domingo, fevereiro 12, 2012

ANO VI - NUMERO 262



BASE DE TIME

A semana de 2 vitórias consecutivas frente ao Ypiranga, em Erechim, e ao Santa Cruz, em Porto Alegre, serviram para arrefecer a sanha da imprensa e a urgência dos torcedores gremistas mais ansiosos. O suado 2x1 fora de casa e o tranquilo 4x1 em casa dão a Caio Jr. fôlego para que tenha tempo para desenvolver seu trabalho.

Ainda sem jogar um futebol convincente, o treinador começa a montar uma base de time no 4-4-2 clássico. As dificuldades enfrentadas com a formação com 3 meias fizeram Caio Jr. recuar de sua ideia e utilizar a formação tradicional com 2 volantes (Gilberto Silva e Fernando) e 2 meias (Marquinhos e Marco Antônio).

Reforços

Apesar do time ter ficado mais estável na formação clássica, não estou convicto de que o problema advinha da tentativa com os 3 meias. Os 2 zagueiros, Naldo e Grolli, não obstante os 3 gols que marcaram contra o Santa Cruz, não dão segurança a nossa zaga, que voltou a vazar na jogada aérea. É notável a necessidade de um jogador experiente e tranquilo para o setor.

Da mesma maneira, é imperioso que a meia seja reforçada. Marquinhos não é mais do que um meio-campista mediano e esforçado, e que ainda tem o problema de não suportar os 90 minutos. Marco Antônio parece estar sentindo o peso da camisa e ainda não conseguiu ter sequer uma boa atuação. O jovem argentino Facundo Bertoglio, quase acertado, não pode ser a solução: será uma aposta, que tem mais chances de dar certo junto com um meia afirmado. Assim como na zaga, está faltando qualidade e experiência para que a meia gremista abasteça o nosso ótimo ataque a contento.

Bola Aérea

A bola aérea vem se constituindo na principal jogada do Grêmio até aqui em 2012. Os últimos 8 gols da equipe - contra o time do remendão, o Ypiranga e o Santa Cruz - foram decorrentes ou iniciados em jogadas desta natureza. Em especial no último jogo, 3 dos 4 gols foram marcados de cabeça pelos jogadores gremistas.

Apesar da efetividade demonstrada neste tipo de jogada, preocupa-me que se firme como nosso principal recurso. Sabe-se bem que bolas alçadas para área tipicamente são decorrentes de equipes com deficiência para trabalhar a bola. Nosso ataque vem sendo muito efetivo, mas é fundamental que outras alternativas de jogadas sejam criadas para que o time não seja anulado facilmente em algumas partidas.

Amnésia, cara-de-pau, galhofa, fanfarronice...

O vizinho "esqueceu-se" que jogar Grenal com reservas contra titulares é algo que nós, gremistas, já vimos e fazemos há muito tempo: o "banguzinho" do Grêmio jogou praticamente todo o Gauchão de 1995 com o time reserva e sagrou-se campeão numa final contra a força máxima do timeco vermelho. O trauma foi tão grande que o vizinho sequer consegue escrever todo o nome do clássico "gNAL" desde então.

É muito descaramento e cara-de-pau do vizinho falar que o Vuaden nos beneficiou no último Grenal, quando o Grêmio está, neste momento, sem os seus 2 laterais titulares devido à violência dos arruaceiros vermelhos que entraram em campo no Olímpico, da qual Vuaden foi cúmplice. Uma das lesões, aliás, levou à necessidade de cirurgia no ombro de Mário Fernandes, que ficará 3 meses fora da equipe.

Galhofa, vizinho, é dizer que o fraco Fabricio é melhor que Julio César, que recentemente foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Brasil. Fanfarronice é falar que o risível Jô disputaria posição entre nossos atacantes, que, juntos, não deixaram de marcar gol em nenhum partida até agora. Dizer isto fica pior ainda quando se lembra que o Leandro Impedidão parece ter caído na real em 2012 - até o diretor de futebol colorado veio publicamente tentar acalmar o jogador da celebrada "lambreta" que não deu em nada.

Vizinho, eu nem precisaria comentar a celeuma que a mídia tentou criar em relação a um fato da vida pessoal do Kleber Gladiador, mas já que tu pediste: sozinho, ele tem mais gols em 2012 do que todo o ataque do "dream team" colorado. Não fosse o amor incondicional de R$ 750 mil mensais que manteve D'Alessandro no remendão e a pirataria colorada que saqueou Oscar do São Paulo, e o ataque do time vermelho estaria numa seca maior do que a que muitas cidades gaúchas vêm enfrentando no tórrido verão gaúcho.

Aliás, quero uma opinião do vizinho sobre o caso Oscar, típico caso de pirataria que tira um jogador com contrato vigente de um clube para levá-lo a outro por mundos e fundos. A imprensa quer me convencer que o time do remendão não tem nada a ver com esta encrenca... tá bom!

Esta Libertadores está tão boa que ninguém quer transmiti-la, hein vizinho?! E este time horroroso do Juan Aurich, acho que não se classificaria para a fase seguinte do Gauchão, hein?!

Inspiração

Não podia deixar de compartilhar com os leitores em primeira mão a inspiração utilizada pela Nike para desenhar o novo pijama colorado.



Fernando Zuchetto Maisonnave
Sócio Patrimonial desde 2002
Gremista desde 1981



Azeitando a Máquina

Jogo de estréia nunca é fácil, mesmo diante de um adversário fraco, como foi o caso dos peruanos. E o Colorado mostrou imposição e venceu o Juan Aurich com grande tranquilidade. Não sofreu um único chute a gol e pode, inclusive, dosar energias na segunda etapa. O mesmo aconteceu domingo, em Caxias, contra um adversário um pouco mais qualificado. Liderados pela dupla Oscar e Dagoberto, o INTERNACIONAL passeou no primeiro tempo contra o time da serra, até então com 100% de aproveitamento no certame. E na etapa final, novamente, dosou energias. Pode-se dizer que a temporada iniciou de vez. Superamos aquele período tenebroso de "pós pré-temporada" quando é nítida a falta de ritmo dos atletas. Assistindo ao jogo, cheguei a pensar que enfrentaríamos grandes dificuldades para vencer o Caxias, se o confronto se realizasse nas primeiras rodadas após a pré temporada. A manutenção do grupo, com reforços pontuais, política adotada há alguns anos, é acertada. Antes mesmo de o março chegar, o INTERNACIONAL começa a destoar dos adversários. A máquina dá sinais de que começa a ficar azeitada.

Oscar I

O guri jogou duas partidas espetaculares contra o Aurich e o Caxias. A tabela com Dagoberto, resultando num golaço, na serra gaúcha, foi uma pintura. Coincidência ou não, justamente depois da decisão do Tribunal do Trabalho Paulista que revogou a sentença que determinou sua liberação do São Paulo. Como disse última coluna, a "pendenga" envolvendo Oscar deve se arrastar ainda por algum tempo, permanecendo, durante tal interregno, sua vinculação com o INTERNACIONAL.

Oscar II

Além do recurso que, certamente, será interposto para que a causa ganhe as prateleiras do Tribunal Superior do Trabalho (TST), alguns pontos merecem ênfase na controvérsia: 1) o INTERNACIONAL não é e nunca foi parte do processo; 2) por consequência, os efeitos da sentença se limitam às partes (São Paulo e Oscar); 3) o fato de a sentença ter sido revogada, não lhe retira do mundo os efeitos produzidos; é dizer: o contrato firmado com o INTERNACIONAL é legítimo e se mantém, mesmo após a revogação; até porque, quando de sua assinatura, nos termos da Lei 9615 (a conhecida Lei Pelé), Oscar era um atleta sem vínculo com clube algum - e, por isso mesmo, após a assinatura com o Colorado houve o devido registro no BID da CBF.

Oscar III

Caso mantida a atual situação de vitória do clube paulista, a solução para o impasse, após o trânsito em julgado da decisão a ser tomada em Brasília, nos julgamentos cabíveis perante o TST (o que demandará não menos do que 2 ou 3 anos), trará como consequência máxima ao INTERNACIONAL o desembolso de algum montante como forma de auxiliar o jogador Oscar (pois, repita-se, o INTERNACIONAL não é parte do processo - o condenado será o jogador) a ressarcir ao São Paulo. Voltar a jogar no São Paulo, com certeza, Oscar não voltará.

São Paulo freguês I

Pelo que sei, a origem do processo envolvendo Oscar e São Paulo foi a assinatura de um contrato com prazo superior a 3 anos com o jovem atleta, quando este tinha apenas 16 anos (o que é vedado pela Lei Pelé). Além disso, pelo que li e ouvi, houve negligência do São Paulo quanto aos recolhimentos do FGTS, o que também gera rompimento do vínculo contratual-trabalhista. Portanto, ao contrário do que afirmam, principalmente em São Paulo (ou nas imediações da azenha), há muita água para rolar debaixo dessa ponte. O Recurso de Revista que Oscar encaminhará ao Tribunal Superior do Trabalho possui base legal e sustentação jurídica.

São Paulo freguês II

Aqueles que afirmam que o INTERNACIONAL, como clube formador, dá um tiro no pé ao assinar contrato com jogadores nessa situação, enganam-se solenemente. Há longa data, o Colorado é o clube de melhor administração do futebol brasileiro (já ultrapassamos o tricolor paulista há alguns anos nesse quesito, também). Nunca perdemos um jogador de nossas divisões de base, por falhas contratuais ou ausência de recolhimentos de FGTS. Ponto para a boa administração e planejamento de futebol Colorado e, acima de tudo, ao forte departamento jurídico vermelho.

São Paulo fregues III

O episódio demonstrou e confirmou, de uma vez por todas, que o São Paulo é o clube menos ético do país. A boataria jogada aos quatro ventos na imprensa esportiva (leiga e desinformada no que se refere às questões jurídicas), na tentativa de criar terrorismo na véspera da estréia do INTERNACIONAL na Copa Libertadores, foi de uma falta de ética sem precedentes. O São Paulo, clube anti ético, merece perder seus jogadores. E, diga-se, já virou filho do Colorado, tanto dentro de campo (Libertadores 2006) como fora dele (Oscar e Dagoberto).

Vedetes I

D'Alessandro, atualmente, é uma das maiores vítimas da violência futebol no cenário nacional. É alvo, em média, de 8 a 10 faltas por partida; 5 delas, no mínimo, passíveis de cartão. No entanto, as estatísticas (número de cartões aplicados) indicam D'Alessandro como um dos jogadores mais indisciplinados de nosso futebol.

Vedetes II

Guinazu é um jogador viril. É conhecido por entradas de "carrinho". E o "carrinho", sabe-se, é um lance bastante perigoso à integridade do adversário, caso não seja aplicado com precisão e tempo correto. Assim, embora "Cholo" seja um marcador leal, deve-se admitir que, muitas vezes, alguns de seus "carrinhos" são passíveis de cartão e não recebem a admoestação necessária. Hoje, em Caxias, Guinazu desarmou um adversário com precisão cirurgica (sem aplicar carrinho). O árbitro, equivocado, apitou falta. Guinazu reclamou e foi admoestado com o cartão amarelo.

Vedetes III

São apenas dois exemplos do equivocado critério da arbitragem gaúcha (e brasileira). Os árbitros, em sua quase unanimidade, deixam de aplicar cartões para lances de extrema violência. E, quando procurados pelos personagens principais do futebol para indagações sobre a omissão, tentam preservar autoridade através de cartões por reclamação. Aplicam seu poder disciplinar para esconder a incompetência técnica. Dorival Jr., ao ser procurado pelas rádios após ser expulso por L. Vuaden, no último clássico gNAL, foi direto ao ponto: "o árbitro está muito vedete!". Eu iria mais longe. O vedetismo, infelizmente, é elemento que graça em nossa arbitragem.

GAUCHÃO

A polêmica envolvendo a rodada final do turno do Gauchão, no próximo sábado, revela, no mínimo, descuido por parte do departamento técnico da Federação. O primeiro equívoco foi confeccionar uma tabela com a coincidência de dois jogos na Capital, justamente na última rodada que, por força de lei, exige a realização de todas as partidas na mesma data e horário. O segundo foi marcar a rodada justamente para o sábado de carnaval (por que não na 5a ou 6a feira?). Em qualquer lugar sério, o episódio desencadearia, no mínimo, a demissão do diretor técnico.

RÁPIDAS

Federação que, absurdamente, determinou a retirada dos 6 pontos do Cruzeiro, antes mesmo de a decisão transitar em julgado;

Aliás, o Cruzeiro que esteja atento, pois a solução dessa questão da perda dos 6 pontos pode influenciar, diretamente, na classificação da turma da azenha às finais do turno.

Alguém duvida que o Cruzeiro perderá os 6 pontos caso a turma da azenha precise de tal decisão para se classificar ?

2x0 no J. Aurich. 2x0 no Caxias. 180 minutos sem levar golos;

Índio e Bolivar continuam calando a boca de seus críticos;

E o nego Moledo, a cada jogo, prova que é zagueiro central de seleção;

Souza e F. Bertoglio (quem ?!) chegando. 4x1 no Santa Cruz. Zagueiros goleadores. Imagino que o vizinho deva escrever uma coluna eufórica essa semana, com as perspectivas de seu clube.

Mas a grande notícia da semana, que deve merecer abordagem ampla na coluna do vizinho, é o retorno de seu clube às páginas policiais. Kleber Gladiador enquadrado na Lei Maria da Penha. Bah!

Ou o destaque da coluna do vizinho seria a real causa da saída de Douglas de Porto Alegre ? (digno de Revista Ti-Ti-Ti).

O time do vizinho pode estar mal, mas em termos de noticiário ninguém supera a pijamada da azenha. Dominam as páginas policiais e e revistas de "fuchicos", de cabo a rabo.

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (40*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
Luiz Portinho - mais de 750 jogos no Gigante da Beira Rio

2 comentários:

Anônimo disse...

Já que o maizo tá disputando grenal jurídico , quem sabe ele fala alguma coisa sobre lei Maria da Penha (que semana passada ganhou reforço no STJ ) e o caso Cleber gladiador ( que só bate em mulher , o covarde) . Quanto a assessoria fashion , assunto do qual eles tem muita capacidade e conhecimento , pergunta se é possível comparar NIKE ( uma marca reconhecida no mundo todo ) com a marca Humaitina da Topper. Kkkkkk!

Luiz Portinho disse...

1) o Gladiador foi enquadrado na Lei Maria da Penha;
2) o Pelaipe se viu obrigado a negociar a grande referência técnica da azenha por causa de baixarias provocadas pela amante do BBB em Shopping Center da Capital;
3) o zagueiro-promessa que eles trouxeram da Chapecoense virou titular absoluto;
4) e esse mesmo zagueiro-promessa, inclusive, já é artilheiro do time do vizinho (com 2 gols contra na competição);
5) o propalado "banguzinho" não passa de mais uma fraude na História "fake" tricolor... o único reserva daquele time era o goleiro Silvio. traz a escalação do gNAL que decidiu o Gauchão se eu estou mentindo Maizonave...
6) foi só eu prometer trazer foto do terreno no qual será erguida a arenita del humaitá que o vizinho silenciou a respeito do tema.

no mais, atendendo a teus pedidos, caro vizinho, comentei a exaustão o caso Oscar em minha coluna. e, ao contrário do que se verificou aqui neste blog, quando Boyaca Chico e Aurora vieram jogar na azenha, no lado vermelho se reconhece quando o adversário é fraco.


saudaçoes rubras.