terça-feira, maio 03, 2011

ANO V - NUMERO 220


Edição Especial Gre-Nal 386


CAMPEÃO FARROUPILHA



É preciso muita cara de pau e falta de simancol para chamar campeonato gaúcho de "cafezinho". Quem um dia o fez deveria estar banido de nosso cenário futebolístico. Vencer um clássico é sensação que não se compara. Nem mesmo os títulos de grandeza incontestáveis como Libertadores e Mundial FIFA substituem o prazer de, dentro das quatro linhas, ser superior ao grande rival, batê-los (nas penalidades ou no cara ou coroa, tanto faz). Vê-los quitos e unidos na dor, dentro de nosso estádio, depois de mais uma vitória triunfal, com nossos heróis levantando mais uma taça dentro do gramado. A Taça Farroupilha não é tão bonita e nem cobiçada, sua conquista não leva à conquista de vaga em competição mais renomada, as futuras gerações apenas saberão que com sua conquista vencemos nada mais que um turno do campeonato estadual. Sei de tudo isso, mas não pude conter as lágrimas ao final da cobrança de penalidades máximas. Podem me taxas do que quiserem, mas como foi bom conquistar a Taça Farroupilha.


ESTRATÉGIA I

As fracas atuações de R. Sobis e o grande padrão de futebol e regularidade monstrados por Andrezinho e Oscar nas últimas apresentações levaram Falcão a optar por um esquema de jogo que priorizou a ocupação total da meia cancha. Sem Bolatti e com P. C. Tinga ao lado de Guiñazu ao lado de três meios de campo de características ofensivas, o INTERNACIONAL mandou na partida o tempo inteiro e merecia uma vitória mais tranquila e folgada. Mas clássico é clássico; quem não mata o inimigo e não aproveita as chances, em regra, termina por ser castigado. Por sorte tivemos mais sangue frio nas cobranças de penalty.


ESTRATÉGIA II

Depois do clássico, ficou mais do que evidente que o time pode sim atuar com Guiñazu e Tinga nas duas funções defensivas da meia cancha. Esse time que entrou em campo (talvez com Giuliano no lugar de Andrezinho) era o time que deveria ter enfrentado o Mazembe lá em Abu Dabi. Mas Roth nunca teve a coragem de testar a formação sequer em treinos. A ótima atuação de domingo provou que é possível atuar com essa estratégia e sistema tático.


ESTRATÉGIA III

Após a expulsão de Guiñazu e o ingresso de W. Matias, pode-se dizer que ficamos com 9 jogadores em campo. Não é querer "pegar no pé", mas não dá mais para aguentar o W. Matias no time, mesmo que em situações emergenciais. Para tais emergências há o Glaydson e há a gurizada da base (Giuliano, Natan, Augusto e Milton - este último minha opção preferencial). Alguém dentro do INTERNACIONAL precisa, com urgência, arrumar um negócio para nos livrar desse suplício chamado W. Matias.


ESTRATÉGIA IV

Falcão e Renato erraram demais no clássico. O gremista, principalmente, no covarde esquema de jogo para iniciar a partida. Posso imaginar o drama do vizinho ao ver seu time entrar em campo com 3 zagueiros e 3 volantes (bah!). Falcão erro demais nas substituições. Andrezinho e Oscar eram figuras chaves de nosso sucesso, os motores de um meio campo criativo. Sem eles e com W. Matias e o zagueiro Juan só o que fizemos foi defender. Damião ficou isolado na frente e para piorar estava fisicamente esgotado e sentindo lesão no ombro. Falcão ainda tinha uma substituição e poderia ter colocado uma ingeção de gás com R. Sobis, mas preferiu terminar a partida acoçado pela imprecisa blitz tricolor. Foi um final para cardíaco.


ESTRATÉGIA V

O rival errou, e feio, na eleição de sua estratégia. Já classificado para as finais do Gauchão, repleto de desfalques e com compromisso dificíl no Chile, pela Libertadores, o time da azenha não teria nada a perder colocando time reserva no clássico. Mas já que optou por usar força máxima, faltou ousadia ao padeiro de bento, facilitando a tarefa dos comandados de Falcão. No frigir dos ovos, beneficiado pela superioridade numérica e más substituições de Falcão, a vizinhança quase saiu do Gigante com uma vitória que para nós seria trágica. Em tempo: os minutos finais foram dramáticos e de muito sufuco para nós Colorados. Sorte que falta qualidade técnica ao adversário.


SUPER QUARTA FEIRA I

A vizinhança tentará um milagre no San Carlos de Apoquinto. Não pela qualidade do adversário, que não é lá essas coisas, mas pelo "esgualepamento" do plantel e a baixa moral causada pelos últimos resultados. Mas o retrospecto do futebol chileno, com vários episódios de derrota dentro de seus domínios, autoriza pensamentos positivos da turma de azul. Confesso que uma vitória deles não me deixaria triste. Estou na torcida por 2 gNAIS históricos nas quartas de final da Libertadores.


SUPER QUARTA FEIRA II

Mas para que tenhamos 2 clássicos, antes, será preciso matar os "carboneros". O jogo de ida no épico Estádio Centenário mostrou que time para tanto temos. Ainda mais que Falcão terá todos os jogadores a disposição para o jogo de volta. O universo conspira a favor de nossa classificação, mas sempre é preciso respeitar um adversário com a tradição de um Peñarol. Para vencê-los será necessários, antes de tudo, paciência por parte do torcedor. O 0x0 nos favorece e é do inimigo a pressa e a pressão. Nosso time terá de saber jogar com o resultado, explorar os contra ataques e ser mais preciso em tal fundamento, que tanta falta fez no domingo para antecipar a vitória contra o time do vizinho.


CAPÍTULO 386

E no próximo domingo, depois das consequências da super quarta feira, mais um clássico de colocar fogo em Porto Alegre. O palco novamente será o Gigante da Beira-Rio e o INTERNACIONAL precisa estar atento ao regulamento, que prevê saldo de gols e gol qualificado (em dobro na casa do adversário) como critérios de desempate. Uma vitória sem levar gols - e de preferência com diferença de mais de 2 golos - dentro do Beira-Rio, será fundamental para a conquista do 40. título de Campeão Gaúcho. A se repetir o quadro visto no último domingo, o INTERNACIONAL é franco favorito para o título.


RÁPIDAS

o time do vizinho com 3 zagueiros + 3 volantes = 0 chutes a gol

3 zagueiros + 3 volantes é uma mistura das convicções de Muricy com C. Roth.

o padeiro de bento mostrou que taticamente conhece muito pouco...


aliás, é interessante ver a postura dos "doutos do futebol pampeano" que há menos de 2 semanas colocavam o time da azenha entre os melhores do país.

tais "doutos" que povoam nossas redações, infelizmente, não fazem mais do que comentar resultados.

O Internacional não para de se colocar como exemplo. Essa semana, de olho na preservação ambiental, foi lançada a Revista Digital do clube.


Disponibilizada na área exclusiva para sócios, visa diminuir a utilização de celulosa necessária para impressão do periódico.

Marina Silva, ex-Ministra do Meio Ambiente e grande nome do Partido Verde, elogiou e aplaudiu iniciativa

Confira maiores detalhes da campanha, clicando aqui.


Ainda sobre o gNAL 385:

"Ontem, pela manhã, o Inter confirmou os prejuízos causados por alguns torcedores do %&$#*@. As imagensdo circuito interno serão encaminhadas à Brigada Militar para ajudar na possível identificação dos responsáveis. Dois banheiros do estádio foram inteiramente depredados" (Correio do Povo, contracapa da terça feira, 3.maio)

Não me venham com esse papo furado de que se trata de fato isolado e de torcedores facilmente individualizados. Há longa data que nos deparamos com tal notícia ao final de gNAIS no GIGANTE DA BEIRA RIO e nunca se localiza ou pune os responsáveis.

o vandalismo, assim como a arrogância, está no DNA tricolor.

"quantas vezes o gremio jogou onze contra onze este ano?" (pergunta do leitor J. Krug).

sinceramente, não a resposta, mas a derrota para o U. Catôlica, com certeza, foi uma dessas raras oportunidades.

Amanhã todos os caminhos, mais uma vez, levarão ao GIGANTE DA BEIRA RIO...

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 700 jogos no Gigante da Beira Rio





SEM GANAS PARA ESCREVER

Véspera de jogo decisivo e o gremista assim: meditabundo. E não é porque perdeu o Gre-Nal, algo para lá de previsível, ou porque levou chumbo EM CASA da Católica, algo que, se não provável, ao menos era possível, mas porque esse filme vem se desenhando há tempos. Basta ler as colunas anteriores para comprovar isso. No entanto, nada foi feito para reverter o quadro; sendo que a situação só se agrava. Estou sem vontade, mas farei um esforço para não deixar os gremistas na mão. Caso nos classifiquemos hoje à noite, até pode ser que eu volte para tratar do jogo.

Universidad Católica x Grêmio
Vamos a San Carlos de Apoquindo com 17 jogadores e TRÊS desfalques de peso: Rochembach, Lúcio e André Lima. As outras quatro ausências nos afetam principalmente na PROFUNDIDADE do elenco ou, noutras palavras, na qualidade do banco: Victor, Gabriel, Collaço e Borges. Cazalbé não faz falta nenhuma. Em oito posições, Renato ou tem seus titulares ou consegue trocar as peças por outras, senão do mesmo nível, levemente abaixo.

É possível reverter? É. Mas, primeiro, o Grêmio tem que dar sinais que acredita. Se entrar para segurar o jogo e contar com um milagre no final, como fez, por exemplo, no Gre-Nal, as chances do plano fracassar são enormes. No clássico quase funcionou, é verdade, mas por exclusiva responsabilidade do time do vizinho em geral e do Guiñazu em particular. Dificilmente acontecerá de novo. Tem que entrar para matar o jogo de saída. Se a escalação com três marcadores no meio-de-campo se confirmar, o gremista que já se prepare para um flime de terror. Esse Renato encagaçado, que ninguém conhecia, não teria comido nem prostituta quanto mais um sem-número de mulheres (como ele alega, diga-se).

Gre-Nal I
Primeiro, o extra-campo. Mais uma vez a política de redução de ingresso para o visitante se mostrou absolutamente estúpida. Na ânsia de diminuir a violência, foi se reduzindo a quantidade de ingresso para o adversário até que, hoje, é um percentual ridículo. O resultado? O número de maloqueiros segue igual. O torcedor de bem ficou em casa. Afinal, o tratamento de gado dado aos gremistas é PIADA. É gado, mesmo. O pessoal se reúne no Olímpico e é TROPEIRADO pela Brigada até Beira-Rio. Passa por "n" revistas mal conduzidas, atravessa um BRETE enlameado, é MANGUEIREADO num cantinho do estádio e, por fim, fica 40 minutos CONFINADO sem poder sair. Depois, ficam as notícias de como o estádio foi danificado, os comentários de como o gremista é violento e sugestões de como uma torcida só é solução. ASNICE! Enquanto não for política levar o TORCEDOR DE BEM aos estádios, enquanto não for política PUNIR e AFASTAR a bagaceirada dos jogos, o resultado será esse.

Nem vou falar da palhaçada da direção colorada que fez sei-lá-o-quê com a água do vestiário vistante, nem com o chilique do Siegmann e de outros sobre a goleira dos pênaltis. Estou para dizer que a diferença entre a maloqueirada e os dirgentes dos dois clubes é de GRAU; não, de gênero. Se merecem, esses josuékrugs. Quem não os merece somos nós.

Gre-Nal II
Renato não leu a coluna da semana passada. Em vez de colocar los cojones na mesa, os colocou no gelo até o quase desaparecimento. Deixou o Internacional fazer o que quis, e só não saiu demitido pela inoperância ofensiva dos vermelhos e pelo auxílio providencial do Guiña AZUL. Só ensaiou colocar a cabecinha para fora quando estava com um a mais. Mas isso aí até o CELSO ROTH é capaz de fazer! Nas penalidades, um vexame que culminou no gol decisvo de RODRIGO.

Os desfalques não são desculpa. Era um clássico absolutamente perdível, mas que a vitória nos traria o título. Se não tem nada a perder e tudo a ganhar, VAI PARA CIMA! Se não der certo, aí sim, se fecha e joga para perder de pouco. Renato fez o contrário e só porque era futebol que quase deu certo.

O vizinho diz que somos arrogantes. Isso, aliás, faz parte do repertório da vitrolinha quebrada dele. Normalmente, duas linhas antes e outras duas depois, ele afirma como eles são os bons, os grandes, os fodões, os manda-chuvas do pedaço. Entendam isso como quiserem. Não somos arrogantes (pelo menos, não mais do que eles), mas estamos covardes. E é isso que dificulta o trabalho de vir aqui e me expressar sobre o Grêmio. Escrever nas derrotas é fácil. O que me deixa sem gana é essa covardia...

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com

6 comentários:

Sancho disse...

Tanto tempo que a gente escreve aqui que nem precisamos esperar uma semana para responder a coluna do outro. Já sai escrita na hora.

Recado: nós nunca sabemos o que o outro escreve antes de publicar a nossa coluna!

Sancho disse...

A propósito, meu time para hoje seria, num 4-1-3-2:

Grohe; Doril, Vílson (Marques), Rodolfo (Vílson) e Nóiton; Adílson (Vílson); Pacheco, Douglas e Escudero; Leandro e Viçosa.

O Marques se pisou (mais um). O Vílson no meio permitiria passar para um esquema de 3 zagueiros (mesmo que eu tenha já feito uma linha com 4 zagueiros no estilo europeu).

Sancho disse...

The world is sunny suddenly again...

Francinei Bentes disse...

A dupla vai morrer abraçada hoje...

E agora, será que o Portinho já percebeu que o Falcão, como treinador, é um ótimo comentarista???

VOLTA ROTH... haoihfofsaihasofi

DJ Aldebaran disse...

O Vizinho sequer cogirou a possibilidade de o time dele ser eliminado pelo Peñarol, como de fato aconteceu, na coluna dele. Já previa GRE-nal ou o confronto com a U. Católica. Depois somos nós que temos DNA arrogante. Que côsa, não?

Luiz Portinho disse...

o aldebaran nao leu minha coluna e resolveu "cornetar"... favor ler o item "Super Quarta Feira II" Aldebaran...