Jogo pelo Centenário do Clássico Gre-Nal
- 18 de julho de 2009 -
- 18 de julho de 2009 -
Antes de mais nada, confessamo-nos apaixonados pelo clássico Gre-Nal. Até por isso, mantemos a duras penas esse blogue. Para nós, o Gre-Nal não é um simples jogo de futebol; trata-se d’“O Jogo”. Nenhuma outra partida nos atrai mais do que essa. Encaramos o clássico como um fim em si mesmo; uma festa única e irrepetível; em que nenhum dos 373 confrontos foi igual ao outro.
Os gremistas devem – ou, pelo menos, deveriam – ter enorme admiração pelo Sport Club Internacional. Principalmente, porque para ser rival do Grêmio não pode ser pouca coisa; e para ser o principal rival, só sendo um clube de grandeza equivalente. Grandeza essa que apareceu já logo após a fundação do Colorado. O desafio ao Grêmio em 1909 é emblemático. O Gre-Nal surgiu pelo desejo colorado de ser igual entre os grandes. E é por isso que os colorados devem – ou, pelo menos, deveriam – ter enorme admiração pelo Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, pois o Grêmio foi, desde o início, o parâmetro de grandeza do Internacional.
A história é conhecida. O Grêmio, entre 1903 e 1909, havia-se tornado o melhor clube de futebol de Porto Alegre. Os irmãos Poppe, recém chegados na cidade, tentaram, mas não conseguiram vaga no clube. Aliás, em nenhum, apesar de não saber se tentaram ingressar nos outros. Isso se deu por serem de fora? Por serem descendentes de italianos? Por serem comunistas? Por serem ruins de bola? Não se sabe. O que ficou é que eles não conseguiram espaço, e foram logo tratando de construir um. Através de alguns contatos, reuniram pessoas suficientes para garantir a fundação de um novo clube: o Sport Club Internacional.
E para mostrar a que vieram, desafiaram o “dono do pedaço”, o Grêmio. Não sabemos se foi o primeiro jogo da história internacionalista, mas com certeza foi um dos primeiros. Os dirigentes tricolores fizeram o que deveriam fazer: propuseram jogar com o segundo quadro. Entretanto, os colorados não queriam ser “café-com-leite” no futebol da capital e exigiram enfrentar os titulares. O Grêmio, então, os tratou como iguais; e os venceu por vexatórios 10 a 0.
Quem sabe se os colorados tivessem optado por não jogar contra o melhor time que havia nas proximidades; talvez se tivessem aceitado jogar contra os reservas; ou quiçá se os jogadores do Grêmio poupassem goals (como é corrente hoje) naquele match, o Gre-Nal não existisse. Mas a história acabou sendo outra. O Internacional queria ser visto como um igual entre os grandes, mas naquela tarde de 18 de julho de 1909 percebeu que ainda não era. Contudo, ao invés de baixarem a cabeça e se resignarem, não sossegaram enquanto não conseguiram. Foram além, e os gremistas deram o troco. E hoje, vivem ambos pela necessidade de superarem-se um ao outro.
Graças ao fato do Grêmio ter encarado os novatos do Internacional como iguais à 100 anos e a obstinação dos colorados, Porto Alegre possui dois dos maiores clubes de futebol do Mundo, e um clássico maior que todos os outros. Não há Grêmio sem Internacional; não há Internacional sem Grêmio, e ambos não existem sem o Gre-Nal.
É por isso que no dia 18 de julho de 2009, DEVE ser disputado um Gre-Nal. A CBF precisa marcar o clássico do primeiro turno do campeonato nacional para esse sábado. Aproveitando a publicação da sugestão do Paulo Sanchotene no Zero Hora de hoje (28 de janeiro, pg. 45, coluna “Bola Dividida”), trazemos sugestões para esse evento:
Os gremistas devem – ou, pelo menos, deveriam – ter enorme admiração pelo Sport Club Internacional. Principalmente, porque para ser rival do Grêmio não pode ser pouca coisa; e para ser o principal rival, só sendo um clube de grandeza equivalente. Grandeza essa que apareceu já logo após a fundação do Colorado. O desafio ao Grêmio em 1909 é emblemático. O Gre-Nal surgiu pelo desejo colorado de ser igual entre os grandes. E é por isso que os colorados devem – ou, pelo menos, deveriam – ter enorme admiração pelo Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, pois o Grêmio foi, desde o início, o parâmetro de grandeza do Internacional.
A história é conhecida. O Grêmio, entre 1903 e 1909, havia-se tornado o melhor clube de futebol de Porto Alegre. Os irmãos Poppe, recém chegados na cidade, tentaram, mas não conseguiram vaga no clube. Aliás, em nenhum, apesar de não saber se tentaram ingressar nos outros. Isso se deu por serem de fora? Por serem descendentes de italianos? Por serem comunistas? Por serem ruins de bola? Não se sabe. O que ficou é que eles não conseguiram espaço, e foram logo tratando de construir um. Através de alguns contatos, reuniram pessoas suficientes para garantir a fundação de um novo clube: o Sport Club Internacional.
E para mostrar a que vieram, desafiaram o “dono do pedaço”, o Grêmio. Não sabemos se foi o primeiro jogo da história internacionalista, mas com certeza foi um dos primeiros. Os dirigentes tricolores fizeram o que deveriam fazer: propuseram jogar com o segundo quadro. Entretanto, os colorados não queriam ser “café-com-leite” no futebol da capital e exigiram enfrentar os titulares. O Grêmio, então, os tratou como iguais; e os venceu por vexatórios 10 a 0.
Quem sabe se os colorados tivessem optado por não jogar contra o melhor time que havia nas proximidades; talvez se tivessem aceitado jogar contra os reservas; ou quiçá se os jogadores do Grêmio poupassem goals (como é corrente hoje) naquele match, o Gre-Nal não existisse. Mas a história acabou sendo outra. O Internacional queria ser visto como um igual entre os grandes, mas naquela tarde de 18 de julho de 1909 percebeu que ainda não era. Contudo, ao invés de baixarem a cabeça e se resignarem, não sossegaram enquanto não conseguiram. Foram além, e os gremistas deram o troco. E hoje, vivem ambos pela necessidade de superarem-se um ao outro.
Graças ao fato do Grêmio ter encarado os novatos do Internacional como iguais à 100 anos e a obstinação dos colorados, Porto Alegre possui dois dos maiores clubes de futebol do Mundo, e um clássico maior que todos os outros. Não há Grêmio sem Internacional; não há Internacional sem Grêmio, e ambos não existem sem o Gre-Nal.
É por isso que no dia 18 de julho de 2009, DEVE ser disputado um Gre-Nal. A CBF precisa marcar o clássico do primeiro turno do campeonato nacional para esse sábado. Aproveitando a publicação da sugestão do Paulo Sanchotene no Zero Hora de hoje (28 de janeiro, pg. 45, coluna “Bola Dividida”), trazemos sugestões para esse evento:
a) os clubes precisam, conjuntamente, fazer desse jogo uma festa (antes e depois de a bola rolar, por certo);
b) deve ser autorizado um intervalo de 30 minutos, para que se possa realizar um show de música com artistas gaúchos vinculados à dupla Gre-Nal;
c) antes da partida, deve haver um show de abertura, com música e dança, organizado por coreográfo, remetendo a história dos clubes, a história da rivalidade e essa simbiose que é a Dupla Gre-Nal;
d) jogadores históricos do clássico - ainda vivos - devem ser homenageados antes da partida, serem anunciados no alto-falante e receberem uma placa em agradecimento;
e) esses jogadores, cinco por time, devem ser escolhidos pelos torcedores através de votação;
f) ainda devem ser feitas homenagens aos clubes, com discurso dos presidentes;
g) as homenagens ao Internacional devem ficar ao cargo do Grêmio, e as do Grêmio, ao Internacional;
h) excetuando a parte do estádio conhecida como “Social” e a parte do anel superior a essa, os ingressos devem ser comercializados na proporção de 50% para cada clube;
i) os sócios terão preferência na compra dos ingressos, na seguinte ordem: conselheiros; remidos e correspondentes; proprietários e locatários de cadeira; patrimoniais; e, por fim, sócio-torcedor ou “Campeão do Mundo”;
j) os clubes devem realizar, conjuntamente com as forças policiais, a segurança da partida;
k) o clube visitante realizará tal tarefa como se mandante fosse;
l) os clubes devem se comprometer a punir seus associados, de acordo com seus estatutos, que forem flagrados em atitude contrária ao espírito do evento: de festa, de congregação e de disputa desportiva;
m) os itens “h”, “i”, “j”, “k” e “l” serão realizados no jogo do returno, em forma de retribuição.
n) por fim, será o primeiro jogo em que se atribuirá um troféu – de posse móvel – ao vencedor do clássico;
o) por ter vencido o último encontro, o Internacional será considerado na posse do troféu e permanecerá com ele em caso de empate;
p) o troféu será posto em jogo sempre que houver um Gre-Nal.
É assim que imaginamos as celebrações pelos cem anos de clássico Gre-Nal. Nada impede que, ainda, que se realize um jantar para dirigentes, conselheiros e atletas dos clubes, além de torcedores dispostos a pagar para participar do evento. Ou, quem sabe, a realização de um “Gre-Nal da Solidariedade”, coletando doações para instituições de caridade, e/ou vítimas de catástrofes naturais que assolam e assolaram o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ou quaisquer outros eventos que se possa imaginar.
Deixamos essas considerações para debate, mas, principalmente, para que se faça alguma coisa. O centenário do clássico não pode passar em branco!
O BloGreNal quer celebrar os 100 anos do Clássico Gre-Nal!
P.S.: Sabe-se que muitas das sugestões são de difícil ou até mesmo impossível realização por causa do pouco tempo que há para o dia do evento, mas fica o registro de que o Centenário do Gre-Nal deveria ser tratado como abertura de Jogos Olímpicos, como uma final de Copa do Mundo, como um SuperBowl.
5 comentários:
essa idéia da taça eh uma boa!
Um absurdo - mais um - nunca a terem colocado em prática...
Ola. Estou passando para convidar para conferir a postagem desta semana: Inovar: O grande X da questão. E Estamos participando do 1º Concurso BR-Infor-Blog, e gostaríamos de contar com o voto de vocês.
Sua visita será um grande prazer para nós.
Acesse: www.brasilempreende.blogspot.com
Atenciosamente,
Sebastião Santos.
sancho, essa idéia é tua ou do M. marcos da ZH =P no sala de domingo já se comentou a respeito e deram o crédito ao M. marcos...
É minha. O Mário Marcos me deu o crédito no blogue e na coluna dele.
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