quarta-feira, abril 28, 2010

Ano IV, Número 168

COM UMA MÃO NA TAÇA


E deu GRÊMIO no clássico 380. Vencemos nosso tradicional adversário por 2x0 lá na casa deles e praticamente colocamos a mão na taça. A vitória encaminha a conquista do Gauchão 2010, cuja finalíssima acontecerá neste domingo, no Estádio Olímpico Monumental.


COM UMA MÃO NA TAÇA II

Claro que não dá pra levar de barbada a conquista. Não tem nada ganho ainda. O GRÊMIO apenas construiu uma vantagem – importantíssima, diga-se de passagem. Mas que não é impossível reverter. Podemos perder por 1 gol de diferença em casa. Revés por 2x0 leva para os pênaltis, e qualquer outra derrota por 2 ou mais gols de diferença reverte nossa vantagem.


COM UMA MÃO NA TAÇA III

Para que isto não ocorra, o GRÊMIO tem, fundamentalmente, que entrar com uma postura séria no Olímpico neste domingo. Que jogue como se a vantagem não existisse, e que saiba tirar proveito do fator local. Deixa o clima de euforia para a torcida. E creio que direção e jogadores saibam disto. Que a lição tida contra o Pelotas sirva de exemplo para este momento decisivo, quando estamos a ponto de conquistarmos novamente o Rio Grande, e ganharmos um título, o que não acontece desde 2007.


O CLÁSSICO I

Havia dois tabus em jogo, relativos a clássicos por Gauchão. Não ganhávamos um GREnal pelo certame regional desde 2001, conforme citado semana passada. E desde 1993 não vencíamos pelo nosso campeonato regional na terra deles. Aliás, eu estava presente neste clássico, onde ainda tínhamos os bons tempos de ambas as partes disponibilizarem ¼ do estádio para a equipe visitante. Não a palhaçada de 3 mil ingressos que acontece hoje.


O CLÁSSICO II

O jogo começou equilibrado, com os dois times criando boas chances. Jonas perdeu um gol incrível e Borges perdeu outro que não costuma perder. Pelo outro lado, uma grande defesa de Victor num chute do perigoso centroavante Walter. E após outra grande intervenção do nosso arqueiro, um lance onde ele falhou na saída de gol e o lateral Edilson acabou tirando de cima da linha.


O CLÁSSICO III

O primeiro tempo terminava com uma leve superioridade do time vermelho, mas que não conseguia traduzir isto em gols. Mas para o segundo tempo, o discurso de Silas funcionou e, conjugado com um erro de Fossati, que tirou Sandro e logo depois sacou Andrezinho, dominamos as ações do jogo e vencemos com justiça por 2x0, com gols de Rodrigo, que fez de cabeça após escanteio; e Borges, após jogada de Fábio Rochemback, que houvera entrado no 2º tempo.


O CLÁSSICO IV

Silas entrou com Neuton na lateral-esquerda, e ele foi o grande destaque do clássico. Marcou, criou jogadas, mostrou personalidade e ganhou a posição de titular. Com Hugo complementando o setor, fazendo uma função de ponta-esquerda num falso 4-3-3 que Silas implantou (você leu antes aqui), tivemos um excelente desempenho pelo lado esquerdo do campo. Aliás, Hugo fez no GRE-nal sua melhor partida desde seu retorno ao GRÊMIO. Leandro complementou a meia-cancha gremista.


PROJETANDO O JOGO CONTRA O FLUMINENSE I

Silas poderia simplesmente pegar o time e o esquema do GRE-nal e repetir contra o Flu. Douglas não vinha bem. Mereceria esquentar um banco. Eu manteria o esquema trocando Leandro por Douglas, deixando nosso camisa 10 mais centralizado, e fazendo Hugo cair pela esquerda, no mesmo falso 4-3-3 que deu certo contra nosso tradicional adversário.


PROJETANDO O JOGO CONTRA O FLUMINENSE II

Em uma das entrevistas de Silas depois do GRE-nal, ele detectou um ponto importantíssimo no qual falhamos muito ano passado, quando nosso desempenho fora de casa foi digno de time rebaixado. Dávamos muitos espaços ao adversário. E isto terá que ser muito bem trabalhado pelo GRÊMIO neste jogo, uma vez que atuaremos lá no Maracanã, onde o campo de jogo possui grandes dimensões. E a tendência é que apareçam mais espaços. Para quem não sabe, as dimensões do Maracanã são de 110x75m, enquanto o Olímpico possui o gramado com metragem de 105x68.


Saudações imortais do primeiro colocado no ranking OFICIAL da CBF,


Leonel Knijnik (DJ Aldebaran)
Gaúcho por Tradição e Gremista de Coração


CONVICÇÃO (FALTA DE)
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Uma das qualidades mais importante ao ser humano é ter convicção em attitudes e posturas. Assim é na vida e assim é no futebol. Um clube, uma diretoria, um treinador sem convicções tende a fracassar em seus objetivos. O INTERNACIONAL de 2010, infelizmente, é a ausência de total de convicções. Chegamos ao mês de maio sem onze definido e sequer um esquema de jogo usual. Contra o Deportivo, 4ª feira, quem ouviu as entrevista pós jogo deve ter se apavorado com o oba-oba que tomou conta de nosso vestiário. As declarações de que tivemos uma grande atuação não levaram em conta a fragilidade do adversário. Mas bastou a derrota no clássico, em dois lances de bola parada, para que se altere novamente a idéia de jogo. O esquema 4-4-2 no qual a equipe deu a melhor resposta, tudo indica, cederá novamente lugar para um estapafúrdio esquema com três zagueiros. Fala-se até mesmo em 3-6-1. E para piorar ainda há dúvidas se o “1” será Walter ou Alecsandro, mesmo diante das pífias atuações do último. Infelizmente, o futebol Colorado não sabe porque perde e também não sabe porque ganha. E com isso navegamos num mar de total ausência convicções.
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LIBERTADORES I
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A vitória contra o Deportivo, por 3x0, garantiu além da primeira colocação o enfrentamento contra o Banfield. Até o gol anotado por Giuliano ao apagar das luzes, estávamos rankeados para enfrentar o Cruzeiro, em confrontos inegávelmente mais complicados do que contra os argentinos. É claro que não estou achando barbada ir a Buenos Aires, mas não há como negar a superioridade técnica do time mineiro. Sobre a partida contra o Deportivo, o que tenho a dizer é que não enxerguei a maravilha que viram nossos “homens de futebol”. O adversário era por demais fraco, não ofereceu qualquer perigo ofensivo e foi totalmente submisso à nosso ritmo de jogo.
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LIBERTADORES II
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Como disse, não estou achando barbada enfrentar o Banfield. Aliás, seria um absurdo nutrir tal sentimento na atual conjuntura. Até porque vamos enfrentar o atual campeão argentino. E que conta com jogadores conhecidos e experientes no grupo. Para piorar o INTERNACIONAL deverá adotar uma postura medrosa, num inconcebível 3-6-1. Nossos "homens do futebol" foram a Buenos Aires para empatar. E quem entra em campo para empatar, em regra, perde. Podem me chamar de pessimista, mas o desenrolar dos fatos não me permite pensar diferente.
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O CLÁSSICO e a SOBERBA I
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O Correio do Povo trouxe matéria hoje dando conta que a diretoria Colorada, até a última sexta-feira, idealizava colocar em campo um time misto, quase reserva. Mudou na última hora, diante dos resultados dos jogos do meio de semana (nossa vitória e a derrota deles em Florianópolis). A reportagem afirma que, diante dos resultados, a diretoria Colorada acreditou que venceria o rival com facilidade, encaminhando o título do certame. A se confirmar tal versão, estamos diante de um dos maiores episódios de soberba da história dos clássicos.
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O CLÁSSICO e a SOBERBA II
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Prefiro não acreditar nesta reportagem. Como anotei na última semana, as afirmações diretivas dando conta da utilização de times mistos não passavam de discursos vazios típicos de dirigentes com medo de explicitar o desejo de vitória. Não se pode admitir que um dirigente da dupla cogite de escalar times reservas em clássicos e não se pode admitir que dirigentes da dupla imaginem vencer o rival com facilidade, seja qual for a conjuntura do clássico.
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O CLÁSSICO e SEUS ERROS I
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O Colorado teve ótimo primeiro tempo, amassando totalmente o rival a partir dos 15 minutos. Silas voltou para a segunda parte com mudanças táticas significativas na equipe. E após um gol de cabeça iniciado em lance de bola parada, Fossati começou a mudar o time de forma desordenada. Primeiro sacou Andrezinho para o ingresso de Giuliano (seis por meia dúzia, mas Andrezinho jogava mais do que D’Alessandro). Depois sacou o argentino para o ingresso de Edu que nem deveria mais estar no Beira-Rio (por que não colocar Taison ou T. Humberto ?). Por fim, sacou Sandro, que dominava o meio de campo e dava sustentação ao time, para a entrada de K. Pereira, que mais uma vez saiu de campo praticamente sem encostar na bola.
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O CLÁSSICO e SEUS ERROS II
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Fossati mais uma vez sacou seus dois jogadores de armação. Fossati sacou Sandro e desmontou o meio campo porque teve medo de sacar Guiñazu. Fossati, na prática, terminou o jogo num esdrúxulo 4-2-4. Pior, os 4 dianteiros eram 4 homens de área e nenhum jogador de flancos (mesmo com Taison e T. Humberto sentados no banco de reservas). Fossati não treina bolas aéreas e por isso sofre tantos gols desta maneira. Não é concebível que um time com jogadores altos como Bolivar, Sorondo, Sandro e outros sofra gols de bola aérea em lances de bola parada.
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CAUTELA e CALDO DE GALINHA

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Não fazem mal a ninguém. Portanto, recomendo cautela à vizinhança. Afinal, a decisão do certame é um jogo de 180 minutos e por enquanto só tivemos o transcurso dos primeiros 90. E, nunca é demais lembrar, “quem ri por ultimo ri sempre melhor”. Está na hora do Colorado mostrar que é peleador e honrar sua condição de clube gaúcho. Vamos lá, não está morto quem peleia meu Colorado!
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RAPIDAS
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Flamengo x Corinthians. É o clássico do budum...
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Chivas 3x0 sobre o Velez Sarsfield. Favoritos começam a cair...
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Todo cuidado é pouco a partir de agora na Taça Libertadores.
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Muricy assumiu o Flu e vai de 3-5-2 contra a vizinhança ? Querem me enlouquecer!
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Um jogador que veste a camisa “9” do INTERNACIONAL e não marca gols em mais de 5 jogos diante de equipes do interior gaúcho ou do nível de Deportivos, Emelecs e Cerros não merece permanecer no time.
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É claro que me refiro a Alecsandro!
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Será um absurdo se amanhã, em Buenos Aires, Alecsandro entrar em campo e Walter estiver sentado no banco. Aí será de tirar os tubos!
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Volto a afirmar: Glaydson, mesmo deslocado e fora de posição, rende mais do que Ney pela lateral direita
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Como é que pode alguém ter dúvidas de que F. Eller é mais jogador e rende mais ao time do que Sorondo ?
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Sandro era o melhor jogador do INTERNACIONAL, até que foi sacado pelo Sr. Fossati
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A verdade é que Fossati levou um nó tático do Silas.
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Mas não te esquece vizinho: 143 x 120
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E agora é Buenos Aires na 4ª feira e azenha no domingo.
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Semana de luxo para nós que tanto gostamos de enfrentar essa turma de alma castelhana
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VAMOS LÁ COLORADO... Vamos cagar esses castilhano a pau!!!
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Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*39), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho

3 comentários:

San Tell d'Euskadi disse...

Isso aí! Muito bem!! Que o Abodanzzieri, o D'Alessandro e o Guiñazú caguem esses tais de "castilhano" tudo aê!!!

Francinei Bentes disse...

hauahauahauah...

Um clube cuja diretoria andou se orgulhando um dia desses que o Beira Rio parecia "La Bombonera brasileira" não pode detonar os "castilhano"... é suicídio então!!


Agora, falando sério, lúcida a análise... só não acho que a questão da fragilidade do Inter esteja no esquema tático adotado, mas sim no elenco... uma defesa idosa e lenta e um ataque ineficiente, que depende do Walter MORTADELA, não levarão o Inter a lugar nenhum... posso até queimar minha língua, mas na situação atual dos colorados, é o que parece...

DJ Aldebaran disse...

Já vou deixar o questionamento aqui: se os vermelhos vierem de time misto ou reserva, dá pra considerar menosprezo ao Gauchão? Eu quero os TITULARES.