terça-feira, agosto 10, 2010

ANO IV - NUMERO 183
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VITÓRIA ÉPICA
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Sim, posso estar repetindo um título aqui neste espaço. Peço desculpas se vou repetir palavras e discursos já utilizados noutras conquistas. Mas não tenho como agir diferente neste momento. A vitória do INTERNACIONAL em território paulista, na última quinta-feira, foi um dos maiores capítulos da história do clube. Foi um daqueles jogos para se guardar na memória para todo e sempre. Eterno! Fico a imaginar se o drama que vivenciei a partir da expulsão de Tinga foi compartilhado pela Nação Colorada e chego sempre a única conclusão possível: claro que foi. Pelos quatro cantos do mundo o torcedor Colorado só tinha em mente a classificação. Tenho certeza de que quando Renan falhou todos tinham certeza da classificação. E que assim que a bola saiu do pé de D´Alessandro a trajetória até o gol de Ceni já estava desenhada na mente de todos. Compartilhamos, tenho certeza, a mesma sensação de que o mundo parou por alguns segundos entre o desvio de Alecsandro e o sacudir das redes do Morumbi. Tudo foi épico! A Porto Alegre tingida de vermelho no dia 06.agosto.2010 foi a maior prova de que nossa última vitória foi épica.
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MAIOR CLÁSSICO SUDAMERICANO
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INTERNACIONAL x São Paulo. Não há como duvidar, trata-se do maior clássico do futebol sudamericano na década. Os confrontos de 2006 e o da última semana foram espetaculares. E não só porque vencemos ambos. Basta acompanhar o que foi dito pelo pessoal da imprensa do eixo para constatar o que digo. Foram confrontos que tïveram todos os ingredientes para tal consideração. Como preconizei na coluna n. 181, estava em jogo não só a vaga na final, mas a disputa para ser o melhor da América na década. E para conquistar tal condição ainda precisamos bater mais um adversário e levantar o Bicampeonato da América. Estamos no caminho...
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COMO JOGAREMOS I
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Sem Tinga, a tendência é a escalação de Giuliano. Digo tendência, porque nunca se sabe o que passa na cabeça de um treinador. Não é de se duvidar que tenhamos Andrezinho ou até mesmo W. Mathias iniciando a partida, mas é claro que prefiro Giuliano, tanto pela qualidade de seu futebol como pelas últimas e decisivas participações nesta campanha.
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COMO JOGAREMOS II
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Do ponto de vista tático, pouco deve mudar em relação às últimas partidas, desde a chegada de Roth. Vamos no 4-4-2 em losango, seja qual for o substituto de Tinga. Sandro jogará mais posicionado e Guiñazu fará a tarefa pela esquerda, enquanto o argentino D´Alessandro atuará mais a frente, revezando-se com Taison entre a meia ponta de lança e a segunda função de ataque.
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COMO JOGAREMOS III
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“Aparentemente, eles cercam a jogada. Mas não é isso que ocorre. O que eles fazem é uma marcação dupla em quem recebe a bola ... Eles esperam o jogador receber a bola para atacar. Quando você recebe a bola, eles dão pressão”, declarou Alecsandro sobre o tipo de adversário que vamos enfrentar e Guadalajara. Então é possível esperar um INTERNACIONAL jogando com velocidade e toques rápidos, o que também me faz presumir pela utilização de Giuliano e não Andrezinho ou Mathias.
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CHIVAS I
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Além do nome que atrai toda nossa simpatia, nosso adversário é merecedor de todo respeito. Primeiro porque, além do futebol, o clube do México adota uma política que merece todo nosso respeito. Refiro-me à institucionalização da idéia de utilização restrita a jogadores da província de Jalisco, da qual Guadalajara é a Capital. É dizer: trata-se de uma agremiação genuinamente mexicana. Ainda mais se levarmos em conta a tradição do futebol daquele país de importar jogadores do Brasil e Argentina, só para citar os dois maiores fornecedores. Enfim, estaremos enfrentando amanhã não só o Chivas, mas o futebol mexicano em sua essência.
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CHIVAS II
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O Chivas é um dos clubes mais tradicionais e de maior torcida daquele país. E deve ser respeitado, também, pelo futebol apresentado nos últimos anos. Além das várias participações exitosas na Libertadores, em 2008 nos deu trabalho na campanha da conquista da Sudamericana. E dali para cá os mexicanos se reforçaram e engrandeceram, dentro e fora da cancha. Construíram um estádio que se diz belíssimo (apesar do gramado artificial) e possuem um elenco com vários nomes que estiveram no Mundial Sudafrica 2010.
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CHIVAS III
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Medina, O. Bravo, Arellano e Bautista. Cito apenas alguns dos destaques. Tive oportunidade de assistir ao Chivas quando eliminou Velez Sarsfield. Os argentinos até então eram decantados como favoritos e foram despachados pelos mexicanos lá em Guadalajara, numa apresentação espetacular de O. Bravo. No jogo de volta os "cucarachas" resistiram à pressão do Velez com bravura. Na semifinal, contra a U de Chile, o Chivas mostrou que fora de casa também é um inimigo perigoso, despachando os chilenos em seus domínimos. Todo cuidado e atenção serão poucos contra este terrível inimigo.
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ENQUETE
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Abro o site do Correio do Povo. Na capa a pergunta: quem deve ser o novo treinador do time da vizinhança ? Cravo R. Portaluppi, sem pestanejar. A novela do Tri-rebaixamento, não se pode negar, ganhará um protagonista essencial.
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RÁPIDAS
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Muita lama, choradeira e um galã canastrão decadente. Ingredientes imprescindíveis para uma boa trama de novela.
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E essa que se desenha aí na vizinhança, a do TRI-rebaixamento, é para deixar no chinelo qualquer trama da falecida Janete Cler.
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Ao final de um capítulo sempre fica aquela espectativa para a chegada do próximo.
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Nego-me a tratar deste amistoso inexpressivo da seleção canarinho nos Estados Unidos.
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A propósito, ridícula e de todo criticável a trairagem explícita da Casa Bandida do Fubebol (CBF) contra Dunga.
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A coisa chegou ao limite com a notícia que acabo de ler de que a entidade mandou confeccionar uma camisa da seleção em homenagem ao jornalista A. Escobar. Tchê, é demais para acreditar!
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Taison está jogando muita bola.
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Aliás, todo time cresceu de produção depois da Copa do Mundo.
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É a prova de que treino e trabalho fazem muito bem a qualquer atleta.
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Semana que vem teremos RUAS DE FOGO em Porto Alegre de novo.
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Faltará espaço até no pátio do Gigante da Beira-Rio na próxima semana.
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A propósito, corre o boato de que a diretoria da vizinhança procurou o INTERNACIONAL para propor uma partida preliminar no jogo de volta da final da Libertadores.
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Partida sugerida: o time da vizinhança x Drurys.
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Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*39), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho




SAI SILAS, ENTRA RENATO


O Grêmio trocou o treinador após a derrota para o Fluminense em casa no último domingo. Normalmente, sou relutante com trocas de comando, mas é fato que esse jogo apontou a impossibilidade de Silas e do vice-presidente de futebol Onofre Meira de continuarem em seus cargos. Deu tudo errado. Em condições normais, quero dizer, se não fosse ano eleitoral, e o Internacional não estivesse na final da Libertadores e peleando na ponta de cima da tabela, talvez fosse possível para o presidente continuar suportando a pressão de parte da torcida e imprensa para mudanças, mas atualmente era mesmo necessário agir.

E agiu política e eleitoralmente! Quando da saída de Roth, deixado moer-se e torrar-se por uma direção que não apoiou, escreveu-se aqui mesmo neste espaço que Renato seria uma solução apaziguadora. E imaginava-se que a direção tomaria a decisão de trazê-lo. Na época, não o fez; não sei por qual motivo. Mas faltando cinco meses para o fim da temporada, com um Olímpico cada vez mais vazio e mais corneteiro, com o time na zona de Rebaixamento, Duda jogou para torcida.

Numa atitude similar a de Grondona quando contratou Maradona em meio a uma crise na seleção argentina, Kroeff traz um ícone incriticável (ao menos, no estádio, pela torcida). Alguém que trará de volta o torcedor à cancha e a quem se terá toda paciência para acertar, mesmo que tome algo como 6 gols de uma Bolívia da vida, por exemplo. No fim, Maradona não deu certo, mas tampouco deu errado. Se o resultado de Renato for esse, Duda poder-se-á dar por satisfeito. Voltará para casa após o mandato fracassado, mas sem a pecha de “Obininho”. O que já é um alívio...

No entanto, pode ser que o “pensamento mágico” dê resultado. Sempre é bom lembrar que o atual campeão do Brasileiro é o Flamengo! Caso o Grêmio conquiste a Sul-Americana (o que poderia conseguir, mesmo com Silas) e faça uma bela campanha nos dois terços restantes do campeonato (o que não conseguiria com Silas), pode ser que Duda volte para casa com a sensação de dever cumprido.

Ainda assim, a Oposição deve ter votação expressiva na eleição para o Conselho em setembro; a ponto de nem o título brasileiro ser capaz de impedir que ela reconquiste a presidência perdida. Justo!

Jogos da Semana – Só temos Grêmio x Goiás para oferecer
Renato não poderia ter melhor oportunidade para começar seu trabalho. Enfrenta duas vezes consecutivas o mesmo time em casa; e o adversário também está em crise, em situação similar a do Grêmio. Para completar, na quinta-feira (19h30’), pela Sul-Americana, o Grêmio ainda tem a vantagem de poder empatar em 0-0. Uma classificação na competição continental e uma vitória no domingo (18h30’) pelo Brasileiro, trará novos ânimos e uma certa tranqüilidade na Azenha. E ainda haverá uma semana inteira para treinar antes do difícil jogo contra o Ceará no Castelão.


Aguardemos, pois.

Seleção
Boa a estréia de Mano à frente da Seleção. Esperava mais do adversário, é verdade, mas isso também pode ter sido mérito da equipe. Mesmo com uma atuação sofrível de Daniel Alves, e um time muito voltado para o lado esquerdo, percebe-se uma certa mudança de estratégia. Esse Brasil não terá a posse de bola como “Plano B”. Era uma exigência da “opinião publicada” que a Seleção deixasse de especular e apostar em contra-ataques fulminantes. Mano, que sempre sabe com quem está lidando e como agir conforme as circunstâncias, acatou as “ordens” prontamente. Ainda assim, espero aguardar os próximos trabalhos. Não duvido que cheguem a 15 os jogadores da lista de Dunga que estejam na nominata para a Copa América 2011.

Libertadores
A grama sintética é espetacular; parem de bobagem, por favor. E, por dentro, o Omnilife é idêntico ao que será a Arena. Inclusive com o espaço da Geral! A diferença é que é vermelho.

Por fim, registro meu apoio ao time do vizinho. Que se exploda a rivalidade. Tragam a taça de volta para cidade! Vocês a merecem...

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene – sancho.brasil@gmail.com

Um comentário:

Luiz Portinho disse...

FICA SANCHO! Esse, por incrível que pareça, conhece futebol... Algo no DNA do Sancho foi alterado!!!