terça-feira, abril 19, 2011

ANO V - NUMERO 218
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APENAS O ELEMENTAR

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Não foi preciso mais do que uma semana, dois ou três treinamentos; e um minuto dentro do Beira-Rio para notar que as coisas mudaram. O time foi outro, mais criativo, com mais opções e muito mais leve e rápido nos lances ofensivos. Nos livramos da ortodoxia rothiana. Falcão provou que não é necessário muito treinamento para ajeitar um time de futebol. E, mais, que o futebol é muito mais simples do que se imagina (e do que os treinadores burocráticos). Falcão fez o elementar. Armou um time com duas linhas de 4 defensivas e próximas, dois meias atuando pelas extremas quando de posse da bola, dois laterais que sobem de forma alternada e dois atacantes. É o “beabá” do futebol no seu nível mais elementar. Nessas horas uma indagação não me abandona, por que entre os técnicos de renome é tão difícil colocar o elementar em prática ?

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O ELEMENTAR I

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E quando me refiro ao elementar, desço ao que há de mais básico, ao que se faz nos pátios de colégio. Um jogador não pode, sozinho, realizar uma jogada. E para isso há apoios e triangulações. Um lateral não pode jogar abandonado pela faixa extrema do campo. Então que se coloque um meia como seu escudeiro fiel, tanto no ataque como nas tarefas de marcação. Foi com essa solução elementar que Nei, vejam só, ele mesmo, o tão criticado Nei, teve uma atuação razoável (nota 6) no sábado. Nei pegou carona em Andrezinho.

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O ELEMENTAR II

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Aliás, a ótima atuação de Andrezinho, eleito melhor em campo, de forma unânime, pelas 3 rádios da Capital, é a demonstração cabal do quão importante é fazer o elementar em futebol. Com tarefas bem definidas (e restritas) e com área menor de atuação, o meia foi a válvula de escape nos momentos difíceis (lembram de minha insistência para que o time tivesse um lance de “desafogo” nos piores jogos com Roth ?) e o elo de ligação rápida nos lances de contra ataque, pois mesmo nos momentos defensivos seu posicionamento pela intermediária facilitava o recebimento da jogada.

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EMELEC

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O argentino O. Assad, treinador de nosso rival hoje a noite, abriu o jogo e disse que fará marcação especial em D’Alessandro. Algo preocupante há 10 dias, mas não agora que, além de destaques individuais, contamos com um esquema de jogo repleto de opções ofensivas. O jogo da noite é daqueles mais complicados pela obrigação e responsabilidade de vencer do que pelas qualidades do adversário. É hora de ver a quantas anda o nosso psicológico. E com um time recheado de jogadores experientes e rodados, é de se esperar que a pressão seja superada. De toda forma, todo cuidado é pouco para enfrentar um compromisso dessa envergadura.

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RÁPIDAS

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“Chegou um treinador novo que está passando toda tranquilidade para mim. Isso não acontecia antes. Eu dormia titular e na outra partida não sabia se ia jogar. Muito difícil para eu trabalhar dessa forma, porque não tinha sequência. Estava me atrapalhando muito.” (declaração do zagueiro Rodrigo que revela o ambiente corrompido do vestiário do INTERNACIONAL com C. Roth).

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Nei acertou 2 cruzamentos numa única partida. Algo inédito nas 2 temporadas em que o lateral está no Beira-Rio.

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Mas algo me diz que, com o andar da carruagem, Falcão pode substituir Nei por Bolivar na lateral direita, promovendo o ingresso do jovem Juan, na quarta zaga, ao lado de Rodrigo.

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Oscar segue fora na partida contra o EMELEC. Esse guri vai se encaixar muito bem no sistema de jogo preconizado por Falcão, de muita movimentação e mobilidade. Em tempo: deve voltar ao time no final de semana, contra o Juventude, até porque D’Alessandro está indisponível para esse jogo (suspenso).

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Falcão manterá a mesma equipe que venceu o Santa Cruz.

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P. C. Tinga está recuperado e a disposição. É outra opção para o jogo de Caxias do Sul.

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Não concordo com quem afirma que Tinga é ex-jogador. Tem muito futebol e num esquema acertado com o de Falcão renderá muito mais do que rendia no estapafúrdio sistema de Roth.

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Aos diabos com o “equilíbrio” e o “volantismo” de C. Roth... Vida longa ao futebol elementar de P. R. Falcão.

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Anotem: com as duas linhas de 4 bem sincronizadas, entrosadas e com ritmo de jogo, será muito difícil marcar golo no INTERNACIONAL. Aposto minhas fichas que nossa defesa será das menos vazadas no certame nacional.

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Foi pouco comentado, mas Renan voltou ao golo Colorado. Mesmo que o retorno se dê por motivo de lesão de Lauro, saúdo a volta deste que é o melhor goleiro já formado no Beira-Rio depois de C. A. Taffarel.

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E por falar em goleiro, o carregador de luvas de luxo da Casa Bandida tomou mais um frango no final de semana. O interessante é que quem toma frango na azenha, aqui na aldeia, acaba por virar herói.

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E olha aqui ô, é digno de pena a tentativa da vizinhança de desviar o foco para a ruindade técnica de seu time. Essa polêmica envolvendo a grama sintética do Passo D’Areia, passando pela arrogância e prepotência do padeiro de bento. Olha aqui ô, vou te contar: é muito budum...

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INTERNACIONAL x EMELEC... Todos os caminhos levarão ao GIGANTE DA BEIRA-RIO.

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Renan; Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho e D'Alessandro; Rafael Sobis e Leandro Damião.

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E VAMOS ARRIBA!

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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

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Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio






MAQUIAVÉLICO


Quem acompanha o blog sabe que não é de hoje a preocupação quanto a( falta d')o futebol do time. Os mesmos problemas se repetem seja quarta e domingo ou após uma semana inteira de treino. A humilhação anapolínica sofrida em Santa Cruz de la Sierra entre dois empates ridículos pelo Estadual que nos colocaram em terceiro lugar no grupo e fizeram perder a vantagem de jogar uma eventual final da Taça Farroupilha em casa expuseram ainda mais os problemas do clube. E quando tudo parecia que iria estourar sobre o nosso TREINEIRO (me desculpem, mas ele não é treinador), ele lança uma polêmica absurda sobre o gramado sintético do Passo D'Areia. Como se o Cruzeiro tampouco estivesse acostumado a jogar lá; afinal, a casa é do São José! O campo do Zequinha é MUITO MELHOR que o do Estrelão, por exemplo. É melhor que muito charco e potreiro que abundam pelo Rio Grande. Porém, a imprensa comprou o pacote e, tcharã, os problemas relevantes do time ficaram em segundo plano.

Nada me convence que não se trata de manobra deliberada do Renato para não ter que falar de assuntos desagradavéis, como a entrada do Fernando na Bolívia ou a saída de Leandro aos 20'ST em Erechim; como os gols de cabeça que acontecem, acontecem de novo e acontecem outra vez, jogo após jogo após jogo, sem que se veja qualquer diferença no time e nos jogadores; como a falta total de poder de fogo do time, que tem que parir gols sem qualquer analgesia; como a meia-cancha que não articula e nem protege como deveria; como os laterais que não marcam e nem apóiam; como o futevôlei no Rio sem que se veja qualidade no time suficiente que dispense o responsáveis pelos treinos de seus afazeres regulares.

Renato provou suas qualidades de bombeiro no ano passado, mas quando se necessita de um treinador, ele não tem comparecido. Em 2011, sua performance é de um BROCHA futebolístico, que vive de resquícios de um passado glorioso em que foi campeão da América, comeu 5.000 mulheres, foi Rei do Rio, e salvou o Grêmio do rebaixamento para colocá-lo na Libertadores. Todos feitos louváveis, mas que não apontam enm credenciam como alguém capaz de sair da sinuca de bico na qual o time vem se metendo.

O que salva a temporada azul-e-negra é que o rival não anda lá essas coisas. O título gaúcho pode cair no nosso colo por falta de pretendentes qualificados. E será a salvação da temporada. Todavia, será mais por problemas dos adversários (um, aliás, acaba de contratar sua própria versão de treineiro - AGUANTE, PENSAMENTO MÁGICO!) que por méritos nossos.

Está na hora do maquiavelismo ser utilizado em favor do clube, mais do que do próprio ego. E isso vale também para a direção. Até agora, não nenhum sinal de que haverá qualquer mudança de rumo; nem que haja bombeiros com rede de proteção para proteger nossa queda.

Como é futebol, tudo pode mudar no próximo jogo. Meu papel aqui é só de alertar que PRECISA mudar. Do jeito que está, é insustentável.

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com



P.S.: Conforme prometido, as colunas pendentes das edições 214 e 215 já estão recuperadas. Basta clicar nos linques abaixo para lê-las:

Edição 214 - Até Aqui, Tudo Bem! (segunda coluna)
Edição 215 - O Espírito Josué Krug

3 comentários:

cMbR4 disse...

Concordo com tudo que foi dito na edicao 215. So tenho coisas boas a dizer dos colorados que conheco. Nossa unica diferenca eh a preferencia clubistica. Coisa sem sentido desrespeitar alguem por ser de uma cor diferente.

Francinei Bentes disse...

Caras, a edição 215 matou a pau... qual o problema de se ter uma rivalidade sadia e civilizada? Tenho muitos amigos colorados (impossível não tê-los) e não os enxergo como pessoas "inferiores" só pelo fato de serem torcedores do Inter...

Aliás, o mesmo vale para muitas manifestações intolerantes e racistas de uma parte da torcida do Grêmio (infelizmente, uma minoria que vem crescendo de forma preocupante)... sinceramente, tenho orgulho de ser gremista e por não compactuar com certas posturas e posições tão bem descritas pelo Sancho no post, e por isso admiro os colorados que têm postura semelhante...

cMbR4 disse...

Premio Top of Mind 2011 revela que Gremio eh lembrado por mais de 52% dos gauchos, com 38% dos segundo colocados, Inter.

Alguem ainda duvida que o Gremio tem a maior torcida do sul do brasil?