terça-feira, março 06, 2007

Ano I, Número 8

MUITAS DÚVIDAS
ou seria "O Medo das Certezas"?!

As duas últimas partidas trouxeram preocupação ao torcedor gremista. Que o grupo não era grandes cosas, todos sabíamos, mas havia a esperança de que havia, ao menos, UM TIME no Olímpico. Essa esperança começou a esvair-se diante do Cúcuta e do E.C. São José.

Em ambas partidas, apesar de onze jogadores terem se fardado e entrado em campo, a equipe permaneceu em local incerto e não sabido. Em nenhum momento, se viu aproximações, triangulações, passagens, coberturas, jogadas ensaiadas... Enfim, aquilo que imaginávamos acontecer nas partidas anteriores.

Ficam as perguntas: Afinal, qual é o Grêmio verdadeiro?! Tuta faz tanta falta assim, a ponto do time perder toda a sua organização tática? Por que Lúcio está tão sozinho? Onde está o futebol de Tcheco?! Aguardamos respostas para as próximas semanas, em três difíceis partidas fora de casa: 7/3, em Campo Bom (x 15 de Novembro); 11/3, em Ijuí (x São Luiz); e, 15/3, em Ibagué/COL (x Tolima). E que sejam boas!

Kelly
Até o fechamento desta coluna, a contratação do meia Kelly ainda era incógnita. Contudo, as especulações sobre a gravidade de sua lesão eram desanimadoras. O fato agrava-se anida mais quando se lembra a falta de armação de jogadas constatadas nas últimas partidas.

Mudança de Ares
Nesta semana, um dos grupos portugueses interessados em investir na arena esportiva do Grêmio apresentou seu projeto. A idéia é permanecer na Azenha. Pela maquete, pode-se perceber que a idéia é séria e os patrícios estão dispostos a realizar a empreitada. O complexo contaria, além do estádio, com estacionamento, centro de compras, centro de convenções, edifício comercial e hotel. Ficou maravilhoso!


Confesso que, apesar de ainda defender a saída da Azenha, me espantei positivamente com a proposta. Mas, fiquei ainda mais curioso ao que apresentarão os outros dois grupos faltantes! Já estava na hora de o Grêmio ingressar no novo século e a Copa do Mundo de 2.014 é uma grande oportunidade.

Vizinho
Como previsto, o time do vizinho patrolou os time dos eletricitários do Equador. Confesso que não acreditava que a vizinhança fosse usar como tática fazer faltar energia elétrica no estádio e pedir para que os adversários consertassem. Mas funcionou!

Só me intriga uma coisa. Será que por isso, o vizinho vai afirmar que o clube dele é uma bagunça, que o estádio dele é uma espelunca e que não se pode utilizar aquela estrutura para eventos por não ter as mínimas condições?! Com a palavra, o vizinho...

Saludos tricolores de un bi-Libertador de América,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com



COLORADO PAMPEANO

A semana que passou foi fundamental para o sucesso do planejamento do Internacional neste primeiro semestre. Vitória tranquila sobre o EMELEC, por 3x0, na estréia dentro do Gigante da Beira-Rio pela Libertadores e fantástica virada, no último minuto, contra o Novo Hamburgo, no Estádio Santa Rosa. A vitória no Vale dos Sinos foi dramática, sofrida, mas de orgular. Com muito suor, garra e peleando até o final. No melhor estilo pampeano, o Internacional não entregou os pontos até o final, para orgulho geral da Nação Colorada. Foi a primeira vez, nesta temporada, que o Colorado colocou em campo o que, a meu ver, se constituiu no seu maior atributo na temporada gloriosa de 2006: coragem e luta. O Internacional sempre buscou a vitória, a qualquer preço, e lutou até conquistá-la. Dá-lhe COLORADO PAMPEANO!

ABEL BRAGA
Não concordo com, digamos, 70% das escalações e alterações efetuadas por Abel Braga durante as partidas. Discordo, xingo, esbravejo, mas não posso deixar de considerá-lo um dos maiores artífices das conquistas recentes e das vitórias obtidas nesta temporada. E assim não o considero apenas porque tenha estrela. O grande atributo de Abel foi transformar um ótimo time, mas covarde e perdedor, formado por Muricy Ramalho, num time regular, corajoso, bravo e lutador.

ABEL BRAGA II
Assisti pela milésima vez a partida entre Inter x São Paulo na final da Libertadores, aqui no Beira-Rio, e uma imagem me marcou. Quando o Colorado anotou o primeiro gol, a câmera foca num zoom fantástico a expressão de Muricy Ramalho. E ela mostrava, além de desconforto, surpresa. Muita surpresa. Muricy foi surpreendido pela coragem, pela força e pela bravura, pela transformação do grupo medroso que deixará no Beira-Rio. Nunca mais se viu aquele Inter medroso, graças ao Abelão.

WELLINGTON MONTEIRO
Esse tem sido o grande nome do Internacional neste começo de temporada. Com futebol bastante destacado, Wellington Monteiro é um volante que faz com competência suas funções de marcação e proteção a zaga. Mas, como se exige de um grande volante, Wellington se lança a frente, carregando a bola, sempre que o adversário lhe abre espaços. Na partida contra o Novo Hamburgo, na 2a etapa, quando estávamos atuando num 3-5-2, com Edinho baixando para zaga, Wellington preencheu só a meia cancha; fez todas as funções possíveis, deu vários lançamentos longos e precisos para Michel na ponta direita e chegou várias vezes à frente para concluir. Trata-se de um jogador importantíssimo de nosso plantel.

FERNANDÃO
A atuação do Capitão Colorado no domingo foi fantástica. Fernandão demonstrou que está totalmente recuperado e em forma, reeditando seus melhores movimento contra o Novo Hamburgo. Mais do que um craque, Fernandão é um jogador fundamental ao grupo. Isso ficou bastante claro na partida de Novo Hamburgo. Quando o jogo estava mais complicado, o Capitão chamou para si a responsabilidade. Depois de fazer uma jogada brilhante, em que deixou dois marcadores sentados, antes de chutar por cima da baliza de perna esquerda, Fernandão participou do primeiro gol dando um petardo de fora da área que o arqueiro defendeu parcialmente, antes de soltá-la nos pés de Jean. Ao final, já nos descontos, Fernandão demonstrou grandeza ao escorar o lançamento, ajeitando a bola nos pés de Adriano Gabiru, ao invés de tentar converter, de forma egoísta, o gol. O Capitão está de volta!

ZAGA
Podem dizer que peguei implicância, mas Rafael Santos não pode jogar no Internacional. É um zagueiro lento - coxa-colada - e atabalhoado. Precisamos contratar um zagueiro. Enquanto isso não se concretiza, Rafael deve ser substituído por Ediglê. Outra alternativa é baixar Edinho para zaga (teve boa atuação por ali em Novo Hamburgo). Mas nesse caso, ficaríamos com um problema na primeira função do meio campo, pois só Maycon sabe fazer a função, e não a faz com a competência que Edinho tem demonstrado.

LATERAIS
Nas laterais, pela direita ninguém mais se atreve a criticar Ceará. Na esquerda ouço muitas críticas a Hidalgo, mas penso que tanto ele como Rubens Cardoso se equivalem. Rubens Cardoso está com a vantagem de não atuar e, por isso, ser o preferido dos torcedores. Mas não acho que Hidalgo esteja comprometendo. É um lateral médio, nada mais que isso, mas faz sempre o feijão com arroz da posição. Lembra-me demais o Casemiro, que marcou época naquele time que venceu o gNAL do século.

RÁPIDAS

Perdigão anotou seu primeiro gol pelo Internacional, abrindo o placar contra o EMELEC. E que golaço!

Cristian liberado para atuar, como todos nós já esperávamos.

Enquanto isso, o jovem talentoso Luis Adriano foi vendido para o Shaktar Donetzki, da Ucrania, por 3 milhões de Euro. Dizem que apenas 60% deste montante entra nos cofres do Inter, sendo o restante dividido entre empresários que investiram no atleta.

ULBRA quarta e Santa Cruz no sábado. Dois bons jogos dentro do Gigante da Beira-Rio para fazer seis pontos e encaminhar a classificação.

Nessa semana tudo é Gauchão!

Dunga esteve no Beira-Rio conferindo um de nossos treinos. É o eterno Capitão!
Pato Alexandre, a cada dia, demonstra maior potencial. Contra o EMELEC foi sensacional, marcando seu primeiro gol no Gigante. Um grande gol, aliás, depois de deixar equatorianos sentados, colocou a bola, indefensável, no cantinho. O guri é craque!

40% do Rio Grande está de luto.

Explico. O torcedor de pijama sofreu mais um revés na tarde de hoje (06.03.2007). O Barcelona, time para o qual torceram ardorosamente durante o mundial de Tóquio, foi eliminado nas oitavas de final da Champions League para o Liverpool.

A decisão da vaga foi na terra dos Beatles e, mais uma vez, Ronaldinho-inho, o filho da dona Miguelina, tremeu diante de uma equipe que vestia vermelho! Mais, terminou o jogo com aquela cara chorosa que nós conhecemos tão bem.

Já não teremos, portanto, a repetição do clássico INTER x Barcelona, no Japão, no próximo mês de dezembro.

Bueno, vamos a já clássica indagação semanal ao vizinho: será que o empate em oxo com o Cucutá será suficiente para que o Paulo Pelaipe e a turma azenhana caiam na realidade ?

Ouvi falar que durante o apagão lá na azenha, no dia do tropeço contra o Cucutá, o que mais teve no estádio foram avalanches na escuridão. Te cuida vizinho!

"Darnley querido, nós estamos contigo". Tu também tava lá gritando vizinho ? Freud explica...

Uma ótima semana a todos Colorados, atuais Campeões do Mundo,

Saudações rubras,
Luiz Portinho - lcportinho@yahoo.com.br

6 comentários:

Luiz Portinho disse...

Tu só pode estar desesperado e louco para comparar o Gigante da Beira-Rio, sua estrutura e modernidade, ao teu estádio. Daqui a pouco tu vai querer comparar a tua maquete com o Beira-Rio. Aí é demais!

Luiz Portinho disse...

Contrataram um jogador bichado. O Inter fez isso com Junior Baiano (início da gestao Carvalho). Não mandaram o cara embora quando se deram conta da cagada e o arrependimento foi grande.

San Tell d'Euskadi disse...

Porto, duas coisas.

Primeiro, quando for a hora, vou comparar maquete com maquete. Segundo o ZH, a de vocês fica pronta no mês que vem. Quanto aos estádio, o nosso estádio é quinze anos mais velho que o de vocês (tem 43 anos!), apesar de ter passado por diversas modernizações posteriores, e, portanto, possui diversos problemas decorrentes do projeto original. Apesar disso, o Olímpico teve camarotes primeiro; teve seus vetiários reformados primeiro; teve a iluminação melhorada primeiro; teve as catracas eletrônicas colocadas primeiro; teve jogo oficial da seleção brasileira em Porto Alegre primeiro; etc. A tal superioridade do tal "Gigante" existe apenas no teu pouco isento olhar rubro. O que é compreensível...

Segundo, comparar o Kelly ao Júnior Baiano é demais. Se o Kelly lê isso, capaz de te arremessar as muletas! Cuidado...

San Tell d'Euskadi disse...

Em resposta a tua coluna, eu nunca fui fã do Danrlei. Sempre o achei um goleiro seguro entre as traves, mas falho nas saídas de gol e na hora de repor a bola em jogo. Cresci vendo-o com a "1" tricolor, dos meus 15 aos meus 23 anos, o que não é pouco. Ainda mais, se considerarmos que, no período, o Grêmio conquistou: os estaduais de 95, 96, 98 e 2001; as Copa do Brasil de 97 e 2001; o nacional de 96; a Recopa Sul-Americana de 96; e a Libertadores de 95. Todos com ele de titular! Ele tem lá seus méritos...

P.S.: A queda do Barcelona só exemplifica o que já se sabia. O azulgrana é uma baba...

Anônimo disse...

Respeito o Danrlei por tudo que ele fez com a camiseta do GREMIO e por todos os títulos, já citados pelo Sancho, que ele conquistou envergando a camisa 1 tricolor. Achei bonita e justa a homenagem. Agora, diferente de alguns, não gostaria mais de vê-lo com a camisa do GREMIO. O ciclo dele já encerrou, e ele que seja feliz em outro clube.

Agora, o respeito que tenho por Danrlei é a ojeriza que tenho por Ronaldinho, um pulha que saiu do GREMIO pisando em cima do Manto Sagrado. E confesso que ri muito da eliminação do Barcelona, afinal em terras espanholas eu sou madridista. Pena que sofri com a eliminação do Real Madrid um dia depois.

Saludos Tricolores!!

Luiz Portinho disse...

como se vê, o aldebaran é viúva bem resolvida do darnleyzinho.