domingo, agosto 19, 2012

ANO VI - NUMERO 286


futebol: ONZE JOGADORES, ONZE FUNÇÕES


O futebol, desde o surgimento da International Board, é jogado com 11 jogadores em campo e 18 regras. E, desde os primórdios, também, cada um dos onze jogadores que entra em campo deve ter uma função específica. Por isso temos, na zaga, o lateral direito e o esquerdo, o zagueiro central e o quarto zagueiro. No meio de campo há o cabeça de área, um volante, um meia armador e um ponta de lança (modernamente denominados de 1º e 2º volantes e meias ofensivos). E, finalmente, no chegamos ao atacante de lado e ao centroavante. No 4-3-3, que voltou à pauta na europa, joga-se com 2 ponteiros de recuo, no lugar de um dos meias e do atacante de lado. E no 3-5-2, um pouco fora de moda, mas ainda utilizado, especialmente na Alemanha e Itália (pequenos clubes), o time ganha líbero e ala (não confundir com os alas a brasileira) no lugar dos laterais. Mas sempre temos onze funções específicas e peculiares. Escalar dois jogadores numa mesma função, portanto, importa em deixar uma outra descoberta.

FUNÇÕES SUPERPOSTAS


Ultimamente, os técnicos abandonaram essa lição tão elementar de escalar um jogador para cada uma das onze funções necessárias ao time. Passamos a ver, primeiro, três zagueiros batendo cabeça e ocupando apenas 2 funções, no 3-5-2 a brasileira. Depois veio a teoria dos 3 volantes, adorada por C. Roth, na qual um deles fica assistindo à partida de local privilegiado. E, mais recentemente, o absurdo 3-6-1, na qual o avante fica isolado para que 6 jogadores façam as 4 funções da meia cancha. O ponto comum é sempre a superposição de funções e, por consequência, times com vazios e carências defensivas e ofensivas.

REPETIÇÃO DE ERROS (GRAVES!) I


Retomo esse tema que é recorrente neste espaço, porque o INTERNACIONAL, novamente, anuncia um time torto e com sobreposição de funções para o confronto contra a Portuguesa. Ainda torço para que não se confirme, mas as notícias dão conta de que entraremos em campo, no Canindé, com três volantes e dois centroavantes de ofício. Duplo erro! Fernandão insistirá no sistema com três volantes que, em momento algum, rendeu resultados, tanto em sua gestão como na gestão dos últimos dez treinadores que passaram pelo Beira Rio. E, para piorar, colocará em campo dois centroavantes de ofício, algo que, sabidamente, não é produtivo em termos ofensivos.

REPETIÇÃO DE ERROS (GRAVES!) II


O tema dos três volantes é antigo e, confesso, já estou até cansado de bater nessa tecla. A opção pelos dois centroavantes é novidade preocupante. Trata-se de erro somente atribuível a neófitos. Trata-se de providência que não vingou com Amarildo e Britez (87), Cristian e Silvio (97) e, mais recentemente, com Nilmar e Alecsandro (2008). Nem R. Nazário, o fenômeno, conseguiu funcionar ao lado de Fred e Adriano “Imperador” (2006). Não vingará com Damião e R. Moura.

REPETIÇÃO DE ERROS (GRAVES!) III


Com essa escalação noticiada, tenho certeza, viveremos um primeiro tempo de horror amanhã, no Canindé. Fernandão começará a partida com 2 substituições gastas. Para corrigir o time terá de sacar um dos 3 volantes (como tem feito, aliás, nas últimas partidas) e um dos avantes. Fred, injustiçado, retornará ao time no lugar de R. Moura ou Damião (o que estiver rendendo menos). E Elton dará lugar a Jajá. Aposto. E podem me cobrar se eu errar.

REPETIÇÃO DE ERROS (GRAVES!) IV


Fernandão adotou postura de não reclamar das ausências, mas é inegável que os desfalques deixaram o INTERNACIONAL em situação complicada para a disputa do título. Claro que tal situação foi agravada pela falta de planejamento da diretoria, que preferiu apostar na sorte ao invés de contratar um reserva imediato para L. Damião. Perdoem-me pela repetição, mas são erros por demais gritantes. E não há como deixar de ser repetitivo. Senão vejam: Fernandão foi ao Pacaembu com 3 volantes. E voltou de lá com uma derrota de 1x0, em lance de bola parada (falha do zagueiro central), e sem dar um único chuta ao gol do Corinthians. Tchê, é muito difícil não ser repetitivo na condição de analista do INTERNACIONAL.
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RÁPIDAS

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Para deixar claro: Damião e Forlán é a dupla de ataque ideal. Nas meias vou de Fred e D´Alessandro. Ygor e Guinazu na proteção à zaga. Moledo e Índio (ou Juan) na zaga. Elton e Kleber nas laterais. Ficaríamos com um banco de reservas de valor: Nei, Bolivar, Fabricio, Josimar, Jajá, Dátolo, R. Moura, além dos jovens e promissores Dalton, Maike, Lucas e Maurides
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R. Moura foi ótima contratação, mas é reserva imediato de Damião. Nessa função, terá papel muito importante dentro do grupo, sempre nas ausências de Damião.
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Imprensa e o Gilvã, porteiro do meu prédio e grande entendedor de futebol, apontaram falha do R. Moura no golo do Corinthians. Dizem que era ele - centroavante – quem teria de marcar o primeiro poste na cobrança de falta adversária.
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Discordo. A bola ultrapassou R. Moura com altura e pingou exatamente no centro da área. E ali é território do zagueiro central.
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Como se sente um atleta jovem que, na emergência de desfalques, ingressa no time, joga ótimas partidas e é sacado na primeira oportunidade que o treinador volta a contar com opções para escalar o time ?
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Perguntem a Fred ou lembrem das declarações recentes de R. Moledo
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O INTERNACIONAL é o campeão brasileiro no quesito preterição e protelação de carreira de jovens jogadores
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Canindé é última escala antes do clássico gNAL
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Embora tudo indique uma escalação equivocada contra a Portuguesa, penso que podemos vencer a partida
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A diferença entre elencos, pretensões no certame e folhas de salário é enorme
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Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (41*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho - mais de 750 jogos no Gigante da Beira Rio

Um comentário:

Anônimo disse...

Matou a pau .porto. Time com a melhor base do pais não a usa! Vai entender....