Walter, que eu afirmo que não serve para o INTERNACIONAL.
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DESOLADOR III
W. Libano é outro que não consigo ver com grande potencial. No máximo, talvez, para ser um terceiro reserva de volante. E olhe lá. É muito fransino. Também lhe falta atributos mínimos. Desse time que entrou em campo hoje, aposto apenas no lateral esquerdo Massari. O zagueiro R. Moledo tem um bom biotipo para posição, mas ainda precisa evoluir. O meia Augusto mostra disposição, força e velocidade, além de boa estatura física. O atacante Lucas (o Roggia) também tem potencial; lembra um pouco aquele atacante F. Pinto, que surgiu como grande promessa e foi vendido pelo Miranda para um time ruim da Espanha (e depois chegou a perambular por vários clubes - inclusive com passagem lá pela escuridão da azenha).
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RÁPIDAS
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Eu nunca tinha visto um time de futebol tão ruim e mal treinado e orientado como este do Porto Alegre que jogou agora a pouco contra o INTERNACIONAL.
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E olha que não exagero. Alguns lances praticados pelos jogadores do Porto Alegre foram tão bisonhos que fiquei na dúvida se sorria ou chorava.
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O único ponto positivo da partida foi a volumosa arrecadação de mantimentos para o povo carioca, que mais uma vez passa por maus bocados (até quando nossos políticos se demonstrarão se preocupar com a infra-estrutura apenas depois de tragédias consumadas ?).
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Assis, empresário, dono do Porto Alegre e, principalmente, irmão de Ronaldo-inho, perdeu ótima chance de ser ovacionado hoje no Gigante.
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Em tempo: 6.400 verdadeiros heróis estiveram presentes hoje no GIGANTE DA BEIRA RIO.
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Gurizada do Sub18 faz bonito na TAÇA SÃO PAULO de Juniores. Para variar, o Colorado é o único representante gaúcho vivo na competição (o resto dos chimangos cairam esgualepado antes mesmo das oitavas de final, não é vizinho ?).
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Depois de eliminar as equipes paulistas do Primeira Camisa (3x2) e do Nacional (2x0), nossa gurizada enfrentará o América de Minas Gerais, já nas quartas-de-final da competição.
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Partida contra os mineiros terá transmissão pelo SporTV e ESPN, na quinta-feira, às 16 horas.
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Notícias dão conta que o meia atacante Zé Roberto acertou contrato com o INTERNACIONAL.
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Vasco da Gama teria liberado o jogador, cujo contrato venceria em junho, por importância ínfima.
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Olha, trata-se de um belo reforço. Ao menos se repetir o futebol vistoso que praticou anos atrás no Flamengo e que lhe garantiu contratos na europa. No Vasco, confesso, não me recordo de suas atuações.
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Cabeça-de-área F. Piriz, atleta do Nacional de Montevideo, de 20 anos, é a especulação da semana. Diretor do clube uruguaio confirmou interesse e contatos, em entrevista à rádio Band AM, na segunda-feira a noite.
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Confesso que não conheço e nunca ouvi falar desse jogador; mas o só fato de se verificar a procura por um jogador da posição já tranquiliza.
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Mais uma temporada com W. Mathias à frente da zaga seria um pânico.
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E a soberba do padeiro de Bento declarando que não acompanhará o time pelo interior hein ?
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Clique e confira o audio. É puro budum...
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Tchê, vou te contar, a cada semana é uma nova e quentinha que vem lá da azenha... É aquela história, ganho pouco, mas me divirto.
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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO,
Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio






PRÉ-TEMPORADA QUE VALE


Não. Não falo do Campeonato Estadual como um todo. O Gauchão Coca-ColaTM não é pré-temporada ou torneio de verão; é campeonato sério e que vale muito. Me refiro apenas a essas primeiras rodadas, enquanto os jogadores recuperam o preparo físico e o ritmo de jogo. Ela tem que terminar obrigatoriamente no dia 26 de janeiro. Porém, esses jogos de pré-temporada valem tanto quanto os demais no campeonato, pelo que o tropeço de sábado é um tropeço; e deve ser encarado como um tropeço. Só não há necessidade de se tocar corneta, por mais que tenha dado muita vontade na hora, e tenha sido irrestível ao tratar do jogo abaixo. Fica como crítica construtiva. A preocupação de momento é preparar bem os jogadores para a temporada. Os resultados ainda são o de menos.

A Má Organização do Campeonato
O calendário brasileiro é mal organizado, mas isso não é desculpa para não se organizar um campeonato decente. Da maneira como está hoje, o Gauchão pede para ser desvalorizado. O problema dessa fórmula, é que basta terminar entre os 4 do grupo para disputar as finais. E, mesmo se não conseguir agora, tem de novo na segunda parte do campeonato.

Para piorar, dois jogos que se sabia DESDE DEZEMBRO que teriam problemas de data só foram alterados nesta semana, obrigando o Grêmio a adotar um planejamento de emergência. Sem contar que o Grêmio disputará 6 jogos no Olímpico e oito fora, que viajá o dobro da distância do rival, etc. Mesmo que seja invertido no ano seguinte, isso só significa que sacanaeia os clubes alternadamente, mas não há nenhuma preocupação com qualquer equilíbrio técnico do campeonato. Isto é, além da fórmula equivocada, há o descaso.

O Equívoco da Fórmula
Essa fórmula CLAMA para que a dupla Gre-Nal comece a pré-temporada antes com jogadores da base e refugos do grupo principal, e jogue as primeiras rodadas do Estadual com esse time mesmo que ruim; mesmo que o clássico (aliás, para resolver isso, basta a federação inverter os turnos). Mesmo que venha a perder pontos, não farão muita falta.

O Grêmio poderia muito bem ter reunido um grupo e começado a treinar na metade de dezembro. Se vai emprestar jogadores, não marca o retorno para janeiro, mas ao final do campeonato que o clube contratante tiver disputado. Pegando este ano como exemplo, esse hipotético time poderia muito bem jogar quatro partidas: Lajeadense, Ypiranga, Canoas SC e o clássico (é destruir com o clássico? É, mas quem manda marcar para tão cedo?!). Esses jogos serviriam para dar uma noção sobre quem é aproveitável e quem não é.

O grupo titular faria uma pré-temporada completa e estrearia contra o São José antes de disputar a pré-Libertadores. Passado os conforntos contra o Liverpool, só então os jogadores principais participariam de vez no Gauchão, mesmo que ainda se faça rodízio para poupar uns e dar ritmo a outros. Buscaria recuperar eventuais pontos perdidos, mas, se não classificar (entre 4 de 8), ainda tem a segunda taça.

Aliás, isso é exatamente o que o vizinho -acertadamente- está fazendo. Como teve o Mundial, e não tem Pré-Libertadores, a situação é um pouco diferente; mas o princípio é o mesmo. Se o jogo contra o Pelotas passar para quinta-feira, 10.2 (o que deveria ter sido determinado desde sempre), aí seria a estréia do time titular. Se não, corre o risco de ser em Guaiaquil, mesmo; fazendo um amistoso no dia 9 contra quem quer que seja. De todo o modo, os reservas jogariam todo o turno ou quase isso. Bem na base do se passar, passou; se não classificar, paciência. Tem a segunda taça.

Eu detesto essa fórmula por isso: o campeonato começa mesmo, em 20/2, nas finais da primeira taça. Até lá, para os grandes ainda é pré-temporada. Conseguimos imitar o campeonato PARA TURISTAS do Rio de Janeiro e ainda fazemos pior. Lá, pelo menos, o torneio ainda não começou.

"Você não vale nada, mas eu gosto de você"
Mesmo com todos esses problemas, e outros que nem cito porque não cabem aqui, a postura da direção e comissão técnica em valorizar o título merece elogios. Campeonatos existem para serem disputados e ganhos, ainda mais um tradicional e que paga bem como o Campeonato Gaúcho. Depois que acabar essa pré-temporada, tem que colocar mesmo os titulares para jogar. O bicampeonato é uma bela desculpa para lotar a Goethe e infernizar o vizinho e seus colegas até o fim do semestre, pelo menos. Quando começar o torneio para valer, tem que jogar para valer; mesmo que seja apenas a partir da segunda taça.






Grêmio 2 x 2 Lajeadense, Olímpico
Antes de mais nada, deve-se elogiar o Lajeadense. Mesmo quando as pernas ainda não eram um fator, jogou de igual para igual para o Grêmio, e teve suas (boas) chances de gol desperdiçadas. Time muito bem treinado. Não sei se tem bola para ir longe, mas dificilmente cairá. Sobre o Grêmio, Zezinho foi preciso em comentário no Carta na Manga. Segue trecho:


Renato errou na escalação. Não que Vílson tenha jogado mal. Errar não é somente ver sua peça funcionando mal, mas deixar o time de render menos do que poderia se houvesse um Roberson naquele lugar, por exemplo.

Ano passado, contra o Atlético/GO, Renato formatou o meio-campo com Adílson, Souza, Roberson e Douglas; daí, contra o Lajeadense, vai de Adílson, Rochemback, Vílson e Douglas? Tem que ver isso aí.

As substituições também demoraram muito, visto que o preparo físico não era o ideal.


Realmente, mesmo não sendo nenhuma surpresa, a escalação do Vílson foi, no mínimo, estranha. Com o time ainda em pré-temporada, melhor seria alguém capaz de segurar a bola mais tempo na frente, alguém que fizesse companhia ao Douglas. No caso, podem rir à vontade, mas seria o Roberson. Aliás, a contratação de Vinícius Pacheco vem em boa hora para suprir essa lacuna no elenco. Se funcionará, é outro problema. Nesse caso, a diretoria foi no alvo.

As trocas foram mesmo tardias, e deveriam ter sido feitas tanto considerando o atual estágio de preparação quanto as necessidades do jogo. Ademais, por causa que Renato preferiu Magro a Pessalli ou Mithyuê no banco, as substitições acabaram por não serem tão agressivas quanto parecem.

Botar a culpa no calendário, mesmo que a reclamação tenha fundamento, é ocultar os erros cometidos. O calendário é esse, e tem que se preparar para ele. O Santos, para citar um exemplo, goleou na estréia. No Grêmio, o problema foi mais de cabeça que qualquer outra coisa. Fizeram 2-0, esqueceram que o placar era injusto, acharam que a partida estava ganha, e tomaram a reação. Foi uma lição chata e desnecessária, mas espero que tenha sido aprendida.

Pensamento Mágico
Esta frase me deixou com calafrios:

– A tendência é a de contratar um argentino ou um uruguaio.

Ela teria sido dita por César Cidade Dias, o novo assessor do futebol. Isso é puro pensamento mágico, e acontece todos os anos. Mesmo que o histórico de contratações furadas ultrapasse absurdamente em número o daqueles que deram certo, sempre há quem defenda essa asneira de que tem te trazer um platino ou paraguaio para jogar no clube. Por favor! Tem que trazer jogador bom! Não importa onde ele nasceu. Uma suposta vantagem de contratar estrangeiros sul-americanos é que o negócio pode sair mais em conta, mas os clubes e jogadores de lá eles já pedem mais só porque a transação envolve brasileiros.

Ainda é cedo para qualquer diagnóstico, mas os sinais vindos da Azenha não são nada alvissareiros nesse começo de ano. Depois do espisódio Ronaldinho, custa agora trabalhar com a cabeça e os pés no chão, mesmo que todos os quatro?

Como o time terminou bem o ano passado e é hora de ter paciência e confiança, aguardarei. Só queria deixar registrada minha preocupação.

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com

terça-feira, janeiro 11, 2011

Ano V, Número 204



GRÊMIO, RONALDINHO "CARIOCA" E LUPICÍNIO


Em setembro, o Grêmio foi procurado por Assis. Ele disse que o irmão tinha interesse em disputar a Copa do Mundo e queria voltar ao Brasil, principalmente para Porto Alegre. O Grêmio respondeu positivamente e iniciou-se as negociações.

Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor,
Ao lado de um tipo qualquer?

Há quem critique o Grêmio por não ter procurado o Milan. Discordo. Primeiro, porque o Palmeiras fez isso, e perdeu do mesmo jeito. Mas não é só isso. O fundamental é que para o clube, a informação dada por Assis é que o desejo era jogar no Grêmio e apenas no Grêmio.

Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço,
Que nem um pedaço do seu pode ser?

Claro que nessa história sempre houve três partes, e a necessidade de três "sim". Se o que se diz é verdade, e parece que foi, o Assis procurou o Grêmio e as duas partes chegaram num acordo. A partir de aí, Assis ficou encarregado de buscar o "sim" do Milan.

Há pessoas de nervos de aço,
Sem sangue nas veias e sem coração,
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação.

Detalhe: Assis não iria representar o clube, mas o Ronaldinho junto ao Milan. Não haveria nunca um "Grêmio-Milan" nessa história. Pelo combinado, o Assis ia defender o direito do Ronaldo de jogar onde bem quisesse. Para o Grêmio, o que interessava era o "eu quero voltar". Como o Milan não queria mais o jogador, e se acreditava que ele queria voltar ao Grêmio, o acerto seria questão de TEMPO.

Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, é despeito, amizade ou horror.
Eu só sei é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor.

Se o Milan apertasse muito, correria o risco de ficaria com o problema (um atleta que não quer mais jogar no time) por mais seis meses, até o fim do contrato. No mais tardar, na janela de agosto, ele seria apresentado em Porto Alegre. O Milan nunca entrou na jogada, como disse o Assis para o David Coimbra. Ele sempre esteve nela.

O fato de o Ronaldinho não estar disposto a jogar só no Grêmio é que criou a brecha para o Milan (e Galliani, lógico) levar algum no negócio. Deve ter levado mais do que poderia imaginar e ainda se livra de pagar o salário do Ronaldo por mais cinco ou seis meses. Baita negócio!

Quem há de dizer
que quem você está vendo
Naquela mesa bebendo
É o meu querido amor
Repare bem que toda vez
que ela fala
ilumina mais a sala
Do que a luz do refletor

O Grêmio, se errou, foi por ter se exposto, por ter acreditado na palavra de com quem negociava. Não errou na negociação em si.

O cabaré se inflama
Quando ela dança
E com a mesma esperança
Todos lhe põe o olhar
E eu, o dono,
Aqui no meu abandono
Espero louco de sono
O cabaré terminar

O negócio com o clube foi frustrado porque o Grêmio não era a única opção, como se imaginava que fosse pela direitoria, como lhe fora dito pelo procurador do Ronaldo desde o ínicio. Tivesse Assis (o Ronaldo não decide NADA) batido o pé "é o Grêmio ou o Grêmio", e a bomba ficaria no colo dos italianos. O Galliani estava confortável porque havia briga para contratar o jogador.

Rapaz! Leva essa mulher contigo
Disse uma vez um amigo
Quando nos viu conversar
Vocês se amam
E o amor deve ser sagrado
O resto deixa de lado
Vai construir o teu lar

Na cabeça dos dirigentes do Grêmio, a situação era simples: ele quer jogar aqui, e está tudo acertado entre a gente; se o Milan disser "sim" AO RONALDO, ele chega para a Libertadores; se disser "não", chega para o Brasileiro em agosto (se bobear, como reforço para o Mundial).

Palavra! Quase aceitei o conselho
O mundo, oh, este grande espelho
Que me faz pensar assim
Ela nasceu com o destino da lua
Pra todos que andam na rua
Não vai viver só pra mim

Se o Assis não tivesse aberto e mantido negócios com outros clubes (e, frise-se, o Palmeiras foi o PRIMEIRO), o Milan teria duas opções: liberar o atleta e se livrar dos custos; ou, então, não liberar, ficar com um jogador que não quer atuar pelo clube, e pagar os salários devidos até o fim do contrato (junho de 2011).

Estava tudo dentro do script até quinta-feira. Na sexta, o Ronaldo chegaria a Porto Alegre, e faria valer sua vontade. Fecharia com o Grêmio, seria anunciado com pompa e circunstância, e ficaria na dependência da liberação do Milan para jogar já, ou em julho/agosto livre do contrato. Mas, aí, ele ficou no Rio, e o desfecho todos já sabem.

Eu gostei tanto,
Tanto quando me contaram
Que lhe encontraram
Bebendo e chorando
Na mesa de um bar

Quando o negócio mostrou-se distinto daquele acordado e debatido por meses, o Grêmio fez o que devia e saltou fora. E, ao que parece, saltará fora da Traffic (o que é bônus, mesmo que deva custar a não-vinda de Coates).

E que quando os amigos do peito
Por mim perguntaram
Um soluço cortou sua voz,
Não lhe deixou falar.

No fim, houve o seguinte: Milan e Assis usaram os clubes para tirar mais dinheiro do negócio. Grêmio e Palmeiras foram utilizados como "bois-de-piranha", e o Flamengo mordeu a isca. Se os dirigentes dos clubes estão ressentidos é porque se sentem usados. Se os discursos soam como os de vítima é porque foram mesmo! Assis MENTIU durante toda a negociação com Grêmio e Palmeiras.

Eu gostei tanto,
Tanto, quando me contaram
Que tive mesmo de fazer esforço
Pra ninguém notar.

Tirando a total falta de ética na negociação, o negócio fechado entre as partes derradeiras parece perfeito: o Milan se livra de uma bomba, economiza e ainda põe algum no bolso; os envolvidos ganham polpudas comissões; o Ronaldinho fecha por um baita salário e vai morar numa cidade cheia de atrativos; e o Flamengo contrata um ídolo que acrescenta qualidade ao grupo, empolga a torcida, e entende que o jogador vale o que será pago. Todas as partes envolvidas saem satisfeitas.

O remorso talvez seja a causa
Do seu desespero
Ela deve estar bem consciente
Do que praticou,
Me fazer passar tanta vergonha
Com um companheiro
E a vergonha
É a herança maior que meu pai me deixou.

Se Ronaldinho e Flamengo continuarão assim, é outra história. De minha parte, lamento tanto o desfecho da negociação, bem como seu desenrolar, mas acho que o Ronaldinho terminou no clube certo. Para funcionar o que ele se propõe a fazer, só atuando na Gávea, mesmo. E não se trata de desmerecer o Flamengo, muito pelo contrário. Eles são assim, eles gostam de ser assim, funciona para eles e não interfere nos outros clubes. Então que assim seja...

Mas, enquanto houver força em meu peito
Eu não quero mais nada
Só vingança, vingança, vingança
Aos santos clamar
Ela há de rolar como as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Pra poder descansar.

Não vejo a hora da CBF liberar o carnê do Brasileiro. Quando será Grêmio-Flamengo no Olímpico?

Que comece a temporada!

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com





IMAGENS QUE VALEM MAIS DO QUE MIL PALAVRAS


Queridos leitores. Peço perdão, mas essa semana não tenho nada para escrever; não consigo escrever porque ainda estou com dor nos carrinhos de tanto das gargalhadas e, como diz o sábio e antigo ditado, uma imagem vale muito mais do que mil palavras. Deixo-os com as imagens então:

kkkkkkkkkkkkkk

Perdoem-me. Semana que vem estou de volta!

E se alguém tiver a fita com a gravação da entrevista do P. Odone dizendo que se livraram de uma bomba, porque teriam de aguentar o Ronaldo-inho por 4 anos, eu quero uma cópia dessa pérola. Vou colocar na estante junto com a gravação do F. Obino, rebaixado para Segundona e declarando que o site da azenha era o melhor do mundo. Tchê, são coisas que só acontecem na azenha. E é bom ser vizinho da azenha. COMO É BOM, TCHÊ!

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio

segunda-feira, janeiro 03, 2011

ANO V - NÚMERO 203


TEMPORADA DE CAÇA


Essa época de ausência de futebol aqui pela "terra brazilis" é propícia à caça; de reforços e de boatos por parte da imprensa. Na falta de notícias, os jornalistas iniciam uma onda de especulações que, em tempos de "twitters" e outras ferramentas, ganharam contornos exagerados. O Rio Grande do Sul vive há cerca de 3 semanas uma novela sem precedentes, cujo personagens principais já foram protagonistas de outra novela, há cerca de 10 anos. E o final dessa nova novela, tudo indica, terá o mesmo desfecho: um dos personagens magoado, triste e ferido e o outro sorrindo (com dentuça arcada dentária) e com muito dinheiro no bolso. Para o INTERNACIONAL essa novela é ótima. Ganhamos tempo para montar nosso grupo de jogadores longe do foco de boatarias de costume. Com a contratação de 2 ou 3 reforços de renome (gostaria de ver um novo lateral direito, um cabeça de área e um centroavante) teremos uma equipe pronta para a disputa do Tricampeonato da Taça Libertadores, principal foco da temporada.

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REFORÇOS I
Como era de se esperar, poucas novidades no período de recesso. Sobre boatarias, como já anotei, há muita coisa. De concreto, há declaração de G. Luiggi, em entrevista ao programa Ganhando o Jogo, da Rádio Guaíba, no sentido de que Kleber permanece titular da lateral esquerda por mais uma temporada e de que contratará um atacante de primeira linha e qualidade indiscutível. No mais, serão aproveitados jogadores do INTER B para preencher lacunas no plantel.
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REFORÇOS II
D. Morais e T. Humberto são dois jovens que regressam de empréstimos e deveriam receber novas chances. Aliás, deveriam receber chances, porque jamais as tiveram dentro do Beira Rio. O zagueiro/volante D. Moraes as teve e mostrou qualidades para permanecer no grupo do INTERNACIONAL (não é pior que W. Mathias, Glaydson e outros menos cotados). Já o meia atacante T. Humberto, com sua habilidosa perna esquerda, é, no mínimo, uma ótima opção de banco - daquelas que se utiliza em momentos dificeis para furar um ferrolho adversário.
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RANKING´s I
Essa é para o vizinho que se proclama, há algum tempo, 1º lugar no Ranking, com base no absurdo e descriterioso levantamento da CBF (que, só para exemplificar, permite a um clube vice campeão da Copa Brasil e rebaixado no Campeonato Nacional computar mais pontos na temporada do que, pasmem, o Campeão Nacional). O INTERNACIONAL acaba de ser aclamado 1o lugar no ranking da Conmebol de 2010. Conforme o site oficial da Confederação Sudamericada "La consecución de la Copa Santander Libertadores de América 2010 por parte del SC Internacional de Brasil, le deparó el equipo “colorado”, a la postre, el título de mejor del año para el Ranking de Clubes de la Conmebol." (clique e confira a íntegra da matéria).
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RANKING`s II
Detalhe interessante. Desde a criação do ranking da Conmebol, em 2003, o INTERNACIONAL
já se coroou campeão em 2 oportunidades (2006 e 2010) e figurou entre os 3 primeiros em outras 2 temporadas. Já o clube do vizinho jamais figurou entre os 3 principais clubes da América do Sul no período.
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RANKING´s III
Entre o Oiapoque e o Chui também não teve para ninguém na década. A FOLHA DE SP publicou levantamento que aponta o INTERNACIONAL não só como o clube da década 2000, mas também como o grande papão de títulos dentre os clubes brasileiros. Arrolando as taças conquistas pelo Colorado, o jornal paulista proclama o INTER como o "clube que mais sucesso teve nesta década" e informa que "clube gaúcho colecionou títulos internacionais e vices nacionais, acumulando 233 pontos". Com isso, o INTERNACIONAL se torna o primeiro clube brasileiro a ser coroado por 2 oportunidades o CLUBE DA DÉCADA (70´s e 2000´s).
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RANKING´s IV
Clique aqui para acessar a íntegra da matéria sobre o ranking da década. Detalhe que não pode passar em branco. O time do vizinho, nesse ranking da década, figura no 9o lugar atrás, por exemplo, do inexpressivo Atlético-PR. E junto com clubes medianos como o Vitória e o Goiás. Por aí, talvez, possamos justificar um pouco do sofrimento e das lamúrias que semanalmente acompanhamos na coluna vizinha.
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CELEIRO DE ASES
Brasileiro SUB-23 (100% - 7v em 7 jogos - 18 gols pró e 2 gols contra). Copa FGF (E. Costamilan). Punta Cup e Copa da Federação Gaucha (Sub19). Copa Santiago, Copa Brasil e Gauchão (Sub17). Copa A. Nogueira, Copa Nike e Gauchão (Infantil). O Celeiro de Ases fecha 2010 com produção destacada e muitas promessas para abastecer o grupo do INTERNACIONAL na década que se avizinha.

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RÁPIDAS
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Falei acima dos ranking´s. E, para derrubar o vizinho de uma vez por todas, o INTERNACIONAL é tão campeão que até o C. Roth, treinando nosso time, ficou entre os 10 melhores treineros da temporada 2010... Chora vizinho!
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D´Alessandro futebolista sudamericano 2010 segundo a conceituada premiação do jornal uruguayo El Pays.
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Com 61 votos o argentino do Colorado superou seu compatriota Veron (51), o miudo maravilha Neymar (47) e o meia Conca (46). Giuliano foi décimo mais votado, na preferência de 24 jornalistas.
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No mundo das finanças, INTERNACIONAL faturou algo em torno de R$ 189 milhões na temporada 2010.
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Evolução de entradas no caixa é significativa. Em 2007, o Inter faturou 155 milhões, em 2008, R$ 142 milhões e, em 2009, R$ 176 milhões.
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"Vou ficar mais à distância, agora é com o Giovani e com o Roberto (Siegmann). " (F. Carvalho).
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O cumprimento dessa sentença depende, fundamentalmente, dos resultados de campo. Com vitórias ela se confirma; com maus resultados, Carvalho voltará, certamente, à linha de frente.

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Grupo de jovens do INTER B intensifica a pré-temporada, agora em Bento Gonçalves. Amanhã já teremos o primeiro jogo-treino contra o Canoas e no final de semana o adversário será o Zequinha.

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Tenho convicção de que essa gurizada nos representará muito bem no Gauchão e do grupo poderão sair alguns reforços para o time principal.

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Enquanto isso no twitter: "Assis encontrou Tio Patinhas e o pato bateu continência. Empresário é visto ainda com frequência na mansão Burns em Springfield.".
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A propósito A$$i$, o poderoso chefão da família Miguelina, que virou motivo de chacota na internet (clique e confira matéria do Correio do Povo).
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Mas a grande tirada deste episódio, sem dúvida, recebi, via torpedo, do amigo J. Krug: "traídos duas vezes só o totó da novela das oito e o greminho."
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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio





RETROSPECTIVA 2010: A MONTANHA-RUSSA

A impressão que se tem de fora é que o Departamento de futebol falhou feio. E isso não foi um problema de 2010, mas já se arrastava por 2009, com a perda do Estadual e a demissão do Celso Roth, o longo período de interinidade de Rospide, a interminável novela para a contratação de Autuori, apenas para ser eliminado na Libertadores, ter a pior campanha como visitante no Brasileiro, e sair fugido quando todas as fichas da direção estavam nele.

Se 2009 foi um ano problemático, 2010 não foi muito diferente. Para o lugar de Autuori, chegou alguém com perfil semelhante: Silas. Era uma aposta da direção em um treinador jovem, em início de carreira, e que havia feito uma boa temporada na primeira divisão nacional pelo Avaí. Por mais certeza que a diretoria tivesse no trabalho dele, e no seu próprio projeto, tratava-se claramente de uma aposta arriscada, em que dois fatores deveriam agir positivamente para dar certo: Silas deveria trabalhar de maneira semelhante a Autuori, mesmo não sendo Autuori e não tendo meses de experiência no clube; e, se ele conseguisse isso, o trabalho deveria funcionar melhor que o de Autuori na temporada anterior.

O Primeiro Semestre
O ano passado começou razoalvelmente bem, mas mais pelo fato de que um treinador novo não sofre as mesmas pressões de um que continua do que qualquer outra coisa. Perdeu-se o clássico em Erechim, mas se consegiu o título da primeira Taça do estadual e a vaga na final. Aqui, uma ressalva. Tudo isso foi muito graças à vitória no Nóia sobre o rival nas semifinais. O vizinho disputava a Libertadores, e havia um jogo contra o Emelec entre a semi e a final. O Novo Hamburgo que não tinha nada a ver com isso, foi lá no nosso salão de festas e venceu. Nós que tampouco temos algo a ver com os problemas da vizinhança, em 28/02, ganhamos do Anilado no Olímpico, e taça "Fernando Carvalho" (a propósito, quem inventou essa palhaçada?) foi parar na Azenha.

O título e a vaga fizeram bem ao time. Emendou nove vitórias consecutivas, sete pela fase de classificação da "Fabio Koff" (a propósito...) e duas pela Copa do Brasil. Quando abril chegou, parecia que a aposta vingaria. Ninguém esperava o vexame que se sucedeu: uma derrota em casa, de virada, para o Pelotas, nas quartas-de-final, que nos eliminou na segunda etapa do Estadual. Aqueles que desconfiavam do trabalho, após um mês de silêncio, voltaram a soar as cornetas. E a pergunta que ficou é como o clube lidaria com esse revés.

A resposta veio rápida. Uma semana depois, houve uma vitória convincente por 3 a 1, mesmo que o time tenha jogado mal por alguns momentos, sobre o Avaí pela Copa do Brasil, que praticamente selava a classificação para as quartas-de-final. Na semana seguinte, todavia, o time voltou a jogar mal em Florianópolis, e conseguiu a classificação graças a Victor e a dupla Jonas-Borgas. E, no domingo seguinte, haveria Gre-Nal no Beira-Rio, e o ponto alto de Silas no Grêmio.

O rival havia terminado a primeira fase da Libertadores em primeiro do grupo e invicto. Havia se recuperado no Gauchão e venceu a "Fabio Koff" mesmo que com dificuldades. Chegavam, mais uma vez, como favoritos. Dessa vez, entretanto, o Grêmio jogou de igual para igual, e em duas bolas paradas, resolveu o jogo. Depois, em outra partida equilibrada, garantiu o título estadual mesmo perdendo por 1-0. Abril que começara péssimo, terminou com o Grêmio por cima: GRÊMIO, CAMPEÃO CRIOULO 2010!

Na seqüência do semestre, o Grêmio seguiu bem na Copa do Brasil, mas começou mal o Brasileiro; tanto que na parada para a Copa, o Grêmio estava na 13ª posição, com 8 pontos em 7 jogos, enquanto o líder tinha 17. Na Copa, bateu o Fluminense duas vezes e se classificou para as semifinais contra o Santos dos "Meninos da Vila" e seu "Quarteto Santástico" com André, Ganso, Neymar e Robinho. No jogo de ida, o segundo ponto alto de Silas no Grêmio: uma vitória espetacular, de virada, após estar perdendo de 2-0. Foi um 4-3 eletrizante, em que o Grêmio sofreu um gol de Robinho no fim. Na volta, porém, um gol de Ganso no início do segundo tempo desestabilizou o time. Ainda assim, uma reação pareceu possível quando o time fez 2-1, mas um contra-ataque selou a eliminação e o semestre do clube.

A partir de aí, fomos lomba abaixo.

O Segundo Semestre
Veio o Segundo Semestre e, com ele, a parada para a Copa. Durante seis meses, sempre que algum problema era apontado, o período de mais de mês sem jogos oficiais era sempre a desculpa pronta de que essas questões seriam resolvidas em tempo. Se foi verdade para alguns, não o foi para o Grêmio.

Tudo aquilo que se encontrava preso durante o semestre, ocultado pelo objetivo de se conquistar a Copa do Brasil, liberou-se de uma só vez na primeira oportunidade. O vestiário ruiu, o clube se esfacelou e não havia o menor talento de liderança para quem deveria juntar os pedaços. Nem na comissão técnica, nem na diretoria, nem no grupo de jogadores. Quando Silas deu uma declaração, após uma simples vitória em meio a um torneio amistoso de inverno em Florianópolis, dizendo algo como "este é o verdadeiro Grêmio", ali era o sinal de que nada estava bem.

E não estava bem, mesmo. No retorno do Brasileiro, nenhuma vitória. Notícias de atritos entre jogadores eram comuns. O ambiente já era insustentável, mas nada mudava. Em seis jogos, 4 empates, e o time foi parar na ante-penúltima posição. Foi quando, finalmente, Silas, Meira e mais algumas cabeças rolaram. O objetivo era claro: o Grêmio não poderia cair. O que viesse a mais, Sul-Americana incluída, seria lucro.

Foi quando chegou Renato.

Na estréia, sem tempo de treinar a aquipe, uma derrota em casa no Olímpico contra o Goiás nos eliminou da Sul-Americana (o empate em zero bastaria). Foi o suficiente para Portaluppi imaginar que não tinha tomado a decisão correta ao sair do Bahia. No entanto, com a saída de alguns jogadores (Rodrigo, Hugo, etc.) e a chegada de reforços (Gabriel), ao poucos, o time foi se acertando; e a zona do Rebaixamento foi ficando cada vez mais distante. O último sobressalto aconteceu na 22ª rodada, quando perdeu em casa para o Palmeiras (depois de ter vencido o então líder Corinthians no Pacaembu), mas ali já estava em 13º.

A partir de aí, a campanha foi irretocável. Nos últimos 16 jogos, a campanha foi de 77%, com 11 vitórias, 4 empates e 1 derrota (para o Fluminense no Engenhão). Do 18º lugar, Renato conduziu o clube ao 4º. Com o título da Sul-Americana indo para o Independiente, a vaga na Pré-Libertadores era nossa. Inacreditável. Uma arrancada digna de 1998: largamos com 5 pontos em 9 partidas (0v, 5e, 4d; 18,5%) e estávamos na lanterna; depois fizemos 31 em 14 (10v, 1e, 3d; 73,8%) e nos classificamos para as finais. O campeonato daquele ano pode ser encontrado aqui.

Em 1999, vencemos os dois torneios do primeiro semestre. Repetiremos em 2011?!

E a temporada 2011?
Falaremos sobre ela melhor na semana que vem. Por enquanto, apenas noticio que foi resolvida a data do Gre-Nal. Será dia 30, em Rivera. Porém, não houve qualquer informação sobre a mudança nas datas dos jogos contra São José (Olímpico) e São Luiz (19 de Outubro), ainda marcadas para os mesmos dias das partidas contra o Liverpool pela Libertadores. Todo mundo sabe do problema, mas ninguém se mexe. E a pré-temporada já começou...

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com