quarta-feira, outubro 27, 2010

Ano IV, Número 194


Edição Especial
Gre-Nal 383
"O Depois"




MARCAMOS PASSO


Na quinta-feira, enfrentaremos o líder do campeonato fora de casa. Poderíamos chegar embalados, em quarto lugar, cinco pontos atrás, depois de uma vitória em clássico. Fizemos por onde e falhamos. Empatamos em casa contra uma equipe que foi lá para não perder. Não soubemos aproveitar o desconforto alheio com um jogo que eles não gostariam de jogar. Por eles, já estariam há um mês nos Emirados Árabes se preparando para o mais importante torneio de Verão do planeta (mas ainda um torneio de Verão). O vizinho dirá que isso não condiz com o que pensa o torcedor gremista. E é a mais pura verdade. Isso é o que EU penso. O título mais importante da temporada já foi para o Menino Deus: a Taça Libertadores da América. O Mundial é um belo acessório, mas não supera nem substitui o principal. Que digam os corintianos...

Porém, tergiverso. Voltando ao assunto, o vizinho conquistou seus objetivos no domingo: empatou; manteve-se na nossa frente; transformou qualquer pretensão nossa no campeonato em algo de proporções épicas; e pode focar com tranqüilidade no Mundial. Tudo isso, por não sabermos aproveitar as oportunidades criadas. Se o jogo começou equilibrado, com o Internacional com mais posse de bola, o fato de termos aberto o placar deixou a partida totalmente nos nossos pés. E fomos desperdiçando chances atrás de chances. Nalgum momento, o adversário acordaria para o jogo; e quando ocorreu, o escore ainda era de 1-0. Depois de uma pressão insuportável, uma falha bisonha de marcação em escanteio (isso é falta de treino!) resultou num pênalti, numa expulsão e no empate.

Ainda buscamos num golaço nova vantagem, mas a qualidade do rival se impôs com a superioridade numérica e eles conseguiram empatar novamente. Eles não quiseram se arriscar, e o jogo terminou 2-2. Um partidaço (como se diz no nosso portunhol típico) com resultado decepcionante. Ultimamente, a impressão que se tem é que para vencer um Gre-Nal, o Grêmio tem que fazer no mínimo três gols. O clássico já começa 2-0 para eles: Índio e D'Alessandro...

Não perdemos o clássico, mas sentimo-nos como se tivéssemos. Hora de juntar os cacos e seguir em frente. Não adianta agora lamentar os pontos perdidos contra Vasco e Internacional. Teremos que buscá-los contra Fluminense e Goiás nessa nossa excursão de uma semana. Se fizermos 6 pontos (ou 4, dependendo dos demais resultados), podemos voltar para briga. Desde que assumiu, Renato tirou: um ponto sobre o Cruzeiro; dois sobre o CAP; 5 sobre Botafogo e Santos; 7, sobre o rival; e 10 sobre Fluminense e Corinthians. É possível tirar mais. Basta não se abater.

Saudações imortais,
Paulo Roberto Tellechea Sanchotene - sancho.brasil@gmail.com







SABOR DE VITÓRIA
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Derrubamos o favoritismo tricolor. Freiamos o avanço deles no Segundo Turno. Seguimos à frenta na tabela. Nos mantivemos ao alcance dos líderes (especialmente do Cruzeiro que tropeçou no clássico mineiro). Buscamos o placar adverso em duas ocasiões. E, melhor que tudo, vimos a torcidinha de azul sair quieta do seu estádio e, mais uma vez, saímos de lá fazendo festa. Por tudo isso e por mais vários outros motivos que se poderia elencar, o empate no clássico 383 possui um sabor de vitória inegável. Até porque as manchetes da imprensa azul já estavam prontas e colocadas na prensa para rodar quando D'Alessandro marcou o golo que selou o placar. Um chute preciso e perfeito de fora área, num verdadeiro balde de água fria nos azenhanos. O argentino que foi a melhor e mais destacada figura em campo. O INTERNACIONAL pode até não chegar ao título (a missão é dificílima), mas ainda nos resta a dignidade de encerrar no Nacional na frente deles. Isso é ponto de honra!
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ARGENTINO SALVA ROTH
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Mostrou-se equivocada a escalação inicial da equipe, com um trio de volantes, dois meias ofensivos e um atacante solitário. W. Matias não teve o que fazer em campo durante toda a partida. Ainda mais quando o adversário ficou com um jogador a menos. Mesmo assim, o teimoso e covarde Roth só o sacou de campo aos 45 do segundo tempo para incluir L. Damião na equipe. Aliás, é incompreensível que um time que atue com três volantes possibilite tantos lances de gol da entrada de sua área ao adversário. É incompreensível e inconcebível. Estou cada dia mais convencido de que um time com três volantes é o segundo maior mal que pode haver no mundo do futebol (só ficando atrás dos três zagueiros).
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ARGENTINO SALVA ROTH
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Não posso deixar de colocar ênfase na equivocada escalação inicial. E a maior prova do erro de Roth foi exatamente a substituição no intervalo do jogo, com ingresso de Sobis no lugar de Glaydson. Foi o reconhecimento de que os três volantes não eram apropriado para vencer o jogo (e, pior, a confissão de Roth no sentido de que entrou para não perder). Roth foi covarde. A melhora significativa do time no segundo tempo, com Sóbis e com o 4-4-2, deve servir como prova definitiva de que os 3 volantes não podem ser utilizados, sob qualquer tipo de pretexto.
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DE NOVO O NEI
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Não dá mais para aguentar. O Nei participa, com falha, de todos os lances de gol que sofremos. É impressionante a regularidade (negativa) deste jogador. Quando não está assistindo ao lance (em que deveria estar participando), Nei é superado de forma bisonha. No primeiro golo sofrido no gNAL, Nei já pula com os braços abertos e, obviamente, não consegue interceptar a bola que termina da cabeça do avante adversário. E no segundo lance estava dando combate na cabeça de área, deixando a avenida da lateral direita mais do que escancarada. Tenho calafrios ao pensar no Nei marcando a jogada forte da Internazionale com Eto, ali pelo lado direito de nossa defesa.
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CAMINHOS DE ABU DABI I
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Realizado o sorteio do Mundial FIFA, já sabemos que nosso primeiro adversário, nas semifinais, será o ganhador da partida entre Pachuca, do México, e o campeão da Copa Africa de Clubes (TP Mazembre, da República Democrática do Congo, ou Esperance, da Tunísia). Do outro lado, a Internazionale espera o vencedor do confronto entre o campeão da Ásia e, provavelmente, os donos da casa (Al Whada). O sorteio da competição durou cerca de 20 minutos e foi realizado pelo Sr. J. Blatter, denotando a importância do certame.
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CAMINHOS DE ABU DABI II
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INTERNACIONAL divulgou a lista com 30 nomes de pré-inscritos no Mundial. A relação definitiva, com 23 atletas, deve ser entregue aos organizadores da competição até o dia 29 de novembro. Trata-se de complicada missão os 7 cortes. Mas aposto em Lauro, o zagueiro R. Alves, os laterais B. Silva e Daniel, o volante Derley e os meias Sasha e Oscar. Torço muito para que Marquinhos esteja entre os 23 - e algo me diz que estará.
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O FIM DA SECOPA
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Notícias quentes, desta última semana, trazem a confirmação do que tenho dito neste espaço. T. Genro extinguirá a Secretaria da Copa do Mundo, a malfadada SECOPA. A pasta será incorporada à Secretaria de Esportes, que será criada no governo de Tarso. Em tempo: o nome cotado para comandar a nova Secretaria é C. Simon.
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EXEMPLO AO VIZINHO
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Embora a fama de arrogantes, encontro em Buenos Aires um exemplo a ser seguido pelo vizinho. Lembram de toda polêmica alimentada pela Rede Baita Sol (RBS) na tentativa de igualar o Campeonato Mundial FIFA por nós conquistado com a extinta Copa Intercontinental conquistada pela vizinhança. Na época trouxe aqui os exemplos de Milan e Internazionale, que, corretamente, se dizem campeões da Copa Intercontinental. Pois esta semana recebi um e-mail recomendando visitar o site do Boca Jrs. E lá estava os títulos internacionais da agremiação argentina. Entre eles as Copas Intercontinentais de 1977, 2000 e 2003. Vizinho, clica e confere. E, não te acanha, segue o exemplo tchê!
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RÁPIDAS
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Critiquei acima o sistema com 3 volantes. Roth iniciou os treinamentos da semana com Sobis na equipe, alternando entre um 4-2-3-1 e o 4-4-2.
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Tinga voltou a sentir lesão na coxa e fica de fora, pelo menos, das próximas 3 partidas (Santos, Fluminense e Atlético Goiano).
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“São situações diferentes. O Pato naquela época estava mais maduro e só não atuava em função de uma questão contratual. O Sasha está sendo preparado, não está no ponto de atuar ainda. O Pato chegou, jogou e tomou conta da posição. O Sasha ainda tem um caminho a percorrer” (F. Carvalho, em entrevista ao portal 433esportes.com)
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"Já conquistei a Libertadores e, sem dúvida nenhuma, este seria o título mais importante agora para minha carreira. Em nível de clubes é a maior competição que temos para disputar." ( D'Alessandro em entrevista concedida ao portal FIFA.COM).
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Na mesma entrevista, D'Alessandro agradeceu ao INTERNACIONAL por seu retorno à seleção. Para conferir a íntegra clique aqui.
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Com 100% de aproveitamento na fase classificatória, INTERNACIONAL está classificado para as semifinais do Brasileiro Sub23. Partida de ida será no dia 3.novembro, no Beira-Rio, as 16.30h, como preliminar do jogo INTERNACIONAL x Fluminense.
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Enquanto isso, na Copa da Federação, a gurizada de pijama levou uma atolada de 4x0 para o Novo Hamburgo. Dá-lhe Nóia!!!
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“Já era mais ou menos esperado e se confirmou. O Inter ficou com o lado da chave mais forte. Mas temos que passar por essa etapa. A semifinal é um perigo anunciado. Os africanos têm boas equipes e vão criar dificuldades para o time do Pachuca, que é um time tradicional” (C. Roth sobre o sorteio do Mundial FIFA)
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SUPREMACIA VERMELHA, nosso filme na história dos 100 anos de rivalidade gNAL entra em cartaz na sexta-feira. Confira notícia aqui.
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Fluminense x time do vizinho ? Empate.
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Dois jogos em casa, contra Santos e Fluminense.
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Excelentes oportunidades para firmar o time para Abu Dabi e, quem sabe, se bobearem, para voltarmos de vez à disputa pelo título.
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Não brinquem com o INTERNACIONAL, porque, se entrarmos na reta final dentro do páreo, SOU MUITO MAIS O NOSSO SPRINT FINAL COLORADO...
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Saudações rubras, do DONO DA ALDEIA (*39), CAMPEÃO DE TUDO e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.
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Luiz Portinho

Um comentário:

Rômulo Arbo disse...

sancho mto superior. aliás, bastaria um ponto. rancores clichês não movem moinhos, e foi só o q se viu "do outro lado".