terça-feira, abril 17, 2007

Ano I, Número 14



Aqueles que acompanham a seção Clássicos já tinham idéia de que uma semana como esta se aproximava. Claro que ninguém cogitou fosse ser tão alarmante, mas este é o preço a pagar-se pela não correção de erros que desde há tempos vem sendo sistematicamente apontados por nossos colunistas. Agora, a dupla Gre-Nal terá que realizar verdadeiras façanhas nos próximos jogos para seguir viva nas competições que disputa.

Tudo começará na quinta-feira, quando o Internacional, eliminado no Estadual já na Primeira Fase, recebe o Nacional de Montevidéu. Para não ser obrigado a realizar nova pré-temporada, o Colorado necessita de uma vitória por três gols de diferença – e desde que não sofra dois ou mais. Caso seja eliminado, o time só voltará a disputar uma partida oficial em 13 de maio, contra o Botafogo, no Beira-Rio.

Já o Grêmio, em uma semana, jogou fora a bela campanha do Estadual e a liderança do grupo na Libertadores. Agora terá pela frente, em casa, duas decisões consecutivas. Na sexta-feira, se quiser seguir na busca pelo bicampeonato estadual, terá que vencer o Caxias por quatro gols de diferença. Caso inverta o placar de 3 a 0 sofrido no Centenário, levará a decisão da vaga à final para os pênaltis. E na terça-feira, recebe o Cerro Portenho necessitando de uma vitória simples para seguir vivo na Libertadores.

Porto Alegre é pura tensão!




É HORA DE ESCALARMOS NOSSA IMORTALIDADE

Para conseguirmos sobreviver aos desafios que nós mesmos nos impusemos, será necessário que a Imortalidade esteja em campo nas próximas partidas. O Grêmio, não é recente, tem profundas dificuldades de resolver seus próprios problemas. Há questões extra-campo e há questões intra-campo, cujos sinais percebem-se de fora, sem solução no Olímpico e isso pode colocar o ano a perder.

Cavamos nosso próprio buraco e temos que sair dele. E se não existe modo de arrumar a casa, no exíguo tempo entre domingo e sexta-feira, ao Grêmio cabe-lhe somente apelar para o Imortal Tricolor. Todavia, acredito que nem ele é capaz de nos salvar neste Gauchão...

Libertadores
Já na Libertadores, a tarefa é um pouco menos complicada. Teoricamente, basta-nos uma vitória simples contra o Cerro Portenho para alcançar a classificação. Entretanto, a pressão sobre o time será enorme uma vez que a desclassificação no Estadual é iminente. Temos mais time que os paraguaios e isso é fato. Mas, será suficiente?!

Como o otimismo é marca registrada desta coluna, a aposta é que a Imortalidade escreve certo por linhas tortas. Assim, o vexame de domingo passado e uma eventual eliminação para o Caxias, são apenas o prenúncio da que algo muito melhor está por vir! Alguém se lembra de 1995?!

Paulo Pelaipe
Minha mulher ouviu uma entrevista de Paulo Pelaipe e, sem conhecê-lo, sem jamais tê-lo ouvido antes, ficou estarrecida com o que esse senhor falou. Isso que ela desconhece a entrevista de Caxias, na Primeira Fase, e não sabe das declarações prometendo “clima de guerra” e “troco” em relação a picuinhas que os Grená teriam feito no domingo. Eu estou de acordo com ela.

Afora o fato de Pelaipe ter revelado toda a sua pequenez nesse final-de-semana, a sua desqualificação para o cargo de vice-presidente de futebol a tempos vem sendo demonstrada. Ele construiu o atual time do Grêmio à sua imagem e semelhança: deslocado, desorientado e quixotesco. Não sabe se postar em campo, não sabe como chegar ao gol adversário, mas luta brava e estupidamente até o último minuto, contra a bola, os adversários, os árbitros, a imprensa, entre si...

Está aberta a campanha “Fora, Pelaipe!”.

Vizinho
Como vizinho só assistiu às semifinais pela TV, não há nada o que se falar dele. Esta seção volta na semana que vem...


Saludos de un bi-Libertador de América e atual campeão gaúcho,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene – sancho.brasil@gmail.com


CONCENTRAÇÃO TOTAL

Há 10 dias que só pensamos neste jogo contra o Nacional. Nada mais importa, o mundo à volta não importa, as picuinhas regionais não importam; só o jogo contra o Nacional está à nossa frente. O Colorado está a três gols da segunda fase e isso não pode se constituir em obstáculo intransponível para uma equipe que já foi ao Japão desacreditada e voltou de lá com uma vitória épica sobre o multimilionário time do Barcelona. Chegou a hora da verdade! A preparação para o jogo foi bem feita, agora é entrar em campo e vencer.

PROVÁVEL EQUIPE
Os noticiários do início de semana dão conta que entraremos com Clemer, Ceará, Índio, Ediglê e Hidalgo; Edinho, Wellington, Adriano Gabiru e Fernandão; Pato Alexandre e Cristian. Não acho uma boa equipe. A começar pelo regresso do azarado, irresponsável e descomprometido Cristian, que até agora só trouxe maus agouros ao Beira-Rio. A escalação de Ediglê na quarta zaga me parece acertada e quem costuma ler esta coluna vai lembrar que desde o princípio da temporada peço tal medida.

PROVÁVEL EQUIPE II
Pedir a saída de Clemer por Renan é chover no molhado. Hidalgo e Rubens Cardoso, a meu ver, são jogadores de mesmo nível. O que mais me preocupa, para variar, é a meia-cancha. A começar pelas últimas partidas em que Edinho foi escalado não para a primeira função do meio, mas numa incompreensível linha de três zagueiros que só faz bater cabeça e sobrepor posições. Mas, mesmo que tenhamos Edinho escalado de forma correta (na primeira função), teremos de torcer para que Fernandão e Gabiru estejam muito inspirados.

RESUMO
Não me parece que a equipe projetada seja a ideal. Logo, quinta-feira, necessariamente, teremos de contar com superação total. Só assim chegaremos ao placar desejado. O Nacional atua baseado no coletivo e na tradicional garra charrua. E mais, a equipe uruguaia evoluiu por demais desde aquele fatídico jogo que entregamos lá no Parque Central em Montevideo. Por isso mesmo, a superação não terá limites.

RÁPIDAS
Ainda nos resta a esperança de que o Emelec faça um crime em Buenos Aires e ao menos consiga um empate contra os castelhanos. Aí nos basta uma vitória simples contra o Nacional;

Estive viajando no final de semana e não pude acompanhar as semifinais do Gauchão.

Fiquei sabendo das novidades por deboches aqui e acolá.

Mas só acreditei nas notícias quando li a manchete do Correio do Povo da segunda-feira.

Dá-lhe, Caxias!

Ouvi dizer que o vizinho era um dos baderneiros que criaram confusão lá pelas bandas da Azenha hoje (terça-feira). Confirma vizinho?

A propósito, espero ler algumas linhas na coluna vizinha sobre Schiavi e Saja, os castelhanos carregados nos ombros da pijamada no começo da temporada.

Quinta-feira todos os caminhos levarão, mais uma vez, ao Gigante da Beira-Rio.

Precisaremos, mais do que nunca, que o INFERNO VERMELHO se faça presente.

VAMOS LÁ, COLORADOS. EU ACREDITO!

Saudações Coloradas e Rumo à Segunda Fase da Libertadores,
Luiz Portinho – lcportinho@yahoo.com.br

3 comentários:

DJ Aldebaran disse...

Eu também estou aderindo à campanha "Fora Pelaipe".

San Tell d'Euskadi disse...

Pode transmiti-la aos colegas do MGN! Esse cidadão se supera a cada dia...

San Tell d'Euskadi disse...

Há muito entendo que o Pelaipe pouco acrescenta de positivo; além de atrapalhar bastante. Poderia citar inúmeros exemplos, como a conduta dele no Gre-Nal dos banheiros queimados, a rinha desnecessária com o Gaciba (citando, por tabela, o Internacional) e a atitude dele ontem, passando a mão na bandidagem que tomou de assalto o treino. Fora o fato de achar que ele entende muito pouco de futebol. Antes que alguém pergunte, pedir a saída dele não é fruto de imediatismo, mas de caso pensado e ponderado. Demorei para perder a paciência.

Quanto ao Mano, não quero sua saída, mesmo que não nos classifiquemos na Libertadores. Ele não está bem, mas já deu provas de que é capaz de fazer melhor.