quinta-feira, março 10, 2011

ANO V - NUMERO 212
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OSCAR E MAIS ONZE
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Finalmente C. Roth incluiu Oscar entre os onze nos treinamentos da semana. E, tudo indica, estará no time que enfrentará o Ypiranga de Erechim na 5a feira. O problema é que o próprio treinador já deixou bem claro que a presença de Oscar entre os onze é decorrência e está condicionada à ausência de D'Alessandro. Mais um equívoco gritante de nosso "jockey". Oscar e D'Alessandro, além de serem jogadores de características totalmente diversas, se completam. Com os dois a frente de uma dupla de volantes (Bolatti e Guinazu ou Tinga) e municiando uma dupla de atacantes (Damião e Cavenaghi ou Sóbis), o time fica muito equilibrado e terrível de ser neutralizado. Mas, infelizmente, dentro do Beira-Rio, Oscar terá de lutar não só contra as concepções equivocadas de Roth, mas com a própria tradição do clube de não privilegiar jogadores jovens. Enquanto saopaolinos e santistas se deliciam com Lucas, Casemiro, Neymar e companhia, os Colorados terão dificuldades para assistir Oscar.
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CLUBE DOS 13
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O Clube dos 13 finalizou a entrega das cartas-convites para as cinco primeiras mídias habilitadas a transmitir o Campeonato Brasileiro no triênio 2012-2014 (TV aberta, TV fechada, pay-per view, internet e celular). O valor dos lances mínimos chegou a históricos R$ 912 milhões apenas para a próxima temporada. Com a formalização das regras para publicidade estática, direitos internacionais e novas mídias, o valor mínimo ultrapassará R$ 1 bilhão - quase o dobro do que os clubes vão faturar com a venda dos direitos para o Brasileiro de 2011. Agora é só esperar a "cariocagem", a máfia paulista e o time do vizinho colocarem o rabinho entre as pernas e pedirem pinico.
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MUNDIAL 14 - I
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É duro admitir, mas estamos numa tremenda sinuca de bico. Se ficar o bicho come e se correr o bicho pega, é mais ou menos essa a situação. Abrir mão de ser sede da Copa do Mundo é comprar uma briga complicada com a Casa Bandida e, principalmente, a FIFA. E nem preciso elencar aqui os vários exemplos disso. Lidar com a FIFA é como lidar com a máfia, e todos sabemos o que acontece com quem se mete com essa gente e depois lhes contraria os interesses.
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MUNDIAL 14 - II
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Fazer a reforma do Beira-Rio com recursos e iniciativas próprias é sim muito custoso. Pode acarretar gastos não planejados e, inclusive, dificultar a administração do futebol. Pode sim. Mas ainda é o caminho correto a seguir. Não podemos deixar de vislumbrar o que representará a reforma do Gigante da Beira Rio para os futuros anos do INTERNACIONAL. Tivéssemos o pensamento "pequeno" que hoje têm esses que defendem entregar a obra a uma construtora e, certamente, hoje não seríamos proprietários do Estádio Beira Rio e nem do Complexo do Parque Gigante. E, sempre é bom lembrar, na sequência da construção do Gigante, exatamente 6 anos após sua conclusão, ou seja, ainda sob as consequências da peripécia financeira que o erguimento do estádio, alçamos vôos nunca antes imaginados, com a conquista do tricampeonato nacional.
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MUNDIAL 14 - III
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E não venham me dizer que a época era outra, porque construir um estádio sempre foi algo muito caro. De outra parte, é preciso ter em mente que não vamos entregar o encargo para a construtora, mas sim um grande benefício. Então por que não administrar esse benefício em prol do clube ? Vamos parar de pensar nas dificuldades dessa reforma e focar nos seus benefícios para o clube. Deve-se ainda lembrar que o clube já amealhou algo em torno de R$ 50 milhões com a venda de 21 camarotes/suítes e do terreno da avenida Silverio. E tal montante, também é bom lembrar, possui vinculação à obra em foco, não podendo ser utilizado para outras finalidades.
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MUNDIAL 14 - IV
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Conversei hoje com um Conselheiro e lhe indaguei a respeito da destinação de tais verbas em caso de fecharmos com uma construtora. A resposta foi de que esse dinheiro será utilizado para ofertar uma "contrapartida" à empreiteira. Ou seja, além de entregarmos, de mão beijada, todas as benesses que essa obra renderá, durante sabe-se lá quantos anos, ainda entregaremos um "dinheirinho" para ajudar na construção.
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NAO À CONSTRUTORA
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E tem outro detalhe: por que a obra do Sr. Aod e da construtora tem custo de R$ 300 milhões enquanto a obra do INTERNACIONAL é orçada em R$ 150 milhões. É muita cara de pau, para dizer o mínimo. Ora, por favor, não me façam de bobo. Essa construtora reformará o Gigante da Beira-Rio com nosso próprio dinheiro e ainda ficará décadas explorando nosso patrimônio. E nós ainda teremos de aplaudir ?
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NÃO À CONTRUTORA! BEIRA RIO DO E PARA OS COLORADOS, ETERNAMENTE...
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Seleção Brasileira Sub17 viaja ao Equador com 4 jogadores do Colorado.
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O lateral C. Winck (esse tem pedigree), os volantes R. Dourado e Marlon e a jovem promessa Andrigo - meia ofensivo.
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Tradição do CELEIRO DE ASES que se renova...
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Jaguares venceu EMELEC num jogo de chorar de tão ruim. Tínhamos obrigação de fechar essa primeira fase com 100% de aproveitamento e qualquer ponto perdido deverá ser lamentado, especialmente se perdermos vantagens nas finais.
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Saudações Rubras,
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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Beira-Rio


FACA NOS DENTES E TAÇA NO ARMÁRIO

E o GRÊMIO conquistou a Taça Piratini nesta quarta-feira depois de bater o Caxias nos pênaltis depois do empate no tempo normal em 2x2. Com isto, estamos garantidos na final do Campeonato Gaúcho. E foi um dos melhores jogos deste campeonato.


A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA CONQUISTA

Em 2009, aqui mesmo neste espaço eu registrava a importância de se conquistar a vantagem no Gauchão pra conseguirmos disputar a fase classificatória da Libertadores com mais calma. Aqui relembro o que eu escrevi na edição nro. 112, sob forma de crítica principalmente ao técnico da época (que, por sinal, permaneça aonde está por um longo período). Eis o texto:

Uma vitória significaria a tranquilidade. Vencendo o clássico, e consequentemente o 1º turno, teríamos como jogar a Libertadores mais sossegados. Afinal, já estaríamos classificados para a final do Gauchão e poderíamos jogar a Taça Fabio Koff com o 'burro na sombra', assistindo de camarote a definição do nosso adversário.

Agora, uma derrota deixaria o GRÊMIO pressionado tanto no Gauchão quanto na Libertadores. Terá o desgaste de uma fase final de turno de Gauchão, caso venha a se classificar, concomitante com a última partida da fase de grupos da Libertadores. Que seria dia 28/04, terça, contra o Boyacá Chicó aqui no Olímpico.


Portanto, a conquista da Taça Piratini tem este lado. O GRÊMIO agora poderá usar o returno do Gauchão para fazer testes, observar jogadores, pois nosso único compromisso seria manter uma campanha razoável de forma a que consigamos trazer a vantagem de jogar a segunda partida da final em casa. Partida esta que pode nem acontecer, caso venhamos a conquistar também a Taça Farroupilha, que agora reserva confrontos dentro dos grupos. E já começa em casa, no sábado, contra o Cruzeirinho, no tradicional clássico GRE-Cruz. O time deve ser praticamente todo reserva.


ANÁLISE DO JOGO

O técnico Lisca conseguiu fazer com que sua equipe impusesse grandes dificuldades ao GRÊMIO explorando, basicamente, duas situações que ficaram bem claras nos confrontos contra o Junior de Barranquilla e contra o León de Huánuco: enquanto os colombianos exploravam a falta de ritmo de jogo de Carlos Alberto e as péssimas atuações de Gilson, os peruanos nos impuseram forte marcação neutralizando o esquema mais ofensivo que usamos nestas partidas. Tanto na Colômbia quanto na última quarta-feira, a providência foi a mesma: sacar Carlos Alberto ainda na primeira etapa para promover a entrada de Bruno Collaço. E em ambos os casos isto deu resultado, pois o time melhorou em campo.


ANÁLISE DO JOGO II

O Caxias, no primeiro tempo, nos criou enormes dificuldades. Mas foram justamente em dois momentos que começávamos a melhorar, que levamos os dois gols. O Caxias foi bem superior no primeiro tempo, surpreendendo até a mim mesmo, que tinha visto o mesmo Caxias ser batido de forma relativamente fácil no mesmo Estádio Olímpico. Ainda achamos um gol no final do primeiro tempo, através de William Magrão.


ANÁLISE DO JOGO III

O Caxias voltou para o segundo tempo não mais disposto a jogar futebol. Se retrancou, abdicou de atacar, começou a praticar cera técnica e anti-jogo. O GRÊMIO, com a força da torcida, passou a pressionar. Perdemos várias oportunidades de empatar. E o Caxias se portando como time pequeno em campo. Em uma das substituições o jogador que estava saindo chegou a se atirar e sair de maca quando se deu conta que seria substituído. Levou cartão amarelo. E o goleiro André Sangalli demorava uma eternidade para cobrar um tiro de meta e ainda simulava contusão em várias oportunidades. Foram dados justos seis minutos de acréscimo. Como a cera técnica permanecia, principalmente por parte do goleiro caxiense, que por sinal é cria da base do GRÊMIO, foram dados mais dois minutos. E foi aí que o castigo veio “de a galope”. O GRÊMIO obteve o gol de empate aos 52 minutos de jogo e levou a decisão para os pênaltis. E daí brilhou a estrela do goleiro Victor, que pegou duas penalidades e nos deu o título do primeiro turno.


MANTENDO A COERÊNCIA

Ano passado, disse que Taça Fernando Carvalho não poderia ser considerado título. Mesmo a taça sendo renomeada e mesmo o GRÊMIO tendo conquistado ela de forma aguerrida, não consigo ver como um título taça de primeiro turno. Pra mim, comemorar primeiro turno é coisa de carioca e assim continuará sendo.


O QUE A TAÇA PIRATINI NÃO PODE ESCONDER

Primeiro, a péssima atuação de Douglas, que vem apresentando sintomas evidentes de “síndrome de Tcheco”, sumindo em momentos decisivos. Douglas não acertou um passe sequer durante o jogo todo. E sua precipitação matou, em muitos momentos, jogadas de ataque do GRÊMIO.

Segundo, a permanência de Gilson como titular. Bruno Collaço pede passagem nesta lateral-esquerda. A passagem pela Ponte Preta fez muito bem a ele, que amadureceu como jogador e está conseguindo apresentar o futebol que se esperava dele. E as atuações do Gilson vêm decepcionando a cada dia que passa.

Portanto, é hora de Renato rever seu esquema, no momento em que os adversários parece que encontraram a forma de neutralizá-lo. Caxias, Junior e León que o digam.


RAPIDINHAS

A partida contra o León de Huánuco será na quinta-feira que vem, dia 17/03, às 17h.


André Lima para por no mínimo dois meses.


GRÊMIO buscará outro jogador no mercado para suprir a ausência.


GRÊMIO já vendeu 80 mil camisetas em pouco mais de duas semanas desde o lançamento do modelo da Topper. Por sinal, a nova fornecedora acertou em cheio no nosso manto.


Saudações imortais,

Leonel Knijnik (DJ Aldebaran)
Conselheiro do GRÊMIO FBPA
Gaúcho por Tradição e Gremista de Coração

2 comentários:

DJ Aldebaran disse...

Oscar e mais onze. Time vermelho jogaria com doze?

milton disse...

Provavelmente se refere ao homem de chuteiras e apito.