terça-feira, março 29, 2011

ANO V - NUMERO 215



O ESPÍRITO JOSUÉ KRUG


Para quem não está familiarizado, Josué Krug é um amigo colorado do Portinho, o qual volta e meia comenta as nossas colunas. O colunista rubro freqüentemente o cita na coluna, principalmente quando quer tocar uma flauta ou fazer alguma provocação. Por ser amigo do Porto, e por não o conhecermos pessoalmente, o tomamos por boa pessoa. Contudo, quando o assunto é futebol, suas manifestações são completamente contrárias àquilo que este espaço se propõe. Ele simplesmente não consegue ser o bom amigo do Porto quando o assunto é Grêmio e se transforma ridiculamente numa besta-fera.

Afirmei semana passada que toda vez que se cita o senhor Krug aqui o blog fica menor. E fica mesmo. São pessoas como Krug -e como há gremistas iguais!- que tornam o futebol algo completamente chato e sem sentido. Toda a diversão e prazer do esporte desparece diante das manifestações descabidas sobre o adversário. Não se trata de flauta, não se trata de provocação, é desrespeito puro. Pessoas como o senhor Krug são incapazes de se identificar com alguém que torce para o rival. No caso, gremistas, simplesmente, não são dignos do convívio com sua nobre e superior pessoa colorada. E como este blog nasceu para demonstrar que gremistas e colorados são semelhantes e que um convívio pacífico é tanto possível quanto saudável, as declarações de Krug destroém pouco-a-pouco nosso trabalho. O prazer de trabalhar aqui, algo que se faz totalmente por amor ao futebol e ao clássico Gre-Nal, e toma um tempo enorme sem que haja qualquer retorno financeiro, diminui toda a vez que se lê algo como as coisas que esse senhor escreve.

Os exemplos de "Espírito Josué Krug" abundam por aí, e é responsável pelo enfraquecimento do clássico. Se vê na redução do número de ingresso para vistantes, se viu no espisódio dos bahneiros químicos, se percebe no embretamento -no tratamento de gado- dado ao torcedor gremista em partidas no Beira-Rio. É preciso levar o clássico para Erechim para que se tenha uma lembrança de como esse clássico foi e que hoje, por ser dominado por pessoas como o senhor Krug, não é mais.

É a última vez que me dirijo a esse infeliz e aos demais que pensam como ele, sejam gremistas ou colorados. O dia que este blog fechar as portas, é bem possível que seja o dia que capitulei aos josuékrugs que predominam no futebol porto-alegrense; e não, o contrário, pelo fato de este espaço não ser mais necessário. Tenho consciência do quixotesco dessa jornada, e o pouco que se pode alcançar por este meio, mas ainda tenho gosto, prazer e senso de dever ao escrever aqui. Ainda...

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com







DENTRO DOS TRILHOS


Não me preocupam os empates em oxo com Novo Hamburgo e São Luís de Ijuí e nem a magra vitória de 1x0 sobre o Zequinha no Passo D’Areia. Tudo está dentro dos trilhos. A mudança de esquema, com aparente (tomara!) abandono do sistema de 3 volantes, com o andar da carruagem, começara a surtir efeito. Infelizmente, Roth perdeu 3 meses para definir o sistema de jogo e o time ideal. Já poderíamos estar com um padrão de jogo muito mais definido e com o sistema funcionando. E ainda não será na 4ª feira, quase as portas do mês de abril, que teremos em campo o quadrado ofensivo ideal; com Oscar, D’Alessandro, R. Sobis e L. Damião. Ainda vamos agüentar Zé Roberto mais um pouco (até quando Roth ?!). Mas, antes do início dos confrontos de mata-mata e das finais da Taça Farroupilha, Roth terá de se render as evidências (e às pressões). Mas o importante é que as coisas começam a entrar nos trilhos; já estamos vivendo em tempos de 4-4-2, com 2 volantes e 2 meias de criação. Falta, agora, a mecânica de jogo.


MECÂNICA

Não é possível que com tanto treinamento (15 dias sem jogos durante as finais da Taça Piratini) o time não possua jogadas ensaiadas e uma jogada de desafogo. Contra o antepenúltimo colocado de uma competição que reúne times fracos e inferiores não se admite um empate dentro de casa. Ainda mais quando esse frágil adversário joga mais de 45 minutos com um jogador a menos. O discurso é que foram desperdiçadas muitas chances de gol. Mas quem viu o jogo não pode concordar com tal justificativa. Foram 2 ou 3 chances claras de gol apenas (uma delas o chute de D’Alessandro no poste), o que se afigura muito pouco diante desse contexto. Num jogo com tamanha diferença entre adversários, é força reconhecer que teríamos de criar entre 8 e 10 chances de gol. Domingo não faltou sorte; faltou mecânica de jogo e lances de gol mais claros.

LATERAL DIREITA I

A lateral direita é o calcanhar de aquiles de nosso time. Ney é muito ruim e o seu reserva imediato, Daniel, é ainda pior (embora deva reconhecer que, no Passo D’Areia, contra o Zequinha, tenha realizado sua melhor apresentação até agora). Ney voltou domingo e teve mais uma atuação ridícula. Aliás, na última semana revi o filme “Absoluto” sobre a campanha do Bicampeonato da Libertadores. E todos, EU DISSE TODOS!, os gols que sofremos na competição passaram por falhas de posicionamento ou técnicas do lateral Ney. Não é possível que, mais uma vez, uma conquista tão relevante como a Libertadores seja ameaçada por falhas individuais de um jogador. Querem a solução? Já apontei diversas vezes e repito: o improviso de Glaydson é a solução.

LATERAL DIREITA II

Mas um improviso, podem indagar. Sim, sempre fui contrário a improvisos. Concordo que em futebol não se deve improvisar quando há jogadores da posição disponíveis. Mas o caso aqui é extremo. Ney e Daniel, já se pode notar, não conhecem e não possuem os atributos mínimos da posição; não sabem marcar, não sabem triangular, nas raras vezes que chegam à linha de fundo não cruzam com eficácia e, pior que tudo isso, não sabem sequer se deslocar pelo corredor lateral. Essa penúria nos força ao improviso, até porque Glaydson, nas duas ou três oportunidades que jogou na posição deu melhor resposta.

SERÁ QUE É VERDADE?

O próprio Damião declarou, no retorno de Londres, que na hora do hino nacional, olhou para os lados e pensou: “Será que é verdade mesmo, ou eu estou sonhando ?”. Mas depois do hino finalizado, o guri mostrou que possui atributos para vestir a “9” amarelinha. Demonstrou personalidade e técnica apurada para a posição; cabeceios mortais e ótimo posicionamento, além de muita força e da famosa “fome de gol” fundamental ao bom centroavante. Uma pena que seus companheiros, visivelmente, o tenham boicotado (não recebeu sequer um passe durante a partida). Aliás, não sei se notaram, mas quando Neymar anota seu golo, durante a comemoração, Damião foi abraçá-lo e recebeu um empurrão do “xodozinho” santista.

Dunga’s Legacy I

É preciso acessar a mídia internacional para ler o que nenhum jornalista brasileiro teve coragem de escrever sobre a última convocação do Sr. M. Menezes. J. Cotteril, do conceituado periódico inglês “Four Four Two” apontou o nervosismo de Mano e o perigo de uma derrota contra os escoceses, inclusive destacando que, desde 2001 (com o Sr. F. Scolari), o Brasil não sofreu três derrotas consecutivas. Foi além o jornalista britânico, destacando que os insucessos de Mano o forçaram a reconvocar jogadores que não eram chamados desde o Mundial Sudafrica 2010.

Dunga’s Legacy II

Dunga deixou um legado na seleção. Uma base de jogadores da qual Mano e nenhum outro treinador poderá abrir mão se quiser conquistar a Copa América e o Mundial 2014. Mais, Dunga foi o grande responsável por termos novamente jogadores dispostos e motivados para vestir a camisa canarinho. É natural e é evidente que Dunga chamaria Neymar, Ganso, Lucas, Damião e os novos talentos que despontaram após o Mundial 2010. Mas, é claro, a postura, a seriedade e os princípios de Dunga jamais seriam respeitados pela imprensa do eixo e, muito menos, pela Casa Bandida do Futebol.

g-Nal de Londres I

Todo jogo de seleção, claro, nos traz mais um capítulo do clássico. E nem o vizinho deve negar nossa vantagem histórica nesse território. Valdomiro, P.C. Carpegiani, Falcão e Taffarel figuram entre os grandes nomes que já vestiram a camisa canarinho; e a vizinhança, além de nenhum nome digno nessa lista dos grandes, conta com fiascos homéricos na seleção como são os casos de Arílson e, claro, do padeiro de bento. Ah, claro, nem toquei no nome de Dunga, porque a inclusão do Capitão do Tetracampeonato Mundial seria uma covardia total.

g-NAL de Londres II

O último domingo trouxe mais um episódio dessa eterna batalha. Com Lucio, Sandro, Pato e Nilmar, nas últimas convocações, o Celeiro de Ases desponta como base da seleção brasileira. E da vizinhança, p’ra variar, o destaque é negativo, com Douglas entregando jogo para argentino. Em Londres tivemos mais uma vitória Colorada na série de “clássicos na seleção”. Embora o Sr. M. Menezes tenha forçado a barra com a absurda escalação de L. Leivas na posição que é de Sandro (nem o mais tricolor dos tricolores ousaria discordar), preponderou as ótimas atuações do xerife Lucio na zaga e do debutante L. Damião. O centroavante, aliás, mostrou que possui todos os atributos da posição, acertando dois cabeceios potentes e participando, como pivô, de todas as jogadas ofensivas. De quebra mostrou personalidade e disposição. Para coroar, tivemos o Jonas entrando em campo para perder o seu golo na cara da goleira. Isso tudo, é claro, para não mencionar o tradicional carregador de luvas do J. César.



MIRANDA



O ex-Presidente F. Miranda concedeu entrevista ao repórter L. Tentardini, depois de quase uma década de total afastamento do futebol e dos microfones. Lembrou alguns fatos de sua época (relatório Medina, a proposta de construção de um novo estádio c/ destruição do Beira-Rio e o lance de L. Guerreiro que fulminou a boa campanha no Nacional 2001). Porém, no ponto mais interessante, Miranda acusou o próprio F. Koff de originar a atual desavença dentro do Clube dos 13, quando, em 2002, traiu os clubes (leia-se Ligas Regionais) e se aliou a rede Globo. Clique aqui e confira a íntegra.


MUNDIAL 2014


J. Blatter mostrou preocupação com ritmo de obras e lembrou que neste mesmo estágio até a atrasada África do Sul estava mais mobilizada. A realidade é que quase nada foi feito no Brasil (para não dizer nada mesmo). O que temos é muito discurso e politicagem, além, é claro, de verbas públicas gastas, por exemplo, com as absurdas SECOPA's. Já se cogita, inclusive, da retirada da Copa do Mundo do Brasil. Olha aqui ô, quer saber de uma coisa, seria uma benção para nós brasileiros!


RÁPIDAS


"se tivéssemos mantido aquele planejamento que iniciamos, hoje os clubes estariam mandando no negócio (...) se os clubes tivessem uma uniao realmente forte, poderiam ocupar um espaço muito maior; mas, agora, acontecer isso, eu não sei se é para este mandato aqui, do planeta terra; talvez para um próximo mandato..." (Miranda na entrevista que mencionei)




depoimento de Miranda revela que, no mundo do futebol, não há um santo sequer;




mais, Miranda lançou o site www.inter2000.com.br no qual contará histórias e episódios do Movimento e de sua gestão;




a propósito, Miranda afirmou na entrevista que o Movimento Inter 2000, ao contrário do que foi dito, não foi extinto.




em tempo: Miranda não afastou a possibilidade de regressar à vida política do INTERNACIONAL


Saiu Alecsandro ficou Zé Roberto no lugar;


Cavenaghi ainda não marcou gols, mas já demonstrou bom potencial e “fome de gol”.



Oscar é o grande reforço do time na temporada; com boas atuações não deixa o torcedor sentir saudades de Giuliano.

Falei acima de nossos laterais Ney e Daniel. E agora vejo o golaço que marcou o lateral Sueliton, do São José, contra o Caxias. Em tempo: não achei tal jogador grande coisa, na única partida dele que assisti, precisamente a da última 4ª feira contra o INTERNACIONAL.

Falei acima sobre o legado de Dunga; com o eterno Capitão no comando do selecionado, com certeza não teríamos um carregador de luvas de luxo e, muito menos, um atacante que desperdice tantos gols como Jonas vestindo a amarelinha.

confirmado, o padeiro de bento disputará o primeiro mundial de sua vida. Com certeza será destaque, em casa, no Rio de Janeiro, no mundial de FUT-VOLEI...


Tchê, é muito budum... mas tem gente que gosta, não é vizinho ?

No Beira-Rio só tratamos como ídolo quem, de fato, merece tal tratamento.

Um dos maiores é Don Elias Figueroa; convidado por um grupo de dirigentes e empresários ingleses para se candidatar à Presidência da FIFA.

Don Elias é o nome certo para encabeçar a luta contra a máfia atualmente imperante na instituição máxima do futebol.

Alecsandro fez sua estréia no Rio de Janeiro contra o Fluminense. Resultado: oxo.

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho – mais de 700 jogos no Beira-Rio

4 comentários:

San Tell d'Euskadi disse...

Duas colunas do Inter, nenhuma do Grêmio.

AH! O AMOR...

Luiz Portinho disse...

aonde anda a bancada de pijama ?

Francinei Bentes disse...

Bah Porto, mas tu não te esquece do Grêmio nunca hein... esse migué de legado do Dunga foi de lascar... o alter-ego dunguístico está detonando no campeonato italiano: não duvido que seja dispensado logo da Juventus...

Francinei Bentes disse...

Já o Júlio César, não vou nem me estender nos comentários... se não fosse aquela falha bisonha desse FDP contra a Holanda, quem sabe teríamos chances reais de levar o hexa na África do Sul...